(Globo, 10) 1. Rio Saúde: oposição consegue suspender votação. Cesar Maia apresenta substitutivo ao projeto da prefeitura que cria empresa. Texto volta à pauta na terça. Aprovado na quarta-feira em primeira discussão na Câmara dos Vereadores, o polêmico projeto de lei da prefeitura que cria a Empresa Pública de Saúde (Rio Saúde) só terá seu destino definido na próxima terça-feira. O ex-prefeito e vereador Cesar Maia (DEM) reuniu ontem 17 assinaturas de parlamentares a um substitutivo, tirando do texto do Executivo os artigos que autorizam a empresa a administrar hospitais, clínicas e postos de saúde. Com a estratégia, o assunto saiu da pauta de votação.
2. Na prática, Cesar buscou ganhar tempo para negociar adesões contra a proposta. Na véspera, o vereador já havia tentado, sem sucesso, trancar a votação. — O projeto do Executivo cria uma empresa que absorve todas as funções da secretaria, na prática extinguindo-a. As unidades passam à gestão da empresa. A contratação apenas de celetistas afeta a estabilidade, que garante a experiência acumulada vital na Saúde. Isso é uma irresponsabilidade — afirma César.
3. O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) disse que, se o projeto for aprovado, seu partido entrará com uma ação de inconstitucionalidade, argumentando que cargos-chave na Saúde, como médicos, têm que ser exercidos por funcionários públicos.