Se os custos (combustível, pessoal, materiais…) cresceram na média da inflação, por outro lado, a prefeitura vem adotando medidas que aumentam o IPK (índice de passageiros por KM). O reajuste da tarifa, como se sabe, é uma multiplicação dos custos pelo IPK.
Medidas como BRT, corredores exclusivos, proibição de vans, corte de linhas, etc., aumentam o número de passageiros nos ônibus e, portanto, o IPK.
Em 25 de junho de 2013, o vereador Cesar Maia apresentou, à prefeitura do Rio, Requerimento de Informação pedindo os dados oficiais sobre o IPK nos últimos anos. A secretaria municipal de transportes informou no segundo semestre e, finalmente, o gabinete do prefeito encaminhou a resposta agora em janeiro de 2014.
Os números informados -oficialmente- deixam de forma absolutamente transparente o enorme crescimento do IPK entre 2011 e 2013. O IPK dos Passageiros Pagantes em 2011 era 0,548. O IPK dos Passageiros Pagantes em 2012 passou a 1,177. Finalmente, o IPK dos Passageiros Pagantes em 2013 (medido até a metade do ano) atingiu 1,356.
Dessa forma, o IPK cresceu 147%, praticamente 150%, confirmando os estudos que o Ex-Blog do Cesar Maia realizou e divulgou. Então, antes de qualquer precipitação para aumentar a tarifa de ônibus, a prefeitura do Rio deve demonstrar que o crescimento do IPK não foi suficiente para cobrir o aumento dos custos.
De qualquer maneira, seria um absurdo reajustar as taifas pela inflação. Mais provável é que o crescimento do IPK tenha coberto o aumento dos custos, tornando desnecessário o aumento das tarifas.