Partidos que disputam prefeitura tentam garantir a maior bancada de vereadores possível

O DIA

Rio – Numa campanha paralela à disputa pela Prefeitura do Rio, os candidatos a vereador já colocaram seus times em campo. Além da meta de conquistar a sonhada cadeira no Palácio Pedro Ernesto, eles também integram a tropa de choque de seus partidos, que lutam a cada eleição pelo aumento do espaço político na Casa. A lógica é simples: quem ganhar a eleição de prefeito também vai querer ter maioria de aliados na Câmara de Vereadores.

Na luta pela ampliação de território, o DEM foi o partido que deu a cartada mais alta. Os democratas apostam suas fichas na eleição do seu cacique, o ex-prefeito e ex-deputado federal Cesar Maia. Com três mandatos de prefeito e dois de deputado, Cesar tentará pela primeira vez uma vaga de vereador e diz que espera ultrapassar a barreira dos 200 mil votos. Se conseguir o feito, de acordo com suas contas, ele, como ‘puxador de legenda’, leva ‘de carona’ outros oito vereadores do seu partido.

No Brasil, parlamentares são eleitos a partir de um cálculo que leva em conta todos os votos da legenda, não apenas sua própria votação. Daí a importância do ‘puxador’.

“Ninguém conquista maioria na Câmara no momento da eleição. Mas seja quem for o prefeito, uma vez eleito, fará maioria”, aposta Cesar Maia.
No PT, o nome de destaque é o do ex-deputado federal Carlos Santana. A expectativa do presidente municipal do PT, Albéris Lima, é que a bancada do partido dobre de tamanho, de três para seis vereadores.

Dono da maior bancada na Câmara, com 12 vereadores, o PMDB tem como seu maior trunfo o presidente da Câmara, Jorge Felippe. Outra aposta é a vereadora Rosa Fernandes, com forte base eleitoral na Zona Norte.

No PSOL, o nome mais cotado é o do sociólogo Jefferson Moura. O partido quer dobrar o número de vereadores na Câmara, passando de dois para quatro. “Por ter disputado eleição para governador, é o nome mais conhecido, além dos dois atuais vereadores, Eliomar Coelho e Paulo Pinheiro”, explica a deputada estadual Janira Rocha, presidente estadual do PSOL.

Revoada das tucanas

Desde a última eleição municipal, o ninho tucano teve três baixas femininas: Lúcia Helena Barros, a Lucinha, eleita deputada estadual; a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, que desistiu de concorrer por divergências com o agora candidato a prefeito do PSDB, Otavio Leite; e Patrícia Amorim, que foi para o PMDB.

A maior aposta tucana é o ex-técnico Andrade. Segundo o deputado estadual Luiz Paulo Correa, há um grande percentual de eleitores rubro-negros tucanos. “O Andrade preenche este vazio”, diz, referindo-se à saída de Patrícia Amorim, presidenta do Flamengo.

No PV, a meta é a reeleição do vereador Paulo Messina. Na eleição passada, foram três eleitos. O partido quer eleger quatro vereadores desta vez.