(Resposta editada, dada ao Ex-Blog por Dep. Federal do PMDB-RJ) 1. Lula virá ao Rio com todas as suas armas de sedução. Seu interlocutor será Sérgio Cabral. A parceria e a intimidade entre os dois geram expectativas recíprocas de convencimento.
2. Por método, se deve começar perguntando o que ocasionou a ruptura de setores importantes do PMDB-RJ com a candidatura Dilma. A resposta é evidente: a candidatura Lindbergh pelo PT, tirando da candidatura de Pezão amplos e generosos minutos de TV e…, Lula.
3. Lula, com toda a certeza, apontará para o favoritismo de Dilma e garantirá a Cabral um ministério em 2015. Mas essa proposta não irá sensibilizar nem Cabral nem os parlamentares -estaduais e federais- do PMDB.
4. O raciocínio da turma mais experimentada do partido é simples: uma debacle da candidatura Pezão significa a perda de mandatos parlamentares, federais e estaduais. E de Cabral também ao senado. Portanto há que se garantir um caminho bem pavimentado para Pezão.
5. Qual o fator diferenciador da eleição no Rio? Para os que mandam no PMDB, Lula. É certamente o mais importante. Mas seria possível que Lula viesse apoiar Pezão? Claro que não. Ele foi longe demais com Lindbergh.
6. Então o que se pode fazer? Só há um caminho: o compromisso de Lula que ficaria ausente da campanha de governador do Rio, pelo menos até a primeira semana de setembro. Depois de 3 semanas de TV, se um dos dois tiver aberto sobre o outro uma diferença -nos dois principais institutos de pesquisa- superior a 5 pontos, Lula entraria para promover esta candidatura.
7. Se os dois estiverem em empate técnico, Lula continuaria ausente até o fim do primeiro turno e entraria apenas no segundo turno apoiando a Dilma e seu candidato no Rio que passasse para o segundo turno. Isso não só pacificaria a situação no Rio, como interessaria também a Crivella e Garotinho, da base de Dilma.
8. Esse será o núcleo da discussão. Mas até a vinda de Lula, interlocutores confiáveis levarão a ele discretamente esta proposta. Se ele vier aqui de forma pública, é porque estará disposto a aceitar. Se não vier ou se o fizer de forma oculta fora do Rio, é porque não aceitou e vai tentar outra alternativa colocando na panela imaginação além de sedução.
9. Uma equação de terceiro grau para Lula e Cabral.