1. Está mais que comprovado que, para o eleitor, ter tempo de TV significa ter força e poder vencer. Não é decisivo, mas tem um peso muito grande. Um candidato a presidente ou governador sem tempo de TV é percebido pelo eleitor como alguém sem força e sem apoio.
2. Por isso, um candidato que tem muito tempo de TV no primeiro turno e vai para o segundo, deve tomar muito cuidado. Por exemplo. Se tem 10 minutos de TV, e seu adversário 7 minutos, no segundo turno os dois têm tempo igual de 10 minutos. Ou seja: seu adversário cresceu 50% na percepção do eleitor.
3. Antes, o eleitor via -por probabilidade- 50% mais inserções e programas em TV que seu adversário. Agora empata.
4. E mais. Os candidatos a governador que tiveram vitórias exuberantes e que, portanto, são fortes eleitores, já não aparecem mais no segundo turno. São os casos da Bahia, Pernambuco, Estado do Rio e Espírito Santo, por exemplo. Seus programas e inserções recebiam uma overdose de Lula. Isso desaparece.
5. Portanto, o mais provável -se a TV de Serra acertar no ponto- é que a diferença entre os dois caia de muito, com os primeiros dias de TV que recomeça hoje.