1. Olhando as pesquisas publicadas, a sensação que se tem é que tudo está na mesma há pelo menos 5 meses. Os dois –Garotinho e Crivella- que lideram dividem, quase ao meio, os 35% das intenções de voto. Depois vem, no entorno dos 10%, Lindbergh –um pouco a frente- e Cesar Maia. A seguir Pezão com seus 5% ou pouco mais e depois Miro com 2%.
2. O destaque nas pesquisas que captam bem os que não responderam são os 40% ou algo mais (até 48%) que dizem não votar em nenhum deles. Como todos os nomes são bem conhecidos, fica a indagação se essa tendência a não votar em ninguém se manterá. Com o lançamento oficial de Miro Teixeira apoiado por Marina e Campos, ele deve acompanhar o patamar atual de Pezão, deslocando uns 3 pontos dos que hoje não marcam nenhum. Mas isso não altera os 40%.
3. Se se mantiver e dado que esses patamares atuais estão bem cristalizados e supondo que a taxa de troca será baixa, esses números irão se repetir até o início de setembro, suavizados pela ausência de pré-campanha em função das atenções voltadas para a Copa do Mundo.
4. O quadro de candidatos a senador é que começa a ser movimentado. Cabral está disposto a concorrer se seu nome for marcado por 20% dos eleitores nas pesquisas de junho. Romário se coloca no grid de largada, com um pouco menos que esse patamar de Cabral. E com eleição de deputado garantida, vai aguardar a formação –de fato- da lista. A imprevisibilidade afugenta pré-candidatos. Dornelles só será candidato se Cabral não for. Terá que aguardar junho para decidir.
5. Wagner Montes –diz-se- está disposto a ser candidato. Muitos acham que seu nome lideraria as intenções de voto. Mas quer liberdade em relação às candidaturas de governador e presidente- para fazer a sua campanha. Jandira Feghali –que poderia compor a chapa com Lindbergh- e vai razoavelmente bem nas pesquisas, no patamar de Romário, está sendo pressionada pelo PCdoB a concorrer à deputada federal, pois o partido teme perder bancada com a decisão de Manuela D’Ávila de ser candidata à deputada estadual, olhando para 2016.
6. E ainda –com o tema segurança pública voltando às manchetes e a preocupação das pessoas- abre-se um vetor para quem represente esse tema e tenha uma base de lançamento sólida. Beltrame aceitaria? Analistas dizem que seria a vez de Denise Frossard e que se seu nome for colocado em pesquisas vai surpreender.
7. Bem, se a bolsa de Londres abrir apostas para o Rio de Janeiro, quem apostar em qualquer um e vencer, usufruirá de uma pule alta.