(El País, 12) 1. A Líbia é um barril de pólvora e isso não é somente uma força de expressão. O primeiro-ministro foi destituído pelo Parlamento atingido dia 11 e dia 12 fugiu em um jatinho privado para um país europeu. Não está clara nem a competência nem a autoridade do governo interino, nem de um parlamento dizimado e ultrapassado. Os rebeldes têm sob seu comando os principais portos do país e decidem por conta própria se os navios petroleiros internacionais podem abastecer, ou não, independentemente do que pensa o responsável por Trípoli. A capital sofre sequestros diários e debate em seu próprio conselho como expulsar da cidade os grupos armados que andam por lá.
2. Nos campos de petróleo, o grande e único maná, a produção caiu para menos de 250 mil barris por dia, quando há três anos, ainda sob o regime do ditador Muammar Gaddafi, podia chagara a quase 1,5 milhão. Nos últimos três anos, a Líbia se tornou uma das principais fontes de armas ilícitas, que fornece suprimentos para cerca de 14 países, de forma comprovada, alimentando assim os conflitos e a insegurança, incluindo o terrorismo, em vários continentes.
3. Desde o verão passado, um grupo de militantes armados, liderados por Ibrahim Jathran, 33 anos, tomou quatro portos do Golfo de Sirte – na zona leste, na região de Cyrenaica, que responde por 80% da produção de petróleo bruto – exigindo mais autonomia. Os rebeldes se deram ao luxo de regular, de acordo com sua vontade, a produção e a exportação do petróleo, em um país-chave da OPEP, cuja instabilidade produz imediatamente mudanças nos preços, como observado essa semana.
4. O Congresso oficial está fechado e em reformas para reparar os danos da tentativa de invasão anterior, em janeiro. Na semana anterior , o Congresso deu duas semanas aos rebeldes para que levantem o bloqueio nos portos sob seu controle. E??????