(Folha de SP, 15) 1. Os governos federal, estadual e municipal ainda não definiram os responsáveis por assumir gastos olímpicos atribuídos ao comitê organizador à época da candidatura do Rio como cidade-sede. Há indefinição sobre volume de recurso, quais serviços serão executados pelo poder público e entes que assumirão cada responsabilidade. Todos os gastos referem-se a serviços ligados diretamente à organização das competições, principal preocupação do Comitê Olímpico Internacional ao intervir no Rio.
2. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), ainda busca reduzir o repasse. A sugestão para trocar a Vila de Mídia e Árbitros da zona portuária para Curicica foi uma tentativa. A mudança geraria economia de até R$ 100 milhões. A indefinição gera preocupação no COI e gera apreensão. Teme-se a repetição do episódio da responsabilidade pela construção do Parque Olímpico de Deodoro, que passou de mão em mão, gerando o principal atraso na obra de arenas da Olimpíada. A Folha apurou que R$ 950 milhões em gastos a serem repassados já foram estimados e ainda há outros serviços a serem calculados.