(Engenheiro AR e Geólogo LM / ERJ) 1. O solo de Ipanema é arenoso com lençol freático por baixo. O Tatuzão só trabalharia em segurança em solo de argila e a 40 metros embaixo do nível do piso da rua. A mínima margem de segurança seria de 25 metros abaixo da superfície. Mas, ele vem operando a 12 metros e por estar tão acima do limite mínimo e que as redes elétricas, de esgoto, luz, net, etc., foram trocadas e ainda volta e meia são rompidas. Parece que abaixo dos 12 metros só existe água salobra, o que inviabilizaria a passagem do Tatuzão, dentro das mínimas margens de segurança. Deveria ser escavado em paredes diafragma, método que já foi amplamente utilizado nas obras de metrô em terrenos instáveis. Qualquer criança mais esperta pode entender esses fatos. Menos “eles” (???). Por quê??? Vamos ver o que a perícia técnica vai dizer… Por enquanto é somente silêncio.
2. A demorada desculpa do vazamento de água de rede atingida pelas obras demorou muito a chegar à imprensa porque os técnicos demoraram a se refazer do susto que todos levaram no Dia das Mães e precisaram pensar muito para forjar uma tese que desvie a atenção do enorme perigo dessa obra. O terreno arenoso ao nível do mar (lençol freático raso) desaconselha, desde o século passado, um túnel de metrô desse tipo, e acrescente-se a suspeita compra do tatuzão com $100 milhões do tesouro do povo.
3. E também o dilema, a desmoralização técnica e financeira em termos de prejuízo, ao ter possivelmente que admitir agora, publicamente, nessa fase do projeto, que esse trabalho foi concebido para ser realizado por um método construtivo inadequado para as condições existentes em Ipanema, de subsolo arenoso e instável, com intenso e baixo lençol freático, seria um tiro no pé, com repercussões danosas e incalculáveis para o Consórcio, para os órgãos técnicos fiscalizadores, para os governantes e para a política do Estado do Rio. Um atestado de má fé com incompetência. Daí a demora de uma avaliação técnica do problema. “Estão pensando” como sair dessa…