CIRCULAÇÃO/AUDIÊNCIA DE MÍDIA EM SITES É MUITO, MUITO DIFERENTE DE AUDIÊNCIA DIRETA!

1. A imprensa –jornais, rádios e TVs- tem como núcleo de sua sobrevivência a venda de publicidade. É diferente da venda de um produto de consumo como refrigerante, carro, etc. Nesses casos, a publicidade estimula diretamente a compra do produto. É meio. É custo.

2. Na imprensa, a publicidade é resultado da “audiência” do veículo e o perfil dessa audiência. E essa audiência é função das notícias divulgadas. Ou seja: o consumidor, ao consumir notícias, está gerando “audiência” (circulação, etc..) e essa atrai as agências e empresas para comprar espaços de publicidade, aproveitando o consumo de notícias.

3. Como qualquer empresa de qualquer ramo, as vendas de seus produtos e serviços definem suas capacidades econômica e financeira. Num produto ou serviço de consumo -como refrigerante, carro…- é essa a venda que define a viabilidade do negócio.

4. Na imprensa é diferente: a venda de um jornal ou revista é meio para o que é importante, ou seja, a publicidade, que é seu faturamento. E no caso das rádios, sempre abertas, e nas TVs abertas, isso fica claro, pois o serviço de notícias não é sequer vendido. A audiência –quantitativa e qualitativa- que os veículos conquistam é que vão influenciar as agências e empresas anunciarem, fazerem publicidade do que querem vender, buscando influenciar os que consumem notícias.

5. Todo o dito acima é evidente e estudado há muitas décadas.

6. A novidade hoje é a audiência dos meios de comunicação através de sites na web. Hoje, as pesquisas além de mostrarem a circulação dos jornais, etc., mostram o número de acessos a seus sites. Com isso, a leitura das notícias não leva o consumidor diretamente à publicidade. Na maior parte das vezes a nenhuma publicidade. Os banners que entram nos sites não têm –nem de longe- o mesmo efeito da publicidade direta.

7. É crescente o consumo de notícias através dos sites. Os meios de comunicação somam o consumo físico ao consumo virtual para mostrarem suas audiências. Mas do ponto de vista de seu faturamento, ou seja, da publicidade, o impacto nas vendas, ou seja, da publicidade, é muito, muito diferente.

8. Num caso limite em que um meio de comunicação que tenha uma circulação ou audiência de 100 milhões de consumidores em seu veículo tradicional, se esta circulação/audiência dobrar e passar a ser de 200 milhões na web e ao mesmo tempo for zerada no suporte tradicional, o veículo que conquistou esta proeza estará quebrado em pouco tempo, pois perderá a atratividade para as agências e empresas que anunciam seus produtos.

9. Um paradoxo do mundo eletrônico.