Na Folha Dirigida, há uma discussão a respeito da performance da Sra. Cláudia Costin, enfim, que caiu pelos seus defeitos. Quem está realizando um processo revolucionário na Educação pública não vai entregar o cargo porque arranjou emprego melhor no Banco Mundial. Fracassou. O Professor Gaudêncio Frigotto, professor adjunto no programa de pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, escreve hoje um texto na Folha Dirigida: “A Sra. Cláudia Costin sai da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e deixa como herança o que de pior presenciei em termos de desmanche do que seja uma concepção de educação e escolas públicas, nos quarenta anos em que atuo como docente e pesquisador no Estado do Rio de Janeiro.
Com efeito, quando aqui cheguei para fazer o mestrado em Educação no Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE), na Fundação Getúlio Vargas, a professora Circe Navarro Rivas coordenava o Laboratório de Currículo, uma referência nacional no sentido de afirmar o professor e o aluno como sujeitos e autores e a educação pública como um direito social e subjetivo.
A gestão Costin, dentro de uma postura de subordinação e subserviência às agências do mercado do capital, estandardizou o processo educativo na mesma lógica da reprodução mercantil. Uma filosofia que anula e desrespeita a função docente e nega o aluno como sujeito. Como tal, ignora a desigualdade de classe e as particularidades culturais dos alunos.”
Enfim, ele segue com uma declaração do Professor Belluzo.
Eu vivi um conflito na área da educação a respeito do sistema de ciclos, um sistema que permanece e que foi generalizado para o Brasil, a nível do 1º ciclo. Reconheço que talvez, devido ao fato de o Governo estar terminando, acabei introduzindo de forma apressada, em 2007, o 2º e 3º ciclos que nem sequer chegaram a ser complementados, ou seja, inspiração de Darcy Ribeiro e Paulo Freire. No entanto, erros que, cometidos, geram, com uma enorme facilidade, a gestões seguintes, a correção dos mesmos. Não se trata disso, a privatização produziu e produz consequências da maior gravidade! A primeira delas foi indignar o magistério, transformando os professores em operadores de kits do Instituto Sangari, que agora tem outro nome, da Abril Cultural, da Fundação Roberto Marinho, do Instituto Ayrton Senna. O professor deixou de ser o gestor da sua sala de aula, o que é um princípio básico da educação! A sala é o universo da educação!