16 de junho de 2014

ELEIÇÃO NO RIO: HÁ 4 MESES QUE O QUADRO É O MESMO!

1. Pesquisas do Gerp, Vox Populi, GPP e, agora, do Ibope, elas por elas, nada mudou após a saída do Cabral do governo. Na frente –sistematicamente- entre 30% e 40% os que não marcam nenhum candidato, optando por branco, nulo e não sabe. Garotinho e Crivella continuam liderando. Garotinho um pouco a frente, no entorno dos 20%. Crivella, em seguida, um pouco abaixo dos 20%. Somam surpreendentes quase 40%. Os dois trocam votos parcialmente na mesma base, evangélica e popular.

2. Garotinho lidera com folga no Interior. E como radialista, tem uma rede de inserções em rádios. Faz uma distribuição capilar de uma “prestação de contas” sobre sua atuação em 2014 e o que fez antes. Crivella lidera na Capital. E ambos lideram na Baixada e São Gonçalo, com ampla vantagem. Crivella –depois de ser ministro- viu seu piso aumentar. Dos 14% anteriores, para 16%, em números redondos.

3. Logo após assumir o governo no lugar de Cabral e aumentar exponencialmente a sua exposição, Pezão passou a se situar no entorno superior dos 10%. E aí está. Três meses depois de sua posse, esperava-se que estivesse um pouco acima. Afinal, na conjuntura atual –pela exposição na mídia- ele é candidato sozinho. A partir de 5 de julho, acaba a propaganda do governo, não pode mais inaugurar nada e os demais passam a ter uma cobertura eleitoral. O jogo complica para ele.

4. Cesar Maia –também surpreendentemente- se mantém no entorno dos 10%. Surpreende porque não tem nenhuma exposição, não faz pré-campanha e ainda é coberto por um noticiário especulando sobre sua candidatura a partir das informações vazadas pelo PMDB. Nas contas do PMDB e de setores do PSDB, sua candidatura afetará Pezão na Capital, já que, na Capital e em Niterói, Cesar Maia aparece em segundo lugar. As pressões vindas da estratégia do PMDB-RJ para eleger seu candidato com apoio em nível presidencial continuarão até as convenções.

5. Lindbergh também surpreende, mas negativamente. Depois de uma avassaladora vitória para senador e apontado como favorito, vai se equilibrando nos 10%, apesar do noticiário que cobre sua candidatura, a pré-campanha que realiza e o apoio de Lula. E ainda terá que enfrentar a pressão da base aliada para que Lula apareça em todos os programas dos candidatos da “base-aliada”.  Mesmo privilegiando Lindbergh, não poderá se negar a aparecer nos demais, confundindo o eleitor.

6. Miro vai sendo prejudicado pelo noticiário que dá conta dos conflitos internos entre PSB e PROS em função da elegibilidade de chapas conjuntas de deputados e que o atingem como candidato. Com isso, ele que vinha passando a fronteira dos 3%, volta a ficar no entorno negativo desses 3%.

7. A perspectiva hoje é a mesma dos últimos meses: quem estiver na fronteira dos 15% tem grande chance de ir para o segundo turno.

8. Uma novidade no Rio: os institutos de pesquisa não conseguem testar os nomes para o senado, pois mesmo os três nomes que são indicados ainda não têm certeza total de suas candidaturas.

9. O mais provável é que nada mude até o final da Copa. E que só pesquisas pós-Convenções e pós-Copa, a partir do dia 15 de julho, poderão informar se há tendências sobre o quadro atual, estável desde março.

* * *

LEMBRANDO: O CINEMA LEBLON É TOMBADO DUAS VEZES!

(Fernanda Torres – Vejinha Rio, 15) Li que o Cinema Leblon vai fechar as portas. Como pode o Leblon fechar as portas? Ele sempre esteve lá, numa das esquinas mais quentes do Rio. Assistir a um filme no Leblon é a experiência mais próxima que eu tenho da vida em um país civilizado. O Mundo Verde do lado, os restaurantes da Dias Ferreira a algumas quadras dali, a praia logo atrás, além do predinho charmoso, com os cartazes dos lançamentos.  O Leblon leva com ele um pedaço de mim.  Devia existir um decreto para impedir que, ao crescerem, as cidades deixem de ser o que são.

* * *

“VAREJO RESTRITO” EM RECESSÃO!

(Editorial Folha de SP, 16) A baixa pronunciada e até agora progressiva da atividade econômica neste ano torna-se evidente também nas vendas do varejo, indicam os números divulgados pelo IBGE a respeito do resultado do comércio em abril. As vendas do assim chamado “varejo restrito”, nas quais não se contam automóveis e materiais de construção, recuaram 0,4% em relação a março, que também foram inferiores às de fevereiro. Não se tinha notícia de tal retração desde o final de 2008, quando a economia brasileira sentia o golpe do início da grande recessão mundial.

* * *

A ASCENSÃO DA EXTREMA DIREITA EUROPEIA NÃO É UM CASO DE POPULISMO!

(Michael Löwi – Ilustríssima – Folha de SP, 15)  1. As eleições europeias confirmaram uma tendência observada já há alguns anos na maior parte dos países do continente: o crescimento espetacular da extrema direita. Esse é um fenômeno sem precedente desde os anos 1930. Em muitos países, essa corrente obtinha entre 10 e 20%. Hoje, em três países (França, Inglaterra e Dinamarca), ela já atinge entre 25 e 30% dos votos. Na verdade, sua influência é mais vasta do que seu eleitorado: ela contamina com suas ideias a direita “clássica” e até mesmo uma parte da esquerda social-liberal. O caso francês é o mais grave; o avanço da Frente Nacional ultrapassa todas as previsões, mesmo as mais pessimistas.

2. O conceito de “populismo”, empregado por alguns cientistas políticos, pela mídia e mesmo por uma parte da esquerda, não é de modo algum capaz de dar conta do fenômeno em questão, servindo apenas a semear a confusão. Se na América Latina, desde os anos 1930 até os 1960, o termo correspondia a algo relativamente preciso –o varguismo, o peronismo etc.–, seu uso na Europa a partir dos anos 1990 é cada vez mais vago e impreciso.

3. O populismo é definido como “uma posição política que está do lado do povo contra as elites”, o que é válido para quase qualquer movimento ou partido político. Esse pseudoconceito, aplicado aos partidos de extrema direita, leva, voluntariamente ou não, a legitimá-los, a torná-los mais aceitáveis, e até mesmo simpáticos –quem não é a favor do povo contra as elites?–, evitando cuidadosamente os termos que contrariam: racismo, xenofobia, fascismo, extrema direita. “Populismo” também é utilizado de maneira deliberadamente mistificadora por ideólogos neoliberais para amalgamar a extrema direita e a esquerda radical, caracterizadas como “populismo de direita” e “populismo de esquerda”, opondo-as aos políticos liberais, à Europa etc.

* * *

BLAIR: GRAVE SITUAÇÃO NO IRAQUE PROVÉM DO FRACASSO OCIDENTAL NA SÍRIA!

(BBC, 14) O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, atribuiu a recente onda de violência no Iraque ao fracasso do Ocidente para intervir na Síria.  Em um ensaio publicado em seu site, Blair negou que a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003, em que a Grã-Bretanha foi aliada, seja a causa dos problemas no Iraque.  Blair diz que o avanço dos militantes islâmicos deve ser combatida com vigor, mas acrescenta que isso não significa, necessariamente, uma outra invasão do território.

BLAIR: GRAVE SITUAÇÃO NO IRAQUE PROVÉM DO FRACASSO OCIDENTAL NA SÍRIA!

(BBC, 14) O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, atribuiu a recente onda de violência no Iraque ao fracasso do Ocidente para intervir na Síria.  Em um ensaio publicado em seu site, Blair negou que a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003, em que a Grã-Bretanha foi aliada, seja a causa dos problemas no Iraque.  Blair diz que o avanço dos militantes islâmicos deve ser combatida com vigor, mas acrescenta que isso não significa, necessariamente, uma outra invasão do território.

A ASCENSÃO DA EXTREMA DIREITA EUROPEIA NÃO É UM CASO DE POPULISMO!

(Michael Löwi – Ilustríssima – Folha de SP, 15)  1. As eleições europeias confirmaram uma tendência observada já há alguns anos na maior parte dos países do continente: o crescimento espetacular da extrema direita. Esse é um fenômeno sem precedente desde os anos 1930. Em muitos países, essa corrente obtinha entre 10 e 20%. Hoje, em três países (França, Inglaterra e Dinamarca), ela já atinge entre 25 e 30% dos votos. Na verdade, sua influência é mais vasta do que seu eleitorado: ela contamina com suas ideias a direita “clássica” e até mesmo uma parte da esquerda social-liberal. O caso francês é o mais grave; o avanço da Frente Nacional ultrapassa todas as previsões, mesmo as mais pessimistas.

2. O conceito de “populismo”, empregado por alguns cientistas políticos, pela mídia e mesmo por uma parte da esquerda, não é de modo algum capaz de dar conta do fenômeno em questão, servindo apenas a semear a confusão. Se na América Latina, desde os anos 1930 até os 1960, o termo correspondia a algo relativamente preciso –o varguismo, o peronismo etc.–, seu uso na Europa a partir dos anos 1990 é cada vez mais vago e impreciso.

3. O populismo é definido como “uma posição política que está do lado do povo contra as elites”, o que é válido para quase qualquer movimento ou partido político. Esse pseudoconceito, aplicado aos partidos de extrema direita, leva, voluntariamente ou não, a legitimá-los, a torná-los mais aceitáveis, e até mesmo simpáticos –quem não é a favor do povo contra as elites?–, evitando cuidadosamente os termos que contrariam: racismo, xenofobia, fascismo, extrema direita. “Populismo” também é utilizado de maneira deliberadamente mistificadora por ideólogos neoliberais para amalgamar a extrema direita e a esquerda radical, caracterizadas como “populismo de direita” e “populismo de esquerda”, opondo-as aos políticos liberais, à Europa etc.

“VAREJO RESTRITO” EM RECESSÃO!

(Editorial Folha de SP, 16) A baixa pronunciada e até agora progressiva da atividade econômica neste ano torna-se evidente também nas vendas do varejo, indicam os números divulgados pelo IBGE a respeito do resultado do comércio em abril. As vendas do assim chamado “varejo restrito”, nas quais não se contam automóveis e materiais de construção, recuaram 0,4% em relação a março, que também foram inferiores às de fevereiro. Não se tinha notícia de tal retração desde o final de 2008, quando a economia brasileira sentia o golpe do início da grande recessão mundial.

LEMBRANDO: O CINEMA LEBLON É TOMBADO DUAS VEZES!

(Fernanda Torres – Vejinha Rio, 15) Li que o Cinema Leblon vai fechar as portas. Como pode o Leblon fechar as portas? Ele sempre esteve lá, numa das esquinas mais quentes do Rio. Assistir a um filme no Leblon é a experiência mais próxima que eu tenho da vida em um país civilizado. O Mundo Verde do lado, os restaurantes da Dias Ferreira a algumas quadras dali, a praia logo atrás, além do predinho charmoso, com os cartazes dos lançamentos.  O Leblon leva com ele um pedaço de mim.  Devia existir um decreto para impedir que, ao crescerem, as cidades deixem de ser o que são.

ELEIÇÃO NO RIO: HÁ 4 MESES QUE O QUADRO É O MESMO!

1. Pesquisas do Gerp, Vox Populi, GPP e, agora, do Ibope, elas por elas, nada mudou após a saída do Cabral do governo. Na frente –sistematicamente- entre 30% e 40% os que não marcam nenhum candidato, optando por branco, nulo e não sabe. Garotinho e Crivella continuam liderando. Garotinho um pouco a frente, no entorno dos 20%. Crivella, em seguida, um pouco abaixo dos 20%. Somam surpreendentes quase 40%. Os dois trocam votos parcialmente na mesma base, evangélica e popular.

2. Garotinho lidera com folga no Interior. E como radialista, tem uma rede de inserções em rádios. Faz uma distribuição capilar de uma “prestação de contas” sobre sua atuação em 2014 e o que fez antes. Crivella lidera na Capital. E ambos lideram na Baixada e São Gonçalo, com ampla vantagem. Crivella –depois de ser ministro- viu seu piso aumentar. Dos 14% anteriores, para 16%, em números redondos.

3. Logo após assumir o governo no lugar de Cabral e aumentar exponencialmente a sua exposição, Pezão passou a se situar no entorno superior dos 10%. E aí está. Três meses depois de sua posse, esperava-se que estivesse um pouco acima. Afinal, na conjuntura atual –pela exposição na mídia- ele é candidato sozinho. A partir de 5 de julho, acaba a propaganda do governo, não pode mais inaugurar nada e os demais passam a ter uma cobertura eleitoral. O jogo complica para ele.

4. Cesar Maia –também surpreendentemente- se mantém no entorno dos 10%. Surpreende porque não tem nenhuma exposição, não faz pré-campanha e ainda é coberto por um noticiário especulando sobre sua candidatura a partir das informações vazadas pelo PMDB. Nas contas do PMDB e de setores do PSDB, sua candidatura afetará Pezão na Capital, já que, na Capital e em Niterói, Cesar Maia aparece em segundo lugar. As pressões vindas da estratégia do PMDB-RJ para eleger seu candidato com apoio em nível presidencial continuarão até as convenções.

5. Lindbergh também surpreende, mas negativamente. Depois de uma avassaladora vitória para senador e apontado como favorito, vai se equilibrando nos 10%, apesar do noticiário que cobre sua candidatura, a pré-campanha que realiza e o apoio de Lula. E ainda terá que enfrentar a pressão da base aliada para que Lula apareça em todos os programas dos candidatos da “base-aliada”.  Mesmo privilegiando Lindbergh, não poderá se negar a aparecer nos demais, confundindo o eleitor.

6. Miro vai sendo prejudicado pelo noticiário que dá conta dos conflitos internos entre PSB e PROS em função da elegibilidade de chapas conjuntas de deputados e que o atingem como candidato. Com isso, ele que vinha passando a fronteira dos 3%, volta a ficar no entorno negativo desses 3%.

7. A perspectiva hoje é a mesma dos últimos meses: quem estiver na fronteira dos 15% tem grande chance de ir para o segundo turno.

8. Uma novidade no Rio: os institutos de pesquisa não conseguem testar os nomes para o senado, pois mesmo os três nomes que são indicados ainda não têm certeza total de suas candidaturas.

9. O mais provável é que nada mude até o final da Copa. E que só pesquisas pós-Convenções e pós-Copa, a partir do dia 15 de julho, poderão informar se há tendências sobre o quadro atual, estável desde março.

13 de junho de 2014

CRIMINALIDADE CONTINUA CRESCENDO NO RIO: ROUBOS DISPARAM!

1. O Instituto de Segurança Pública (ISP) da Secretaria de Segurança do Estado do Rio divulgou as estatísticas de criminalidade no Estado relativas à ABRIL-2014. A curva ascendente, que começou em 2012, continua se agravando.

2. Os ROUBOS (13.737 registrados) continuam crescendo em 12 meses –abril 2014/abril 2013- a taxas assombrosas: +36,3%. Como se sabe, os registros só ocorrem em parte. Ninguém que tem seu relógio, ou carteira sem documento, ou…, levados a força registra a ocorrência. Roubo cria pânico, pois se dá na presença da vítima. Lembrando: Se um ladrão toma algo que pertence à outra pessoa sem estabelecer contato com ela, comete furto. Se houver contato com a vítima, violência ou ameaça, é roubo. Assalto é um termo que não existe no direito, mas equivale ao roubo. Para a Justiça, já que envolve violência contra alguém, o roubo, descrito no artigo 157 do Código Penal, é um crime bem mais grave do que o furto. Por isso, quem é apanhado roubando pode pegar de quatro a dez anos de prisão. De acordo com o artigo 155 do mesmo Código, a pena para quem furta é de um a quatro anos de cadeia.

3. Os homicídios dolosos, abril 2014/abril 2013, cresceram +7,7% (Baixada Fluminense +27,3%). Latrocínios (roubo seguido de morte) cresceram +70%. Tentativas de Homicídio cresceram +54,2%. Roubos a Estabelecimento Comercial +43,7%. Roubos de Veículos +41%. Roubos de Carga + 27,9%. Roubos a Transeuntes +38,8%. Roubos em Coletivos +59,7%. Roubos de Aparelho Celular +41,5%. Furtos de Veículos +6%. Ameaças (Vítimas) +7,2%.

4. São dois anos da grave reversão da criminalidade no Estado do Rio que vem desde 2012. Até se pode entender que não se queira causar pânico durante a Copa. Mas em seguida, é urgente que se reconheça a situação publicamente e se defina um programa emergencial de combate à criminalidade em todo o Estado do Rio. O fato de estarmos em um processo eleitoral deveria ser um estímulo para este reconhecimento público e divulgação das medidas emergenciais.

5. De outra forma, a percepção pública será de que o governo do Estado do Rio perdeu o controle da situação.

* * *

A LEI ELEITORAL E AS COLIGAÇÕES CRUZADAS EM NÍVEL NACIONAL E ESTADUAL!

1. As coligações cruzadas em nível nacional e estadual criam claras limitações para a exposição dos candidatos a presidente na TV dos candidatos estaduais que seu partido apoia.

2. Se o partido integra outra coligação nacional, seu candidato a presidente não pode entrar na TV de candidato estadual de partido de outra coligação nacional.

3. Leia com muita atenção e releia o que diz a lei eleitoral. “Art. 45, paragrafo 6o  É permitido ao partido político utilizar na propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regional, inclusive no horário eleitoral gratuito, a imagem e a voz de candidato ou militante de partido político que integre a sua coligação em âmbito nacional. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)”

* * *

TURISMO E A COPA!

(Rogerio Gentile – Folha de SP, 12) Em tese, a competição é uma ótima oportunidade para o Brasil se vender no exterior e, com isso, aumentar o afluxo de turistas. O país recebeu no ano passado cerca de 6 milhões de viajantes, um recorde, mas não está nem entre os 40 mais visitados do mundo. A Croácia, por exemplo, recebeu cerca de 9,9 milhões em 2012 (é o 24º destino turístico). A campeã, França, foi visitada por 81,4 milhões. Na prática, no entanto, do jeito que as coisas vão, o risco de a imagem do Brasil sair chamuscada da Copa é maior do que o da seleção de Felipão perder o torneio.

* * *

IRAQUE:  CAOS E DIVISÃO DO PAÍS!

1. Os jihadistas  ex-Al Qaeda –EEIL querem fundar o Estado Islâmico –ISIS– em parte do Iraque, a partir de Mosul –segunda maior cidade do país com 1,8 milhão de habitantes que ocuparam esta semana, – e da Síria onde já são a maior força rebelde na guerra civil. Os curdos que tem ampla maioria no norte do Iraque controlaram ontem Kirkuk segundo maior centro petrolífero do país. O exército abandonou a cidade. O exército curdo defende  cidade inibindo qualquer pretensão do EEIL. Com isso sua situação se torna funcional. Os radicais avançam para Bagdá.

2. Veja o mapa gráfico do Iraque com destaque para as cidades controladas por rebeldes.

IRAQUE: CAOS E DIVISÃO DO PAÍS!

1. Os jihadistas  ex-Al Qaeda –EEIL querem fundar o Estado Islâmico –ISIS– em parte do Iraque, a partir de Mosul –segunda maior cidade do país com 1,8 milhão de habitantes que ocuparam esta semana, – e da Síria onde já são a maior força rebelde na guerra civil. Os curdos que tem ampla maioria no norte do Iraque controlaram ontem Kirkuk segundo maior centro petrolífero do país. O exército abandonou a cidade. O exército curdo defende  cidade inibindo qualquer pretensão do EEIL. Com isso sua situação se torna funcional. Os radicais avançam para Bagdá.

2. Veja o mapa gráfico do Iraque com destaque para as cidades controladas por rebeldes.

TURISMO E A COPA!

(Rogerio Gentile – Folha de SP, 12) Em tese, a competição é uma ótima oportunidade para o Brasil se vender no exterior e, com isso, aumentar o afluxo de turistas. O país recebeu no ano passado cerca de 6 milhões de viajantes, um recorde, mas não está nem entre os 40 mais visitados do mundo. A Croácia, por exemplo, recebeu cerca de 9,9 milhões em 2012 (é o 24º destino turístico). A campeã, França, foi visitada por 81,4 milhões. Na prática, no entanto, do jeito que as coisas vão, o risco de a imagem do Brasil sair chamuscada da Copa é maior do que o da seleção de Felipão perder o torneio.

A LEI ELEITORAL E AS COLIGAÇÕES CRUZADAS EM NÍVEL NACIONAL E ESTADUAL!

1. As coligações cruzadas em nível nacional e estadual criam claras limitações para a exposição dos candidatos a presidente na TV dos candidatos estaduais que seu partido apoia.

2. Se o partido integra outra coligação nacional, seu candidato a presidente não pode entrar na TV de candidato estadual de partido de outra coligação nacional.

3. Leia com muita atenção e releia o que diz a lei eleitoral. “Art. 45, paragrafo 6o  É permitido ao partido político utilizar na propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regional, inclusive no horário eleitoral gratuito, a imagem e a voz de candidato ou militante de partido político que integre a sua coligação em âmbito nacional. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)”

CRIMINALIDADE CONTINUA CRESCENDO NO RIO: ROUBOS DISPARAM!

1. O Instituto de Segurança Pública (ISP) da Secretaria de Segurança do Estado do Rio divulgou as estatísticas de criminalidade no Estado relativas à ABRIL-2014. A curva ascendente, que começou em 2012, continua se agravando.

2. Os ROUBOS (13.737 registrados) continuam crescendo em 12 meses –abril 2014/abril 2013- a taxas assombrosas: +36,3%. Como se sabe, os registros só ocorrem em parte. Ninguém que tem seu relógio, ou carteira sem documento, ou…, levados a força registra a ocorrência. Roubo cria pânico, pois se dá na presença da vítima. Lembrando: Se um ladrão toma algo que pertence à outra pessoa sem estabelecer contato com ela, comete furto. Se houver contato com a vítima, violência ou ameaça, é roubo. Assalto é um termo que não existe no direito, mas equivale ao roubo. Para a Justiça, já que envolve violência contra alguém, o roubo, descrito no artigo 157 do Código Penal, é um crime bem mais grave do que o furto. Por isso, quem é apanhado roubando pode pegar de quatro a dez anos de prisão. De acordo com o artigo 155 do mesmo Código, a pena para quem furta é de um a quatro anos de cadeia.

3. Os homicídios dolosos, abril 2014/abril 2013, cresceram +7,7% (Baixada Fluminense +27,3%). Latrocínios (roubo seguido de morte) cresceram +70%. Tentativas de Homicídio cresceram +54,2%. Roubos a Estabelecimento Comercial +43,7%. Roubos de Veículos +41%. Roubos de Carga + 27,9%. Roubos a Transeuntes +38,8%. Roubos em Coletivos +59,7%. Roubos de Aparelho Celular +41,5%. Furtos de Veículos +6%. Ameaças (Vítimas) +7,2%.

4. São dois anos da grave reversão da criminalidade no Estado do Rio que vem desde 2012. Até se pode entender que não se queira causar pânico durante a Copa. Mas em seguida, é urgente que se reconheça a situação publicamente e se defina um programa emergencial de combate à criminalidade em todo o Estado do Rio. O fato de estarmos em um processo eleitoral deveria ser um estímulo para este reconhecimento público e divulgação das medidas emergenciais.

5. De outra forma, a percepção pública será de que o governo do Estado do Rio perdeu o controle da situação.

11 de junho de 2014

MARQUETEIROS E ANALISTAS DE PESQUISAS NÃO SE ENTENDEM NO BRASIL!

1. Toda a regra tem suas exceções. Mas aqui no Brasil são poucas nesse caso.  Quase todos os analistas de pesquisas dos institutos reclamam dos publicitários que dirigem as campanhas dos candidatos majoritários. Estes dizem que os marqueteiros adoram os resultados das pesquisas, mostrando que seus candidatos vão bem e mandam logo fazer gráficos ascendentes dos seus e descendentes dos adversários.

2. “Os responsáveis pela TV dos candidatos não dão valor ao que é fundamental nas pesquisas: as informações deduzidas dos cruzamentos das perguntas, feitas com intenção de voto e com os perfis do eleitor. No máximo olham para as intenções de voto nas regiões e na idade e perfil social dos eleitores. Com isso, não conseguem antecipar tendências ainda não explícitas e que serão visíveis uns dias à frente”, afirma um importante analista.

3. Outro diz: “Para não dizer que os publicitários não leem nada das pesquisas, leem o que os jornais dizem. Mas os jornais não podem tratar do que não está ainda claro nos números que as pesquisas apresentam. E destacam o que é notícia para o leitor, o nem sempre coincide com uma antecipação de cenário, fora as curvas óbvias de quem cresce e quem cai”.

4. “Curiosamente os candidatos se interessam mais pelas informações internas às pesquisas que os seus marqueteiros. Mas fica por isso mesmo e no máximo influenciam suas declarações. Quando entra no estúdio e comenta, se comenta, o que leu nas pesquisas, isso entra por um ouvido e sai por outro. Quase nunca -ou nunca- os analistas de pesquisas são convidados para ir aos estúdios discutir os focos das comunicações.”

5. Por seu lado, alguns assessores de publicitários que aceitaram falar, concordam que o diálogo pesquisas-publicidade é escasso nas campanhas. “Acontece muito mais antes da pré-campanha. A partir daí os fatos novos são os que surgem nas campanhas e, portanto, as pesquisas não têm mais a importância que os analistas imaginam. O que interessa são as tendências abertas nas pesquisas e os cortes clássicos. Por exemplo: este ano, no máximo até abril, valia a pena analisar por dentro as pesquisas e ouvir as hipóteses dos pesquisadores. Agora vêm as convenções e a campanha. As estratégias e os dados estão lançados.”

6. Um analista de pesquisa arremata: “Curiosamente o marqueteiro diz que discorda da nossa opinião. E eu respondo: não é a minha opinião, mas o que nos informa a pesquisa. E lista campanhas perdidas por não terem dado atenção ao que disseram as pesquisas no coração das campanhas. Eles deveriam ir aos EUA acompanhar uma campanha de presidente ou governador de grande estado.”

* * *

OLHANDO A PESQUISA DO IBOPE, 04-07 DE JUNHO!

1. 57% não têm interesse nas eleições de 2014.

2. Na pesquisa espontânea 56% não marcaram ninguém.

3. Voto em Dilma decresce do menor nível de instrução ao nível superior: 48%, 42%, 37%, 23%.

4. Voto em Dilma decresce do menor nível de renda ao maior: 51%, 48%. 33%, 23%.

5. Intenção de voto: Dilma 38%, Aécio 22%, Eduardo Campos 13%. Outros 7%. Com lista de vários candidatos, 20% não marcam nenhum. Com lista de 3 são 25% que não marcam nenhum.

6. Incluindo os nomes dos vices. Aécio não altera com nenhum dos 3 (Aloysio, Tasso e Serra). Dilma não altera. Eduardo Campos, com Marina, cresce para 17%.

7. Segundo turno: Dilma vence Aécio por 9 pontos e a Campos por 11 pontos. Aécio 32% x Campos 28%. Mas incluindo vices de Aécio e Campos: 30% x 30%.

8. Apoio de FHC a Aécio não muda nada. Apoio de Lula a Dilma aumenta apenas 2 pontos. Apoio de Marina a Campos aumenta cinco pontos, para 18%.

9. Rejeição com lista de nomes: Dilma 38%. Aécio 18% e Campos 13%.

10. Avaliação Dilma: Ótimo+Bom 31%, Ruim+Péssimo 35%. / Aprova 44%, Desaprova 51% /. Confia 41%, Não Confia 53%.

11. Sem incluir o Nordeste Dilma cairia para 24% e Aécio para 19%.

* * *

PESQUISAS DE INTENÇÃO DE VOTO ESTADUAIS!

Diversos Institutos. DF, MG, PB, BA, PE, RJ, CE, SP.

Tabela Blog Maurício Romão.

OLHANDO A PESQUISA DO IBOPE, 04-07 DE JUNHO!

1. 57% não têm interesse nas eleições de 2014.

2. Na pesquisa espontânea 56% não marcaram ninguém.

3. Voto em Dilma decresce do menor nível de instrução ao nível superior: 48%, 42%, 37%, 23%.

4. Voto em Dilma decresce do menor nível de renda ao maior: 51%, 48%. 33%, 23%.

5. Intenção de voto: Dilma 38%, Aécio 22%, Eduardo Campos 13%. Outros 7%. Com lista de vários candidatos, 20% não marcam nenhum. Com lista de 3 são 25% que não marcam nenhum.

6. Incluindo os nomes dos vices. Aécio não altera com nenhum dos 3 (Aloysio, Tasso e Serra). Dilma não altera. Eduardo Campos, com Marina, cresce para 17%.

7. Segundo turno: Dilma vence Aécio por 9 pontos e a Campos por 11 pontos. Aécio 32% x Campos 28%. Mas incluindo vices de Aécio e Campos: 30% x 30%.

8. Apoio de FHC a Aécio não muda nada. Apoio de Lula a Dilma aumenta apenas 2 pontos. Apoio de Marina a Campos aumenta cinco pontos, para 18%.

9. Rejeição com lista de nomes: Dilma 38%. Aécio 18% e Campos 13%.

10. Avaliação Dilma: Ótimo+Bom 31%, Ruim+Péssimo 35%. / Aprova 44%, Desaprova 51% /. Confia 41%, Não Confia 53%.

11. Sem incluir o Nordeste Dilma cairia para 24% e Aécio para 19%.

MARQUETEIROS E ANALISTAS DE PESQUISAS NÃO SE ENTENDEM NO BRASIL!

1. Toda a regra tem suas exceções. Mas aqui no Brasil são poucas nesse caso.  Quase todos os analistas de pesquisas dos institutos reclamam dos publicitários que dirigem as campanhas dos candidatos majoritários. Estes dizem que os marqueteiros adoram os resultados das pesquisas, mostrando que seus candidatos vão bem e mandam logo fazer gráficos ascendentes dos seus e descendentes dos adversários.

2. “Os responsáveis pela TV dos candidatos não dão valor ao que é fundamental nas pesquisas: as informações deduzidas dos cruzamentos das perguntas, feitas com intenção de voto e com os perfis do eleitor. No máximo olham para as intenções de voto nas regiões e na idade e perfil social dos eleitores. Com isso, não conseguem antecipar tendências ainda não explícitas e que serão visíveis uns dias à frente”, afirma um importante analista.

3. Outro diz: “Para não dizer que os publicitários não leem nada das pesquisas, leem o que os jornais dizem. Mas os jornais não podem tratar do que não está ainda claro nos números que as pesquisas apresentam. E destacam o que é notícia para o leitor, o nem sempre coincide com uma antecipação de cenário, fora as curvas óbvias de quem cresce e quem cai”.

4. “Curiosamente os candidatos se interessam mais pelas informações internas às pesquisas que os seus marqueteiros. Mas fica por isso mesmo e no máximo influenciam suas declarações. Quando entra no estúdio e comenta, se comenta, o que leu nas pesquisas, isso entra por um ouvido e sai por outro. Quase nunca -ou nunca- os analistas de pesquisas são convidados para ir aos estúdios discutir os focos das comunicações.”

5. Por seu lado, alguns assessores de publicitários que aceitaram falar, concordam que o diálogo pesquisas-publicidade é escasso nas campanhas. “Acontece muito mais antes da pré-campanha. A partir daí os fatos novos são os que surgem nas campanhas e, portanto, as pesquisas não têm mais a importância que os analistas imaginam. O que interessa são as tendências abertas nas pesquisas e os cortes clássicos. Por exemplo: este ano, no máximo até abril, valia a pena analisar por dentro as pesquisas e ouvir as hipóteses dos pesquisadores. Agora vêm as convenções e a campanha. As estratégias e os dados estão lançados.”

6. Um analista de pesquisa arremata: “Curiosamente o marqueteiro diz que discorda da nossa opinião. E eu respondo: não é a minha opinião, mas o que nos informa a pesquisa. E lista campanhas perdidas por não terem dado atenção ao que disseram as pesquisas no coração das campanhas. Eles deveriam ir aos EUA acompanhar uma campanha de presidente ou governador de grande estado.”

10 de junho de 2014

O ELEITOR BRASILEIRO ESTÁ SATISFEITO OU INSATISFEITO? DEPENDE!

1. Recentemente, toda a imprensa brasileira divulgou uma pesquisa do conceituadíssimo instituto norte-americano PEW RESEARCH sobre a conjuntura brasileira. A pesquisa foi realizada em abril.

2. A resposta que teve o maior destaque na imprensa -inclusive com gráfico- foi sobre satisfação do brasileiro. INSATISFEITOS 72%. SATISFEITOS 26%.

3. Na última pesquisa de maio, do IBOPE, o resumo executivo deu o seguinte resultado: INSATISFEITOS 17%. SATISFEITOS 71%.

4. A diferença é de tal tamanho que se foi entender as razões. Como se sabe, dependendo das perguntas aparentemente semelhantes, os resultados podem ser diferentes e muito diferentes, como foi o caso.

5. O PEW RESEARCH perguntou: “Em geral, você está satisfeito ou insatisfeito com o modo como as coisas vão no seu país?”

6. O IBOPE perguntou: “Como o(a) sr(a) diria que se sente  com relação à vida que vem levando hoje? Muito Satisfeito/Satisfeito, Muito Insatisfeito/Insatisfeito.”

7. Ou seja. Pew quer saber a opinião de uma pessoa sobre o país. IBOPE quer saber de como a pessoa se sente consigo mesma.

8. Perguntas aparentemente semelhantes, mas que -no fundo- são muito diferentes e por isso as respostas são antípodas.

9. Por isso há que se ter muito cuidado numa leitura apressada de pesquisas. Leia primeiro a pergunta que foi feita ao eleitor e depois compare e avalie os números.

* * *

E O QUE OS CANDIDATOS MAJORITÁRIOS DEVEM APRENDER COM AS PERGUNTAS ACIMA, DE PEW E DO IBOPE?

1. Em resumo: quando se avalia –hoje- o índice de satisfação do eleitor em si, ele descola essa avaliação da situação externa a ele, da situação do país, ou de seu estado ou de sua cidade. A resposta é positiva e o valoriza.

2. Quando se avalia –hoje- o índice de satisfação por sua visão de seu país, estado ou cidade, externa a ele, a resposta do eleitor é negativa e desvaloriza o entorno.

3. Portanto, a comunicação dos candidatos majoritários sobre a crise econômica deve estar dirigida ao ambiente externo aos eleitores  e nunca permitir que o eleitor compreenda a crítica como se fosse dirigida a ele. É uma sutileza, mas que os redatores dos teleprompter devem cuidar. E da mesma forma os media-training devem orientá-los.

* * *

SÃO PAULO: FALTOU ÁGUA  E LUZ, CRESCERAM AS GREVES, AS MANIFESTAÇÕES E A VIOLÊNCIA E DILMA DESPENCA!

(Datafolha – S. Paulo – Folha de SP, 10) 1. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) venceriam a presidente Dilma Rousseff num eventual segundo turno. E com folga. Com o tucano, o resultado seria 46% a 34%. Com o ex-governador de Pernambuco, 43% a 34%.  Em São Paulo, a rejeição a Dilma chega a 46%. Em todas as outras regiões é de 32%. Em São Paulo, só 23% aprovam o atual governo. Em todas as outras regiões, 36%.

2. Em São Paulo, os eleitores são mais pessimistas que os demais brasileiros em todas as questões econômicas. Entre eles, 69% acham que a inflação vai subir, 52% temem aumento do desemprego, 48% entendem que o poder de compra irá diminuir.  A maioria dos paulistas (54%) também sente mais vergonha que orgulho pela organização da Copa no Brasil.

3. A dificuldade de Dilma no Estado fica evidente desde o primeiro turno. Nessa simulação, Aécio aparece tecnicamente empatado com a petista na liderança: 23% para ela, 20% para ele. Campos tem 6%, seguido de perto por dois pré-candidatos evangélicos, o Pastor Everaldo Pereira (PSC), com 4%, e o senador Magno Malta (PR-ES), com 3%. O pré-candidato do PSTU, José Maria, marca 2%.

4. No país, 30% do eleitorado não tem candidato. Em São Paulo, a soma de brancos, nulos e indecisos é ainda maior: 37%.  O Datafolha entrevistou 2.029 pessoas em São Paulo.

SÃO PAULO: FALTOU ÁGUA E LUZ, CRESCERAM AS GREVES, AS MANIFESTAÇÕES E A VIOLÊNCIA E DILMA DESPENCA!

(Datafolha – S. Paulo – Folha de SP, 10) 1. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) venceriam a presidente Dilma Rousseff num eventual segundo turno. E com folga. Com o tucano, o resultado seria 46% a 34%. Com o ex-governador de Pernambuco, 43% a 34%.  Em São Paulo, a rejeição a Dilma chega a 46%. Em todas as outras regiões é de 32%. Em São Paulo, só 23% aprovam o atual governo. Em todas as outras regiões, 36%.

2. Em São Paulo, os eleitores são mais pessimistas que os demais brasileiros em todas as questões econômicas. Entre eles, 69% acham que a inflação vai subir, 52% temem aumento do desemprego, 48% entendem que o poder de compra irá diminuir.  A maioria dos paulistas (54%) também sente mais vergonha que orgulho pela organização da Copa no Brasil.

3. A dificuldade de Dilma no Estado fica evidente desde o primeiro turno. Nessa simulação, Aécio aparece tecnicamente empatado com a petista na liderança: 23% para ela, 20% para ele. Campos tem 6%, seguido de perto por dois pré-candidatos evangélicos, o Pastor Everaldo Pereira (PSC), com 4%, e o senador Magno Malta (PR-ES), com 3%. O pré-candidato do PSTU, José Maria, marca 2%.

4. No país, 30% do eleitorado não tem candidato. Em São Paulo, a soma de brancos, nulos e indecisos é ainda maior: 37%.  O Datafolha entrevistou 2.029 pessoas em São Paulo.

E O QUE OS CANDIDATOS MAJORITÁRIOS DEVEM APRENDER COM AS PERGUNTAS ACIMA, DE PEW E DO IBOPE?

1. Em resumo: quando se avalia –hoje- o índice de satisfação do eleitor em si, ele descola essa avaliação da situação externa a ele, da situação do país, ou de seu estado ou de sua cidade. A resposta é positiva e o valoriza.

2. Quando se avalia –hoje- o índice de satisfação por sua visão de seu país, estado ou cidade, externa a ele, a resposta do eleitor é negativa e desvaloriza o entorno.

3. Portanto, a comunicação dos candidatos majoritários sobre a crise econômica deve estar dirigida ao ambiente externo aos eleitores  e nunca permitir que o eleitor compreenda a crítica como se fosse dirigida a ele. É uma sutileza, mas que os redatores dos teleprompter devem cuidar. E da mesma forma os media-training devem orientá-los.

O ELEITOR BRASILEIRO ESTÁ SATISFEITO OU INSATISFEITO? DEPENDE!

1. Recentemente, toda a imprensa brasileira divulgou uma pesquisa do conceituadíssimo instituto norte-americano PEW RESEARCH sobre a conjuntura brasileira. A pesquisa foi realizada em abril.

2. A resposta que teve o maior destaque na imprensa -inclusive com gráfico- foi sobre satisfação do brasileiro. INSATISFEITOS 72%. SATISFEITOS 26%.

3. Na última pesquisa de maio, do IBOPE, o resumo executivo deu o seguinte resultado: INSATISFEITOS 17%. SATISFEITOS 71%.

4. A diferença é de tal tamanho que se foi entender as razões. Como se sabe, dependendo das perguntas aparentemente semelhantes, os resultados podem ser diferentes e muito diferentes, como foi o caso.

5. O PEW RESEARCH perguntou: “Em geral, você está satisfeito ou insatisfeito com o modo como as coisas vão no seu país?”

6. O IBOPE perguntou: “Como o(a) sr(a) diria que se sente  com relação à vida que vem levando hoje? Muito Satisfeito/Satisfeito, Muito Insatisfeito/Insatisfeito.”

7. Ou seja. Pew quer saber a opinião de uma pessoa sobre o país. IBOPE quer saber de como a pessoa se sente consigo mesma.

8. Perguntas aparentemente semelhantes, mas que -no fundo- são muito diferentes e por isso as respostas são antípodas.

9. Por isso há que se ter muito cuidado numa leitura apressada de pesquisas. Leia primeiro a pergunta que foi feita ao eleitor e depois compare e avalie os números.

09 de junho de 2014

CURIOSIDADES SOBRE A PESQUISA DATAFOLHA DE JUNHO-2014!

1. Na Lista 2 com Lula: 37% dos que marcaram Lula não marcaram Dilma na Lista 1. / 13% dos que marcaram Aécio na Lista 1 não marcaram Aécio na lista 2 com Lula/ 29% dos que marcaram Campos na Lista 1 não o marcaram na Lista 2 com Lula.

2. Evangélicos Pentecostais (21,5% do total): Dilma 29%, Aécio 15%, Pastor Everaldo 11%, Campos 6%, Magno Malta (evangélico) 4%.

3. Não votariam em quem X apoiasse. FHC 57%, Marina 42%, Lula e Joaquim Barbosa 36%.

4. Na intenção de voto lista 1 Dilma tem 34%. Na intenção de voto lista 2 Lula tem 44%. De onde vieram estes 10 pontos de aumento? De Aécio e Campos: 2 pontos. Dos demais candidatos 3 pontos. Dos que na lista 1 não escolheram nenhum nome: 5 pontos.

5. Dilma x Aécio+Campos: Norte 44% x 23% / Nordeste 48% x 21% / Centro-Oeste 34% x 26% / Sul 31% x 27% / Sudeste 26% x 29%.

6. Na pesquisa Datafolha 33,6% moram em cidades com menos de 50 mil habitantes e 29,2% em cidades com mais de 500 mil habitantes. A intenção de voto em Dilma é decrescente das menores às maiores: 40%, 35%, 30% e 29%.

7. São 74% os que querem um governo diferente. Entre os que marcaram Dilma, 48% querem um governo diferente.

8. O ótimo+bom de Dilma cresce com mais idade: 16 a 24 anos: 23%. 25 a 34 anos: 31%, 40 a 59 anos: 37% e mais de 60 anos 39%.

9. Ex-presidentes. Lula ótimo+bom 71% e ruim+péssimo 9% / FHC ótimo+bom 30% e ruim+péssimo 24%.

10. 51% apoiam os protestos que tem ocorrido nas cidades e 40% não apoiam.

11. São 52% dos que marcaram Dilma e acham que a Inflação vai aumentar.

12. 42% acham que a SUA PRÓPRIA situação econômica vai melhorar.  Para 16% vai piorar. // 26% acham que situação econômica do PAÍS vai melhorar e 36% que vai piorar.

* * *

LULA SE INSINUA COMO CANDIDATO A PRESIDENTE!

1. (Folha de SP, 09) Lula pede mudanças na economia e cobra titular do Tesouro. Em seminário promovido pelo jornal “El País” em Porto Alegre na sexta-feira (6), o ex-presidente Lula cobrou mudanças nos rumos da política econômica e citou nominalmente o secretário do Tesouro, Arno Augustin, que estava na plateia. Lula criticou o aperto na concessão de crédito e disse que, se depender de Augustin, “a gente não faz nada”.

2. (Ex-Blog)  70% dos eleitores querem mudança. E Lula diz que quer também. Hummmm. Cada vez que Lula diz que quer alguma mudança, fica mais claro que o projeto de ser candidato a presidente no lugar da Dilma está em cima da mesa, aguardando as próximas pesquisas.

* * *

PREFEITURA VENDE TERRENOS PARA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!  POR QUÊ?

(Gilberto Scofield Jr. – Globo, 07) 1. Prefeitura e vereadores poderiam aproveitar a ideia de vender 19 terrenos e prédios públicos espalhados em vários bairros da cidade para discutir com as associações de moradores como aproveitar melhor esses espaços urbanos em benefício das comunidades. Percebo que o Rio não vive exatamente um período de dificuldades financeiras, então o momento para pensar urbanisticamente a cidade não poderia ser melhor.

2. Será que cada bairro desses onde ficam os terrenos e os imóveis precisa mesmo de especulação imobiliária? Ou há carências específicas? Muitos bairros precisam de tudo, menos de uma nova torre comercial de mil andares e que arraste para ali uma infinidade de carros em ruas já saturadas em termos de mobilidade. Do ponto de vista da ação pública, muitos bairros carecem de áreas de lazer, escolas, estacionamentos, praças, bibliotecas, postos de saúde, creches. Em alguns lugares, esses serviços/espaços públicos simplesmente não existem. Em outros, o que existe ficou insuficiente para atender com conforto a comunidade.

* * *

BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL!

(El Pais, 06) 1. Os preços dos imóveis em algumas das principais cidades brasileiras reforçam a ideia de que há uma desaceleração no mercado imobiliário no país. Na semana passada o índice do valor das moradias anunciados na Internet mostrou que o aumento anual do preço por metro quadrado perdeu força pelo sexto mês consecutivo. É mais um ingrediente para a acalorada discussão entre aqueles que acreditam que há uma bolha imobiliária que pode estar esvaziando, sem nunca ter chegado a estourar.

2. “Todos acreditam que para existir uma bolha, é necessário que estoure. Mas pode ser que passe lentamente”, diz William Eid Junior, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo ele, “A atual desaceleração nos preços é clara, após o aumento disparado dos últimos anos”, acrescenta.

3. A escalada dos preços desde 2008 até o mês passado foi de 252% no Rio e 203% em São Paulo, o que inclusive chamou a atenção do Nobel de Economia Robert Shiller, que previu o colapso do setor imobiliário nos EUA, que levou à crise de 2008.  Em São Paulo, a maior cidade do país, dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (SECOVI-SP) mostram que foram vendidas 3.755 unidades de janeiro a março, cerca de 45% a menos do que no primeiro trimestre de 2013.

4. No resultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre do ano, divulgado na semana passada, o setor de construção civil teve um decréscimo de 2,3% em comparação com os últimos três meses de 2013.