EXERCÍCIO PARA PROJETAR OS RESULTADOS E NECESSIDADES ELEITORAIS PARA PRESIDENTE!

1. Muito mais simples e efetivo para projetar as necessidades eleitorais dos candidatos é trabalhar com porcentagens nas regiões estratégicas. Vejamos projetando os números atuais de pesquisas de Dilma x Aécio no primeiro turno. Uma hipótese apenas.

2. O Nordeste tem 27,7% dos eleitores. Se Dilma abrir sobre Aécio 30 pontos, livra uma vantagem de 8,3 pontos em nível nacional. Minas Gerais tem 10,2% dos eleitores.  Se Aécio abrir 30 pontos sobre Dilma, livra 3 pontos. S. Paulo tem 21,7% dos eleitores. Se Aécio abrir 10 pontos sobre Dilma, terá 2,2 pontos de vantagem, arredondando.

3. Isolando estas 3 regiões, Dilma ainda tem a vantagem de 8,3 – (3 + 2,2) = 3,1 pontos.

4. Suponha que no restante do Sudeste a eleição fique empatada. Suponha que no Sul Aécio livre 10 pontos sobre Dilma. O Sul tem 14,3% dos eleitores o que daria para Aécio 1,4 pontos de vantagem.

5. Com isso, Dilma ainda teria vantagem de 1,7 pontos.  O Norte tem 8,4% dos eleitores. Suponha que Dilma tenha vantagem de 20 pontos. São 1,6 pontos de vantagem. O saldo seria favorável a Dilma em 3 pontos.

6. O Centro-Oeste tem 7,5% dos eleitores. Suponha que Aécio ganhe de Dilma aqui por 20 pontos. São 1,5 pontos de vantagem. Saldo geral 1,5 pontos a favor de Dilma.

7. São apenas hipóteses usadas como exemplo. Cada um, em especial a assessoria próxima dos candidatos, deveria usar as porcentagens objetivas do eleitorado por região e grandes estados e aplicar suas próprias hipóteses em cada pesquisa confiável que receber.

8. E assim definir a concentração de esforços regionais dos candidatos de forma a reduzir a diferença ou ampliar a diferença conforme cada caso, cada região.

25 de junho de 2014

QUAL O PISO DE DILMA? DADOS DO IBOPE-BRASIL: PESQUISA ENTRE 13-15/06!

1. As pesquisas que se sucedem mostram uma curva declinante na avaliação da presidente Dilma. Em relação à intenção de voto, há uma certa estabilidade dos candidatos nesses últimos 2 meses. Nessa do Ibope, Dilma teve 39%, Aécio 21%, Eduardo Campos 10%, Demais 9% e Nenhum deles 21%.

2. A curva declinante da avaliação de Dilma levanta a pergunta sobre qual o piso de Dilma na decisão de voto do eleitor.  Para isso, se recorta nas respostas favoráveis a menor porcentagem obtida por Dilma. Vejamos.

3. Na intenção de voto espontânea Dilma teve 25%. Entre os com nível superior 26%. Os que ganham mais de 10 SM: 24%. No Sul 30%. Nas Capitais 32%. Em cidades com mais de 100 mil habitantes 33%. Entre aqueles que dizem que votariam com certeza nela são 32%.

4. Entre os que acham o governo de Dilma ótimo+bom, as piores somas foram: Sudeste e Sul 27%. Capitais 23%. Cidades com mais de 100 mil habitantes 24%. Pessoas com renda maior que 10 SM: 26%. Com nível superior 22%.

5. Entre os que aprovam Dilma os piores resultados são: Nível Superior 30%, Mais de 10 SM 29%. / Entre os que confiam em Dilma os piores resultados são: Nível Superior 28%, Sudeste e Sul 34%. Mais de 10 SM: 22%.

6. Finalmente, aqueles que aprovam as ações de governo relativas a: Taxa de Juros são 21%, Desemprego 37%, Segurança 21%, Inflação 21%, Fome-Pobreza 41%, Impostos 15%, Saúde 19% e Educação 30%.

OBS.: A última pergunta sobre memória do noticiário da imprensa, 50% se lembravam das noticias sobre manifestações de todo tipo, desde as iniciais, às violentas, às graves.

* * *

IMAGEM DO BRASIL DEPRECIA!

(Andrés Oppenheimer – LA NACION, 24) 1. Simon Anholt, consultor britânico que publica um ranking anual a respeito da imagem dos países no mundo, me disse que o Brasil tem uma boa imagem internacional, mas “branda”. “É um país considerado decorativo, que não serve para nada”, disse Anholt. “Isso é ruim porque limita o seu potencial econômico.”

2. O último índice Marca Nacion Anholt-GFK Roper mostra que o Brasil, a sexta economia mundial, ficou em 20º lugar entre 50 países no ranking geral. Ocupa o 10º lugar em cultura, mas está abaixo do 20º quando se pergunta aos entrevistados se comprariam um carro brasileiro.

3. Isso faz com que o Brasil possa vender pacote de férias ou música, mas vai ser mais difícil exportar software de computador. A Embraer é uma exceção à regra, porque não vende suas aeronaves para consumidores privados, disse Anholt.

* * *

COMÉRCIO DO RIO PERDE MUITO COM A COPA! 

(blog do Ancelmo, 24) 1. A estimativa é do Clube dos Diretores Lojistas. Se o Brasil permanecer até o final da Copa (e quase todo mundo quer), a perda do comércio no Rio de Janeiro está calculada em R$ 1 bilhão 900 milhões. Isso equivale a até 70% de prejuízo, com base no faturamento médio do comércio do Rio, que gira em torno de R$ 370 milhões por dia. A informação foi dada ao nosso blog pelo presidente do CDL, Aldo Gonçalves.

2.  O presidente do CDL observa ainda que os turistas estrangeiros que vieram para o Mundial não estão comprando nada além de alimentos por causa da carga de impostos dos nossos produtos.  — São turistas com menor poder aquisitivo, que vão ao supermercado fazer compras para comer no quarto — disse Aldo.

COMÉRCIO DO RIO PERDE MUITO COM A COPA!

(blog do Ancelmo, 24) 1. A estimativa é do Clube dos Diretores Lojistas. Se o Brasil permanecer até o final da Copa (e quase todo mundo quer), a perda do comércio no Rio de Janeiro está calculada em R$ 1 bilhão 900 milhões. Isso equivale a até 70% de prejuízo, com base no faturamento médio do comércio do Rio, que gira em torno de R$ 370 milhões por dia. A informação foi dada ao nosso blog pelo presidente do CDL, Aldo Gonçalves.

2.  O presidente do CDL observa ainda que os turistas estrangeiros que vieram para o Mundial não estão comprando nada além de alimentos por causa da carga de impostos dos nossos produtos.  — São turistas com menor poder aquisitivo, que vão ao supermercado fazer compras para comer no quarto — disse Aldo.

IMAGEM DO BRASIL DEPRECIA!

(Andrés Oppenheimer – LA NACION, 24) 1. Simon Anholt, consultor britânico que publica um ranking anual a respeito da imagem dos países no mundo, me disse que o Brasil tem uma boa imagem internacional, mas “branda”. “É um país considerado decorativo, que não serve para nada”, disse Anholt. “Isso é ruim porque limita o seu potencial econômico.”

2. O último índice Marca Nacion Anholt-GFK Roper mostra que o Brasil, a sexta economia mundial, ficou em 20º lugar entre 50 países no ranking geral. Ocupa o 10º lugar em cultura, mas está abaixo do 20º quando se pergunta aos entrevistados se comprariam um carro brasileiro.

3. Isso faz com que o Brasil possa vender pacote de férias ou música, mas vai ser mais difícil exportar software de computador. A Embraer é uma exceção à regra, porque não vende suas aeronaves para consumidores privados, disse Anholt.

QUAL O PISO DE DILMA? DADOS DO IBOPE-BRASIL: PESQUISA ENTRE 13-15/06!

1. As pesquisas que se sucedem mostram uma curva declinante na avaliação da presidente Dilma. Em relação à intenção de voto, há uma certa estabilidade dos candidatos nesses últimos 2 meses. Nessa do Ibope, Dilma teve 39%, Aécio 21%, Eduardo Campos 10%, Demais 9% e Nenhum deles 21%.

2. A curva declinante da avaliação de Dilma levanta a pergunta sobre qual o piso de Dilma na decisão de voto do eleitor.  Para isso, se recorta nas respostas favoráveis a menor porcentagem obtida por Dilma. Vejamos.

3. Na intenção de voto espontânea Dilma teve 25%. Entre os com nível superior 26%. Os que ganham mais de 10 SM: 24%. No Sul 30%. Nas Capitais 32%. Em cidades com mais de 100 mil habitantes 33%. Entre aqueles que dizem que votariam com certeza nela são 32%.

4. Entre os que acham o governo de Dilma ótimo+bom, as piores somas foram: Sudeste e Sul 27%. Capitais 23%. Cidades com mais de 100 mil habitantes 24%. Pessoas com renda maior que 10 SM: 26%. Com nível superior 22%.

5. Entre os que aprovam Dilma os piores resultados são: Nível Superior 30%, Mais de 10 SM 29%. / Entre os que confiam em Dilma os piores resultados são: Nível Superior 28%, Sudeste e Sul 34%. Mais de 10 SM: 22%.

6. Finalmente, aqueles que aprovam as ações de governo relativas a: Taxa de Juros são 21%, Desemprego 37%, Segurança 21%, Inflação 21%, Fome-Pobreza 41%, Impostos 15%, Saúde 19% e Educação 30%.

OBS.: A última pergunta sobre memória do noticiário da imprensa, 50% se lembravam das noticias sobre manifestações de todo tipo, desde as iniciais, às violentas, às graves.

24 de junho de 2014

SUN TZU E A CAMPANHA ELEITORAL!

1. Sun Tsu (500 aC) é sempre atual, com seus ensinamentos em A Arte da Guerra. As analogias funcionam até hoje, no campo político, empresarial, social e pessoal. Numa campanha eleitoral –e a expressão campanha é uma expressão de guerra- a analogia é direta.

2. Os destaques em A Arte da Guerra passam pelo conhecimento do adversário e seu próprio, pelos fatores espaço e tempo, pela unidade de comando, pelos objetivos e –principalmente- pela Estratégia. Sun Tsu lembra que a guerra não é um objetivo em si mesmo. Que o ideal seria vencer sem lutar, sem perdas humanas e sem custo.

3. Conhecer o adversário e a si mesmo é ponto fundamental para saber que estocadas produzem dano eleitoral progressivo e que afirmações/ações produzem ganho. Sun Tsu não tinha pesquisas a sua disposição: contava com sua experiência, intuição e genialidade. Mas agora há. Um candidato que conhece de fato –com pesquisas de sustentação- seu adversário, e –claro- a si mesmo, não deve se preocupar com as batalhas –pesquisa de intenção de voto- durante a campanha. Deve avaliar se sua campanha está produzindo dano eleitoral em seu adversário e reforçando seus próprios pontos fortes –temáticos, sociais e locais.

4. Num quadro de reeleição com visibilidades distintas entre candidatos, num quadro continua/não continua no primeiro turno, ter paciência. A opinião pública se forma por proximidade e por ondas –antípodas- que chegam e partem primeiro dos que têm mais informação. A onda começa a chegar aos setores de menor renda, em tempo bem maior. A propaganda pode acelerar ou atrasar, não mudar tendências cristalizadas.

5. A ação da oposição –e os erros do governo, consequência da arrogância e sensação de ter todo o poder- produzem danos políticos.  As estratégias em uma campanha eleitoral têm dois focos gerais: no processo eleitoral –tática- e na política -estratégica. Mas deve prevalecer sempre a política/estratégia. Ela conduzirá a vitória.

6. O History Channel, num documentário sobre A Arte da Guerra de Sun Tzu, destacou dois exemplos. Num primeiro –A Ofensiva do TET no Vietnam- em múltiplos locais: todos os confrontos/batalhas foram militarmente vencidos pelo exército americano. Mas os danos na auto-percepção do exército dos EUA, na percepção politica internacional, especialmente nos EUA e na moral dos vietnamitas, conformaram um ponto de inflexão.

7. Em outro –e esse é um caso “suntzuano”- fundamental, o coronel “Summers” vai a Hanói negociar a retirada do exército dos EUA. Sentam frente a frente –o representante do governo do Vietnam e o coronel dos EUA. O coronel abriu a conversa dizendo: Bem, de qualquer forma nós, nessa guerra, não perdemos uma batalha sequer. E de bate pronto o vietnamita respondeu: E isso é absolutamente IRRELEVANTE. Por isso estamos aqui.

8. Perder em pesquisas de intenção de voto é totalmente IRRELEVANTE, desde que a estratégia esteja avançando, produzindo danos progressivos no adversário e reforçando os próprios pontos vitais. E pesquisas feitas com um lastro na estratégia, que mensurem danos progressivos x afirmação dos pontos fortes permitem acentuar as tendências e aguardar com paciência os dias finais da campanha, com a certeza de um segundo turno inexorável.

* * *

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA!

(Leôncio Martins Rodrigues, cientista político – Folha de SP, 22) O recrutamento para a classe política está se fazendo cada vez mais na classe média e, em menor medida, nas classes trabalhadoras. Observei isso em pesquisas sobre a composição social da Câmara. A proporção de deputados vindos das classes altas, ricas ou proprietárias tem diminuído. Em 1998, deputados empresários ocupavam 45% das cadeiras. Em 2010, baixaram para 37%. A queda foi maior entre os empresários rurais, de 12% para 8%. Os urbanos mantiveram sua participação, mas entre eles há muitos pequenos empresários, nem sempre ricos.

* * *

ASFIXIA FINANCEIRA DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS PELO CRÉDITO CONSIGNADO!

(Folha de SP, 22) Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões. Também ultrapassa, de longe, a expansão de 3,7% dos empréstimos consignados a funcionários públicos.

* * *

QUEM OUVE RÁDIO SABE DO GOL ANTES DE QUEM VÊ NA TV OU INTERNET!

(Folha de SP, 24) 1. Em tempos de Copa do Mundo, poucas coisas são tão irritantes como ver o atacante armando uma jogada fulminante na sua televisão enquanto o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol. O problema acontece em razão das diferentes formas de transmissão disponíveis hoje –antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico e o bombril na antena que supostamente o turbinava. As transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria.

2. Os atrasos acontecem porque o sinal digital passa por um processo de codificação, compressão e decodificação, fazendo com que leve mais tempo para chegar às casas. No analógico, as imagens e o áudio dos jogos são entregues quase diretamente ao telespectador. Entre os meios digitais, também há diferenças. Imagens em HD, por exemplo, são mais “pesadas”, por isso demoram mais para chegar.

QUEM OUVE RÁDIO SABE DO GOL ANTES DE QUEM VÊ NA TV OU INTERNET!

(Folha de SP, 24) 1. Em tempos de Copa do Mundo, poucas coisas são tão irritantes como ver o atacante armando uma jogada fulminante na sua televisão enquanto o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol. O problema acontece em razão das diferentes formas de transmissão disponíveis hoje –antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico e o bombril na antena que supostamente o turbinava. As transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria.

2. Os atrasos acontecem porque o sinal digital passa por um processo de codificação, compressão e decodificação, fazendo com que leve mais tempo para chegar às casas. No analógico, as imagens e o áudio dos jogos são entregues quase diretamente ao telespectador. Entre os meios digitais, também há diferenças. Imagens em HD, por exemplo, são mais “pesadas”, por isso demoram mais para chegar.

ASFIXIA FINANCEIRA DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS PELO CRÉDITO CONSIGNADO!

(Folha de SP, 22) Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões. Também ultrapassa, de longe, a expansão de 3,7% dos empréstimos consignados a funcionários públicos.

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA!

(Leôncio Martins Rodrigues, cientista político – Folha de SP, 22) O recrutamento para a classe política está se fazendo cada vez mais na classe média e, em menor medida, nas classes trabalhadoras. Observei isso em pesquisas sobre a composição social da Câmara. A proporção de deputados vindos das classes altas, ricas ou proprietárias tem diminuído. Em 1998, deputados empresários ocupavam 45% das cadeiras. Em 2010, baixaram para 37%. A queda foi maior entre os empresários rurais, de 12% para 8%. Os urbanos mantiveram sua participação, mas entre eles há muitos pequenos empresários, nem sempre ricos.

SUN TZU E A CAMPANHA ELEITORAL!

1. Sun Tsu (500 aC) é sempre atual, com seus ensinamentos em A Arte da Guerra. As analogias funcionam até hoje, no campo político, empresarial, social e pessoal. Numa campanha eleitoral –e a expressão campanha é uma expressão de guerra- a analogia é direta.

2. Os destaques em A Arte da Guerra passam pelo conhecimento do adversário e seu próprio, pelos fatores espaço e tempo, pela unidade de comando, pelos objetivos e –principalmente- pela Estratégia. Sun Tsu lembra que a guerra não é um objetivo em si mesmo. Que o ideal seria vencer sem lutar, sem perdas humanas e sem custo.

3. Conhecer o adversário e a si mesmo é ponto fundamental para saber que estocadas produzem dano eleitoral progressivo e que afirmações/ações produzem ganho. Sun Tsu não tinha pesquisas a sua disposição: contava com sua experiência, intuição e genialidade. Mas agora há. Um candidato que conhece de fato –com pesquisas de sustentação- seu adversário, e –claro- a si mesmo, não deve se preocupar com as batalhas –pesquisa de intenção de voto- durante a campanha. Deve avaliar se sua campanha está produzindo dano eleitoral em seu adversário e reforçando seus próprios pontos fortes –temáticos, sociais e locais.

4. Num quadro de reeleição com visibilidades distintas entre candidatos, num quadro continua/não continua no primeiro turno, ter paciência. A opinião pública se forma por proximidade e por ondas –antípodas- que chegam e partem primeiro dos que têm mais informação. A onda começa a chegar aos setores de menor renda, em tempo bem maior. A propaganda pode acelerar ou atrasar, não mudar tendências cristalizadas.

5. A ação da oposição –e os erros do governo, consequência da arrogância e sensação de ter todo o poder- produzem danos políticos.  As estratégias em uma campanha eleitoral têm dois focos gerais: no processo eleitoral –tática- e na política -estratégica. Mas deve prevalecer sempre a política/estratégia. Ela conduzirá a vitória.

6. O History Channel, num documentário sobre A Arte da Guerra de Sun Tzu, destacou dois exemplos. Num primeiro –A Ofensiva do TET no Vietnam- em múltiplos locais: todos os confrontos/batalhas foram militarmente vencidos pelo exército americano. Mas os danos na auto-percepção do exército dos EUA, na percepção politica internacional, especialmente nos EUA e na moral dos vietnamitas, conformaram um ponto de inflexão.

7. Em outro –e esse é um caso “suntzuano”- fundamental, o coronel “Summers” vai a Hanói negociar a retirada do exército dos EUA. Sentam frente a frente –o representante do governo do Vietnam e o coronel dos EUA. O coronel abriu a conversa dizendo: Bem, de qualquer forma nós, nessa guerra, não perdemos uma batalha sequer. E de bate pronto o vietnamita respondeu: E isso é absolutamente IRRELEVANTE. Por isso estamos aqui.

8. Perder em pesquisas de intenção de voto é totalmente IRRELEVANTE, desde que a estratégia esteja avançando, produzindo danos progressivos no adversário e reforçando os próprios pontos vitais. E pesquisas feitas com um lastro na estratégia, que mensurem danos progressivos x afirmação dos pontos fortes permitem acentuar as tendências e aguardar com paciência os dias finais da campanha, com a certeza de um segundo turno inexorável.

Cesar Maia será candidato a Senador

AS RAZÕES QUE LEVARAM O DEMOCRATAS A LANÇAR CANDIDATURA AO SENADO!

Normalmente, hoje, ponto facultativo, não haveria edição do Ex-Blog. Mas pela importância das decisões tomadas sob a coordenação do pré-candidato Aécio Neves, se torna público aqui, no mesmo momento da Coletiva de Imprensa que ocorre agora, as razões da candidatura do Democratas ao Senado.

OS 5 VETORES DE CONVERGÊNCIA!

1. NACIONAL: Coligação PSDB-DEM em torno do AÉCIO.

2. REGIONAL: PT e PSB se coligaram, o que recolocou a questão local sob foco nacional.

3. REPRESENTAÇÃO: Pezão apresentou os projetos de lei de reajuste de várias categorias de servidores, convergindo para uma prioridade do DEM.

4. PERFIL MAJORITÁRIO: Pezão tem perfil municipal e aglutinador. A taxa de troca nas pesquisas é entre os dois.

5. INSTITUCIONAL: O Senador representa seu Estado suprapartidariamente. As posições dos senadores da coligação em suas atribuições constitucionais serão as mesmas.

 

23 de junho de 2014

AS RAZÕES QUE LEVARAM O DEMOCRATAS A LANÇAR CANDIDATURA AO SENADO!

Normalmente, hoje, ponto facultativo, não haveria edição do Ex-Blog. Mas pela importância das decisões tomadas sob a coordenação do pré-candidato Aécio Neves, se torna público aqui, no mesmo momento da Coletiva de Imprensa que ocorre agora, as razões da candidatura do Democratas ao Senado.

* * *

OS 5 VETORES DE CONVERGÊNCIA!

1. NACIONAL:  Coligação PSDB-DEM em torno do AÉCIO.

2. REGIONAL: PT e PSB se coligaram, o que recolocou a questão local sob foco nacional.

3. REPRESENTAÇÃO: Pezão apresentou os projetos de lei de reajuste de várias categorias de servidores, convergindo para uma prioridade do DEM.

4. PERFIL MAJORITÁRIO: Pezão tem perfil municipal e aglutinador. A taxa de troca nas pesquisas é entre os dois.

5. INSTITUCIONAL: O Senador representa seu Estado suprapartidariamente. As posições dos senadores da coligação em suas atribuições constitucionais serão as mesmas.

20 de junho de 2014

IBOPE (FIRJAN): PESQUISA NO ESTADO RJ E NA CAPITAL, DILMA E EDUARDO PAES! 7-11/06!

1. Intenção de voto para presidente: Dilma 36%, Aécio 15%, Eduardo Campos 8%, Demais 7%. Nenhum 33%./ Na Capital: Dilma 34%, Aécio 15%, Campos 7%, Demais 5%, Nenhum 39%. / Periferia Dilma 40%, Aécio 12%, Campos 7%, Demais 9%, Nenhum 32%. / Interior: Dilma 33%, Aécio 20%, Campos 10%, Demais 8%, Nenhum 28%.

2. Avaliação de Dilma: Ótimo+Bom 28%. Ruim+Péssimo 39%. / Capital: Dilma Ótimo+Bom 28%, Ruim+Péssimo 44%.

3. Avaliação do prefeito Eduardo Paes, só na Capital: Ótimo+Bom 17%, Ruim+Péssimo 48%. / Desaprova 60%, Aprova 37%.

* * *

FHC X LULA!

(Fernando Rodrigues – Folha de SP, 18) Do ponto de vista eleitoral, é melhor para o PT do que para o PSDB reacender o embate entre os ex-presidentes Fernando Henrique (1995-2002) e Lula (2003-2010). Para começar, quem tem hoje menos de 35 anos lembra-se só vagamente do Brasil de 1994, época do Plano Real liderado por FHC. Ou de quando o tucano estava no auge, em 1996, período em que ser moderno era usar um celular Motorola Startac. Em segundo lugar, a última (e não a primeira) imagem é a que fica. FHC deixou a cadeira de presidente em 2002 aprovado por apenas 26% dos eleitores –e rejeitado por 36%. Lula ao terminar sua gestão, em 2010, tinha aprovação de 83% e só 4% de rejeição. Os números são do Datafolha.

* * *

CAI A % DAS TVs LIGADAS DURANTE A COPA!

(Keila Jimenez – Outro Canal – Folha de SP, 19) 1.  Os canais pagos e abertos não se cansam de comemorar a audiência em alta na Copa. Mas o fato é que há menos televisores ligados em São Paulo durante os jogos da seleção.  A média de televisores ligados nos dois primeiros jogos do Brasil na Copa da Alemanha, em 2006, foi de 71%. Durante as duas primeiras partidas da seleção no Mundial no Brasil, havia 57% de televisores ligados em São Paulo. O que significa que 43% dos aparelhos de TV na região estavam desligados na hora do jogo.

2. Em 2010, na competição na África, os dois primeiros jogos tiveram 60% de aparelhos ligados. E a faixa horária das partidas nas três Copas é quase a mesma. Em oito anos, a Globo perdeu 43% de sua audiência no jogo de estreia da seleção na Copa. Brasil x Croácia, em 2006, marcou 65,7 pontos. Brasil x Croácia, no último dia 12, alcançou 37,5 pontos. Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP. Na África, em 2010, o primeiro jogo da seleção registrou 45,2 pontos.

CAI A % DAS TVs LIGADAS DURANTE A COPA!

(Keila Jimenez – Outro Canal – Folha de SP, 19) 1.  Os canais pagos e abertos não se cansam de comemorar a audiência em alta na Copa. Mas o fato é que há menos televisores ligados em São Paulo durante os jogos da seleção.  A média de televisores ligados nos dois primeiros jogos do Brasil na Copa da Alemanha, em 2006, foi de 71%. Durante as duas primeiras partidas da seleção no Mundial no Brasil, havia 57% de televisores ligados em São Paulo. O que significa que 43% dos aparelhos de TV na região estavam desligados na hora do jogo.

2. Em 2010, na competição na África, os dois primeiros jogos tiveram 60% de aparelhos ligados. E a faixa horária das partidas nas três Copas é quase a mesma. Em oito anos, a Globo perdeu 43% de sua audiência no jogo de estreia da seleção na Copa. Brasil x Croácia, em 2006, marcou 65,7 pontos. Brasil x Croácia, no último dia 12, alcançou 37,5 pontos. Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP. Na África, em 2010, o primeiro jogo da seleção registrou 45,2 pontos.

FHC X LULA!

(Fernando Rodrigues – Folha de SP, 18) Do ponto de vista eleitoral, é melhor para o PT do que para o PSDB reacender o embate entre os ex-presidentes Fernando Henrique (1995-2002) e Lula (2003-2010). Para começar, quem tem hoje menos de 35 anos lembra-se só vagamente do Brasil de 1994, época do Plano Real liderado por FHC. Ou de quando o tucano estava no auge, em 1996, período em que ser moderno era usar um celular Motorola Startac. Em segundo lugar, a última (e não a primeira) imagem é a que fica. FHC deixou a cadeira de presidente em 2002 aprovado por apenas 26% dos eleitores –e rejeitado por 36%. Lula ao terminar sua gestão, em 2010, tinha aprovação de 83% e só 4% de rejeição. Os números são do Datafolha.

IBOPE (FIRJAN): PESQUISA NO ESTADO RJ E NA CAPITAL, DILMA E EDUARDO PAES! 7-11/06!

1. Intenção de voto para presidente: Dilma 36%, Aécio 15%, Eduardo Campos 8%, Demais 7%. Nenhum 33%./ Na Capital: Dilma 34%, Aécio 15%, Campos 7%, Demais 5%, Nenhum 39%. / Periferia Dilma 40%, Aécio 12%, Campos 7%, Demais 9%, Nenhum 32%. / Interior: Dilma 33%, Aécio 20%, Campos 10%, Demais 8%, Nenhum 28%.

2. Avaliação de Dilma: Ótimo+Bom 28%. Ruim+Péssimo 39%. / Capital: Dilma Ótimo+Bom 28%, Ruim+Péssimo 44%.

3. Avaliação do prefeito Eduardo Paes, só na Capital: Ótimo+Bom 17%, Ruim+Péssimo 48%. / Desaprova 60%, Aprova 37%.

18 de junho de 2014

PESQUISA DO IBOPE-RJ EM CLIMA DA COPA!

Garotinho 18%, Crivella 16%, Pezão 13%, Lindbergh 11%, Cesar Maia 8% e Miro 1%.

1. O Ibope, em pesquisa contratada pela Firjan, entrevistou 1.204 eleitores no final da primeira semana de junho. De uma forma geral, a pesquisa reproduz as demais, levando em conta a margem de erro. Garotinho e Crivella lideram, somando 34%. Na média de outras no mesmo período, essa soma é mais próxima de 40%. Pezão, Lindbergh, Cesar Maia e Miro somam 33%, soma igual a da média das demais. Pezão, na média de outras, tem entre 11% e 12% e os números da pesquisa Ibope explicam na avaliação na Capital onde tem de ótimo+bom o mesmo que intenção de voto, o que não é comum.

2. Cesar Maia, na Capital, tem 7% e no Interior 9%, o que só o clima da Copa explica. Garotinho cresce da Capital em direção ao Interior, como nas demais pesquisas. Crivella e Lindbergh têm a Periferia como ponto maior, acompanhando as demais. Pezão tem 13% na Capital. 33% não marcam nenhum o que é próximo das demais.

3. Há uma simulação sem o nome de Cesar Maia, o que deve ter sido pedido do PMDB-RJ à Firjan. Nessa, Garotinho, Crivella e Lindbergh crescem um ponto e Pezão fica no mesmo lugar. 34% não marcam nenhum nome.

4. O número que se destaca nas simulações de segundo turno entre 2 candidatos, na Capital, é o dos que não marcam ninguém: 67%, 64%, 69%, 70%, 67% e 67%. Na pesquisa para Senador na Capital 40% não marcam nenhum nome.

5. A avaliação de Pezão é: 29% de ruim+péssimo e 16% de ótimo+bom. Excluindo os que não sabem avaliar, temos 37% de ruim+péssimo e 20% de ótimo+bom. Na Capital, apenas 13% marcam ótimo+bom para Pezão e 39% marcam ruim+péssimo. Excluindo os que não sabem, 16% marcam ótimo+bom e 49% ruim+péssimo.

6. São 40% os que desaprovam Pezão e 55% excluindo os que não sabem. Na Capital, 47% desaprovam e 63% excluindo os que não sabem.

7. Na divulgação da pesquisa feita pelo Ibope-Firjan faltaram as perguntas registradas 12, 13 e 14 – Presidente e Avaliação Paes e Aprova Desaprova Paes e 17 – Como o(a) sr(a) classifica a administração da Presidente Dilma Rousseff até o momento?

* * *

JORNAIS NO MUNDO: 24% LEEM EM PLATAFORMAS DIGITAIS QUE SÓ RESPONDEM POR 7% DAS RECEITAS!

(Folha de SP, 14) 1. Embora a publicidade digital continue a crescer, ela ainda corresponde a uma fatia pequena do total de receitas da indústria de jornais no mundo, segundo o relatório de 2014 sobre tendências jornalísticas divulgado nesta semana pela World Association of Newspapers and News Publishers, entidade do setor.  Globalmente, 93% de suas receitas ainda são originadas das versões impressas. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo consomem o produto impresso, enquanto 800 milhões usam plataformas digitais, segundo o levantamento.

2. Em 2013, a circulação dos impressos cresceu 2% no mundo na comparação com o ano anterior. No intervalo de cinco anos, porém, houve queda de 2%.  Nos países que abrigam uma classe média crescente e baixa penetração de banda larga, a circulação do impresso continua a crescer significativamente na comparação com mercados já maduros, cujas audiências se inclinam para o meio digital.

3. A região em que houve maior expansão da circulação foi a América Latina, com alta de 2,56% em 2013 em relação ao ano anterior. Na mesma tendência, a Ásia avançou 1,45%. A América do Norte, por outro lado, registrou recuo de 5,29%, assim como a Europa (5,20%). O documento também sinaliza que a circulação digital paga subiu 60% em 2013. A alta nos últimos cinco anos foi de mais de 2.000%, devido à pequena base de comparação em um segmento relativamente novo.

JORNAIS NO MUNDO: 24% LEEM EM PLATAFORMAS DIGITAIS QUE SÓ RESPONDEM POR 7% DAS RECEITAS!

(Folha de SP, 14) 1. Embora a publicidade digital continue a crescer, ela ainda corresponde a uma fatia pequena do total de receitas da indústria de jornais no mundo, segundo o relatório de 2014 sobre tendências jornalísticas divulgado nesta semana pela World Association of Newspapers and News Publishers, entidade do setor.  Globalmente, 93% de suas receitas ainda são originadas das versões impressas. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo consomem o produto impresso, enquanto 800 milhões usam plataformas digitais, segundo o levantamento.

2. Em 2013, a circulação dos impressos cresceu 2% no mundo na comparação com o ano anterior. No intervalo de cinco anos, porém, houve queda de 2%.  Nos países que abrigam uma classe média crescente e baixa penetração de banda larga, a circulação do impresso continua a crescer significativamente na comparação com mercados já maduros, cujas audiências se inclinam para o meio digital.

3. A região em que houve maior expansão da circulação foi a América Latina, com alta de 2,56% em 2013 em relação ao ano anterior. Na mesma tendência, a Ásia avançou 1,45%. A América do Norte, por outro lado, registrou recuo de 5,29%, assim como a Europa (5,20%). O documento também sinaliza que a circulação digital paga subiu 60% em 2013. A alta nos últimos cinco anos foi de mais de 2.000%, devido à pequena base de comparação em um segmento relativamente novo.

PESQUISA DO IBOPE-RJ EM CLIMA DA COPA!

Garotinho 18%, Crivella 16%, Pezão 13%, Lindbergh 11%, Cesar Maia 8% e Miro 1%.

1. O Ibope, em pesquisa contratada pela Firjan, entrevistou 1.204 eleitores no final da primeira semana de junho. De uma forma geral, a pesquisa reproduz as demais, levando em conta a margem de erro. Garotinho e Crivella lideram, somando 34%. Na média de outras no mesmo período, essa soma é mais próxima de 40%. Pezão, Lindbergh, Cesar Maia e Miro somam 33%, soma igual a da média das demais. Pezão, na média de outras, tem entre 11% e 12% e os números da pesquisa Ibope explicam na avaliação na Capital onde tem de ótimo+bom o mesmo que intenção de voto, o que não é comum.

2. Cesar Maia, na Capital, tem 7% e no Interior 9%, o que só o clima da Copa explica. Garotinho cresce da Capital em direção ao Interior, como nas demais pesquisas. Crivella e Lindbergh têm a Periferia como ponto maior, acompanhando as demais. Pezão tem 13% na Capital. 33% não marcam nenhum o que é próximo das demais.

3. Há uma simulação sem o nome de Cesar Maia, o que deve ter sido pedido do PMDB-RJ à Firjan. Nessa, Garotinho, Crivella e Lindbergh crescem um ponto e Pezão fica no mesmo lugar. 34% não marcam nenhum nome.

4. O número que se destaca nas simulações de segundo turno entre 2 candidatos, na Capital, é o dos que não marcam ninguém: 67%, 64%, 69%, 70%, 67% e 67%. Na pesquisa para Senador na Capital 40% não marcam nenhum nome.

5. A avaliação de Pezão é: 29% de ruim+péssimo e 16% de ótimo+bom. Excluindo os que não sabem avaliar, temos 37% de ruim+péssimo e 20% de ótimo+bom. Na Capital, apenas 13% marcam ótimo+bom para Pezão e 39% marcam ruim+péssimo. Excluindo os que não sabem, 16% marcam ótimo+bom e 49% ruim+péssimo.

6. São 40% os que desaprovam Pezão e 55% excluindo os que não sabem. Na Capital, 47% desaprovam e 63% excluindo os que não sabem.

7. Na divulgação da pesquisa feita pelo Ibope-Firjan faltaram as perguntas registradas 12, 13 e 14 – Presidente e Avaliação Paes e Aprova Desaprova Paes e 17 – Como o(a) sr(a) classifica a administração da Presidente Dilma Rousseff até o momento?

Cesar Maia analisa o quadro eleitoral no Rio de Janeiro

Pesquisas do Gerp, Vox Populi, GPP e, agora, do Ibope, elas por elas, nada mudou após a saída do Cabral do governo. Na frente –sistematicamente- entre 30% e 40% os que não marcam nenhum candidato, optando por branco, nulo e não sabe. Garotinho e Crivella continuam liderando. Garotinho um pouco a frente, no entorno dos 20%. Crivella, em seguida, um pouco abaixo dos 20%. Somam surpreendentes quase 40%. Os dois trocam votos parcialmente na mesma base, evangélica e popular.

Garotinho lidera com folga no Interior. E como radialista, tem uma rede de inserções em rádios. Faz uma distribuição capilar de uma “prestação de contas” sobre sua atuação em 2014 e o que fez antes. Crivella lidera na Capital. E ambos lideram na Baixada e São Gonçalo, com ampla vantagem. Crivella –depois de ser ministro- viu seu piso aumentar. Dos 14% anteriores, para 16%, em números redondos.

Logo após assumir o governo no lugar de Cabral e aumentar exponencialmente a sua exposição, Pezão passou a se situar no entorno superior dos 10%. E aí está. Três meses depois de sua posse, esperava-se que estivesse um pouco acima. Afinal, na conjuntura atual –pela exposição na mídia- ele é candidato sozinho. A partir de 5 de julho, acaba a propaganda do governo, não pode mais inaugurar nada e os demais passam a ter uma cobertura eleitoral. O jogo complica para ele.

Cesar Maia –também surpreendentemente- se mantém no entorno dos 10%. Surpreende porque não tem nenhuma exposição, não faz pré-campanha e ainda é coberto por um noticiário especulando sobre sua candidatura a partir das informações vazadas pelo PMDB. Nas contas do PMDB e de setores do PSDB, sua candidatura afetará Pezão na Capital, já que, na Capital e em Niterói, Cesar Maia aparece em segundo lugar. As pressões vindas da estratégia do PMDB-RJ para eleger seu candidato com apoio em nível presidencial continuarão até as convenções.

Lindbergh também surpreende, mas negativamente. Depois de uma avassaladora vitória para senador e apontado como favorito, vai se equilibrando nos 10%, apesar do noticiário que cobre sua candidatura, a pré-campanha que realiza e o apoio de Lula. E ainda terá que enfrentar a pressão da base aliada para que Lula apareça em todos os programas dos candidatos da “base-aliada”. Mesmo privilegiando Lindbergh, não poderá se negar a aparecer nos demais, confundindo o eleitor.

Miro vai sendo prejudicado pelo noticiário que dá conta dos conflitos internos entre PSB e PROS em função da elegibilidade de chapas conjuntas de deputados e que o atingem como candidato. Com isso, ele que vinha passando a fronteira dos 3%, volta a ficar no entorno negativo desses 3%.

A perspectiva hoje é a mesma dos últimos meses: quem estiver na fronteira dos 15% tem grande chance de ir para o segundo turno.

Uma novidade no Rio: os institutos de pesquisa não conseguem testar os nomes para o senado, pois mesmo os três nomes que são indicados ainda não têm certeza total de suas candidaturas.

O mais provável é que nada mude até o final da Copa. E que só pesquisas pós-Convenções e pós-Copa, a partir do dia 15 de julho, poderão informar se há tendências sobre o quadro atual, estável desde março.