19 de maio de 2015

AVALIAÇÃO DE DILMA, DE LULA E A INFLAÇÃO!

Pesquisa GPP na cidade do Rio de Janeiro – 1200 entrevistados entre 9 e 10 de maio.

1. A avaliação geral de Dilma: ótimo+bom 7,6%, e ruim+péssimo 71,6%.

2. Quando é feito o cruzamento com a Percepção da Inflação os resultados mudam.  Os que acham que a inflação anual é superior a 10% dão a Dilma 4,8% de ótimo + bom e 78% de ruim+péssimo. Os que acham que a inflação está perto de 10% dão a Dilma 6,5% do ótimo+bom e 72,2% de ruim+péssimo.

3. Porém, os que acham que a inflação está em 5% ou menos dão a Dilma 23% de ótimo+bom e 46% de ruim+péssimo.

4. Ou seja: elas por elas, a inflação no Rio está tirando uns 30 pontos da avaliação de Dilma.

5. Na intenção de voto para presidente, Aécio tem 26,8%, Marina 24,9% e Lula 19,4%. Da mesma forma cruzando a percepção da inflação com intenção de voto para presidente entre os que acham que a inflação é maior que 10% Aécio tem 27,9%, Marina 26,5% e Lula despenca para 13,5%. Entre os que acham a inflação está próxima de 10%, Aécio tem 33,9%, Marina 26,5% e Lula 15,6%.

6. Mas entre os que acham que a inflação está em 5% ou menos, Aécio tem 18,1%, Marina 17,1% e Lula dispara, tem 41,4%.

7. De forma geral, o crescimento da inflação tem impactado negativamente em Dilma e Lula. Ou seja, a inflação é um componente significativo da impopularidade de Dilma e Lula.

* * *

REUNIÃO DA PARLA-ODCA!

O Democratas  esteve representados por dois deputados federais da Bahia, Elmar Nascimento e Paulo Azi, e pelo vice-presidente da ODCA Cesar Maia.

1. A ODCA (Organização Democrata-Cristã da América) reuniu no Panamá sua executiva e 20 parlamentares representando 12 países no dia 14 de maio. A reunião foi na sede do Parlatino. Ocejo, presidente da ODCA, sublinhou a importância de a ODCA construir uma rede de deputados nacionais para intercambiar experiências e atuar como bloco nos organismos internacionais de partidos políticos. O coordenador da Fundação Konrad Adenauer disse que a prioridade nos debates e publicação da FKA é a modernização e reforma dos partidos políticos e que a FKA tem uma revista que para estimular essas reflexões.

2. O presidente do PP do Panamá falou sobre reforma política e defendeu um semiparlamentarismo, citando o exemplo do Peru e da França. Falou da crise dos partidos políticos e da necessidade de uma legislação que os fortalecesse.

3. Senadora mexicana, vice-presidente do Parlatino, listou as chamadas leis-marco, ou seja, leis aprovadas no Parlatino e que servem de referência ou influência para os legisladores dos países participantes. Citou leis-marco aprovadas em relação ao meio ambiente, a questão genética, aos diretos humanos em especial das mulheres, crianças e indígenas, a segurança pública, saúde pública, etc. Os deputados que intervieram, a maior parte que representa seus partidos no Parlatino, acentuaram a falta de informação em tempo hábil para votarem essas leis-marco.

4. O ministro da presidência criticou o governo anterior que invadiu as competências do judiciário adotando práticas antidemocráticas e que o governo atual está redemocratizando  o Panamá. O deputado panamenho, presidente do Parlatino, lembrou que o Parlatino tem 50 anos e foi fundado por 3 parlamentares entre os quais o senador Nelson Carneiro do Brasil.  Que a sede no Panamá -um equipamento amplo e moderno- construído nos últimos anos, onde a reunião estava sendo realizada, custou 19 milhões de dólares e que a China foi fundamental ao dar a partida com 3,5 milhões de dólares. Os governos mexicano e panamenho contribuíram com 1 milhão cada. E que a sede saiu de S. Paulo por divergências entre o governo federal e o de S. Paulo.

5. Abriu-se o debate entre os parlamentares presentes sobre as ações da Parla-Odca. Decidiu-se trabalhar em 4 frentes. A agenda legislativa priorizando meio ambiente, segurança pública, educação e saúde pública. A reforma política. A comunicação entre partidos e sociedade. E a afirmação dos princípios.

6. Finalmente, a reunião foi encerrada com uma visita ao auditório plenário do Parlatino. No hall de entrada destacam-se os bustos dos fundadores -Nelson Carneiro entre eles- e na galeria de fotos de 40 estimuladores ganha destaque o deputado Ulysses Guimarães.

* * *

A CRISE NO MERCADO IMOBILIÁRIO!

(Folha de SP, 19) 1. Com menos brasileiros dispostos a comprar imóveis, 6 das 13 maiores incorporadoras de capital aberto do país decidiram não lançar empreendimentos novos nos três primeiros meses do ano. A ausência de lançamentos de tantas empresas ao mesmo tempo num único trimestre não ocorria desde pelo menos 2007. A pesquisa considerou as incorporadoras brasileiras cuja receita líquida superou R$ 100 milhões no trimestre.

2. Além do recorde de incorporadoras sem lançamentos, as que ofertaram novas unidades decidiram reduzir o ritmo. No total, o grupo ofereceu ao mercado menos 14.662 imóveis, uma queda de quase 57% ante os três primeiros meses de 2014.   Após a onda de aberturas de capital na Bolsa, entre 2006 e 2007, as incorporadoras investiram pesado em lançamentos. Capitalizadas, tentavam aproveitar o momento de bonança econômica.

3. A velocidade de vendas, contudo, começou a cair de 2012 para cá, e a desistência de clientes, os chamados distratos, a aumentar. Quando isso acontece, a empresa tem de investir em propaganda e equipe de vendas até encontrar um novo interessado, o que aumenta seus custos.  Com a economia parada, o problema agravou-se neste ano. Se por um lado a confiança dos consumidores caiu, por outro o governo restringiu o acesso ao crédito.

4. Estudo do Secovi-São Paulo, sindicato das empresas do setor imobiliário, mostrou que há 27.471 unidades à espera de comprador na capital paulista. Considerando o tempo médio de venda neste ano, seriam necessários três anos e dois meses para que todas fossem adquiridas.

5. Das 13 analisadas, só MRV, Gafisa e Eztec tiveram resultado melhor que o do início de 2014. Três delas registraram prejuízos (PDG, Brookfield e João Fortes). O lucro das 13, no total, caiu mais de R$ 400 milhões.  Para a Moody’s, o setor lançará menos e terá queda de 10% nas receitas.

18 de maio de 2015

PESQUISA GPP – 1200 ENTREVISTAS, 09-10 MAIO 2015!

Cite o nome de três vereadores da cidade do Rio de Janeiro? (Espontânea)

Respostas

1ª Citação

(%)

2ª Citação

(%)

3ª Citação

(%)

Global

(%)

Não sabe / Não lembra

77,5

91,1

98,6

77,5

Politico citado que não é vereador

11,6

3,8

0,2

15,6

Rosa Fernandes

2,7

1,1

3,8

Cesar Maia

1,2

0,7

1,9

Carlos Bolsonaro

0,8

0,1

0,9

Elton Babú

0,1

0,6

0,1

0,8

Chiquinho Brazão

0,5

0,1

0,1

0,7

Jorge Felippe

0,5

0,1

0,1

0,7

Prof Uoston

0,5

0,2

0,7

Renato Moura

0,1

0,3

0,1

0,5

Leila do Flamengo

0,3

0,1

0,4

Marcelino D Almeida

0,3

0,1

0,4

Zico

0,3

0,1

0,4

Eduardão

0,1

0,1

0,1

0,3

Junior da Lucinha

0,1

0,2

0,3

Marcelo Piuí

0,2

0,1

0,3

Paulo Pinheiro

0,1

0,1

0,1

0,3

Rafael Aloisio Freitas

0,2

0,1

0,3

Vera Lins

0,1

0,1

0,1

0,3

Paulo Messina

0,2

0,2

Willian Coelho

0,2

0,2

Atila A Nunes

0,1

0,1

0,2

Carlo Caiado

0,1

0,1

0,2

Dr Eduardo Moura

0,1

0,1

0,2

Dr Gilberto

0,1

0,1

0,2

Dr Jairinho

0,1

0,1

0,2

Jimmy Pereira

0,1

0,1

0,2

João Mendes de Jesus

0,1

0,1

0,2

 

 

Continuação da tabela acima

 

Respostas

1ª Citação

(%)

2ª Citação

(%)

3ª Citação

(%)

Global

(%)

Reimont

0,1

0,1

0,2

Leonel Brizola

0,1

0,1

0,2

Renato Cinco

0,2

0,2

Tânia Bastos

0,1

0,1

0,2

Veronica Costa

0,1

0,1

0,2

Alexandre Isquierdo

0,1

0,1

Dr Carlos Eduardo

0,1

0,1

Dr Jorge Manaia

0,1

0,1

Edson Zanata

0,1

0,1

Eliseu Kessler

0,1

0,1

Ivanir de Mello

0,1

0,1

Jefferson Moura

0,1

0,1

Jorge Braz

0,1

0,1

Jorginho da S O S

0,1

0,1

Marcio Garcia

0,1

0,1

Prof Célio Lupparelli

0,1

0,1

S Ferraz

0,1

0,1

Teresa Bergher

0,1

0,1

Thiago K Ribeiro

0,1

0,1

Total

100,00

100,00

100,00

Respostas

1ª Citação

(%)

2ª Citação

(%)

3ª Citação

(%)

Não sabe / Não lembra

77,5

91,1

98,6

Politico citado que não é vereador

11,6

3,8

0,2

Citou vereador corretamente

10,9

5,1

1,2

Total

 100,00

100,00

100,00 

* * *

RJ: APOSENTADOS E PENSIONISTAS CORREM RISCO DE NÃO RECEBER SE NÃO TEM COMPUTADOR!

( Servidor – Pâmela Oliveira – Extra, 16) 1.  A partir de junho, servidores inativos do estado só poderão acessar seus contracheques e informes de rendimento por meio do site do Rioprevidência (www.rioprevidencia.rj.gov.br). O portal do servidor (www.servidor.rj.gov.br), administrado pela Secretaria estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) continuará publicando somente os contracheques e informes de rendimentos dos servidores ativos.

2. A partir de agora, os serviços voltados para inativos e pensionistas serão prestados exclusivamente pelo Rioprevidência, enquanto os servidores ativos continuarão sendo atendidos pelos RHs de seus órgãos e pela Seplag.

3. Os postos da Seplag também não vão mais imprimir contracheques e informes de rendimentos a partir de junho, como foi feito em maio — primeiro mês em que o estado interrompeu a emissão de contracheques impressos.

15 de maio de 2015

PESQUISA GPP – AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DA PREFEITURA DO RIO, 1200 ENTREVISTAS, 09-10 DE MAIO 2015!

Depois de 8 anos como prefeito do Rio, você aprova ou desaprova a administração do prefeito Eduardo Paes nas seguintes áreas:

Aprova ou desaprova: Saúde pública de uma forma geral (%)
Aprova         11,7
Desaprova    84,6
Não sabe Avaliar    3,7
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Hospitais e Emergências (%)
Aprova         11,4
Desaprova    83,9
Não sabe Avaliar    4,7
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Postos de Saúde (%)
Aprova         21,3
Desaprova    72,0
Não sabe Avaliar    6,7
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Clínica da Família (%)
Aprova         27,5
Desaprova    55,1
Não sabe Avaliar    17,4
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Escolas (%)
Aprova         24,4
Desaprova    66,5
Não sabe Avaliar    9,1
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Trânsito (%)
Aprova         11,6
Desaprova    86,5
Não sabe Avaliar    1,9
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Obras (%)
Aprova         37,8
Desaprova    58,8
Não sabe Avaliar    3,4
Total     100,0

Aprova ou desaprova: Segurança/Ordem pública (%)
Aprova          8,3
Desaprova    89,2
Não sabe Avaliar    2,5
Total     100,0

Aprova ou Desaprova: Tratamento dado aos Servidores Públicos (%)
Aprova         15,1
Desaprova    64,1
Não sabe Avaliar    20,8
Total     100,0

* * *

ACORDO PARA JJOO-2016 TIRA 30 TRENS DOS SUBÚRBIOS DO RIO!

(Folha SP, 15) 1. A população do Rio terá menos trens à disposição do que o prometido graças a um acordo do Estado com uma concessionária para a reforma de estações ferroviárias para a Olimpíada de 2016.

2. O negócio transferiu do poder público para a Supervia (concessionária de trens urbanos) o custo da reforma de seis estações. Ao mesmo tempo, previu a redução de 13% no total de trens prometidos.

3. Em vez de 231 composições com ar condicionado em 2020, como anunciado há cinco anos, o Estado manterá as 201 atuais, trocando 47 trens antigos, sem refrigeração, por novos.

4. O nono aditivo ao contrato de concessão, assinado em agosto do ano passado, livrou a concessionária de reformar 41 trens antigos e comprar dez novas composições.

14 de maio de 2015

PESQUISA GPP (AVALIAÇÃO DOS GOVERNANTES), 1200 ENTREVISTAS, 09-10 MAIO 2015!

Avaliação do Governador Pezão (%)
Ótima/Boa    13,5
Regular     42,7
Ruim/Péssima    37,1
Não Sabe/ Não Respondeu    6,7
Total    100,0

Avaliação da Presidente Dilma:    (%)
Ótima/Boa    7,6
Regular                  20,1
Ruim/Péssima    71,6
Não Sabe/ Não Respondeu    0,7
Total    100,0

Avaliação Eduardo Paes     (%)
Ótima/Boa    27,3
Regular     36,7
Ruim/Péssima    34,2
Não Sabe/ Não Respondeu    1,8
Total    100,0

Intenção de voto Presidente (%)
Aécio Neves    26,8
Marina         24,9
Lula    19,4
Senador Ronaldo Caiado    1,9
Nenhum / Nulo              23,0
Não sabe / Não respondeu    4,0
Total    100,0

* * *

“ÍNDICE DE INFELICIDADE” É O MAIOR EM 9 ANOS!

(Folha de SP, 14) 1.  A sensação de bem-estar da população brasileira medida pelo “índice de infelicidade” –soma das taxas de desemprego e inflação– atingiu no primeiro trimestre de 2015 seu pior patamar em mais de nove anos.

2. Entre os três últimos meses de 2014 e os três primeiros deste ano, o indicador (também conhecido como “índice de miséria”) saltou de 13,5 para 15,5 pontos. Trata-se do maior nível registrado desde o último trimestre de 2005, segundo a LCA Consultores.  O cálculo considerou a inflação, acumulada em 12 meses, de 8,1% em março e a taxa de desemprego de 7,3% (com ajuste sazonal), entre janeiro e março deste ano, segundo a Pnad Contínua, pesquisa que mede o nível de ocupação em todo o país.

* * *

UNIVERSIDADES NO RIO ESTÃO NO LIXO!

(Paula Cesarino da Costa – Folha SP, 14) 1. O portão do campus da Urca está fechado “por questão de segurança”, informa cartaz na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

2. No restaurante da Universidade Federal Fluminense (UFF), a suspensão das atividades foi anunciada “para preservar as condições sanitárias”. Pelos campi, sacos de lixo se espalham pelos corredores, e os banheiros estão em porca miséria. Focos de dengue se multiplicam.

3. Alunos trocam cadernos por vassouras. Professores revezam-se na portaria. A clínica de odontologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro deixou de atender 3.000. A UERJ não tem limpeza nem segurança porque não paga fornecedores em razão da contenção de verbas do governo Pezão.

* * *

NOSSOS BILIONÁRIOS PODERIAM SEGUIR O EXEMPLO!

(BBC, 13) 1. Um bilionário chinês realizou o sonho de muita gente ao pagar uma viagem de férias de quatro dias na França a nada menos que 6,4 mil empregados.  E não foi uma viagem qualquer. Li Jinyuan, o presidente da Tiens Group – multinacional que atua em áreas distintas, como biotecnologia, logística, turismo, educação e comércio – reservou 140 hotéis em Paris de quatro ou cinco estrelas e mais de 4,7 mil quartos em Cannes e também em Mônaco.

2. O maior grupo turístico que já visitou a França foi recebido no sábado em um complexo hoteleiro em Nice, uma cidade costeira no sul do país, banhada pelo Mar Mediterrâneo.

Pesquisa do GPP mostra o quadro eleitoral para Prefeito do Rio

Entre os dois cenários em que Cesar Maia está presente, o vereador aparece como 1º e 4º colocado.

Pesquisa do Instituto GPP – Prefeito do RJ – 09-10 de maio de 2015.

Intenção de voto Prefeito cenário 1 (%)
Romário – Senador 22,5
Crivella – Senador 18,9
Marcelo Freixo – Deputado do PSOL 11,5
Cesar Maia – Vereador 9,9
Pedro Paulo – Deputado, candidato do prefeito Eduardo Paes 4,3
Clarissa Garotinho – Deputada 2,8
Molon – Deputado do PT 2,4

Intenção de voto Prefeito cenário 2 (%)
Cesar Maia 23,5
Marcelo Freixo 22,0
Pedro Paulo 8,9

13 de maio de 2015

PESQUISA GPP PARA PREFEITO DO RIO! 1200 ENTREVISTAS EM 09-10 DE MAIO 2015!

Intenção de voto Prefeito cenário 1 (%)
Romário – Senador 22,5
Crivella – Senador 18,9
Marcelo Freixo – Deputado do PSOL 11,5
Cesar Maia – Vereador 9,9
Pedro Paulo – Deputado, candidato do prefeito Eduardo Paes 4,3
Clarissa Garotinho – Deputada 2,8
Molon – Deputado do PT 2,4
Nenhum/ Nulo 23,8
Não sabe/ Não Respondeu 3,9
Total 100

Intenção de voto Prefeito cenário 2 (%)
Cesar Maia 23,5
Marcelo Freixo 22,0
Pedro Paulo 8,9
Nenhum/ Nulo 37,8
Não sabe / Não respondeu 7,8
Total 100

Intenção de voto Prefeito cenário 3 (%)
Romário 27,7
Crivella 19,6
Marcelo Freixo 16,6
Pedro Paulo 5,7
Nenhum/ Nulo 24,9
Não Sabe/ Não respondeu 5,5
Total 100,0

Intenção de voto Prefeito cenário 4 (%)
Romário 33,7
Marcelo Freixo 19,2
Pedro Paulo 6,9
Nenhum / Nulo 33,1
Não sabe / Não respondeu 7,1
Total 100,0

Você votaria num candidato do PT, sim ou não? (%)
Sim 25,3
Não 69,3
Não sabe 5,4
Total 100,0

Na próxima eleição para prefeito do Rio, você votaria num candidato da Dilma, sim ou não? (%)
Sim 18,5
Não 77,2
Não sabe 4,3
Total 100,0

Na próxima eleição para prefeito do Rio, você votaria num candidato do Lula, sim ou não? (%)
Sim 27,3
Não 68,5
Não sabe 4,2
Total 100,0

12 de maio de 2015

COMO A CRISE VAI INFLUENCIAR AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2016?

1. Há 3 vetores que tendem a envolver a decisão de voto para prefeitos nas eleições de 2016.  O primeiro é a situação econômica entendida como riscos de desemprego, redução de renda real e inadimplência, que desde já é sentida.

2. O segundo é o ambiente moral afetado pela sensação de ampla corrupção associada à política, exponenciada pelo Petrolão. Basicamente foi este o impulsionador das manifestações nas ruas, panelaços e especialmente as vozes sistemáticas nas redes sociais.

3. O terceiro é a crise política sublinhada pela entressafra de lideranças políticas. Sem referências e alternativas, as pessoas não conseguem ver luz no fim do túnel e a indignação vem acompanhada de ansiedade.

4. Quanto e de que maneira os prefeitos atuais serão atingidos por estes vetores, sejam candidatos à reeleição ou referenciais de seus sucessores? Nos Estados em que os desdobramentos dos 3 vetores são maiores -como o Rio de Janeiro e São Paulo- as repercussões eleitorais serão maiores. Mas apenas maiores, pois o ambiente de opinião pública já mensurado pelos principais institutos de pesquisa mostra que é generalizado, seja por região, seja pelo tamanho da cidade, seja pelos cortes etários, níveis de renda e de instrução.

5. A probabilidade que o NÃO VOTO, ou seja, a soma de abstenção, brancos e nulos, seja recorde em 2016 é muito grande, o que aumenta o grau de imprevisibilidade dessas eleições. É um campo farto para a oposição. Mas não para a oposição partidária tradicional, mas para os candidatos que emitam sinais ante os 3 vetores e que os comuniquem construindo alternativas e confiança.

6. Por isso, as forças políticas que disputarão as eleições em 2016 devem antecipar as pesquisas de opinião política para já. Normalmente elas começam um ano antes da eleição. Agora devem começar um ano e meio antes das eleições.

7. E aprimorar a comunicação direta, tornando-a sistemática desde já. A comunicação direta deve tratar de temas locais e do cotidiano e deve agregar a abordagem pessoal nas ruas e a virtual nas redes.

8. Em ambos os casos não deve emitir os tradicionais sinais de interesse partidário, sombreando a comunicação. E, ao mesmo tempo, evitar o oportunismo da antipolítica, porque se essa levar a vitória, não terá sustentabilidade. É um quadro complexo e, por isso mesmo, exige antecipar as análises e reflexões como nunca.

* * *

VOTO DIRETO É CLÁUSULA PÉTREA DA CONSTITUIÇÃO, DIZ JURISTA YVES GANDRA MARTINS!

CONSELHO SUPERIOR DE DIREITO – FECOMERCIO – São Paulo, 28 de abril de 2011.

DD. Senador. Senhor Senador, Francisco Dornelles.

O Conselho Superior de Direito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FECOMERCIO SP, reunido em 28 de abril de 2011, concluiu pela inconstitucionalidade da proposta do Sistema de Voto em Lista, porque fere a cláusula pétrea prevista no artigo 60, §4°. inciso II, da Constituição Federal.

Manifestamente, o voto em Iista é incompatível com o voto direto, secreto, universal e periódico, porque afronta o preceito constitucional citado.

Outrossim, a proposta Iegislativa retira do eleitor o poder de escolha de seu representante, como estabelece o parágrafo único do artigo 1° da Carta Magna.

Se todo poder emana do povo, como proclamado pelo referido parágrafo único. O Voto em Lista é inconcebível no Estado Democrático.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS
Presidente do Conselho Superior de Direito
FECOMERCIO-SP

* * *

IPCA DEVE ATINGIR 9% EM 2015!

(Estado de SP, 11) 1. Pela quarta semana consecutiva, os analistas elevaram a previsão para o IPCA deste ano. Pior do que isso, pela primeira vez, o grupo que mais acerta o resultado da inflação, o chamado Top 5, projeta agora que o índice ficará acima de 9%, bem acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, de 6,5%. A expectativa da pesquisa geral é que o índice oficial de inflação encerre 2015 em 8,29%, contra 8,26% da semana anterior. Há um mês, essa projeção estava em 8,13%.

2. No Top 5 de médio prazo (grupo de economistas que mais acertou projeções) o movimento foi de alta, e forte. A mediana das estimativas para o IPCA deste ano passou de 8,73%, patamar em que estava há quatro semanas, para 9,02% esta semana. Na semana passada, o Banco Central afirmou, em ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que só vê a convergência da inflação para a meta ao final de 2016.

11 de maio de 2015

SEGURANÇA PÚBLICA: PALESTRA DO CORONEL ÍBIS PEREIRA, CHEFE DE GABINETE DO COMANDANTE GERAL DA PM-RJ, NO DIA 28 DE ABRIL DE 2015, NA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO!

Transcrição das notas taquigráficas.

1. Vereador, gostaria de saudar Vossa Excelência e todas as autoridades que compõem esta Mesa. Minhas Senhoras e meus Senhores, eu serei muito breve.  Nós estamos reunidos nesta Casa, há mais ou menos 40 minutos. E eu posso afirmar aos senhores que, pelas nossas estatísticas, pelos números da violência no Brasil, quatro brasileiros foram vítimas de homicídio doloso, durante esses últimos 40 minutos. No Brasil, a cada 10 minutos uma pessoa é vítima de homicídio doloso. Em 2013, foram mais de 56 mil. Brasileiros e brasileiras, vítimas desse crime, que acontece com a vontade de matar! São outros 50 mil que morrem nas nossas estradas; e mais de 140 mil estupros, num único ano! Num único ano!

2. Eu creio que, aqui nesta Casa, ao longo desta Audiência, nós vamos discutir um ponto central para o aperfeiçoamento da democracia no Brasil, para o aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito, que é compreender a segurança como direito. No Brasil, nós precisamos avançar muito no sentido desta compreensão. Aqui, nós temos reduzido – e eu diria, historicamente isso tem a ver com o viés autoritário do Estado Brasileiro; isso tem a ver com a hierarquização brutal da nossa sociedade -, temos reduzido segurança, sobretudo segurança pública, à Polícia!

3. Basta ver o nome da própria Secretaria: Secretaria de Segurança. Quando a gente olha para ela, o que tem ali? Polícia – Polícia Civil e Polícia Militar. Segurança é muito mais do que Polícia! Muito mais do que Polícia! Aliás, o último ator é a Polícia! Mas, no Brasil, a gente tem dificuldade de entender isso. Enquanto a gente não alargar essa compreensão, nós não vamos caminhar no sentido da consolidação da democracia.

4. Porque se nós quisermos, na minha maneira de perceber, saber se um Estado é efetivamente uma democracia é preciso olhar a Polícia que esse Estado tem. Porque a Polícia tem a cara do Estado, e reflete muito da sua sociedade. A Constituição que aí está tem 26 anos. Foi a primeira Constituição da República a trazer um capítulo sobre Segurança Pública. Quando a gente olha para esse capítulo, o que tem nele é Polícia! Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda, Polícia Federal!

5. Há 26 anos que esse capítulo espera regulamentação… 26 anos. O tempo que ele tem de existência, ele está esperando de regulamentação. Ou seja, no Brasil, nós criamos alguma coisa, em 1988, que nós queríamos que fosse um sistema, que queríamos que funcionasse como um sistema, e até hoje nós não instituímos o que nós criamos.

6. Nós somos um povo, uma sociedade – como eu disse – tremendamente hierarquizada; somos uma República construída por sobre anos e anos de escravidão – e eu diria que a gente ainda não conseguiu solucionar a obra que a escravidão deixou neste País; a obra ainda está aí para ser resolvida; nós temos problemas sociais imensos, que a gente tenta resolver com Polícia. Nós temos uma obsessão pela palavra “ordem”, pela ideia de ordem.

7. A gente não consegue entender que democracia convive com conflito. A nossa obsessão é tanta que colocamos essa palavra na própria bandeira. Essa palavra está na nossa alma. Então, eu acho que nós temos um grande desafio como sociedade: pensar que tipo de modelo a gente quer; que tipo de Polícia a gente quer, que seja compatível com o Estado Democrático de Direito que a gente pretendeu fundar em 1988.

8. Se forem as que aí estão, vamos então fazer esse dever de casa, que deveríamos ter feito desde 1988: vamos criar esse sistema; fazer com que o Sistema de Justiça Criminal funcione efetivamente como um sistema. Se não é esse o modelo, façamos outro. O que eu penso que nós não podemos continuar fazendo é reduzir segurança à Polícia. Porque enquanto permanecermos com essa mentalidade, a gente não vai avançar.

9. Saúdo mais uma vez esta Casa e esta Comissão de Direitos Humanos pela coragem de discutir publicamente esse tema, que eu reputo central para consolidar o Estado Democrático entre nós. É isso. Bom dia, mais uma vez, a todos. (PALMAS)

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PROJETOS DE LEI SOBRE LICENÇA PATERNIDADE PARA SERVIDORES MUNICIPAIS DO RIO!

(Pamela Oliveira- coluna do Servidor – Extra, 10) 1. Propostas para aumentar a licença-paternidade (Servidor – Pâmela Oliveira) Dois projetos de Emenda à lei Orgânica do município e que propõem a ampliação da licença-paternidade dos servidores de oito para 30 dias tramitam na Câmara Municipal do Rio. O primeiro foi apresentado pelo vereador Renato Cinco (PSOL). O segundo, do vereador Cesar Maia (DEM), propõe outras duas alterações na Lei Orgânica. A proposta do vereador é que tanto a licença-maternidade quanto a paternidade somente tenham os dias contados a partir do momento em que o recém-nascido receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal.

2. Pai poderia ter benefício da mãe morta após o parto. A segunda emenda apresentada por Cesar Maia propõe que, em caso de morte da mãe devido a complicações do parto, o pai tenha o direito de utilizar os 120 de licença-maternidade. Os dois projetos que ampliariam a proximidade entre os pais e os recém-nascidos, no entanto, não têm data para entrar na Ordem do Dia de votação. Segundo a Câmara, estão tramitando nas Comissões Permanentes.

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NOTAS INTERNACIONAIS!

1. (El País, 11) Polônia. Andrzej Duda, candidato dos ultranacionalistas de Lei e Justiça (PiS) tem 2 pontos de vantagem sobre o atual presidente, o europeísta Komorowski (34% contra 32%). O resultado exato é irrelevante, porque ambos deverão passar ao segundo turno em 24 de maio, mas reflete uma mudança de tendência no país. Em outubro virão as eleições parlamentares para definir o novo governo.

2. (El País, 11) Daniel Martínez, da Frente Ampla, é o novo prefeito de Montevidéu, vencendo amplamente. Dobrou os votos da outra candidata do FA, Lucía Topolansky, esposa do ex-presidente Mujica. FA, que governa o Uruguai, perdeu o departamento de Maldonado, um dos mais ricos do país, e não melhorou sua posição no interior onde o Partido Nacional venceu na maioria dos departamentos. Depois de 25 anos no poder a atual eleição deu sinais de ruptura dentro da FA.

3. (El País, 11) A UE prepara uma operação militar na Líbia para frear as máfias. A diplomacia europeia espera conseguir o aval da ONU na próxima semana e assim combater o tráfico de imigrantes no Mediterrâneo. A operação contemplará “todos os meios necessários”, incluindo ações repressivas para destruir o negócio de extorsão aos estrangeiros para levá-los a Europa desde a Líbia.

4. (El País, 11) Bachelet desenha seu novo gabinete num completo hermetismo.  Desde quarta-feira a política chilena se encontra em compasso de espera. A presidenta Bachelet anunciou na TV que havia pedido a renúncia a todo o seu gabinete e que em 72 horas informaria o novo gabinete. Mas esse quebra-cabeça era mais complexo e a presidenta desde sua residência estendeu este prazo.

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NOVO REITOR DA UFRJ MOSTRA UM QUADRO CRÍTICO NA UNIVERSIDADE!

(Trecho da entrevista a ‘O DIA’, 10) ROBERTO LEHER. 1. Precisamos de um novo pacto de financiamento das universidades federais. Entre 2007 e 2014, tivemos um aumento de 55% no número de alunos da UFRJ. Mas hoje nós temos metade da verba de custeio: em 2011, era R$ 230 milhões para manutenção e pagávamos 870 terceirizados. Hoje, são R$ 301 milhões para 5 mil terceirizados. Em 2014, não houve verba para investimento, por isso essa degradação de infraestrutura. A previsão é que as universidades federais não passem de setembro. Nosso primeiro desafio é conseguir um orçamento complementar.

2. Como a terceirização foi muito ampliada, provavelmente não teremos como pagar as empresas, vamos ter dificuldades de honrar os compromissos. É o cobertor curto: se pagar o terceirizado, faltará dinheiro para energia elétrica. Lembre-se que as aulas começaram atrasadas neste período por causa dos atrasos.

3. Sou uma pessoa que tem formação de esquerda, no campo marxista, e historicamente a esquerda sempre foi muito generosa no campo da ciência. Einstein, Freud… São formuladores. Serei um reitor preocupado com a autonomia da ciência dentro da universidade, sem perspectiva partidária. Quem faz a afirmação de que a universidade é usada para doutrinar não tem nem a menor noção de como funciona esse ambiente.

08 de maio de 2015

REINO UNIDO: PESQUISAS ATÉ O DIA DA ELEIÇÃO ERRARAM ABSURDAMENTE! POR QUÊ!

1. Este Ex-Blog já comentou várias vezes que um sistema eleitoral de voto distrital uninominal de maioria simples com distritos de uma pequena fração do eleitorado não reproduz necessariamente a opinião proporcional do eleitor e, portanto, as pesquisas de opinião eleitoral devem ter um extremo cuidado ao projetar intenções de voto.

2. Por exemplo: Suponhamos uma situação de 2 partidos em 10 distritos. Se um partido ganha em todos os distritos com 51% dos votos e o outro obtém 49%, as pesquisas vão falar de um empate técnico de 51% a 49%. Mas se o resultado for esse, na representação na câmara de deputados, o partido que obteve 51% dos votos terá 100% das cadeiras.

3. Um exercício assim pode ser feito com vários partidos. A probabilidade dos partidos menores não reproduzirem na urna o que as pesquisas informam é bem maior que os partidos maiores. No caso do Reino Unido os Distritos são de mais ou menos 40 mil eleitores, o que acentua a probabilidade do resultado de eleitos não corresponder ao da pesquisa.

4. Vamos ao caso concreto das eleições no Reino Unido ontem. No mesmo dia de ontem a Reuters informou que as pesquisas davam um empate entre os Conservadores e os Trabalhistas com 33% das intenções de voto. E mais que no mesmo dia de ontem os Trabalhistas haviam ultrapassado com uma leve vantagem de 1 ou 2 pontos.  Ou seja: teriam um número igual de cadeiras na Câmara dos Comuns. Com isso, o governo só se formaria por coligação.

5. Mas havia um problema adicional. A vitória do PN da Escócia era –e foi acachapante- ficando com quase todas, 58 de 59 cadeiras ou 9%. Numa situação dessas a probabilidade das pesquisas coincidirem com os resultados é muito, muito grande. Os liberais-democratas teriam 10%, os nacionalistas eurocéticos (UKIP) 10%, e os verdes 5%. Transformando em cadeiras, seriam 214 cadeiras para Conservadores e Trabalhistas, 65 para os liberal-democratas, 65 para o UKIP e 32 para os verdes.

6. Mas, uma vez abertas as urnas e definidas as cadeiras por distrito, os Conservadores chegaram a 318 cadeiras (49%), 100 cadeiras a mais que as pesquisas ou 48% a mais. No voto nominal tiveram 36,6. Os trabalhistas chegaram a 227 cadeiras (34,9%), beneficiando-se do voto distrital, mas tirando cadeiras dos partidos menores. No voto nominal 30,6%. Os liberal-democratas ficaram com 8 vagas (1,2%) do total, muito menos que as 65 cadeiras previstas e dos 7,7% nominais. O UKIP elegeu apenas 1 deputado, radicalmente diferente dos 65 que elegeriam e dos 12,6% nominais. E o PN-E confirmou as previsões, elegendo 56 deputados ou 8,6% e 4,9% nominais, portanto beneficiando-se do voto distrital. E os pequenos partidos ficaram com 23 cadeiras ou 3,5% ou 7,5% dos votos nominais, beneficiando-se por seu voto localizado.

7. Nesse momento em que se discute um novo sistema eleitoral para o Brasil, é bom os partidos analisarem bem as propostas dos que propõem um modelo de voto distrital de maioria simples e com distritos pequenos e variáveis. Isso poderia produzir um gigantesco desvio de proporcionalidade. Isso só é suportável em países com instituições sólidas e seculares, onde variações desse tipo já fazem parte da tradição eleitoral.

8. Lembre-se que na coligação entre conservadores e liberal-democratas (sempre prejudicados), foi feito um acordo para que fosse submetida a plebiscito uma correção nesse sistema. Com larga vantagem, o sistema atual de voto distrital uninominal de maioria simples em pequenos distritos foi amplamente vitorioso.

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ALGUNS DADOS SOBRE DESPESAS E DÍVIDA DA PREFEITURA DO RIO!

1. (LDO -2016) Serviço da Dívida. 2013: R$ 912 milhões/ 2014: R$ 1.019 milhões / 2015, em transição, não informado / 2016: R$ 782,2 milhões (em função da lei de aplicação dos novos indexadores) / 2017: R$ 1.021 milhões. / 2018: R$ 1.281,1 milhões. Obs.: Deflacionado em 2018 o serviço da dívida volta aos mesmos níveis de 2014 e 12% maior que 2013. Ou seja, o significativo ganho resultante da aplicação da lei dos novos indexadores desaparece em 2018 pela projeção dos contratos de empréstimos.

2. (CG-2008/CG-2014) Custo geral Comlurb. 2014: R$ 1.552,9 milhões. / Em 2008 eram R$ 537,7 milhões. Ajustando 2008 pelo IPCA teríamos R$ 799,2 milhões. Um crescimento real de 94,3% em 6 anos.

3. (CG-2008/CG-2014) Dívida Consolidada. Em 2008 eram R$ 8.684 milhões. Ajustada para dezembro de 2014 seriam R$ 12.907 milhões. Em 2014 foram R$ 14.156 milhões. Crescimento real de 9,7% ou R$ 1.249 milhões. Em 2016 em moeda de 2015 –depois do ajuste da lei que mudou os indexadores- a dívida projetada pela LDO é de R$ 10.915.  A redução conseguida pela lei dos indexadores, de R$ 3.241 milhões, cobre o aumento da dívida desde 2008 de R$ 1,25 bilhão deixando um saldo de R$ 2 bilhões ou 18% do total da dívida.

07 de maio de 2015

AJUSTE FISCAL: PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE!

1. Um desdobramento problemático dos ajustes fiscais produzidos na Europa após a crise de 2008 tem sido a estagnação ou queda da produtividade das economias que adotaram estes ajustes. Mesmo os ajustes menos agressivos que vieram da crise, como no Reino Unido, tiveram esse desdobramento.

2. As exceções à regra têm sido e continuam sendo os Estados Unidos e a Alemanha, talvez pela atratividade e segurança que têm para os capitais financeiros, que migram.  Mas o fundamental, nestes dois casos, é que desde a resposta a crise, imediatamente após a implosão financeira de 2008, foram adotadas medidas e estímulos ao crescimento da produtividade com suas repercussões na competitividade das suas economias.

3. Mas nos demais acaso da Europa, o ajuste fiscal gerou reações econômicas defensivas no setor privado e um foco único no setor público. E a produtividade estagnou, quando não caiu, e a competitividade, naturalmente acompanhou. Com a rigidez do Euro, que impede a flexibilização cambial como forma de dar competitividade ao comércio exterior e a atração de capitais, esta estagnação se espalhou.

4. Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França e até a Inglaterra, etc. Na América do Sul esse processo foi reforçado pela queda dos preços das commodities e em especial do petróleo. A resposta populista em casos como Venezuela e Argentina trouxe de volta a estagflação tão comum nos anos 70 e 80.

5. O Brasil inicia um processo de ajuste fiscal – inicialmente com maior rigor de caixa e medidas legais em discussão no Congresso Nacional. Até pela natureza do ministro da fazenda, com origem no mercado financeiro, só há um foco: ajuste fiscal pelo lado das despesas e das receitas.

6. Essa é a mesma receita adotada nos países europeus e que os têm feio afundar em relação à produtividade e a competitividade. Mas no caso do Brasil não há a rigidez do Euro e a válvula de escape é o câmbio e a inflação. É verdade que estes ajudarão o ajuste fiscal, mas não a produtividade e a competitividade da economia. Muito pelo contrário.

7. Como o ajuste fiscal está apenas no começo, seria básico que, simultaneamente, o governo adotasse medidas de apoio e incentivo ao desenvolvimento tecnológico e outras medidas que evitem prosseguir o desmoronamento da competitividade da economia, que vem ocorrendo nos últimos anos e que num quadro de ajuste fiscal exclusivo pode ser perigosamente acentuado.

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ELEIÇÕES HOJE NO REINO UNIDO: VOTO ESTRATÉGICO NUM SISTEMA DISTRITAL SIMPLES!

(Timothy, Garton Ash, Professor na Universidade de Oxford, Especial para Estado de SP, 07) 1. Esta eleição geral definidora de país é a mais europeia que a Grã-Bretanha já viu. Com um papel crucial desempenhado por partidos menores e políticas divergentes em diversas regiões ou nações dentro do Estado, o desfecho quase certamente será um governo de coalizão ou de minoria: tudo assustadoramente não britânico e tipicamente continental.

2.  Mas esta mais europeia das eleições pode levar a Grã-Bretanha a sair da União Europeia (UE) e a Escócia, em seguida, a abandonar o Reino Unido. Pode significar também cortes drásticos em algumas áreas dos gastos públicos e mais desigualdade, em especial na Inglaterra, e uma nova erosão das liberdades civis. Como eleitor inglês, são essas as coisas que desejo evitar.

3. A maioria dos editoriais de jornais e revistas pré-eleitorais da Grã-Bretanha terminou nos conclamando, como nos velhos tempos, a optar por trabalhistas ou conservadores. Agora, as únicas duas pessoas com claras chances de ser primeiro-ministro são David Cameron e Ed Miliband, mas minha escolha como eleitor inglês individual é mais complicada do que isso.

4. Se tivéssemos um sistema continental de representação proporcional, eu poderia votar no partido do qual me sinto mais próximo, certo no conhecimento de que isso aumentaria sua presença no Parlamento e suas chances de moldar o novo governo. Não é assim em nosso sistema de maioria simples, que não é adequado ao tipo de política europeia com a qual a Grã-Bretanha topou.  Em muitos distritos eleitorais ingleses, o eleitor não terá de fato nenhuma chance, já que haverá as “cadeiras garantidas” para um candidato trabalhista ou conservador. Ouvi alguém dizer no rádio que sentia que seu voto não tivera nenhum valor em 40 anos.

5. Isso, às vezes, significa votar com a cabeça e não com o coração. Na Grã-Bretanha, isso se chama, tradicionalmente, uma “votação tática”, o que tem uma conotação levemente pejorativa. Mas o cientista político de Oxford, Stephen Fisher, considera que quase um a cada dez eleitores britânicos fez isso no passado, influenciando os resultados de aproximadamente 45 cadeiras. Mais de nós devemos fazê-lo desta vez, e deveríamos vê-lo como uma votação estratégica, e não tática.

6. Algumas partes desta escolha estratégica são um tanto espinhosas. Claramente, se, para o bem da Inglaterra, você quer manter a Escócia no Reino Unido, então você tem de manter o Reino Unido na União Europeia.  Os trabalhistas têm uma política europeia mais racional e construtiva do que os conservadores. Mas não estou nem um pouco convencido de que cinco anos de um governo trabalhista de minoria, fraco, com palpável influência do PNE atiçando as chamas do ressentimento inglês e os conservadores mantendo a própria unidade interna desancando a Europa, ajudados e incentivados em ambos os aspectos pelo anti-Escócia Sun, nos colocariam numa posição melhor para ganhar um referendo sobre permanência que certamente virá, cedo ou tarde.

7. Alguns desses julgamentos podem ser complicados, mas a mensagem geral é clara: vote com a cabeça. Assim, se você for inglês e estiver indeciso entre trabalhistas e conservadores precisa antever que os trabalhistas serão dizimados na Escócia. Assim, se estiver preocupado com o equilíbrio geral no Parlamento de Westminster, essa é uma boa razão para votar nos trabalhistas por lá. Se, ao contrário, estiver numa vertente conservadora-liberal-democrata, não desperdice seu voto nos trabalhistas.

8. Por todas as prioridades que mencionei, é importante que haja um núcleo duro de talvez 35 representantes liberal-democratas capazes de uma coalizão com trabalhistas ou conservadores ou de influenciar um governo de minoria de esquerda ou de direita.  Eles também seriam fortes o bastante para levantar uma bandeira parlamentar por nossas muito desgastadas liberdades civis – uma questão pela qual os dois maiores partidos têm se mostrado cronicamente indiferentes.

9. Em suma: os ingleses precisam votar estrategicamente para que o centro liberal se mantenha. Desta vez, isso significa o centro liberal não somente da política britânica, mas da própria Grã-Bretanha.

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DIRETORES E CONSELHEIROS DO FUNDO DOS FUNCIONÁRIOS DOS CORREIOS SÃO OS RESPONSÁVEIS PELO ROMBO!

(Estado de SP, 06) 1. Após seis meses de investigação, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) chegou à conclusão de que os diretores e conselheiros do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, foram responsáveis por parte do rombo de R$ 5,6 bilhões no plano de benefício definido dos participantes do fundo. A constatação está em dois relatórios confidenciais, aos quais o ‘Estado’ teve acesso.

2. De acordo com os documentos da Previc os gestores “não agiram com zelo e ética”. São acusados de má gestão e de não observar, sobretudo, a rentabilidade dos fundos onde depositaram o dinheiro dos participantes. Entre os investimentos que levaram o fundo a apresentar esse déficit bilionário estão aplicações em títulos de bancos liquidados, como Cruzeiro do Sul e BVA, e investimentos atrelados à dívida de países com problemas, como Argentina e Venezuela.

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DISTRIBUIDORAS DE VEÍCULOS DEMITEM 8 MIL QUE PODEM CHEGAR A 38 MIL NO ANO!

(Folha de SP, 06) 1. Ao encerrar mais um mês com queda nas vendas de veículos, a Fenabrave (federação que reúne as distribuidoras de autos) revisou para baixo as projeções para 2015 e mostrou que o fechamento de postos de trabalho já é um problema no setor.  Segundo a entidade, 12 mil funcionários foram demitidos no primeiro quadrimestre de 2015. A causa está no fechamento de 250 concessionárias autorizadas no Brasil, motivado pelo encolhimento do mercado.

2. Os dados da Fenabrave mostram que os emplacamentos de carros de passeio e comerciais leves recuaram 18,4% nos primeiros quatro meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2014. Por isso, a federação das distribuidoras passou a acreditar que a queda no acumulado do ano chegará a 18%.

3. No início do ano, as 8.000 concessionárias autorizadas instaladas no país empregavam 411 mil funcionários. Caso a previsão de queda se confirme, a federação acredita que outras 550 lojas serão fechadas, o que totalizará uma queda de 10% no número de estabelecimentos. Com isso, seriam fechados cerca de 38 mil postos de trabalho, número que poderá ser compensado em parte pela abertura de novas lojas.

06 de maio de 2015

ÍNDICE DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CAI 31,27% EM 4 ANOS!

1. O Instituto TRATA BRASIL divulgou os dados de saneamento das cidades brasileiras. Num capitulo –página 54- separa os mesmos dados para as capitais. O estudo foi realizado com base no SNIS 2013 e divulgado em relatório de 22 de abril de 2015.

2. Os dados da cidade do Rio de Janeiro surpreendem negativamente. No ranking geral das capitais o Rio –segundo mais importante centro econômico e cultural do país- ocupa apenas o décimo terceiro lugar entre 27 capitais, ficando, portanto, no meio da fila.

3. O índice de atendimento de água ficou estacionado em torno de 91 entre 2009 e 2013.  Faltam ainda 134.981 ligações de água. Estão faltando também 537.826 ligações de esgoto, embora o crescimento no período.

4. O dado que mais espanta por mostrar uma gravíssima reversão, com todas as consequências ambientais, é o Tratamento de Esgoto.  Os índices mostram que em 2009 eram 68,65, em 2010 eram 53,24, em 2011 eram 51,92, em 2012 eram 50,02 e em 2013 eram 47,18. Entre 2009 e 2013 –ponta a ponta- a queda foi de 31,27%.

5. Conheça o relatório completo de 62 páginas com todas as tabelas.

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DEPOIS DE NIXON, AGORA A CHINA E A RÚSSIA PEDEM COMBATE RADICAL ÀS DROGAS!

(The Economist/Estado de SP, 04) 1. Em 1971, Richard Nixon declarou que as drogas eram o “inimigo público número um”, dando o primeiro tiro daquela que ficou conhecida como a “guerra às drogas”. Nos EUA e em outros países ricos que combateram ao lado dos americanos, a campanha levou à adoção de leis rígidas e condenações severas para pequenos traficantes e dependentes. Nos países pobres e tumultuados, de onde vinham a cocaína e a heroína, a ordem foi erradicar as plantações de coca, de papoula e treinar e armar as forças de segurança.

2. Bilhões de dólares desperdiçados e inúmeras vidas destruídas depois, as drogas ilegais continuam disponíveis e os combatentes antidrogas começam a ficar cansados. Nos EUA e na Europa Ocidental, a dependência é vista cada vez mais como uma doença. A maconha foi legalizada em alguns lugares. Em vários países, cogita-se seguir o exemplo de Portugal, onde o uso de drogas não é mais considerado crime.

3. Mas, justo agora, quando essa guerra às drogas começa a arrefecer, uma outra ganha força na Ásia, na Rússia e no Oriente Médio. Ecoando as palavras de Nixon, o presidente da China defendeu a implementação de “ações vigorosas para acabar com as drogas”. Seu colega indonésio declarou que elas são uma “emergência nacional”. Em janeiro, ele submeteu seis traficantes a um pelotão de fuzilamento – ato que se repetiu na semana passada, quando a Indonésia executou outros oito traficantes, ignorando pedidos internacionais de clemência. Atualmente, o Irã executa um número de traficantes cinco vezes maior do que há alguns anos.

4. A Rússia defende a pulverização com veneno das plantações de papoula do Afeganistão e tenta fazer com que seus vizinhos a acompanhem na proibição à metadona, opiáceo usado no tratamento de dependentes de heroína. No início do ano, a China pressionou a Agência das Nações Unidas para o Combate às Drogas e ao Crime Organizado (UNODC) a adotar restrições mais rígidas ao anestésico quetamina, mas ainda não obteve sucesso.

5. As proibições são sempre bem recebidas pelas organizações criminosas, que exercem controle exclusivo sobre um mercado global de aproximadamente US$ 300 bilhões anuais. Também convêm a autoridades e políticos corruptos, que podem embolsar um bom dinheiro fazendo vistas grossas ao tráfico.  De maneira geral, entretanto, o que move os novos inimigos das drogas é a mesma convicção que animava os antigos: a crença sincera, embora equivocada, de que a repressão aos traficantes e aos usuários acabará com a dependência. A lição a ser aprendida com a primeira guerra é que isso não vai acontecer.

6. Se os que se preparam para empreender a próxima guerra às drogas quiserem ver o que o futuro lhes reserva, basta olhar para o Ocidente: mais violência e corrupção, mais aids, prisões mais abarrotadas – e, apesar de tudo isso, a mesma quantidade inesgotável de drogas chegando às mãos dos que desejam utilizá-las.

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IMIGRAÇÃO: TEMA CHAVE NA ELEIÇÃO BRITÂNICA DESTE 07/05!

(BBC, 06) 1. Segunda maior preocupação dos eleitores britânicos nesta eleição, a imigração é um tema polêmico e complexo no país. A direita os acusa de roubar emprego de britânicos e de abusar do sistema de benefícios sociais. Ao mesmo tempo, são, reconhecidamente, essenciais em serviços básicos no país – um terço dos funcionários do sistema público de saúde, por exemplo, são imigrantes.

2. Só no ano passado, 624 mil pessoas imigraram para o Reino Unido. Para se ter uma ideia, no Brasil – que tem o triplo da população e onde, principalmente após a chegada de haitianos, os imigrantes ficaram em evidência – foram 122 mil novos imigrantes, segundo o Ministério da Justiça.

Projeto de Cesar Maia aumenta o período de licença-paternidade

Art. 1º Os incisos X e XII do Art. 177 da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro passam a vigorar com a seguinte redação:

“X- licença à gestante, sem prejuízo do cargo ou emprego e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias, não contados os dias de internação do recém-nascido em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal; (NR)

[…]

XII – licença-paternidade, sem prejuízo do cargo ou emprego e da remuneração, com duração de trinta dias ou com duração de cento e vinte dias na hipótese de falecimento da mãe em virtude de complicações no parto, não contados, em ambos os casos, os dias de internação do recém-nascido em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal”. (NR)
Art. 2º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

Plenário Teotônio Villela, 16 de abril de 2015

Vereador CESAR MAIA
Líder do Democratas

O nascimento de um filho, por si só, traz uma restruturação familiar e demanda dos pais grande atenção e cuidado. No Brasil, infelizmente, a licença-paternidade não condiz com a necessidade das famílias. Os cuidados com o bebê não devem ser exclusivamente maternos, mas o pouco tempo de licença faz com que, rapidamente, o pai precise se afastar para trabalhar. Isso não apenas priva o homem de maior contato com seu filho nesse momento tão crucial que é o início da vida, como também sobrecarrega a mulher.

Além disso, quando o bebê precisa ficar na UTI Neonatal, seus pais vivem um momento extremamente difícil e delicado, exigindo um enorme tempo e investimento emocional por parte dessas famílias. Algumas vezes, os bebês precisam passar meses internados, extrapolando as licenças maternidade e paternidade. A presença dos pais na UTI Neonatal é inquestionável, tanto para o bebê, quanto para o fortalecimento dos primeiros vínculos dos pais com seu filho.

Diante disso, gostaria não só de propor o aumento da licença-paternidade, expandindo de 8 para 30 dias, como também de defender que, em caso de internação do bebê em UTI Neonatal, o período de licença, tanto da mãe, quanto do pai, só passe a contar a partir da alta hospitalar do recém-nascido.

Essas medidas com certeza são um cuidado a mais não apenas com os bebês, mas também com as famílias.

05 de maio de 2015

O EFEITO VINCULANTE ENTRE O AJUSTE FISCAL E A LEI DA TERCEIRIZAÇÃO!

1. A cada dia fica mais claro que a tramitação do ajuste fiscal, como querem o ministro Levy e a presidente Dilma, dependerá da tramitação e sanção/veto de Dilma à lei da terceirização. Um retardamento no senado à aprovação da lei de terceirização corresponderá um retardamento na câmara às MPs de ajuste fiscal.

2. Se isso não bastasse, nas comemorações do 1º de maio, o deputado Sibá, líder do PT, garantiu ao presidente da CUT que vai fazer tramitar a lei que termina com o fator previdenciário. Levy deve ter perdido aquele sorriso “cheese” que mantém colado para as audiências, entrevistas e fotos.

3. A correção do FGTS pela inflação são favas contadas. O compromisso de Cunha no 1º de maio tem velocidade de aprovação garantida pela tramitação de projetos de lei do mesmo escopo dos deputados Vicentinho do PT e Rodrigo Maia do DEM.

4. Quando Dilma foi informada do efeito vinculante sugerido pelo presidente da Câmara entre ajuste fiscal e terceirização não aceitou a proposta de Lula e do PT ao propor um veto geral.  Preferiu tentar amenizar, informando que não aceitará o mesmo tratamento para atividades meio e atividades fim.

5. O confronto na matéria entre CUT e Força Sindical vai além das questões levantadas sobre direito dos trabalhadores. A Força Sindical até aceita uma ou outra exclusão das atividades-fim. Mas exige que os desdobramentos sindicais estejam garantidos. Afinal, a probabilidade de sindicalizar grande parte dos 13 milhões de terceirizados é muito alta.

6. Dilma e Levy terão agora que encontrar o caminho de contemporizar com a lei de terceirização no senado e suavizar ou mesmo evitar vetos radicais como quer a CUT, o PT e Lula. De outra forma, o ajuste fiscal será pífio e a resultante do que se propõe por vários lados, poderá até ser negativa.

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O HAITI, O RIO E A FAVELA DA MARÉ!

(Clovis Rossi, 04) 1. Como é possível que o Exército brasileiro considere mais fácil uma missão pacificadora em um Estado falido, como o é o Haiti, do que no coração do próprio Brasil, na sua cidade mais emblemática e mais bonita? O general Fernando Azevedo e Silva, chefe do Comando Militar do Leste, foi explícito: “Nossas ações ali [no complexo da Maré] foram limitadas, tornando a ação muito mais difícil do que em outras ocasiões”.

2. O general expõe uma das limitações: diferentemente do que aconteceu durante a ocupação no Alemão ou durante os dez anos no Haiti, o Exército não pode realizar buscas em residências nem ocupar imóveis que comprovadamente pertenciam a criminosos. Fica claro, portanto, que o Estado brasileiro é tolerante em relação ao crime organizado (além de incompetente em relação ao crime desorganizado).

3. Segundo o general Azevedo e Silva, a missão na Maré é mais complicada do que no Haiti porque, na favela carioca, “há três facções com disputas internas”. Quer dizer o seguinte: as autoridades são capazes de identificar as gangues em operação na Maré, o que implica saber quem são os seus líderes, mas não são capazes de prendê-los e/ou de controlar as suas atividades criminosas.

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CUSTO-BRASIL DO ASSASSINATO DE JOVENS!

(Editorial Folha de SP, 05)  1. De 2002 a 2012, 303.187 mil jovens foram assassinados no Brasil. Tais mortes não apenas provocaram inúmeros dramas familiares como também representaram perda irreparável para o país, que se viu privado de considerável contingente populacional cuja vida produtiva acabara de começar.  De acordo com estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o país desperdiçou, somente em 2014, R$ 88 bilhões (ou 1,6% do PIB) em decorrência dos homicídios de pessoas que têm de 15 a 29 anos.

2. Para chegar a essa cifra consternadora, os autores do estudo consideraram apenas o capital humano arruinado –isto é, o quanto esses brasileiros ainda poderiam ter produzido e consumido se tivessem permanecido vivos. Não se levam em conta, nesse caso, recursos despendidos com saúde e segurança, por exemplo.  Tantas mortes se inserem no contexto dos altos índices de violência nacional. O país ostenta uma taxa epidêmica que supera os 25 homicídios por 100 mil habitantes, dentre as 15 maiores do mundo. Mais da metade (53%) dos cerca de 55 mil assassinatos anuais atinge diretamente os jovens.

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COLÉGIO PEDRO II ELIMINA A EXCLUSÃO COMO FORMA DE AUMENTAR A AVALIAÇÃO ESCOLAR!

(Antônio Gois – Globo, 04) 1. Após a divulgação, pela imprensa, de rankings de escolas a partir do Enem, há pais que ficam orgulhosos com a boa posição de colégios particulares de elite ou de um grupo seleto de públicos — geralmente federais — no exame. O que os números não dizem em muitos casos é que parte desse resultado é conseguido graças a uma prática excludente: a expulsão de alunos por mau desempenho, antes mesmo de chegarem ao final do ensino médio.

2. O ato já seria controverso numa escola privada. Numa pública, o questionamento é não apenas moral, mas também legal. Por entender que a prática de afastar alunos que repetiam dois anos consecutivos era ilegal, o Colégio Pedro II, maior escola pública do país, acabou, através de portaria publicada há dez dias, com o jubilamento nas suas nove unidades. O principal argumento, porém, foi mesmo pedagógico: em vez de simplesmente se livrar de alunos com mau desempenho, o que se espera de uma boa escola é que se empenhe para recuperá-los.

3. O Colégio Pedro II, de fato, se distingue da maioria das escolas públicas não apenas pelos resultados, mas também pelo perfil de seus estudantes. Pelos critérios utilizados pelo Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) na divulgação do Enem, seus alunos no 3º ano do ensino médio têm, em média, alto nível socioeconômico. É um padrão que se repete em vários colégios federais que selecionam os melhores estudantes por concurso. Como o nível de renda e escolaridade das famílias está altamente associado ao desempenho estudantil, o resultado é que os mais pobres tendem a ser excluídos dessas ilhas de excelência do setor público. Essa exclusão acontece não apenas na entrada, mas também por meio de mecanismos internos, como o jubilamento.

4. No caso do Pedro II, é preciso registrar que tem havido um esforço para mudar esse quadro. No primeiro ano do ensino fundamental, o ingresso se dá por sorteio. No sexto ano, ainda há vestibulinho, mas desde 2004 há reserva de metade de vagas para alunos da rede pública. Ela também registrou que, ao final do ensino médio, só 7% dos estudantes haviam ingressado por sorteio. Ao repetir a pesquisa em 2007, viu que o percentual havia aumentado para 42%, um indicativo de que um contingente maior de sorteados cumpriu sua trajetória escolar. Para ela, houve nesse período “uma tendência de maior tolerância e busca de soluções pedagógicas efetivas para os alunos com dificuldades” pelos professores.

5. Para que isso dê certo, e não apenas no Pedro II, são necessários recursos, melhoria das condições de trabalho, valorização do professor e mudanças em práticas obsoletas. Não é simples, mas é o caminho. Não há mais tempo a perder com falsos dilemas, como simplesmente reprovar alunos ou aprová-los sem que tenham aprendido. A meta é garantir o direito de aprendizado de todos. Como fazem os países que levam à sério sua educação.

04 de maio de 2015

OS RISCOS DA CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍTICA!

1. Se há uma percepção globalizada é a da política como atividade suja e dos políticos como predadores. Em momentos de crise, essa percepção avança e, em meio a escândalos, se enraíza. Isso não ocorre só no Brasil. É geral. O ponto fundamental da análise dos desdobramentos de um quadro destes deve ser político. Vejamos.

2. A dedução primária que se tira de uma situação dessas é que o mais provável é que impulsione a alternância no poder e fortaleça a oposição. Mas isso não é tão simples. Depende de cada caso concreto. Em tese, pode até estimular a ruptura em direção a uma alternativa vertical.

3. No caso brasileiro (se aprende da experiência latino-americana por décadas), a atual crise, com casos explícitos de corrupção atingindo elites políticas e administrativas e a maior empresa do país, permite garantir que o atual governo e que sua presidenta não têm mais recuperação política. Como não pode ser candidata, pode até tocar seu governo administrativamente, mas não politica e socialmente. E –por isso- terá que enfrentar seu partido como oposição.

4. Num quadro –como o nosso- de fragilidade partidária e inorganicidade política, a popularidade e o acesso ao poder dependem da imagem e da força dos personagens. O fato é que nem o governo e seu partido (incluindo Lula) e nem a oposição têm personagens com a força para mobilizar e inspirar confiança. As recentes manifestações nas ruas têm mostrado isso. Os mais importantes líderes políticos ficaram em casa.

5. O 1º de maio não foi diferente, com mobilizações tímidas se comparadas a um passado recente.  As manifestações que crescem são as corporativas –sem marcas explícitas de cor ideológica ou partidária. É o caso do movimento dos professores, que ganha, estado a estado, dimensão nacional. Os governantes afundam, mas ninguém é capaz de dizer um nome que capitalize politicamente esses fatos.

6. Com uma presidente desintegrada, com governadores desintegrados ou fragilizados, com as oposições sem líderes apenas surfando na onda do desgaste do governo, com a base do governo estilhaçada, com o parlamento pulverizado, mas com instituições básicas fortes desde a constituinte de 1988 (o que obstrui o golpismo), conforma-se um quadro tipicamente latino-americano.

7. E a fórmula da resposta fácil à crise econômica e política, à criminalização dos políticos, a desesperança, é o populismo. As ascensões populistas desde os anos 90, especialmente na América do Sul, mostram isso. Lula, que tem faro e olfato para isso, abandona a “carta aos brasileiros de 2002” e assume as cantilenas e as baladas populistas.

8. Isso não garante a ele que seu neopopulismo atraia confiança popular. Afinal, ele é parte da raiz das crises. Mas é um caminho que tem.

9. No Brasil, neste momento, o perfil populista que desponta –ainda sem cara e sem nome- tem caráter conservador. Se olharmos no espelho retrovisor, vemos a imagem de Jânio Quadros. Ou mesmo a imagem parlamentar de Carlos Lacerda. E não é demais repetir um pensamento de Marx que virou chavão: a história se repete, a primeira vez como farsa e a segunda como tragédia.

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TEREZA CRUVINEL (SITE 247) ENTREVISTA DEPUTADO RODRIGO MAIA, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE REFORMA POLÍTICA !

1. TC: Deputado, desta vez a reforma política sai?
Maia: Acho que se a comissão, e depois o plenário, entenderem que precisamos fazer uma evolução no sistema político e não uma revolução no sistema ela sairá. Agora, se quisermos implantar o sistema inglês, o sistema alemão ou qualquer outro, não sairemos do lugar. Precisamos entender que temos um modelo, que ele tem aspectos ruins que precisam ser corrigidos, dando um passo à frente. Alguns querem fazer revolução, outros escrever autobiografia e tanto uma coisa como outra não nos levará a lugar algum.

2. TC: Tratemos de cada um deles, começando então por esta forma de eleger deputados em que trocaríamos o sistema proporcional que vigora hoje pela regra de que serão eleitos os mais votados. Neste sistema, que vem sendo chamado de “distritão”, poderia haver coligações entre partidos?
Maia: Não, a coligação proporcional acaba porque não haverá mais interesse dos pequenos partidos nas alianças e nem interesse dos candidatos em concorrer por partidos pequenos. Se para se eleger o candidato precisará ter uma grande votação, individualmente, ele terá mais interesse em concorrer por partidos maiores, melhor estruturados, que permitirão ao futuro deputado ocupar posições importantes na Câmara, como presidir comissões, integrar a Mesa ou relatar matérias relevantes.

3. TC: Este sistema então poderá conter a pulverização?
Maia: Tenho certeza que sim. Com exceção dos partidos mais ideológicos, com PSOL ou PC do B, ninguém terá interesse em ficar em partidos com quatro ou cinco deputados. Haverá uma concentração natural nos partidos com perspectiva de poder, sejam de centro-esquerda ou de centro-direita, embora os partidos ideológicos devam continuar existindo, e por isso sou contra o voto distrital, em que não teriam como sobreviver./  – O “distritão” não eliminaria tanto estes partidos ideológicos quanto aqueles candidatos temáticos, que se elegem sustentando bandeiras relacionadas com um público específico e disperso? Maia – Pelo contrário. Eles desapareciam é com o modelo distrital, misto ou puro

4. Entrevista completa.

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RIO! NOVAS ESCOLAS NA MARÉ NÃO TERÃO NOVAS MATRÍCULAS: SÓ TRANSFERIDOS DA ESCOLA AO LADO!

(Professoras que lecionam na Maré)  1. Acabamos de saber que o prefeito quer tirar 13 turmas integrais e seus professores em agosto para “encher” uma das três escolas que serão inauguradas (a meta eram 19).

2. Não é nada produtivo, é lamentável o desrespeito com nossas crianças e seus responsáveis que já estão organizados para frequentarem o CIEP Samora Machel! É contraproducente! Pela futura organização arbitrária terão famílias que um filho ficará no Samora e outros irão para escola nova! Isso no meio do ano e não no início, quando a família podia ter se organizado! Aproxima-se a perversidade com estes responsáveis!

3. Seria muito simples: inauguram escolas novas, abrem vacâncias e naturalmente elas serão preenchidas, haverá responsáveis que beneficiarão com escolas mais próximas de sua casa (aqui na Maré, muitas crianças vão e voltam sozinhas da escola)! Haverá aluno para todas as escolas novas e antigas! Mas não será assim.

4. Não faz sentido mudar toda rotina em agosto seja dos alunos, seja dos funcionários! Muitos professores compram materiais para organizarem suas salas com o próprio dinheiro, fizemos isso no início do ano!  Que o prefeito e sua secretária se sensibilizem e percebam não haver necessidade de tirar turmas inteiras para encher as escolas novas! Os responsáveis o verão como uma decisão irracional e insensível que não tem preocupação com o desenvolvimento escolar e afetivo das crianças da Maré!

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THE NEW YORK TIMES:  CIRCULAÇÃO IMPRESSA E DIGITAL!

(Globo, 02) Mark Thompson diretor executivo.  O digital é a principal área de crescimento. A circulação digital média do NYT cresceu 14,2%, para 1,55 milhão. A circulação digital do domingo subiu 10,7%%, para 1,48 milhão. No impresso a média de circulação de segunda a sexta-feira caiu –6,8% para 625.951 e aos domingos caiu –5,2%, para 1,15 milhão. O número de assinantes digitais subiu 20%, para 957 mil.

30 de abril de 2015

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NOS EUA EM 2016: REUNIÃO EM BERLIM COORDENADA PELO CDU DE MERKEL!

Nota do representante do DEM deputado Rodrigo Maia

1. Empresa que trabalha para os republicanos acha que Hillary será fortíssima se passar nas primárias que segundo ele, ela não gosta desta parte da campanha. Vem com experiência lastro Clinton e será a primeira mulher presidente. Acha Rubio, por ser da Flórida, origem cubana etc, o melhor nome pra confrontá-la.

2. Durante a reunião, CDU informou que recebeu em 2014 do fundo partidário na Alemanha 35 milhões de euros. A fundação do partido -Fundação Konrad Adenauer- recebeu 100 milhões de euros. Ou seja, na Alemanha a fundação de estudos e promoção das ideias do partido a nível nacional e internacional recebe quase 3 vezes mais que o próprio partido.

GOOGLE FARÁ TREINAMENTO DIGITAL DAS REDAÇÕES DOS GRANDES JORNAIS EUROPEUS

(Folha de SP-29) O Google anunciou um programa no qual aplicará € 150 milhões (R$ 480 milhões) nos próximos três anos em iniciativas para adaptar jornais europeus a um modelo de negócios voltado ao digital, em meio a um cenário de queda nas receitas com publicidade impressa. O plano, chamado de Digital News Initiative, envolverá, além da injeção de dinheiro, trabalho conjunto com empresas jornalísticas para o desenvolvimento de produtos e assistência no treinamento digital das Redações. Entre os diários participantes do programa, estão o “Financial Times”, do Reino Unido, o “Les Echos”, da França, o “El País”, da Espanha, o “Die Zeit”, da Alemanha, e o “La Stampa”, da Itália.

NOVA ESTRELA DA POLÍTICA BRITÂNICA PODE SER DECISIVA NA ELEIÇÃO GERAL DE 7 DE MAIO! (Folha de SP-27)

1. Pesquisas dão partido escocês SNP, de Nicola Sturgeon, como 3ª força, cujo apoio definirá premiê do Reino Unido. Nem o premiê Cameron, conservador, nem a oposição devem fazer maioria; SNP tende a se aliar aos trabalhistas.

2. Os britânicos vão às urnas daqui a menos de duas semanas e uma política escocesa de 44 anos, desconhecida até pouco tempo atrás, poderá ter o poder de definir a formação do governo. Nicola Sturgeon, líder do SNP (Partido Nacional Escocês), foi chamada de “mulher mais perigosa” do Reino Unido pelo jornal “Daily Mail”.

3. Pesquisa do instituto YouGov a declarou vencedora do único debate entre todos os líderes na TV, no dia 2, com 28% da preferência de quem viu. Naquele dia, venceu ainda a guerra da mídia social (113 mil menções no Twitter). A fama não é para menos. Seu partido simboliza o cenário provável para a eleição de 7 de maio: o do “hung Parliament”, ou Parlamento “enforcado”, quando nenhum dos partidos tradicionais, Conservador e Trabalhista, obtém maioria para governar.

4. É preciso conseguir ao menos 326 das 650 cadeiras. Se nenhum partido atingir esse total sozinho, terá de negociar apoio com outros menores. Pesquisas mostram disputa acirrada entre conservadores e trabalhistas, mas sem passar do teto de 35% e longe de maioria. Outras quatro siglas que aparecem são SNP, liberais-democratas, Ukip (extrema direita) e verdes. A grande surpresa deve ser o SNP, com ao menos 40 das 59 cadeiras escocesas do Parlamento em Londres –hoje tem só seis. Como terceira força, seria o “fiel da balança”.

5. Desconhecida das rodas da política britânica, Sturgeon foi eleita em novembro a primeira mulher a chefiar o Parlamento escocês. A mídia londrina tenta decifrar quem é essa advogada que, mesmo sem chance de ser primeira-ministra, deve ser essencial para selar o destino do governo.

6. Alinhados ideologicamente, ambos se opõem à rígida austeridade fiscal da gestão Cameron. Ainda que não aceite coalizão formal, o que é provável, o SNP pode dar o voto de confiança a Miliband, o que resultaria num “governo de minoria” dos trabalhistas. A opção seria ficar na oposição e deixar livre a recondução de Cameron como premiê.

MESMO QUE VOCÊ NÃO ESTEJA COM O IMPOSTO DE RENDA PRONTO, ENTREGUE A DECLARAÇÃO ASSIM MESMO !

(Jornal Nacional-29)

Mais de 4 milhões de brasileiros ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda. O prazo termina à meia-noite desta quinta-feira (30), zero hora de sexta-feira (1). A recomendação dos contadores para quem ainda está atrasado com a declaração é: entregue do jeito que ela estiver. A Receita permite que, lá na frente, as pessoas corrijam a declaração que foi entregue dentro do prazo, e não cobra nada por isso. Mas se o contribuinte atrasar a entrega paga multa de, no mínimo, R$ 165 e que pode chegar a até 20% do imposto devido.

29 de abril de 2015

BRASIL: “FEDERAÇÃO” DESMANCHA COMO CASTELO DE CARTAS! BRASIL: “FEDERAÇÃO” DESMANCHA COMO CASTELO DE CARTAS!

1. O efeito dominó de prefeitos de capitais e governadores –Rio e em seguida S.Paulo- e depois Paraná, recorrendo a justiça para execução da lei federal que mudou o indexador das dívidas contratadas de Estados e Municípios, e o não pagamento da parcela de abril do Rio Grande do Sul vencida,comprovam que mais que problemas financeiros, o que está por trás é um grave problema institucional.

2. Dilma sancionou a lei no final de 2014, num acordo pré-eleitoral que incluía um dispositivo delegando autorização à presidenta para execução sem fixar data.

3. Agora em 2015 os presidentes da Câmara e do Senado pressionaram e apresentaram um projeto de lei fixando prazo. O ministro Levy os contatou e assumiu o compromisso de executar a lei a partir do segundo bimestre de 2016. O projeto de lei ficou na gaveta a espera. Mas prefeitos de capitais e senadores –aflitos- continuaram a entrar na justiça. E virão outros como num castelo de cartas.

4. Essa Dívida com a União é resultante das dívidas mobiliárias de estados e municípios que foram estatizadas e refinanciadas pelo governo federal. A escolha do indexador não foi o problema maior. Mas juros de 6% a 9%, sim. Por isso a mudança do indexador na lei de 2013 veio acompanhada de redução dos juros para 4%.

5. Mas qual a razão dos litígios agora? A fragilidade do governo Dilma. Elementar “meu caro Watson”. Desde os governos FHC e LULA que a Federação vem sendo atropelada. Os Ministérios da Fazenda invadiram as competências do Senado e passaram a definir por Resoluções e Portarias questões próprias do Senado –inclusive constantes na Constituição. A LRF veio em boa hora mas apenas aplicável a Estados e Municípios. Governo Federal ficou de fora.

6. O governo LULA extrapolou e passou a transferir recursos a Estados e Municípios através de convênios e empréstimos criando uma dependência crescente, deixando para lá os orçamentos regionais. Governadores e Prefeitos passaram a ser capachos do executivo, festejando o presidente a cada viagem, e passando a ser pedintes. Cresceu muito nos orçamentos de EEs e MMs a participação das transferências federais. Dilma –até pela sua natureza- aprofundou a relação vertical com governadores e prefeitos.

7. A primeira consequência-que esse Ex-Blog já comentou- é que com o debilitamento da Federação, a força de governadores junto as bancadas de seus estados, esvaiu-se. FHC e LULA não precisavam. Mas Dilma precisa e agora não conta mais com a pressão dos governadores sobre as bancadas. Tudo ficou para dentro do Congresso. Daí a força dos presidentes da Câmara e do Senado.

8. A segunda consequência é a que vemos agora. Com uma presidenta debilitada e esvaziada, acabaram as festas, viagens de amigos, e inaugurações de pedras fundamentais. Sem força no Congresso e sem força no Executivo, o recurso agora é levar seus litígios e pretensões ao Judiciário. Esse processo apenas começou. Quem fizer levantamentos de recursos ao Judiciário em suas diversas instâncias e não apenas nos casos das dívidas, verá que já são centenas.

9. Acabaram com a Federação. Essa é uma crise institucional, mais que política e conjuntural.

RIO: VLT TERÁ SUBSIDIO ANUAL DE PELO MENOS R$ 72 MILHÕES DE REAIS!

(Molica-O Dia-29) A prefeitura vai subsidiar, por 22 anos e seis meses, a operação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligará áreas do Centro. No fim de 2012, o gasto foi fixado em R$ 5,959 milhões mensais — o valor, hoje, já seria superior, pois o contrato prevê reajustes com base na inflação e no preço da eletricidade. O subsídio, que será pago a partir do início da operação do sistema, poderá ser maior: o contrato com a Concessionária do VLT Carioca prevê pagamento adicional caso o valor arrecadado com tarifas seja menor que o previsto. O primeiro trecho do VLT deverá ficar pronto em abril; o segundo, em setembro de 2016. Até a conclusão da última etapa, a prefeitura repassará 80% do subsídio.

DISTRITAL DO SENADO : SERIA RECORDE MUNDIAL NA PERDA DE VOTOS DOS ELEITORES! (Ancelmo-Globo-29)

O cientista político Jairo Nicolau, especialista em sistemas eleitorais, diz que não há um outro no qual os eleitores perdem tantos votos quanto o distrital, aprovado no Senado para a eleição de vereadores de grandes cidades: — A razão é simples: no distrito, só se elege um candidato; os votos dados a todos os derrotados vão para o lixo. No sistema atual, são inutilizados apenas os votos dos partidos que não atingiram o quociente eleitoral. A ideia de agregar votos de vários nomes da lista mais o voto de legenda para o partido evita que se perca o voto dos não eleitos.

NEPAL: CRISE POLÍTICA AO LADO DA TRAGÉDIA! (The Economist-Estado SP-29)

1. Na cabeça de muitos estrangeiros o Nepal ainda é o romântico destino himalaio. Katmandu, famosa por seus palácios antigos, é a porta de entrada para as escaladas no Monte Everest ou outras montanhas épicas. Mas esse cartão postal oculta as mudanças avassaladoras e traumáticas que convulsionaram o país nas duas últimas décadas. Paralelamente às falhas geológicas do Nepal, há divisões políticas irascíveis.

2. Nos anos 90, uma insurgência maoista emergiu com o objetivo de depor a monarquia secular e pôr fim à arraigada desigualdade étnica e de castas. A rebelião maoista chegou ao fim em 2006, com pelo menos 12 mil nepaleses mortos. Foi adotado um processo de paz supervisionado pela ONU cuja finalidade era transformar o Nepal, monarquia constitucional, numa república federal e secular. O que quase ocorreu. As guerrilhas maoistas trocaram seus redutos na selva por escritórios e se tornaram parte integrante da democracia multipartidária. As eleições levaram à formação de um governo de transição e uma assembleia encarregada de elaborar a nova Constituição. Em 2008, a monarquia secular do Nepal foi oficialmente abolida. Em 2012, unidades combatentes maoistas foram integradas ao Exército nepalês, antes seu maior inimigo.

3. Mas na década passada, o Nepal descambou para uma crise atrás da outra e os interesses nacionais se tornaram reféns das disputas entre partidos políticos inimigos. Sucessivas assembleias constituintes eleitas para redigir a nova Carta fracassaram no cumprimento da principal tarefa. Tensões entre partidos maoistas, partidos leais à monarquia e os de centro resultaram em governos formados e desfeitos rapidamente, ao mesmo tempo em que protestos e greves paralisaram o país. Anos de turbulência política deixaram a economia do Nepal estagnada e o Estado incapaz de fazer frente a uma tragédia como a atual, desta envergadura onde a infraestrutura é notoriamente pobre.

4. Claro que a disfunção política do Nepal não é só produto de elites incompetentes. Reorganizar uma nação com tanta complexidade como este país – são quase 30 milhões de pessoas que pertencem a mais de 100 castas e grupos étnicos – não é tarefa fácil. Existem disputas ideológicas autênticas entre maoistas e outros partidos políticos sobre como retraçar as fronteiras políticas e criar um novo sistema federal que represente melhor suas comunidades mais marginalizadas.

5. Um segmento enorme da população é obrigado a ganhar a vida no exterior. E, embora se fale muito em descentralização, Katmandu tornou-se ainda mais importante, com a instabilidade dos anos de guerra levando a um forte aumento da migração rural para o vale onde está a capital já superpovoada. “Somos quase um Estado de uma única cidade. de uma única cidade. Todas as oportunidades do país, suas boas instalações médicas, seus principais centros educacionais, seus centros administrativos, tudo está em Katmandu”, disse Dixit. Muitos esperam que, à medida que o Nepal junte os pedaços, as classes políticas comecem a tirar algumas lições da ruína.

28 de abril de 2015

DESPENCA A POPULARIDADE DOS PRESIDENTES POPULISTAS SUL-AMERICANOS! DILMA NÃO ESTÁ SOZINHA!

1. Dilma não está sozinha. Os 60% de rejeição/desaprovação que tem, são os mesmo de Bachelet –presidente do Chile, eleita com enorme popularidade, que manteve até pouco tempo atrás. Se a crise no Brasil tem a extensão conhecida –econômica, urbana, social e moral- no Chile o escândalo que desgastou Bachelet foi um empréstimo bancário que sua nora conseguiu, algo como uns 10 milhões de reais. Além disso propôs ao Congresso reformas no campo educacional e tributário: a classe média reagiu e foi as ruas.

2. Maduro na Venezuela desintegra, desintegrando seu país. A queda do preço do barril de petróleo fechou o caixão. Inflação nas nuvens, PIB despencando, criminalidade recorde, e por aí vai. Pesquisas agora acusam claramente seu desgaste. O monopólio dos meios de comunicação e o populismo escrachado, já não servem mais para nada. O truque anti-imperialista convence só os que estão ou dependem diretamente do governo.

3. Evo Morales perdeu as eleições departamentais, ( estaduais), um mês atrás, nos principais centros urbanos: La Paz, Santa Cruz, Cochabamba,….. Culpou a corrupção.

4. Cristina Kirchner desmonta com rejeição similar a Dilma e Bachelet, de mais de 60%, agravada no caso da inexplicada morte do procurador que apurava as responsabilidades nas bombas em centro israelita que mataram centenas de pessoas. Crise geral-econômica, social, moral e política. Esse ano haverá eleição presidencial. Kirchner não tem candidato próprio. O governador da Província de Buenos Aires –que lidera as pesquisas- é o candidato de carga menos opositora. Kirchner deixou o Mercosul de lado e estabeleceu –recentemente- tratados preferenciais com a China e a Rússia.

5. Não é coincidência que todos os presidentes sul-americanos que viram sua popularidade despencar sejam parte integrante do bloco populista aonde ou são irmãos ou primo-irmãos e sempre solidários aos demais independente das responsabilidades que tenham. O caso dos políticos opositores –incluindo prefeitos- presos, na Venezuela, é exemplar nesse sentido.

6. Deve-se notar também –que em nenhum desses casos- a impopularidade presidencial projetou lideranças expressivas na oposição. Talvez por estarem concentrados nos fatos conjunturais de maior repercussão na imprensa, e não na construção de um projeto alternativo que alavanque –e sustente- lideranças nacionais.

“ROUBOS” CONTINUAM CRESCENDO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2015 !

-Dados Oficiais do ISP da Secretaria de Segurança Pública. Comparação pela ordem:

Trimestre 1 de 2014 x Trimestre 1 de 2015-

TOTAL DE ROUBOS NO TRIMESTRE: 20.415 x 22.454 : aumento de + 10%.
Roubos de Veículos: 3.796 x 4.163 : aumento de + 9,7%.
Roubos de Cargas: 758 x 1.056 : aumento de + 39,3%.
Roubos de Transeuntes: 10.107 x 10.895 : aumento de + 7,8%.
Roubos em Coletivos: 1.116 x 1.220: aumento de + 9,3%.
Roubos de Aparelhos Celular: 965 x 1.652 : aumento de + 71,2%

ÁLCOOL PODE AFETAR CÉREBRO DE JOVENS! (Globo-28)

Pesquisa mostra que há prejuízos à memória e ao aprendizado. A exposição exagerada ao álcool durante a adolescência e a juventude pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, em área relacionada ao aprendizado e à memória, segundo pesquisadores do Duke University Medical Center. O estudo, publicado ontem na revista “Alcoholism: Clinical & Experimental Research”, fornece novas pistas de como a exposição ao álcool durante esse período, quando o cérebro não está totalmente desenvolvido, pode resultar em anormalidades sinápticas e no nível celular, causando efeitos prejudiciais duradouros sobre o comportamento. para ajustar a novela “Babilônia” ao gosto do público, o que acabou afetando também a audiência do “Jornal Nacional”.

27 de abril de 2015

ESSE VOTO DISTRITAL APROVADO NO SENADO QUEBRARIA A ESPINHA DORSAL DA FEDERAÇÃO, ATROPELARIA AS DIFERENÇAS SOCIAIS URBANAS, ETC….ETC….!

1. O Senado aprovou projeto de lei criando o Voto Distrital majoritário nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Essa lei certamente não tramitará na Câmara de Deputados, por ser retrógrada, inconstitucional e inviável. A Constituição de 1988 elevou os Municípios à condição de entes federados, logo no primeiro artigo da Constituição. Portanto devem ter tratamento partidário com os Estados.

2. Essa lei ao não tratar dos Estados e só de parte dos Municípios cria um sistema eleitoral distinto para Estados e Municípios. Paradoxalmente, os municípios menores terão um sistema eleitoral igual ao dos Deputados estaduais e federais, e os maiores é que passarão a ter um novo sistema eleitoral. Uma aberração federativa.

3. Essa lei cristaliza as coligações nas eleições proporcionais nesses municípios, um atraso. Diz assim: “ § 2º O partido ou a coligação poderá registrar apenas um candidato a vereador por distrito eleitoral”. A escolha desse UM candidato será feita arbitrariamente pelo partido independentemente da região ou zona eleitoral do candidato. Ou seja a decantada representatividade local do sistema desmorona.

4. Os eleitos o serão por maioria simples. Um município como o Rio de Janeiro terá 51 vereadores/distritos, ou algo como 80 mil eleitores por distrito. Num distrito um vereador muito destacado pode se eleger com –digamos- 30 mil votos, seja pela tradição local, ou por ser um nome forte no município. Em outro distrito com uma eleição pulverizada um vereador poderá se eleger com 5 mil votos. A lei diz que a maioria do vencedor é simples. Majoritário com maioria Simples.

5. Os conchavos para a montagem das coligações, agora seriam por distribuição dos nomes em cada distrito. E surge um novo conchavo: partidos fortes combinando a distribuição de seus candidatos para não prejudicá-los, aqui ou acolá.

6. No Rio uma favela com 10 mil eleitores, será parte de um distrito com um entorno socialmente distinto,que prevalecerá na representação. Ou outro com uma grande favela como a Rocinha, em que seu entorno seria sub-representado. Esse voto distrital proposto supõe uma segmentação urbana com bairros homogêneos e periferias homogêneas. O Brasil –em geral- não é assim. O Rio é o exemplo maior. O país seria tratado de forma diferenciada. Cidades homogêneas no sul, e cidades heterogêneas no sudeste, norte e nordeste, teriam uma lógica de representatividade muito diferente.

7. Essa proposta é de quem não conhece o país e suas cidades. De quem nunca ouviu falar do coeficiente de Gini e sua distribuição regional urbana. E despolitiza o processo eleitoral na base. Essa é a pior proposta entre todas que foram apresentadas para a Reforma Política –dentro e fora- do Congresso Nacional.

COPA-2014 E JJOO-2016: 65 MIL MORADORES REMOVIDOS !

(Estado de SP-25) 1. A pouco mais de um ano da Olimpíada no Rio de Janeiro, um livro chega às prateleiras para mostrar os efeitos desse evento e da Copa do Mundo de 2014 no planejamento urbanístico da cidade. SMH 2016: Remoções no Rio de Janeiro olímpico faz um mapeamento das remoções feitas pela gestão do prefeito Eduardo Paes (PMDB) entre os anos de 2009 e 2013 – mais de 65 mil – e conclui que Paes promoveu mais despejos do que Pereira Passos e Carlos Lacerda juntos.

2. O trabalho é fruto da pesquisa de conclusão da graduação em Arquitetura e Urbanismo de Lucas Faulhaber, formado pela Universidade Federal Fluminense. A convite da Mórula Editorial, a jornalista Lena Azevedo e o fotógrafo Luiz Baltar se juntaram ao projeto e nasceu o livro. Na segunda parte da obra, Lena conduz entrevistas com 12 moradores que tiveram que deixar suas casas. O prefácio é assinado por Raquel Rolnik, professora da Universidade de São Paulo e relatora das Nações Unidas para o direito à moradia adequada entre 2008 e 2014.

3. Para o arquiteto, há um processo de violação de direitos, que fica ofuscado pela Olimpíada. “A retirada dos mais pobres do seu local de moradia é sempre considerada preceito fundamental para a valorização do território, os ovos que devem ser quebrados para se fazer um omelete. Foi assim no bota-baixo de Pereira Passos, nos incêndios das favelas da Zona Sul durante o governo Lacerda e agora não é diferente na preparação da Copa do Mundo e Olimpíadas”, ressalta.

“OS DEZ MANDAMENTOS” : RECORD CRESCE 83% E GLOBO PERDE 20%!

(Outro Canal-Folha de SP-25) 1. Maior acerto da teledramaturgia da Record nos últimos anos, a novela bíblica “Os Dez Mandamentos”, de Vívian de Oliveira, está se tornando uma pedra no sapato da Globo no horário em que vai ao ar (das 20h30 às 21h30 aproximadamente). A emissora carioca vem sofrendo para ajustar a novela “Babilônia” ao gosto do público, o que acabou afetando também a audiência do “Jornal Nacional”.

23 de Abril de 2015

QUAL A RAZÃO DA DESCAPITALIZAÇÃO DO FUNPREVI DA PREFEITURA DO RIO?

(AT) 1. Em relação à matéria “Rombo no FUNPREVI de R$ 202 mi em 2018” publicada no dia 17/04/2015 no jornal O Dia gostaria de como servidor publico, estatutário da cidade do Rio de janeiro contestar veementemente os fato nela apresentados. É falsa a afirmação que nós servidores tenhamos tido reajustes que causassem desequilíbrio nas contas do fundo. Desde que essa administração entrou não temos tidos reajustes reais em nossos salários, o que temos é uma reposição da inflação do período. A matéria cita um caso pontual que são o pessoal da educação que conseguiram o aumento aludido depois de uma greve de meses, outras categorias, como a que pertenço os administrativos, esperam há anos por uma remuneração justa. Nós administrativos estamos os sete anos dessa administração lutando por um plano de cargos e salários que o Sr. Prefeito apesar de prometer não concede.

2. A verdade é que com a política atual de desvalorização do servidor, principalmente o estatutário, sofremos perdas consideráveis, como nosso piso que hoje está praticamente igual ao salário mínimo, sendo que já chegou a ser mais do que o dobro deste. Esse ano cada administrativo vai perder por conta dessa política em media R$ 4 mil. Portanto é errado afirmar que o rombo é causado pelos salários dos servidores.

3. A verdade que o grande culpado desse rombo é a prefeitura que para começar perdoou uma divida de quase R$ 1 bi que tinham com o fundo, pois ficaram cinco anos sem repassar a parte patronal,( e nunca repassaram a parte patronal da câmara de vereadores que simplesmente não recolhe). Outra causa é a diminuição da base de arrecadação, pois com o salário que oferecem, quando oferecem cargos estatutários uma vez que preferem contratar pelo regime da CLT, poucos tem entrado para o serviço publico municipal, e com a saída de servidores, sejam para empregos melhores ou sejam se aposentando, a relação dos servidores da ativa x os inativos que já foi de quatro para um hoje esta quase de um para um.

4. Outra grande perda que o fundo e os servidores foram o fim dos benefícios que o fundo concedia que gerava um lucro como as cartas de credito que nesses sete anos não foram mais concedidas, ao contrario, a administração apenas cria gastos para o fundo como o pagamento anunciado aos servidores aposentados que queiram trabalhar nas olimpíadas que serão pagos pelo fundo.

5. Estou comentando aqui esses fatos pois essa questão é de fundamental importância para nós servidores que além de estarmos há sete anos tendo nossos salários achatados agora estamos vendo o perigo dessa administração deixar um rombo que no futuro não deixe que nos aposentemos pois se o fundo quebrar ao contrario do que a matéria diz não existe garantia nenhuma que o tesouro municipal efetue o pagamento de nossas aposentadorias.

6. Para terminar gostaria de lamentar o pouco espaço que os vereadores desta casa dão as nossas causas, aceitando passivamente todo esse quadro. Esperamos que tenham ao menos o cuidado de nos ouvirem, pois quando votam as matérias do executivo em relação aos servidores vocês estão mexendo não só com os 90 mil servidores da ativa e outros tantos inativos, mas também de suas famílias e dependentes.

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NOVAS DROGAS ALUCINÓGENAS QUE MATAM! UMA SINTÉTICA E OUTRA LANÇA PERFUME TURBINADO!

1. BBC (Reino Unido) Flakka, la droga sintética que causa delirio extremo. “Flakka” es el nombre que le han dado los distribuidores en Florida a la alpha-PVP, conocida también como “sales de baño”. Un hombre desnudo corre delirante de lado a lado en la mitad de un cruce vial a plena luz del día. Otro se empala en la estaca de una reja de seguridad tratando de huir de asesinos imaginarios. El tercero intenta tumbar una puerta de vidrio en una estación de policía mientras se defiende de lo que él cree que son huracanes. Los eventos ocurrieron hace pocas semanas en lugares y momentos distintos pero coinciden en dos cosas: todos pasaron en Florida y los tres hombres habían consumido flakka, la droga sintética que está invadiendo las calles del sur del estado. La consumen inhalada, ingerida, fumada o inyectada. Algunas personas la combinan con drogas recreativas como la marihuana o con otros fármacos. “Es un estimulante poderoso que se vende en las calles por sólo US$5 la dosis” afirma Hall. Una pequeña dosis puede causar desde alteraciones en el corazón, agresividad y psicosis, hasta la muerte. De acuerdo a cifras de la Agencia Antidrogas de EE.UU. (DEA por sus siglas en inglés), en 2013 en Florida 132 personas murieron en casos relacionados al consumo de flakka. En 31 de ellos, la flakka fue considerada la causa directa de la muerte.

2. Estado de SP. Depois de dominar os bailes funk da periferia paulistana, o lança-perfume “turbinado”, feito com solventes e misturado com um produto altamente tóxico chamado antirrespingo de solda (tricloroetileno), chegou às baladas universitárias, em bares da Rua Augusta e nos clubes de música eletrônica. Pequenos traficantes da região central disseminam a droga, vendida a R$ 7 em frascos de 5 milímetros. Diferente do entorpecente famoso nos carnavais, o frasco leva o antirrespingo de solda, produto tóxico de efeito corrosivo que pode matar por insuficiência respiratória em poucos minutos O lança vendido por pequenos traficantes é, na maioria das vezes, uma fabricação caseira que mistura clorofórmio, tíner, éter e balas (usadas para fazer o papel de essência). Alguns pontos de drogas ainda oferecem o produto “turbinado”, que leva também o antirrespingo de solda sem silicone – um solvente feito à base de hidrocarboneto que aumenta a aderência entre peças de metal recém-soldadas e é vendido em tubos de spray nas lojas de materiais para construção. A diferença entre os dois tipos de lança-perfume já aparece no alerta do traficante. “Não coloque em garrafas pet. O fundo derrete e você vai perder tudo”, afirma o jovem que oferece pequenos frascos de vidro na Rua Muniz de Souza, no bairro da Aclimação, zona sul da capital.

22 de abril de 2015

É GRAVE –MUITO GRAVE- A CRISE!

1. Se olharmos com lupa, as crise políticas de âmbito nacional, desde a proclamação da República, a atual de 2015, é uma das 6 mais graves, ( Revolta da Marinha, Tenentismo, Revolução de 30, Suicídio de Getulio, Ruptura de 64, Crise de 2015). A gravidade dessas crises destaca a diluição da autoridade e a imprevisibilidade, E quase todas ocorreram num ambiente econômico em deterioração, seja como causa ou como efeito.

2. Numa nota na semana passada, esse Ex-Blog, ressaltou a dinâmica da crise europeia atual, com as razões econômicas se transformando em políticas e estas deixando de ser efeito e passando a ser causas dos desdobramentos econômicos. E novas forças políticas heterodoxas pela esquerda e pela direita emergiram em países como França, Itália, Espanha, Grécia, Reino Unido,…

3. A implosão do núcleo de poder tem sido uma constante nesses casos. Semana passada Lula –abertamente- disse que Dilma deveria vetar in limine- a lei das terceirizações se aprovada. Situações como essa são tratadas e decididas nos bastidores, quando se trata dos principais líderes políticos do –e no- governo. A declaração de Lula produziu dois efeitos: um colocar Dilma numa sinuca de bico; outra de estimular ainda mais o confronto entre Dilma e o Congresso. Lula entre a superação da crise e a CUT optou pela CUT, uma regressão ao momentum autoritário e a origem de sua ascensão., sinal que sabe de seu desgaste e quer jogar Dilma aos leões. O colunista Noblat –num vazamento de reunião de Lula, Dilma e outros de confiança, afirmou entre aspas que Lula teria dito que seu maior erro foi eleger Dilma.

4. O ajuste fiscal que estava caminhando para um acordo entre o ministro Levy e os blocos de Eduardo Cunha e Renan voltou a estaca zero. Com um feriadão pela frente, vai entrar em maio sem solução. E Eduardo Cunha –defensor da lei das terceirizações- saberá jogar com isso.

5. As manifestações de ruas –15/03 e 12/04- mostraram indignação com a situação atual. Os líderes políticos e sociais, não se arriscaram a mostrar a cara, pois eles são parte da indignação. E dessa vez, os caras pintadas, tem mais de 50 anos como mostrou o Data-Folha.

6. O PT vibrou com o depoimento de João Vacari na CPI. Fez projeções professorais, distribuiu responsabilidades com o PSDB, e saiu convencido do sucesso. Dias depois Vacari foi preso. Conclusão: mentiu e prestou falso testemunho. Dilma que voltava serelepe da reunião dos presidentes das Américas no Panamá, sequer reagiu, isolando-se, numa demonstração de perplexidade.

7. A decisão do TCU – que considerou as manobras fiscais realizadas pelo Tesouro com o dinheiro dos bancos públicos federais como crime de responsabilidade- radicalizou setores da oposição. Na sexta-feira, (17), o ministro da Justiça, o advogado geral da União e o procurador do Banco central, convocaram uma coletiva de imprensa, onde afirmaram que isso se faz desde 2001. Com isso Lula foi chamado para o ring, além de FHC. Argumento, como se o crime atual fosse perdoado pelos crimes anteriores. E sequer levaram um documento para demonstrar. Aliás, esse jogo de descumprir a lei de orçamento em alguns meses e corrigir nos meses seguintes, quase custou o mandato a prefeita Luiza Erundina.

8. E o Lava-Jato avança.

9. É um impasse geral, onde não se vê luz no fim do túnel, onde não há lideranças com autoridade negociadora, onde a oposição inverteu a estratégia em relação ao mensalão, onde o governo não tem mais base parlamentar, onde seu partido sai do governo para os sindicatos, onde a oposição só tem expressão retórica, onde não há uma República do Galeão, onde as redes sociais não tem foco. Aliás há um foco unificador das ruas e das oposições: Fora PT e Fora Dilma, que agrava e não supera a crise política.

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LULA CONSEGUE NOMEAR DEPUTADO DO PT NA PREFEITURA DO RIO PARA SUPLENTE CONFRONTAR O JUIZ SÉRGIO MORO E A OPERAÇÃO LAVA JATO!

(O DIA-22) Wadih Damous brigará contra atuação de Sérgio Moro e do MPF na Lava Jato.Primeiro suplente da bancada do PT estadual, ex-presidente da OAB-RJ assumirá cargo de deputado federal graças a uma articulação do ex-presidente Lula.

Respostas de Wadih Damous na entrevista com Fernando Molica no jornal O DIA,(22): “ A permanência de pessoas presas há meses sem qualquer fundamento jurídico válido é algo que remete à ditadura. Pior, já que nada pode se esperar numa ditadura”. P- Por que o sr. afirma que o juiz Sérgio Moro tem extrapolado? WD- Ele e os procuradores agem como cruzados. Parece que eles decidiram passar o país a limpo… / P- Mas isso não seria bom? WD- O problema é que não cabe a um juiz posar de salvador da pátria, ele tem que atuar dentro de suas funções. Ele (Moro) tem utilizado um poder muito maior que o determinado pela Constituição. O que tem prevalecido é a presunção de culpa, e não da inocência. O juiz tem dado opiniões sobre um caso que vai julgar, o que não é permitido pela Lei Orgânica da Magistratura. Ele já seria passível de um processo disciplinar. Além disso, tem feito prejulgamentos, atua como um promotor, chega a falar em “minha equipe” ao se referir aos procuradores

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A INCRÍVEL FUGA DE PROFESSORES NOS CURSOS DE LICENCIATURA E DEPOIS DE FORMADOS!

Antonio Góis-Globo-20) 1. Ao investigar a base de dados do Censo da Educação Superior no Brasil, a pesquisadora Rachel Pereira Rabelo descobriu um dado inédito e preocupante: dos alunos que ingressaram em 2009 nos cursos de licenciatura em física, biologia, matemática e química, apenas uma minoria consegue concluir o curso. A situação mais preocupante está em física, onde somente um em cada cinco (21%) estudantes obtém o diploma. Em matemática e química, a relação é de apenas um em cada três universitários (34% em ambos os cursos). Em biologia, a taxa é de 43%.

2. Os dados constam de sua dissertação de mestrado na Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Rachel, que é também servidora do Inep (instituto vinculado ao MEC responsável pelas avaliações e censos educacionais), conseguiu trabalhar pela primeira vez com dados longitudinais dos estudantes, ou seja, pôde acompanhar até 2013 a trajetória de uma mesma geração de alunos que ingressou nesses cursos cinco anos antes. Isso só foi possível porque, a partir de 2009, os dados do censo permitiram identificar cada universitário em todo o seu percurso acadêmico.

3. Além de uma minoria de alunos conseguir se diplomar nessas licenciaturas, a tese mostra que, desses poucos que se formam, a maioria, uma vez no mercado de trabalho, acaba desistindo da profissão e migra para outras ocupações, possivelmente em busca de melhores salários. Em 2013, de acordo com o Censo Escolar, um terço das turmas do ensino médio não tiveram docentes de biologia (33%), química (35%) ou física (36%) para dar aulas. Em matemática, a proporção foi de 25%.

4.Rachel fez projeções do número de professores em sala de aula até 2028. Elas indicam que o problema é mais preocupante em física e matemática, pois, mesmo no cenário mais otimista, a estimativa é de que chegaremos em 2028 com um número menor de professores até do que o verificado hoje nessas duas áreas. Ao fim, a conclusão do estudo é de que seria muito mais eficiente desenvolver políticas para evitar a evasão nesses cursos do que priorizar a ampliação do número de vagas. É como se estivéssemos insistindo em colocar mais água numa banheira com vazamentos por todos os lados.