26 de outubro de 2015

O FUNERAL DO KIRCHERISMO PELA VONTADE DO ELEITOR!

A) TODOS OS INSTITUTOS DE PESQUISA ERRARAM REDONDAMENTE! OS DOIS COMANDOS/CHEFES DAS CAMPANHAS DOS CANDIDATOS (SCIOLI E MACRI) ERRARAM REDONDAMENTE!

Os Institutos davam 38% para Scioli e 30% para Macri. No sábado, a campanha de Scioli dava em torno de 40% a ele e quase 30% para Macri. A campanha de Macri dava 38% para Scioli e 32% para Macri. Na Província de Buenos Aires, 40% do eleitorado, feudo do peronismo, venceu a candidata de Macri, que era sua secretaria social na Capital. No final, a eleição presidencial terminou com quase empate: Scioli 36,7% e Macri 34,4%. Leia abaixo a análise dos candidatos na véspera.

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B) ARGENTINA: REUNIÕES COM OS CHEFES DE CAMPANHA NA VÉSPERA (24) DA ELEIÇÃO! O QUE PENSAVAM!

Reuniões foram fechadas com observadores internacionais selecionados pela Fundação de Estudos Políticos e Sociais.

I. DESTAQUES DA REUNIÃO COM TELERMAN, CHEFE DE CAMPANHA DE SCIOLI!

Mostrou-se tranquilo, risonho, irônico e otimista.

1. (Scioli, ontem à noite, na TV, voltou a mostrar intimidade com DILMA): Mostra que é um líder com vínculos regionais. Mostrar proximidade agrega. Problemas do Brasil não interferem em
nada nas eleições.

2. Eleição histórica: haverá mudança política importante. Mudam os protagonistas.

3. Ser candidato oficialista facilita e traz inconvenientes depois de 12 anos. Scioli é o líder que propõe substituir e avançar.

4. Uma vez escolhido candidato houve unidade do peronismo.

5. Tracking de hoje deu 11 pontos sobre Macri e 1 ponto dos 40%. Se a diferença for de até 1 ponto a apuração continuará por pelo menos 2 dias.

6. Scioli tem uma enorme disciplina. Não pode cometer erro e não cometeu.

7. Há uma mistificação dos debates. Não são tão importantes assim. É mais simbólico.

8. Há um desinteresse crescente pela eleição pela percepção que governos não vão resolver os problemas.

9. Scioli é independente de Cristina. Esse foi o nosso principal problema de comunicação. Mostrar que Scioli não será mandado por Cristina. Por isso, apresentou seus ministros que não são cristianistas.

10. Scioli tem capacidade de diálogo, harmoniza com as demandas da época e é gradualista.

11. Há uma expectativa relativamente otimista com o futuro da economia. É o candidato, é bom de campanha.

12. Política externa regional e China são prioridades.

13. Maldição: nunca um governador da Província de Buenos Aires foi presidente eleito. Scioli vai interromper está maldição. Governador de Buenos Aires sempre teve atrito com presidente. São 40% dos eleitorado.

14. Estratégia Chave da Campanha: CONSTRUIR SOBRE O CONSTRUÍDO.

II. DESTAQUES DA REUNIÃO COM DEPUTADA PATRÍCIA BULRICH, DO COMANDO DA CAMPANHA DE MACRI!

Mostrou-se tranquila e politicamente densa.

1. Sistema político argentino desarticula e fragmenta. Até 1983 o sistema era lógico: UCR e PJ. Ditadura fragmentou. Política de coalizões. Tem que se aderir às coligações para se ter chance. E não em partidos. Aparto do governo tem proeminência. Essa eleição 2015 é uma exceção. Todas as tentativas de terceira força fracassaram e se submeteram as coligações. Terceira via é um cemitério de partidos.

2. Panorama da América Latina é negativo. Macri vai romper com isso. Quebrar a tendência de permanência de quem governa. Argentina aderiu à linha chavista. Kirchner tem um teto eleitoral. Scioli não é representante claro do kircherismo. Nós, do Cambiemos, temos uma gestão exitosas no DF. Argentina: lógica da confrontação amigos x inimigos, continuidade x mudança. UCR, partido de maior tradição na Argentina e que faz parte de Cambiemos, nunca terminou um governo que começou em função da oposição ferrenha, inclusive do peronismo após anos 40. Scioli governaria com PJ na frente. Isso pesa. Elisa Carrió se somou a Cambiemos, mas como independente. Cambiemos é uma coalizão Não-Peronista. Massa é candidatura dissidente do PJ.

3. Cambiemos é uma força para disputar eleição presidencial. Consideramos que Scioli não chegue a 40% nem Massa troca com Macri. Há uma diferença de 7 pontos entre Scioli e Macri. Teremos segundo turno pela primeira vez. Problemas maiores na campanha: resistência do eleitor a um empresário presidente. Força dos subsídios sociais do PJ/Kirchner. Superamos estes pontos: 1) Unir os argentinos; 2) Programa pobreza zero; 3) Combate ao narcotráfico. Peso eleitoral da Província de Buenos Aires: 40%. Nossa candidata Maria Eugenia pode vencer aí. Nos chamam de suaves. Para Cristina não se sabe o que queremos.

4. Eleitorado se divide em 3 partes: 20% de kircheristas, 20% de anti-kircheristas e 40% oscilante entre os 2. Margens são estreitas. Em que proporção eleitor quer mudança? Para política argentina democracia precisa de inimigos para avançar. Dialética tem sido Kircheristas x Não-Kircheristas, Populistas x Republicanos. Confusão político-ideológica na Argentina. Contradição principal: ter base mais aberta, republicana. Assim, não são tantas as diferenças internas no Cambiemos. Fundação Pensar mantém mais de mil profissionais trabalhando no programa de governo. As ideias fluem com dificuldade porque o aparato comunicacional do governo obstrui.

5. Massa optou por propostas tipo mão dura para público específicos: exército contra narcotráfico e controle da imigração de bolivianos e paraguaios. Governo esgotou seu repertório. Aí estão inflação, estagnação, crise de divisas, comércio externo. Propaganda do governo foi chamar de neoliberais as alternativas. Optamos por propor políticas de médio e longo prazo, saindo desse nó político: economia, segurança…  Campanhas têm menos importância do que imaginamos. Anos 90 ainda são demonizados. Massa tem cruzamento de 90% com peronistas. Teve defecções que voltaram ao peronismo como deputado Narvaez. Massa tem voto mais próximo de mudança que continuidade.

6. Macri presidente, Massa pode disputar liderança do peronismo. Estamos atraindo candidatos de menor votação. Houve perplexidade quando Macri inaugurou estátua de Peron. Mas passou rápido. Não perdemos nosso voto duro. De La Sota é importante e está integrado a nós. Com Macri presidente, Massa poderá dar ao sistema mais racionalidade. Hoje, parlamento argentino tem 43 blocos. Saindo Kircherismo, a tendência é haver alinhamento de governadores com seus deputados. Hoje eles são dependentes do governo federal. Mesmo vitória de Scioli quebra continuidade e força do Kircherismo. Cambiemos terá 90 deputados com esta eleição intermediária de 50%. Precisamos atrair mais 40. Vamos costurar coalizão parlamentar.

7. Nossos ministeriáveis são segredo, ao contrário de Scioli e Massa. Argentina é dividida socialmente no voto: de cima para baixo anti-peronismo e de baixo para cima! peronismo. Sempre foi assim. Essa será a primeira vez que peronismo terá menos que 40%. Kircherismo entrou nos setores culturais, que parte vota desgarrado em Scioli. Eleitor rejeita a política mas, no final, votam 85%. Essa eleição será assim pela disjuntiva oferecida. Pós-eleição, ambiente será de menos confrontação. No parlamento não haverá maiorias. Scioli dialoga e é moderado. Como será sua relação com parte de sua base que quer confronto?

8. Há que construir o sistema de mídia sem intervenção. Scioli poderia fazê-lo se a intervenção é kircherista? Economia não foi o tema central das campanhas. Mas sinalizamos que é preciso acabar com os “cepos” do dólar e de produtos de exportação, que derrubaram as reservas e as exportações, e inflação a 30%, falta de financiamento em função dos fundos abutres. O único ponto favorável hoje é o baixo endividamento. Crise energética. Hoje importamos US$ 14 bilhões de gás quando antes exportávamos.

9. Nossas medidas serão graduais: terminar os “cepos”, ter uma só moeda, ir cortando as retenções, Política Externa. Única restrição será ao bolivarianismo. Dilma mostra o que pode nos passar com Scioli. Nossa pesquisa de ontem: Scioli 38,3%, Macri 32,8%, Massa 17,1%. Segundo turno Macri 52% Scioli 48%.

23 de outubro de 2015

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA PREFEITURA DE S. PAULO ATÉ AGOSTO!

Para comparação, os valores de 2014 são inflacionados pelo IPCA.

1. Receitas Tributárias. R$ 14,819 bilhões. + 1,4% sobre 2014.
2. IPTU. R$ 4,970 bilhões. + 1,9% sobre 2014.
3. ISS. R$ 7,485 bilhões. (-1,2%) sobre 2014.
4. ITBI. R$ 1,148 bilhão. + 16,2% sobre 2014. Obs.: A partir de março a alíquota do ITBI foi aumentada em 50%.
5. FPM. R$ 133,4 milhões. + 1%.
6. ICMS. R$ 3,545 bilhões. (-5,8%) sobre 2014.           
7. Receitas com DÍVIDA ATIVA. R$ 126,2 milhões.  (-56,9%) sobre 2014.
8. OPERAÇÕES DE CRÉDITO. R$ 14,5 milhões. + 145% sobre 2014.  Valores irrisórios.

1. PESSOAL E ENCARGOS.  R$ 11,132 bilhões.  + 5% sobre 2014;
2. INVESTIMENTOS. R$ 1,721 bilhão. (-12,8%) sobre 2014.
3. SERVIÇO DA DÍVIDA.  R$ 2,293 bilhões. (-23%) sobre 2014.

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO GOVERNO DO ESTADO DE S. PAULO ATÉ AGOSTO!

Para comparação, os valores de 2014 são inflacionados pelo IPCA.

1. RECEITAS TRIBUTÁRIAS. R$ 95,649 bilhões. (-2%) sobre 2014.
2. ICMS. R$ 79,048 bilhões. (-3%) sobre 2014.
3. IPVA. R$ 11,921 bilhões. Estabilidade.
4. FPE. R$ 527,7 milhões. (-0,5%) sobre 2014.
5. Receitas com DÍVIDA ATIVA. R$ 965,9 milhões. + 11,3% sobre 2014.
6. OPERAÇÕES DE CRÉDITO. R$ 3,172 bilhões. (-34%) sobre 2014.

1. PESSOAL E ENCARGOS. R$ 65,479 bilhões. + 5,3% sobre 2014.
2. INVESTIMENTOS. R$ 4,150 bilhões. (-36%) sobre 2014.
3. SERVIÇO DA DÍVIDA. R$ 11,018 bilhões. + 2,5% sobre 2014.

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“MASSACRE NO MERCADO DE TRABALHO”!

(Vinicius Torres Freire – Folha de SP, 23) 1. Há um massacre silencioso dos empregos nas grandes metrópoles do país. Desde que os dados permitem comparações, faz uma dúzia de anos, não se via coisa assim. Em um ano, o número de desempregados cresceu 56% —antes, o pior número fora de 22%, em 2003. São mais 670 mil pessoas que não conseguem emprego, segundo se soube ontem pelos dados do IBGE relativos a setembro.

2. Ante setembro de 2014, o pessoal empregado caiu 1,8%, jamais registrado na série de dados nova do IBGE. O total dos rendimentos caiu mais de 6%. O rendimento familiar per capita, 4,8%. A degradação vem sendo acelerada desde junho.

3. A taxa de desemprego está em 7,6%. Na média de 2015, deve ficar perto de 7%. Para o ano que vem, as previsões ficam entre 9% e 10%. O desemprego médio do ano passado ficou perto de 5%.

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O LAVA-JATO VENEZUELANO: ESCÂNDALO NA PDVSA!

(Wall Street Journal/La Nacion, 22)  NUEVA YORK – Los directores de una de las empresas constructoras más importantes de España estaban encantados de haber conseguido una cita con Rafael Ramírez, presidente de Petróleos de Venezuela (PDVSA), para hablar de sus planes para presentarse a la licitación de un proyecto de energía eléctrica de US$ 1.500 millones de la petrolera estatal venezolana.

Pero cuando llegaron a la suite presidencial del JW Marriott Hotel en Caracas, quien los recibió no fue Ramírez sino su primo, Diego Salazar, dijeron dos personas que participaron en esa reunión de 2006. Salazar, dicen estas fuentes, fue directo al grano: si querían entrar en carrera, los españoles tenían que pagar por lo menos US$150 millones en sobornos. “Si no, deben regresar al aeropuerto”, les dijo Salazar, según una persona.

Los ejecutivos no aceptaron, pero muchos otros proveedores estaban dispuestos a seguir el juego en varios proyectos de PDVSA, dicen personas que trabajaron con la empresa antes de la salida de Ramírez, el año pasado.

22 de outubro de 2015

DOMINGO (25): TRÊS IMPORTANTES ELEIÇÕES NA AMÉRICA LATINA!

1. Domingo (25) ocorrerão três importantes eleições latino-americanas. Eleição para presidente da Argentina, primeiro turno. Eleição para presidente da Guatemala, segundo turno. Eleição para prefeito de Bogotá.

2. A eleição para presidente da Argentina tem como única dúvida se haverá ou não segundo turno. Pela legislação eleitoral, para não haver segundo turno, o vencedor no primeiro deve alcançar 40% dos votos e ter uma vantagem de pelo menos 10% sobre o segundo. A eleição argentina ocorre num ciclo de recuperação da popularidade da presidente Cristina Kirchner, apesar da enorme crise econômica, que além da recessão e de alta inflação ainda tem suas reservas em divisas no “volume morto”, com o câmbio paralelo quase o dobro do oficial.

3. Scioli, candidato apoiado pela presidenta, ex-vice-presidente de Nestor Kirchner e governador do Estado de Buenos Aires (que representa para a Argentina mais do que representa S. Paulo para o Brasil), lidera oscilando entre 37% e 38%, à apenas uns 2 a 3 pontos da fronteira para vencer no primeiro turno. Macri, ex-prefeito da cidade de Buenos Aires (DF), com perfil de centro-direita, vem em segundo com quase 30%. Em seguida vem Massa, com uns 22%, ex-prefeito do município metropolitano de Tigre e hoje deputado nacional com a maior votação do país dois anos atrás. As pesquisas de vários institutos têm mantido esses patamares. Como o número de indecisos é ainda alto e a convicção do voto é maior em Scioli, analistas entendem que a vitória de Scioli no primeiro turno é possível.

4. Cesar Maia representará o Democratas como observador eleitoral a partir desta semana, na Argentina.

5. Bogotá tem eleição num turno só. O Congresso colombiano está prestes a votar a eleição em 2 turnos para municípios com grande população. Esse debate cresceu em função do último prefeito, Petro, ex-guerrilheiro do M-19, que chegou a ser destituído (mas recuperou o mandato) e enfrentou fortes questionamentos por sua gestão, enfrentando alta rejeição. Petro se elegeu com uns 30% e isso reforçou a tramitação da emenda constitucional introduzindo a eleição em 2 turnos.

6. Bogotá, que há poucos anos atrás era uma cidade referência de casos de sucesso, usada como vitrine do BID e do BIRD por administrações exemplares, vive hoje uma crise profunda nos principais serviços urbanos. As pesquisas apontam a vantagem do ex-prefeito Peñalosa, centro/centro-direita, com pouco mais de 30%. É seguido por Pardo, candidato igualmente de centro/centro-direita, com 25% das intenções de voto. Depois vem Clara López, socialdemocrata, com 20%. E, finalmente, Santos, candidato uribista, com quase 10%. Uma série de pesquisas mostra que esses patamares vêm se estabilizando nas últimas 4 semanas. De qualquer forma, pelas diferenças e por Bogotá ter surpreendido algumas vezes na reta final, há que se afirmar o favoritismo de Peñalosa, mas com prudência.

7. Finalmente, as eleições na Guatemala, que sofreram uma radical mudança em plena campanha eleitoral no primeiro turno. Baldizon, franco favorito, candidato apoiado pelo presidente general (r) Perez Molina, viu seu favoritismo despencar quando das prisões da vice-presidente e do presidente. Neste vácuo, cresceu uma candidatura antipolítica de Morales, comediante, com programa de forte audiência na TV. Nas últimas horas do primeiro turno, Sandra Torres, mulher do ex-presidente Alvaro Colom, que tinha uma força desproporcional em seu governo (e que não pode se candidatar à sucessão do marido, por decisão da justiça, pois caracterizaria reeleição), ultrapassou Baldizon e foi para o segundo turno.

8. As pesquisas dão uma vitória acachapante a Morales, dobrando a votação de Torres. Confirmada a vitória de Morales, que não aceitou apoio de nenhum partido nem político no segundo turno, teremos uma experiência de alto risco num país da importância da Guatemala na América Central, sede de órgãos internacionais (e corredor de passagem da exportação de cocaína colombiana e presença dos coiotes – tráfico irregular de migrantes para os EUA). Com a vitória assegurada, segundo as pesquisas, esse será um laboratório que deve ser acompanhado desde o primeiro dia, pelo impacto da Guatemala na geopolítica latino-americana.

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RJ: VOTORANTIM PARALISA ACIARIA!

A Votorantim Siderurgia paralisou as operações da área de aciaria de usina instalada em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, diante da fraqueza na demanda por aços longos no país. Com a parada, a empresa suspendeu os contratos de trabalho de 140 funcionários da unidade, informou sindicato ontem. A área de aciaria é responsável pela produção de aço a partir do ferro-gusa. A unidade de Barra Mansa tem capacidade para produzir 800 mil toneladas de aços longos por ano. A siderúrgica foi fundada em 1937 e usa aço reciclado como matéria-prima. A Votorantim confirmou a adoção do regime de “layoff” para os funcionários da aciaria de Barra Mansa e informou que a adoção do esquema valerá a partir de 1o de novembro. “Esta decisão tem como objetivo principal garantir os empregos em um momento em que o setor siderúrgico segue impactado pela conjuntura atual e pelo enfraquecimento do mercado”, afirmou a companhia. A empresa acrescentou que a operação da unidade de Resende (RJ), com capacidade para 1 milhão de toneladas de aços longos por ano, “segue normalmente”. / REUTERS

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GREVE DOS AUDITORES FISCAIS DERRUBA RECEITA DE MULTAS EM 70%!

(Monica Bergamo  -Folha de SP, 22) 1. A greve dos auditores fiscais fez a arrecadação com multas da Receita Federal despencar em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em 2014 foram lançados créditos tributários de R$ 10,2 bilhões no período, contra apenas R$ 3,1 bilhões registrados neste ano.

2. Queda Livre. O número de fiscalizações encerradas pelos auditores despencou de 1.983 em setembro de 2014 para 521 no mês setembro passado. As representações fiscais para fins penais baixaram da média de 405 por mês para 168. Os dados são da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais). A greve já dura mais.

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BRASIL TEM 2 DOS PIORES AEROPORTOS DA AMÉRICA DO SUL: RIO E MANAUS!

(Folha de SP, 22) 1. O Brasil ocupa duas das cinco posições no ranking de piores aeroportos da América do Sul. A lista é feita anualmente pelo site Sleeping in Airports, com base na votação dos internautas, e avalia pontos como limpeza, atendimento ao cliente e conforto. O Galeão, no Rio, foi eleito o terceiro pior, seguido pelo aeroporto de Manaus. O “campeão” foi o de Caracas, na Venezuela. Em compensação, outros dois brasileiros entraram para o ranking dos dez mais bem avaliados do continente: o de Brasília (em 9º lugar) e o de Recife (10º). O vencedor foi o de Guaiaquil, no Equador (veja lista completa ao final).   

2. Os dez melhores aeroportos da América do Sul. 1. Equador: Aeroporto Internacional José Joaquín de Olmedo (Guaiaquil) / 2. Uruguai: Aeroporto Internacional General Cesáreo L. Berisso (Carrasco/Montevidéu) / 3. Colômbia: Aeroporto Internacional El Dorado (Bogotá) / 4. Peru: Aeroporto Internacional Jorge Chávez (Lima) / 5. Equador: Aeroporto Internacional Mariscal Sucre (Quito) / 6. Chile: Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez (Santiago) / 7. Argentina: Aeroporto Internacional Ministro Pistarini (Ezeiza/Buenos Aires) / 8. Argentina: Aeroparque Internacional Jorge Newbery (Buenos Aires) / 9. Brasil: Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek (Brasília) /10. Brasil: Aeroporto Internacional Gilberto Freyre (Recife/Guararapes)

21 de outubro de 2015

CRISE BRASILEIRA: O MELHOR MOMENTO!

1. Há um consenso que se constrói a cada dia entre os analistas econômicos e políticos. Olhando para frente, o momento em que o Brasil se encontra é o melhor momento da crise.

2. A crise política ainda está em seu início. Dilma teve uma recaída esquerdoide e partiu para o confronto com a oposição. Quando muitos entendiam que seria um momento de conciliação, Dilma nomeou um ministério na expectativa de comprar o parlamento. Foi para a CUT radicalizar o confronto e na Suécia decidiu agredir o presidente da Câmara como se fosse apenas pessoa física.

3. Lula, a cada dia, está mais na oposição à Dilma e quer a demissão de Joaquim Levy. Levou o ministro do planejamento Nelson Barbosa para fazer palestra no Instituto Lula, estimulando o confronto entre este e o ministro da fazenda. A CUT e outras organizações ditas de representação social estão abertamente no governo (pelo dinheiro que recebem) e na oposição (pelos ataques sem pejo) à política econômica proposta.

4. O desgaste do presidente da Câmara criou um vácuo quanto ao futuro desta, tanto em relação ao tempo de sua resistência, como às reações que adotará, quanto, no caso de sua saída, que grupo assumiria a direção da casa. A única coisa certa é que não haveria maioria definida e as votações flutuarão ao sabor das pressões das ruas, do momento, do pragmatismo e do oportunismo.

5. O pacote fiscal naufragou de véspera. Ninguém mais acredita que seus vetores vertebrais passarão no Congresso nos próximos meses. O pacote fiscal integral ficou para depois do carnaval, ou da semana santa, ou das festas juninas, ou dos jogos olímpicos, ou das eleições municipais… Ou até mudanças políticas substantivas.

6. Os indicadores econômicos não apenas estão nos piores níveis dos últimos anos, como todos eles, sem exceção, apontam para curvas de tendência negativa. E no centro deles a relação entre Dívida e PIB, referência para as avaliações das agências qualificadoras de risco, como para o BCE, FED, FMI, BIRD, BID…, que aponta para 80% em alguns meses.

7. E a capacidade de gestão da presidenta num regime de presidencialismo vertical esvaiu-se. Se antes os analistas e a opinião pública falavam em perda de autoridade, agora têm a convicção de que o que há é desintegração da capacidade de governar.

8. A lei 1079/1950, que o STF usou para impedir mudança na tramitação dos pedidos de impeachment, reforçou a autoridade do presidente da câmara para decidir a favor do impeachment. E mais, essa mesma lei contempla a possibilidade de impedimento da/do presidente da república quando se demonstre sua incapacidade de governar. Aquilo que Dilma cita como golpismo paraguaio é, na verdade, mandamento legal há 65 anos no Brasil.

9. Mantida a atual dialética entre presidenta, congresso e sociedade civil, em pouco tempo teremos saudades de outubro de 2015.

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MEXICANIZAÇÃO: ALIANÇA INÉDITA DE MILÍCIA COM TRÁFICO DE DROGAS NO RIO!

(Folha de SP, 17) 1. Foi em uma reunião no bar Caminho do Céu, em Paciência, zona oeste do Rio, que o principal grupo de milicianos da cidade definiu os novos rumos da facção Liga da Justiça, formada por policiais, ex-policiais e bombeiros. Naquele encontro, em 12 de agosto do ano passado, firmou-se uma inédita aliança entre milicianos e traficantes e foi decidido que o comando da quadrilha seria de Carlos Alexandre Braga, 30, segundo a investigação policial. Conhecido como Carlinhos Três Pontes, o traficante passou a chefiar a Liga, que domina parte da zona oeste (a mais extensa e mais pobre região do Rio), a cerca de 30 km da Barra da Tijuca, local do Parque Olímpico da Rio-2016.

2. A Polícia Civil estima o lucro do grupo em R$ 1 milhão por mês com a exploração de serviços como segurança e ligações clandestinas de internet e TV a cabo em 12 bairros. A quadrilha também invadiu conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, controlando quem ocupa os apartamentos. Alvo agora de ordem de prisão por sua ação como miliciano, Carlinhos Três Pontes integrava a facção Comando Vermelho quando comunidades do bairro de Cosmos foram invadidas pela milícia, em 2007. “Ele era do tráfico e teria participado da invasão. Com o tempo, ganhou respeito seguindo as ordens dos milicianos”, diz o promotor Luiz Ayres. Em 2009, já no grupo de milicianos, mas em posição de coadjuvante, foi preso por porte ilegal de armas.

20 de outubro de 2015

O CRITÉRIO A SER USADO NAS DECISÕES SOBRE OS IMPEDIMENTOS DA PRESIDENTE E DOS PARLAMENTARES INTERESSA A TODOS!

Vinicius de Moraes – Do Soneto da Separação: “De repente do riso fez-se o pranto… E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento… De repente, não mais que de repente… Fez-se do amigo próximo o distante / Fez-se da vida uma aventura errante / De repente, não mais que de repente”.

1. De repente, não mais que de repente, as manchetes de um dia desapareceram no dia seguinte. A rejeição das contas de Dilma pelo TCU –no processo das pedaladas fiscais- que tanto entusiasmo gerou na oposição e tanta dor de cabeça no governo, escalando dezenas de interlocutores, é assunto que sequer é tratado no Congresso, está esquecido no Planalto e na Imprensa. Dele apenas a memória da expressão –pedaladas- que passou a ser usada livremente.

2. Por quê? Qual a razão que interessa ao mesmo tempo Dilma e parlamentares já denunciados e a serem denunciados –os que já ocupam os espaços nos jornais tendo a lava-jato- como referência, e os que serão? Qual o argumento que livraria Dilma do impeachment e parlamentares da cassação na comissão de ética e no plenário?

3. Os escritórios e advogados especialistas –dentro e fora do governo e do Congresso- garantem que Dilma não pode ser impedida agora por atos realizados em seu governo anterior. Ora, as Contas rejeitadas pelas pedaladas são relativas a 2014 e se enquadram neste critério. Só valem as pedaladas e outros desvios a partir de 1 de janeiro de 2015.

4. Concordantes com esta tese, todos os pedidos de impeachment da presidente foram sendo arquivados. Restou apenas um e que foi reescrito neste final de semana. Aquele que, aos argumentos anteriores, agrega pedaladas e similares ocorridas em 2015. Este pedido de impeachment tem base jurídica sólida e pode ser recepcionado pelo presidente da Câmara, dizem os especialistas.

5. E mais do que isso, muito mais do que isso. Essa tese permite agregar votos no Congresso, ser usado nas comissões de ética da Câmara e do Senado, eliminando quaisquer pedidos, quaisquer processos de afastamento e cassação dos parlamentares que envolvam questões relativas a seus atos em anos de legislaturas anteriores.

6. Interessa à Dilma. Interessa aos parlamentares. Claro, isso nada tem a ver com as denúncias e ações para investigação e julgamento no judiciário. Mas o tempo que leva até a condenação diretamente pelo STF, se levarmos em conta o mensalão, não será nunca menor que 2 anos, a partir da aceitação da denúncia. No mensalão todos foram agregados e decididos num só julgamento. Levou pouco mais de 4 anos.

7. Se for assim, todos que vierem a ser denunciados –sejam ministros ou parlamentares, ou a presidente- com o desgaste que for, cumprirão os atuais mandatos integralmente.

8. Hoje, esse é o ponto, e é isso que faz convergir gregos, troianos, persas e outras nações. E tendo a tese, realmente, base jurídica forte, pode-se sapatear, fazer a coreografia que for, mas será o lastro forte das decisões do parlamento relativas a mandatos.

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FORTRESS FECHA FUNDO DE HEDGE DEPOIS DE PERDER US$ 100 MILHÕES NO BRASIL!

(The Wall Street Journal, 17 – UOL, 19) 1. Michael Novogratz, um dos mais famosos investidores de Wall Street, recentemente decidiu sair do Fortress Investment Group LP e fechar seu fundo de hedge macro depois de perder cerca de US$ 100 milhões nos últimos dois meses com investimentos no Brasil.

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“MÉTRICA ÚNICA DE AUDIÊNCIA” QUE INCLUI CIRCULAÇÃO IMPRESSA E VIA INTERNET!

(Folha de SP, 19) 1. Apresentada no último dia 7 para anunciantes e o mercado publicitário, pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Métrica Única de Audiência passa a apontar o alcance total de cada jornal no Brasil, não importando a plataforma.

2. A Folha de SP atingiu a média mensal de 20,19 milhões de brasileiros. O carioca “Extra” surge em segundo, com 18,46 milhões.  Depois vêm “O Globo” com 14,33 milhões, “O Estado de S. Paulo” com 10,57 milhões, e o gaúcho “Zero Hora” com 5,74 milhões.

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ARGENTINA: SAEM OS SINDICATOS E ENTRAM OS MOVIMENTOS SOCIAIS EM APOIO AO PERONISMO!

1. (Folha de SP-19) Como o La Cámpora, a Juventude Peronista ou o Kolina, o Movimento Evita surgiu da militância jovem das ruas. Nos últimos anos, porém, os movimentos sociais passaram a ocupar lugares centrais na base de apoio do governo, deslocando os sindicatos de trabalhadores, tradicional suporte das gestões peronistas.

2. (Ex-Blog) Esse é mais um desdobramento da capacidade de articulação das ruas com as redes sociais, da política com as redes sociais.

19 de outubro de 2015

AGORA HÁ POUCA DÚVIDA DE QUE LULA QUER MESMO DERRUBAR DILMA!

1. Este Ex-Blog, dias atrás, divulgava a informação vazada do entorno do Instituto Lula que o mais conveniente para Lula seria Dilma pedir licença por doença. Temer assumiria a presidência e, em seguida, Lula e o PT partiriam para a oposição. Dilma não perderia seus direitos. E haveria tempo suficiente para organizar a campanha de Lula em 2018 como defensor dos pobres contra as medidas neoliberais que estariam sendo introduzidas.

2. Mas Dilma e seu entorno não teriam aderido a ideia, mesmo que para ser aplicada em médio prazo. Dilma se abraçou com seu mandato e se tornou agressiva, cada vez mais, dia a dia.

3. A experiência política ensina que nunca se deve nomear um ministro que não se pode demitir. É o caso de Joaquim Levy. Não que Dilma enfrente qualquer resistência política relevante para tomar essa decisão.

4. O problema é que a demissão, renúncia, ou mesmo a saída de Joaquim Levy por qualquer motivo que seja, como se especulou no final da semana passada, produziria um total descontrole da economia por refluxo dos atores econômicos: as medidas de ajuste fiscal não teriam mais como serem aprovadas, explodiria o dólar, cresceria a inflação, aumentaria o déficit público, os juros teriam que acompanhar, Brasil perderia o grau de investimentos pelas agências que faltam, aumentaria a relação Dívida/PIB, a recessão se tornaria mais rígida ainda, etc.

5. Todos os dias, Lula e seu entorno na CUT e no PT repetem em coro que a política fiscal é antipovo e que Levy é o responsável e que deve sair urgente, etc.

6. Ora, se a saída de Levy desintegra de vez a economia e o governo Dilma, todos os que trabalham para a derrubada de Levy, o que de fato querem é derrubar Dilma.

7. E quem é o maestro da banda do fora Levy? Lula, que não pode ser acusado de ingênuo. Ou seja, toda essa coreografia de Lula a favor de Dilma é evidente construção de álibi para não ser cobrado como traidor depois. Lula trabalha todos os dias para derrubar Levy, ou seja, derrubar DILMA.

8. Elementar, meu caro Watson, diria Sherlock Holmes.

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IPSOS E A OPINIÃO DOS COLOMBIANOS SOBRE ACORDO COM AS FARC!

Otimista com acordo de paz? NÃO 52% / Líder das Farc poderia disputar eleições? NÃO 80% / Crê na vontade das Farc de alcançar a paz? NÃO 72% / Está de acordo com as críticas do ex-presidente Uribe ao acordo com as Farc? SIM 51% / Crê que após acordo haverá paz? NÃO 54% / Governo deve continuar as negociações? NÃO 33% (SIM 67%) / Guerrilheiro que disser a verdade pode ser desculpado e não ir para a cadeia? NÃO 71%.

16 de outubro de 2015

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO ESTADO DO RIO ENTRE JANEIRO E AGOSTO DE 2015!

Dados do Diário Oficial de 24 de setembro de 2015.

1. RECEITAS. Receitas Tributárias: R$ 19,537 bilhões. ICMS: R$ 12,590 bilhões. IPVA: R$ 851 milhões. FPE: R$ 645 milhões. Receita com a Dívida Ativa: R$ 129,8 milhões. Alienação de bens: R$ 11 milhões (em 2014 até agosto haviam sido R$ 3,4 bilhões).

2. DESPESAS LIQUIDADAS: Pessoal e encargos  R$ 12,823 bilhões (crescimento real de 2%). Serviço da Dívida: R$ 4,666 bilhões. Investimentos R$ 3,569 bilhões.

3. PREVIDÊNCIA; Aposentados/Pensionistas Pessoal Civil R$ 7,434 bilhões (crescimento real de 5,3%). Aposentadoria/Reforma Militares R$ 2,462 bilhões (crescimento real de 4,6%).

4. DÍVIDA CONSOLIDADA: Em 31/12/2014 R$ 89,868 bilhões. Em 30/06/2015 R$ 95,785.  Em 31/08/2015 R$ 101,172 bilhões (crescimento real entre dezembro e agosto de 5%).

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BLOG OUTRAS PALAVRAS ENTREVISTA MANUEL CASTELLS! “SAÍRAM DAS RUAS E ESTÃO NAS REDES”!

1. Em termos tecnológicos, econômicos e culturais, começamos faz tempo uma nova era. Agora iniciamos uma nova era em termos políticos e institucionais. O que sabemos é que não será como antes. As instituições atuais não têm legitimidade, e isso, nas sociedades democráticas, não pode durar muito tempo. De fato, não está durando. As instituições serão, por um lado, cada vez mais supranacionais, como a União Europeia (UE), mas, por outro lado, as identidades, em sua maioria, serão cada vez mais locais, específicas, nacionais ou religiosas, ou étnicas. E aqui há uma contradição fundamental: há uma sociedade global, uma economia global conectada em rede, mas ao mesmo tempo as pessoas, diante dessa mudança vertiginosa do que eram as coordenadas da vida, refugiam-se em suas identidades e, em meio a isso, as instituições precisam relacionar-se cada vez mais. Os Estados europeus não podem funcionar por sua conta sem a União Europeia, mas para fazer isso se distanciam de seus cidadãos. Se não se estabelecem mecanismos de participação, controle, representação etc, então a europeização, que é a forma de globalização na Europa, se converterá em uma ameaça para o que as pessoas pensam sobre sua própria vida. Eles veem-se sem controle.

2. Sim, uma contradição e como não pode durar muito tempo, estamos assistindo à formação de novos atores políticos, de novas redes institucionais e de novas crises, porque ninguém diz que tudo acaba com a consolidação de uma União Europeia mais democrática e participativa. Pode-se romper. Pode-se romper por identidades nacionais fracionadas que não aceitam a soberania compartilhada porque essa cossoberania nunca é igual, porque alguns poderes são maiores que outros.  E além disso estão as identidades subnacionais, como ocorre na Catalunha ou na Escócia. Na Escócia o referendo pró-independência não venceu, mas a política escocesa se transformou e há tensões muito fortes com a Inglaterra.

3. Se o referendo fosse hoje, a Europa perderia. Mas se a hegemonia alemã sobre a UE se acentuar, ela não será aceita nem no Reino Unido, nem na França. E Marine Le Pen está empatada em primeiro lugar, na disputa pelas eleições presidenciais. Em seu programa, consta sair da UE ou renegociar tudo, e não aceitar a hegemonia da Alemanha. Além disso, ela faz alianças para criar uma frente anti-europeia dentro da Europa. Estariam nela a França e o Reino Unido, marginalizados ou com muito pouca relação institucional com a UE, onde a Alemanha tem seus súditos. Isso não seria sustentável. Portanto, creio que esse tema da não legitimidade das instituições que foram criadas nas últimas décadas é o que vai marcar a mudança nos próximos anos, mais que a tecnologia, porque o corte tecnológico já se produziu.

4. Uma coisa importante na Europa é que há dois processos de mudança: um deriva dos movimentos sociais e para isso aposta em novos atores, e outro deriva de posições nacionalistas, xenófobas e defensivas contra a globalização, contra o estrangeiro e em defesa da nação. Hoje na Europa essas posições são majoritárias. A Europa do norte é diferente da Europa do sul, a Europa se apartou cultural e politicamente entre o norte e o sul, e a França se encontra no meio por razões de história e cultura política.

5. (Revolução nas urnas e nas ruas?) Sim, mas ao mesmo tempo lembremos que, primeiro, eles saíram das ruas e, segundo, estão nas redes. As urnas são a consequência disso. Saíram às ruas, estão nas redes e constituíram movimentos sociais que criaram pressão sobre a opinião pública. Uma mudança política tornou-se possível como consequência de uma mudança de mentalidade ligada aos movimentos sociais. Essa mudança logo vai se expressar de alguma forma. Como os partidos tradicionais não aparecem, aos olhos de muitos cidadãos, como canais possíveis para essa mudança, buscam-se outras opções. Além disso, também ocorrem mudanças nos próprios partidos tradicionais, porque algo está mudando: primárias, medidas anticorrupção… Note-se bem: a busca de novas opções ocorre, ainda, dentro de marcos que não funcionam legal e constitucionalmente.

6. Sempre defendi a ideia de que as mídias não são expressão do poder, mas o espaço onde se joga o poder, que não é um espaço neutro. O que mudou é que além dos meios de massa surgiram as redes, onde também se joga o poder. O espaço da comunicação é o espaço onde se joga o poder porque é através do qual se constroem e difundem as ideias. As mídias são essenciais, além das redes, porque atualmente, para uma parte substancial da população a partir dos cinquenta anos, os meios importantes são a televisão e o rádio, um pouco menos os jornais diários. O exemplo do Podemos foi chave porque a intervenção de uma pessoa — mas uma pessoa que teve um discurso articulado e a capacidade de comunicá-lo — satisfez uma demanda social que se viu refletida naquilo que pensava.

15 de outubro de 2015

ENTRADA DO DEPUTADO BOLSONARO MEXE COM A ELEIÇÃO PARA PREFEITO DO RIO!

1. Quando parecia que o quadro de candidatos a prefeito do Rio estava se estabilizando com a única dúvida sobre a candidatura ou não do senador Romário, surge o nome do deputado Jair Bolsonaro como candidato do PSC.

2. O campo conservador no Rio sempre teve uma forte expressão, especialmente quando o voto conservador era direcionado a uma candidatura explicitamente conservadora. Foi o caso clássico de Carlos Lacerda.  

3. Em 1994, o general Newton Cruz, candidato do PDS, apesar de uma imagem truculenta relacionada abertamente ao regime militar, obteve 14% dos votos para governador no Estado todo.  Destacando apenas Rio e Niterói, Newton Cruz obteve uns 20% dos votos. O principal vetor da comunicação de Newton Cruz foi a ação policial contra os traficantes.

4. Daí para cá os candidatos de perfil assumidamente conservador no Rio tiveram a sua comunicação lastreada em valores relativos à família e à vida. As questões da segurança pública ativa ficaram fora de suas comunicações, especialmente agora em 2014 e 2012.

5. Bolsonaro foi o candidato a deputado federal mais votado no Rio em 2014. Sua atuação parlamentar conservadora tem uma amplitude muito maior que a dos candidatos com este perfil em relações anteriores.

6. Sua comunicação é explícita em relação aos valores da família, da vida, em relação a uma segurança pública ativa, em fazer memória de pontos que entende positivos do regime militar, em temas polêmicos como a maioridade penal, etc.

7. E, sobretudo, nesta conjuntura, onde as questões da ética se destacam e os escândalos povoam a imprensa e as redes sociais, Bolsonaro depois da sexta legislatura, nunca esteve envolvido em polêmicas sobre honestidade, ética e moral.

8. As redes sociais multiplicam seus pronunciamentos conservadores mais contundentes.

9. É provável que uma vez que seu nome seja confirmado e divulgado como candidato a prefeito, ele venha a estar entre 15% e 20% das intenções de voto, se aproximando dos nomes que se destacam.  E ainda terá a seu favor, no primeiro turno, 2 candidatos antípodas a suas ideias, que dividirão o mesmo voto, e o candidato oficial que tende a flutuar insipidamente entre os demais.

10. Enfim, um quadro novo.

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S&P: CUSTO DOS JUROS + CUSTO SWAPS CHEGAM A 8% DO PIB! DÓLAR DEVERIA FLUTAR E IR A 5 REAIS!

(Folha de SP, 15) 1. A intervenção do Banco Central no câmbio é insustentável e adia a estabilização econômica do país, afirma a agência de classificação de risco Standard & Poor’s. O economista-chefe para a América Latina, Joaquin Cottani, afirmou que “a melhor coisa seria intervir menos, deixar a inflação cair, o que inevitavelmente acontecerá, não pelos juros altos ou pela contração do crédito, mas pelo desemprego”. O desemprego cresceu no país e atingiu 8,6% no trimestre encerrado em julho, segundo o IBGE. O IPCA está a 9,5%, mais que o dobro da meta, de 4,5%.

2. “Achamos que a mensagem [do governo] deveria ser que, uma vez que a inflação tiver baixado, começaremos a fazer o que deveríamos ter feito nos bons tempos, que é baixar a taxa de juros.” O economista afirma que o mecanismo de intervenção do Banco Central para conter a alta do dólar não é sustentável. Essa atuação do BC tem sido, sobretudo, por meio de contratos chamados swap cambial, que na prática funcionam como um seguro contra a alta do dólar e contêm a fuga de recursos do país. Com o swap cambial, o BC compensa o investidor pela variação do dólar no período. Em troca, o comprador paga juros sobre o valor do contrato. O BC acumulou perda de R$ 108 bilhões com o mecanismo até 2 de outubro.

3. “A venda de swaps não é sustentável. Traz perda de dinheiro e a perda não se reflete no déficit primário, mas no déficit total, porque o custo dos juros no pagamento da dívida mais o custo da intervenção atingiram 8% do PIB. É muito alto”, diz Cottani.  O economista afirma que a política monetária do país atingiria um equilíbrio quando o dólar passar a valer R$ 5 –hoje está a R$ 3,85. “Durante a expansão econômica, o Brasil foi muito complacente e deixou o real se valorizar mais do que deveria”, diz.

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COMANDANTE DO EXÉCITO PREOCUPADO QUE A CRISE SOCIAL ATINJA AS FFAA!

(Folha de SP, 14) O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse ver risco de a atual crise virar uma “crise social” que afetaria a estabilidade do país, o que, segundo ele, diria respeito às Forças Armadas. “Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade”, afirmou.  O militar prosseguiu: “E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente”.

14 de outubro de 2015

SEMELHANÇAS OU COINCIDÊNCIAS NAS QUATRO CRISES: COLLOR, FHC, LULA E DILMA?

1. Em 25 anos o Brasil viveu 4 crises importantes econômicas e políticas. Uma média de uma crise importante a cada 6 anos, pouco mais de um mandato presidencial. Em praticamente todas elas há dois elementos que se destacam, seja pelas razões seja pela coincidência.

2. O primeiro deles é uma crise econômica internacional e os reflexos sobre a economia brasileira. Com FHC, as crises –asiática e russa- abalaram sua reeleição e provocaram medidas de populismo –fiscal e cambial- que pavimentaram sua vitória em 1998. Mas desmontaram a economia e sua popularidade, com reflexos até hoje.

3. Com Lula e Dilma, da mesma forma. A grave crise financeira internacional de 2008 iniciou a desintegração econômica a partir das medidas de keynesianismo de consumo produzidas por Lula. O keynesianismo de consumo resistiu por 2 anos. Mas as placas tectônicas já estavam se mexendo e no terceiro ano os tremores se faziam sentir. Dilma agregou ao keynesianismo de consumo um populismo fiscal desabrido com todos os tipos de ‘pedaladas’ possíveis para ampliar o gasto do governo e ocultar o déficit público e o crescimento da relação Dívida/PIB, que sensibiliza as agências de risco.

4. Dessa forma, nos três casos a crise internacional foi agravada pela ansiedade política e eleitoral, com as consequências conhecidas e hoje trágicas.

5. Outro elemento de coincidência ou semelhança foi a desestabilização do presidente da Câmara de Deputados durante a crise política e moral. Com Collor, as investigações foram exponenciadas por uma CPI e –o presidente da Câmara de Deputados- que liderava seu impeachment terminou naufragando e sendo cassado em função de problemas de financiamento eleitoral.

6. Com Lula, as investigações foram exponeciadas pela CPI instalada. O presidente da Câmara de Deputados foi denunciado e depois julgado e condenado. Agora, com Dilma, da mesma forma, enquanto o sismômetro econômico e político acusava a desintegração governamental, a investigação –tipo contraofensiva- deflagrada pelo Planalto e pelo Procurador Geral terminaram atingindo seu alvo. E outra vez o presidente da Câmara de Deputados foi desestabilizado e os desdobramentos estão por vir.

7. Assim e em três governos a crise política atinge o Presidente da Câmara de Deputados. Coincidência? Certamente não. Afinal, mobilizar a –dita- base aliada, com estímulos de vários tipos, num sistema vertical-presidencialista-regimental como o nosso, não há como não passar pela presidência da casa.

8. Esses dois elementos afetam duramente as placas tectônicas da governabilidade no executivo e no legislativo: a crise internacional e a estabilidade do presidente da câmara de deputados. Hoje é mais um momento nesses 25 anos.

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RENDA MÉDIA POR ADULTO: BRASIL EM 75 ATRÁS DO PERU E DA COLÔMBIA!

(Agência Estado, 13) Numa comparação internacional, o Brasil agora aparece apenas com a 75ª maior renda por adulto, superado entre 2014 e 2015 pelo Peru, Colômbia, Turquia e Tunísia. A riqueza é menos da metade da média mundial, de US$ 52 mil, e está abaixo da taxa latino-americana, de US 18 mil. Na China, a riqueza média de um adulto é de US$ 22 mil por ano. No Brasil, a queda na renda média em dólar foi de 24% em doze meses, algo que só foi superado pela Rússia e Ucrânia. A liderança no ranking da riqueza no mundo é da Suíça, com uma média dos adultos de US$ 545 mil por ano, 30 vezes a do Brasil. A segunda posição é da Nova Zelândia, com uma riqueza média por adulto de US$ 400 mil. A terceira posição é da Austrália, seguida pelos EUA.

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INFLAÇÃO É A POLÍTCA FISCAL DO GOVERNO DILMA?

(Alexandre Schwartsman – Folha de SP, 14) 1. Imagine um governo que “hoje” arrecada $ 100, mas gasta $ 110 e, portanto, se endivida em $ 10, prometendo pagar este valor de volta “amanhã”, acrescido de juros de 10%. No caso, isso significa que “amanhã” a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta tem que somar $ 11; $ 10 para pagar de volta o principal e $ 1 a título de juros. Para simplificar a exposição, vamos supor também que “hoje” já sabemos se “amanhã” o governo conseguirá (ou não) economizar os $ 11 necessários para pagar sua dívida. Caso se saiba que o governo tem essa capacidade, a vida segue.

2. O caso interessante, porém, é o oposto, quando sabemos que isso não será possível –por exemplo, que o governo só conseguirá guardar $ 5,50 (metade do necessário). Isso significa que, dada a taxa de juros de 10%, a dívida, inicialmente de $ 10, só pode valer $ 5, pois apenas com uma dívida deste valor e juros de $ 0,50 (10% de $ 5) o governo seria capaz de servi-la. Isso é, nas condições acima, o valor da dívida teria que cair à metade.

3. Há duas formas de fazê-lo: ou cortamos seu valor de face à metade (calote, em bom português), ou todos os preços desta economia dobram para fazer com que a dívida, que inicialmente poderia ser trocada por uma cesta de produtos no valor de $ 10, agora só possa ser trocada por uma cesta de produtos que vale $ 5. Em outras palavras, sob “dominância fiscal”, a inflação (o calote que não ousa dizer seu nome) fará o serviço que o governo não consegue fazer.

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PORTOS DA VENEZUELA –BOLIPORTOS: TUDO ESTATIZADO, TUDO PARADO! SÓ ESCÂNDALOS PASSAM NA ADUANA!

(BBC, 12) 1. No último ano, os portos se tornaram uma espécie de metáfora para a crise econômica vivida por este país rico em petróleo: a desolação de suas docas contrasta com as filas de navios que anos atrás esperavam para descarregar. Entre 2013 e 2014 o tráfego total de contêineres nos cinco principais portos da Venezuela caiu 34%, de acordo com dados da CEPAL, que divulga um índice anual. Ainda não se tem os dados de 2015, mas de acordo com a Câmara de Comércio da cidade de Puerto Cabello, por exemplo, onde está localizado o maior porto, no primeiro trimestre do ano houve uma queda da atividade portuária de 50% em relação a 2014.

2. E, de acordo com a Câmara de Comércio do Estado de Vargas, onde fica localizado La Guaira, o porto está com 90% de ociosidade. A Venezuela importa mais de metade do que consome e por isso a falta de divisas significa um aumento importante da escassez de bens e, portanto, um duro golpe para a antes próspera atividade portuária. Os pátios com contêineres vazios, os guindastes desligados, o escasso tráfego dentro do complexo: o ambiente, apesar da magnitude das instalações, é desolador no porto de La Guaira.

3. Como parte de um processo de nacionalização em 2009, o então presidente Hugo Chávez ordenou a centralização dos portos venezuelanos sob o controle da Empresa Bolivariana de Portos, mais conhecida como Boliportos. “Vamos criar uma empresa de portos nacionais e uma empresa de aeroportos nacionais e internacionais, sob controle, como sempre deveria ter sido, do Estado”, disse Chávez em março de 2009. Talvez nenhum outro órgão do governo venezuelano, nos últimos anos, tenha sido objeto de tantos escândalos como a Boliportos.

13 de outubro de 2015

QUEM LIDERA A OPOSIÇÃO A UM GOVERNO QUE CAI NÃO É ELEITO DEPOIS!

1. Durante a CPI do mensalão do PT, os deputados do PSDB diziam que receberam orientação de FHC para não se destacarem como líderes da destituição de Lula, pois no caso de ele cair, quem liderou esse processo não ganha o governo depois. O eleitor faria uma conexão entre o presidente que cai e quem é percebido como o tendo derrubado. Algo como nem um nem outro.

2. O exemplo destacado era o da queda de Collor, quando o PT assumiu o comando da banda do impeachment -com o rap Fora Collor- e a sucessão caiu no colo de FHC. Mesmo na desconstrução de Sarney nos anos constituintes, inclusive com a redução de um ano de seu mandato, o maestro da banda de música do fora Sarney foi Ulysses Guimarães que, apesar do enorme tempo de TV e seu prestígio como condutor da transição, terminou a eleição lá atrás, com uns 3% dos votos.

3. Outros exemplos podem ser destacados. Como o suicídio de Getúlio com a oposição da banda de música da UDN. JK do PSD venceu Juarez da UDN. Como a transição espanhola liderada por Adolfo Suarez, que depois viu seu partido se desintegrar e o PS de Felipe Gonzalez ascender.

4. No caso do mensalão, a exclusão do tema impeachment, orientada por FHC, diziam, temendo uma reação das ruas (deixa sangrar…), terminou pavimentando mais 12 anos para o PT. Se o regente da banda de música não assume o poder depois, o fato é que sem banda de música de oposição, fica fácil diluir o impeachment, apesar de todas as graves razões que existam.

5. Num cenário político personalizado como o brasileiro, mais que a marca partidária num processo desses é a marca pessoal que prevalece. Por exemplo, no caso atual do petrolão. A banda de música do impeachment é liderada por setores do PMDB e pelo PSDB que, na lógica da personalização, destaca o senador Aécio Neves.

6. Sem guitarra nem bateria, o governador Alckmin acompanha o desenrolar da dinâmica atual do impeachment, deixando que a fritura de Dilma salpique no cozinheiro, abrindo o caminho para que a sucessão exija um presidente com perfil aglutinador para um governo de união nacional que supere a atual tragédia político-econômica. A discrição de Marina aponta na mesma direção.

7. A banda de música da oposição é fundamental para se ter uma alternativa que, como mostram os exemplos citados, não caberá a ela, banda de música.

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COMO PENSAM OS PARLAMENTARES!

(Folha de SP, 13) Datafolha. Pesquisa feita com 289 deputados entre 15/09 e 09/10.

1. 47% dos parlamentares se identificam como de direita ou centro-direita. Nas questões de comportamento, 17% dos são de direita. Já na economia,46% dos deputados e senadores estão à direita. Quanto à criminalidade: 74% dos congressistas acreditam que a principal causa do problema seja “a falta de oportunidades iguais para todos”. A maior causa é “a maldade das pessoas”, raciocínio endossado por 17% dos congressistas. A pena de morte: 86% dos parlamentares defendem que “não cabe à Justiça matar uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um erro grave”. Dentre os que são declaradamente a favor da medida, só 8% dos políticos.  Em relação a crimes cometidos por adolescentes, para a maioria dos congressistas (55%) esses jovens “devem ser reeducados”. Os adolescentes “devem ser punidos como adultos” –frase endossada por 38% dos parlamentares.

2. 65% dos parlamentares acreditam que o governo deve ter menos ingerência na economia, enquanto 29% creem que o governo é responsável por “evitar abusos das empresas”, ao atuar de modo firme na economia. 47% dos parlamentares o governo “tem o dever de ajudar grandes empresas” que corram risco de falir.

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LEMBRANDO O PAPA EM CUBA: “ESTAMOS NUMA TERCEIRA GUERRA POR ETAPAS”!

Menos de 10% dos ataques russos são contra o EI.

(Efe/Estado de SP, 09) 1. Diante do avanço de rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar Assad contra o oeste da Síria, a Rússia ampliou em agosto a defesa da Base de Latakia, enviando caças e helicópteros para o local. Início dos Ataques, em 30 de setembro. Putin ordenou os primeiros ataques aéreos, sob a justificativa de que pretendia combater os terroristas do Estado Islâmico – mesmo alvo dos EUA e potências ocidentais. Disparo de mísseis. Nesta semana, as Forças Armadas russas ampliaram o envolvimento no conflito, com disparos de mísseis de navios no Mar Cáspio contra grupos rebeldes que ameaçam Assad e a base Galeria.

2. Menos de 10% dos ataques aéreos realizados pela Rússia na Síria desde a semana passada tiveram como alvo o Estado Islâmico (EI) ou grupos filiados à Al-Qaeda, informou o Departamento de Estado dos EUA. “Mais de 90% dos ataques que vimos até o momento não foram contra o EI ou contra terroristas filiados à Al-Qaeda. A maioria foi contra grupos opositores (ao regime de Bashar Assad) que querem um futuro melhor para a Síria e não querem ver o regime atual permanecer no poder”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby. Esta é a primeira vez que o governo americano revela números sobre os alvos dos ataques russos na Síria, que começaram no dia 30 de setembro. O Kremlin garante que os alvos principais de seus bombardeios na Síria são os terroristas do Estado Islâmico.

09 de outubro de 2015

UMA NOVA THATCHER EM PORTUGAL!

(Cesar Maia, Vice-Presidente da IDC –Internacional Democrata de Centro- O GLOBO, 06)

1. O primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, do PSD, assumiu quatro anos atrás no meio da crise europeia, que atingiu profundamente Portugal, Espanha e Grécia, entre outros. Ele abriu as portas para a troika — Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu —, como eram chamados jocosamente pela oposição os mentores das duras medidas de ajuste fiscal que o novo governo português, sob seu comando, deveria adotar.

2. Passos Coelho aplicou o receituário liberal da forma mais intensa, reduzindo despesas radicalmente, privatizando etc. O efeito social não demorou, com as taxas de desemprego se aproximando dos 25%, com juros ampliados e com o PIB caindo a taxas superiores a 5%.

3. A única certeza que a oposição liderada pelo PS tinha é que a liderança do PSD seria breve, e era questão de se preparar para a vitória em 2015. E as pesquisas apontavam para uma confortável vitória do PS e aliados, patinando na enorme rejeição de Passos Coelho.

4. Mas, a partir de 2014, o ciclo econômico de Portugal foi sendo revertido. De qualquer forma, a reeleição de 4 de outubro de 2015 era vista como uma impossibilidade pelos analistas. Em junho de 2015, as taxas de desemprego já haviam despencado para mais perto dos 10%, e o PIB voltou a crescer. A relação dívida pública/ PIB não subiu mais a escada.

5. Com a campanha eleitoral aberta com o PS na frente, essa vantagem foi sendo reduzida e, nos últimos 15 dias, revertida para uma clara vantagem de Passos Coelho. António Costa, secretário-geral do PS, foi ultrapassado em sete pontos.  Nem a vitória percebida de Costa no debate na TV modificou esse quadro. O PS ainda sonhava com a abstenção para recuperar a diferença.

6. As pesquisas qualitativas e qualiquanti sublinhavam a razão do voto: “Quero ter segurança”, “Não quero mais aventura”. A antipolítica e os partidos calcados nas redes sociais não tiveram espaços como conseguiram na Espanha e na Grécia.

7. Passos Coelho obteve uma vitória exuberante no domingo. Sua coligação alcançou 40% dos votos. O PS alcançou 32%. Quem apostava no desgaste político e eleitoral do duro ajuste fiscal errou redondamente.

8. E hoje — liberais de toda a parte — afirmam que Passos Coelho é um exemplo para o mundo todo. É uma nova Margareth Thatcher. E a troika trombeteia para a Europa e o mundo todo: responsabilidade fiscal dá voto quando é aplicada sem tergiversação e sem temor eleitoral.

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NYT FATURA US$ 400 MILHÕES COM MÍDIA DIGITAL E QUER DOBRAR!

(Fernando Rodrigues – Drive Político, 08) 1. Mídia: o desafio do “NYTimes”. Nenhum jornal relevante do mundo chega nem perto do faturamento de US$ 400 milhões por ano com negócios digitais, como o “The New York Times”.

2. Nesta semana, o diário norte-americano anunciou um autodesafio: chegar a US$ 800 milhões de faturamento com jornalismo digital até 2020. Se vai conseguir ou não é uma grande discussão. Mas o documento divulgado é leitura obrigatória para quem deseja entender os caminhos da mídia de qualidade no século 21.  

08 de outubro de 2015

“RIO COMO VAMOS”! PESSIMISMO GENERALIZADO EM 2015!

1. A ONG “Rio como Vamos” segue um modelo de Bogotá e realiza pesquisas na cidade do Rio de Janeiro, na metade de cada ano, em geral de 2 em 2 anos (exceção 2008, último ano da prefeitura anterior). Seus patrocinadores não são públicos. Isso permite comparar os números em série e analisar tendências. De longe, o ano de 2015 é aquele em que a avaliação dos cariocas -acima de 16 anos- dos serviços públicos é a pior de todas. Foram entrevistadas 1.417 pessoas, uma amostra maior que a usada para as eleições.

2. A avaliação do prefeito Eduardo Paes é crítica, o que mostra que a queda generalizada nas avaliações afetou duramente a sua imagem em 2015.  Isso explica porque a prefeitura iniciou em setembro uma blitz publicitária buscando melhorar esta percepção. 44% acham que a gestão de Eduardo Paes neste segundo governo –entre 2013 e 2015- é Ruim+Péssima. Apenas 19% a qualificam como Bom+Ótimo.

3. Eram 64% os que tinham orgulho de ser Carioca. Agora em 2015 são 43%. São 56% os que querem sair do Rio e o motivo principal (53%) é a Violência. Em 2008 eram 49% os Cariocas otimistas com o futuro do Rio. Em 2015 são 25%. Em 2008 eram 42% os que achavam que a qualidade da Educação havia melhorado. Agora em 2015 são 34%. Em 2015, para 49% a Saúde Pública é Ruim+Péssima, e para 24% é Otima+Boa. 25% acham que melhorou e 38% que piorou.

4. Segurança Pública afundou na percepção dos Cariocas. Em 2008 eram 54% os que achavam que não havia nenhuma Segurança em seu bairro. 31% achavam que tinha segurança. Em 2015 são 64% os que acham que não há nenhuma Segurança em seu bairro e 24% acham que tem Segurança. Em 2015, para 71% a Segurança Pública piorou e para 11% melhorou. São 40% os que têm medo de ser assaltado e 23% os que têm medo de balas perdidas. Para 41% as UPPs são ruim+péssima e 21% boa+muito boa.

5. Em 2015 são 62% os que dizem que há acúmulo de lixo nas ruas de seu bairro e 33% dizem que não há. Apenas 17% dizem que a qualidade da água nas praias é boa+muito boa. Apenas 6% dizem que a qualidade da água nas lagoas é boa+muito boa.

6. Pontos de uso ou venda de drogas. Em 2015 são 71% que reclamam -ruim+péssimo- e 13% bom+muito bom. Moradores de rua 67% reclamam -ruim+péssimo e 12% não reclamam –bom+muito bom.

7. Transporte Público. 2008: eram 16% que achavam ruim+péssimo e 61% bom+muito bom. Em 2015 são 42% que acham ruim+péssimo e 25% ótimo+bom. Trânsito em 2015: são 10% os que acham ótimo+bom e 71% ruim+péssimo. Os Transportes em 2008 pioraram para 14% e melhoraram para 35%. Em 2015 pioraram para 42% e melhoraram para 25%.

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“NÃO ESTÁ HAVENDO AJUSTE FISCAL ALGUM”! DÍVIDA/PIB VAI A 75% EM 2017!

(Estado de SP, 05) 1. Ajuste fiscal. Na verdade, não está havendo ajuste fiscal algum, mas apenas uma contenção orçamentária impossível de ser mantida ao longo do tempo. As propostas enviadas ao Congresso, além de não combaterem as causas da deterioração das contas públicas, se aprovadas, apenas garantiriam que o superávit primário chegasse, em 2016, a 0,7% do PIB. Se assumirmos a hipótese otimista e irrealista de que nos dois anos seguintes esse superávit alcance 1,2% e 2,0% do PIB, dado o cenário de recessão e a projeção de juros com que trabalhamos, a dívida pública bruta atingiria 75% do PIB, em 2017 e 2018.

2. Era de 53%, no fim de 2013. Tal deterioração já seria suficiente para o Brasil perder o grau de investimento nas duas outras agências relevantes classificadoras de risco, a Moody’s e a Fitch. Mas a situação real é muito pior. O pacote fiscal enviado ao Congresso tem baixíssima chance de ser aprovado, pelo menos na sua integridade. Foi mal elaborado, mexeu com muitos interesses simultaneamente, irritou o Congresso ao propor a utilização das emendas parlamentares para bancar compromissos já constantes do Orçamento e, por fim, propôs a recriação, mediante emenda constitucional, de um tributo de péssima qualidade, que semanas antes havia sido veementemente rechaçado por lideranças empresariais.

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ÍNDICE EDUCACIONAL – IOEB!

1. O cálculo do índice envolve resultados do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, taxa de matrícula e dados públicos de processos educacionais (escolaridade média dos pais, escolaridade dos professores com percentual de docentes com curso superior, experiência de diretores em anos de permanência na mesma escola, quantidade de horas de aula por dia e a taxa de atendimento de educação infantil).

2. Ranking dos Estados. S. Paulo em primeiro. Minas em segundo. Estado do Rio em décimo quinto

3. Ranking das Capitais. S. Paulo em primeiro. Belo Horizonte em terceiro. Rio de Janeiro em décimo primeiro

07 de outubro de 2015

PREFEITURA DO RIO: RESULTADO PRIMÁRIO EM 2015 CAI R$ 1,44 BILHÃO! PREVIDÊNCIA TEM PERDA DE R$ 484 MILHÕES!

1. Por determinação da lei de responsabilidade fiscal (LRF), no dia 30/09/2015, o Diário Oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro trouxe os dados oficiais da execução orçamentária até agosto de 2015.

2. O que chamou mais a atenção foi o Resultado Primário. Em 2014 –até agosto- havia um superávit de R$ 909,8 milhões. Em 2015 –até agosto- houve um déficit de (-458 milhões). Ou seja, uma queda de R$ 1,367 bilhão em valores nominais ou R$ 1,445 bilhão em valores reais.

3. Outro destaque negativo foi o resultado das disponibilidades financeiras do FunPrevi (fundo de pensão dos servidores municipais aposentados e pensionistas). A soma dos recursos em caixa com as aplicações financeiras que, em 31/12/2014, alcançavam R$ 1,830 bilhão, despencaram para R$ 1,475 bilhão. Uma queda nominal de R$ 355 milhões e real (incluindo o efeito da inflação) de R$ 484 milhões. Essa queda exigiria da CGM –controladoria municipal- e do TCM –tribunal de contas- uma análise cuidadosa.

4. As receitas do Funprevi vêm principalmente do desconto dos servidores e dos encargos patronais (2 x o desconto dos servidores) e das aplicações financeiras das disponibilidades. A folha de pagamentos cresceu até um pouquinho mais que a inflação. Portanto, não é daí que vem esta perda. E os juros dos títulos federais sobre os quais o Funprevi aplica suas disponibilidades foram quase o dobro da inflação. Não há nenhuma razão que explique essa perda. As despesas com aposentados e pensionistas até agosto de 2014 somavam R$ 1,989 bilhão, ou 8,7% a mais que as disponibilidades de dezembro, perfeitamente cobertas com receitas imobiliárias. Mas em 2015, enquanto as despesas com aposentados e pensionistas até agosto somaram R$ 2,2 bilhões, foram 49% a mais que as disponibilidades que estão em R$ 1,475 bilhão. Preocupante.

5. As Receitas Tributárias próprias tiveram uma leve queda real de quase 1% em relação ao mesmo período de 2014.  O ICMS teve uma queda real de uns 3%.  As receitas com execução da Dívida Ativa de R$ 235 milhões ficaram no mesmo nível real do mesmo período de 2014, ainda não apresentando o crescimento que diversos tipos de anistia previam.

6. As despesas com serviço da dívida, até agosto de 2015, chegaram a R$ 507 milhões e no mesmo período de 2014, R$ 639 milhões, uma redução real de cerca de 25%, produto da lei federal que alterou o inflator das dívidas de Estados e Municípios com o governo federal. Mas o saldo da dívida pública continuou crescendo, especialmente pelo impacto do dólar na parte refinanciada da dívida municipal com o Bird. A Dívida Consolidada em 31/12/2014 era de R$ 13,687 bilhões. Em 30/06/2015 passou para R$ 15,167 bilhões e em 31/08/2015 cresceu para R$ 16,107 bilhões, ou um crescimento nominal de 17% e real de 10%.

7. As Despesas Liquidadas com Pessoal e Encargos alcançaram, até agosto de 2015, R$ 8,028 bilhões, praticamente o mesmo valor real de 2014. Os investimentos cresceram, passando de R$ 1,085 bilhão para R$ 2,482 bilhões, um crescimento real de 110%. As operações de crédito que em 2014 cobriram 85% dos investimentos, em 2015 cobriram apenas 47%, indicando a dependência de transferências federais, na medida em que as receitas orgânicas (tributárias+ICMS+FPM+IPVA) superaram em apenas 5% as despesas com pessoal e encargos.

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DESTAQUES DA PALESTRA DO ECONOMISTA MARCOS LISBOA – SP (02/10).

Agenda dura a ser enfrentada no pais. Intervenção do Estado tem que ser discutida. Debate difícil, pois a sociedade acha razoável. Pensar as políticas públicas para médio e longo prazos. São 3 pontos a serem enfrentados:

1. Transparência e avaliação. Agenda de transparência ajuda no debate. Dados do BNDES ajudaram no debate. Dados do sistema S são fechados. Avaliação de políticas públicas. Fazenda informou que o Pronatec não gerou benefícios. A revisão do papel do Estado parte da transparência e da medição da eficiência dos programas.

2. Reforma da Previdência. Com 54 anos em média o homem se aposenta no Brasil por tempo de contribuição. No exterior a idade mínima é 65. Pais quebra se não enfrentar esse debate. País está em rota de insolvência. Dívida pública vai continuar crescendo e vai bater 76% ou 80% do PIB no final do governo.

3. Tratar iguais como iguais. Reduzir “meias entradas” – produtividade e a abrir a economia. Gasto público está crescendo 4% e PIB parado. É necessário eliminar benefícios específicos de grupos de interesses. Regras tarifarias caóticas geram ineficiência na economia.  Prioridades na reforma tributária: unificar ICMS e corrigir Pis/Pasep. Agenda Produtividade: tributos e tarifas. Déficit fiscal em 2016 será maior que 2015. Agronegócio e serviços pagam pouco imposto. Indústria paga muito mas é regada de subsídios. Agronegócio é eficiente pois está aberto ao exterior. Inflação não ajuda mais como imposto inflacionário em função das vinculações à inflação. Papel de jornal não paga imposto mas papel de remédio paga. Garantir conteúdo nacional: Indústria naval deu errado pela terceira vez.  Podemos escolher rever e antecipar ou a crise fiscal vai nos impor isso.

Uma nova Thatcher em Portugal

Artigo publicado em O GLOBO, 06/10/2015.

Cesar Maia é Vice-Presidente da IDC (Internacional Democrata de Centro) 

1. O primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, do PSD, assumiu quatro anos atrás no meio da crise europeia, que atingiu profundamente Portugal, Espanha e Grécia, entre outros. Ele abriu as portas para a troika — Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu —, como eram chamados jocosamente pela oposição os mentores das duras medidas de ajuste fiscal que o novo governo português, sob seu comando, deveria adotar.

2. Passos Coelho aplicou o receituário liberal da forma mais intensa, reduzindo despesas radicalmente, privatizando etc. O efeito social não demorou, com as taxas de desemprego se aproximando dos 25%, com juros ampliados e com o PIB caindo a taxas superiores a 5%.

3. A única certeza que a oposição liderada pelo PS tinha é que a liderança do PSD seria breve, e era questão de se preparar para a vitória em 2015. E as pesquisas apontavam para uma confortável vitória do PS e aliados, patinando na enorme rejeição de Passos Coelho.

4. Mas, a partir de 2014, o ciclo econômico de Portugal foi sendo revertido. De qualquer forma, a reeleição de 4 de outubro de 2015 era vista como uma impossibilidade pelos analistas. Em junho de 2015, as taxas de desemprego já haviam despencado para mais perto dos 10%, e o PIB voltou a crescer. A relação dívida pública/ PIB não subiu mais a escada.

5. Com a campanha eleitoral aberta com o PS na frente, essa vantagem foi sendo reduzida e, nos últimos 15 dias, revertida para uma clara vantagem de Passos Coelho. António Costa, secretário-geral do PS, foi ultrapassado em sete pontos.  Nem a vitória percebida de Costa no debate na TV modificou esse quadro. O PS ainda sonhava com a abstenção para recuperar a diferença.

6. As pesquisas qualitativas e qualiquanti sublinhavam a razão do voto: “Quero ter segurança”, “Não quero mais aventura”. A antipolítica e os partidos calcados nas redes sociais não tiveram espaços como conseguiram na Espanha e na Grécia.

7. Passos Coelho obteve uma vitória exuberante no domingo. Sua coligação alcançou 40% dos votos. O PS alcançou 32%. Quem apostava no desgaste político e eleitoral do duro ajuste fiscal errou redondamente.

8. E hoje — liberais de toda a parte — afirmam que Passos Coelho é um exemplo para o mundo todo. É uma nova Margareth Thatcher. E a troika trombeteia para a Europa e o mundo todo: responsabilidade fiscal dá voto quando é aplicada sem tergiversação e sem temor eleitoral.

06 de outubro de 2015

RIOPREVIDÊNCIA! GOVERNO DO ESTADO PRECISA DE MAIS R$ 2,5 BILHÕES!

1. Ontem (05), o Globo informou que o fundo de aposentadorias e pensões dos servidores do Estado do Rio realizou, ano passado, operação em dólar nos EUA oferecendo os royalties como garantia. Com o dólar escalando e o barril do petróleo caindo à metade do preço, a situação do Rioprevidencia é dramática. Lembrando: Leis 6112/2011, com as alterações promovidas pela 6168/2012, principalmente pelos parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 1º. Total das autorizações das 2 Leis: R$ 9,3 bilhões. Em 2015, o buraco será de R$ 2 bilhões para uma folha de R$15,65 bilhões mesmo com a ajuda de R$ 6,65bilhões dos depósitos judiciais.

2. Agora em setembro de 2015 o governo do Estado do Rio pede autorização legislativa para captar mais R$ 2,5 bilhões. Um poço sem fundo.

3. PROJETO DE LEI Nº 912/2015. Art. 1º O art. 1° da Lei n° 6.112, de 16 de dezembro de 2011, passa a vigorar acrescido dos parágrafos 4°, 5° e 6°, com a seguinte redação: “§ 4° Sem prejuízo de operações feitas com base no caput, nos §§ 1° e 2° deste artigo, o Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro – RIOPREVIDÊNCIA fica autorizado também a alienar os ativos econômicos referidos no inciso XII do art. 13 da Lei n° 3.189, de 22 de fevereiro de 1999, com a redação dada pela Lei n° 4.237, de 5 de dezembro de 2003, de forma que o Fundo receba até R$ 2.500.000.000,00 (Dois bilhões e quinhentos milhões de reais), mediante cessão de créditos no mercado doméstico ou internacional, que será firmada diretamente com instituição financeira oficial.”

4. Na justificativa, o governador tenta esclarecer. MENSAGEM 38/2015 Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2015. Proposta de Lei que “ALTERA A LEI N° 6.112, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011”, mediante acréscimo de dispositivos que autorizam o RIOPREVIDÊNCIA a elevar o valor do Programa de Captação. Essa elevação tem como motivação buscar equacionar o déficit financeiro existente no RIOPREVIDÊNCIA. Apesar do direcionamento dos recursos dos depósitos judiciais realizados este ano para referida Autarquia, a mesma ainda necessita de volumes de recursos para honrar pagamentos de aposentadorias e pensões sob a responsabilidade do Estado do Rio de Janeiro. São essas as razões que me levam a enviar à elevada apreciação solicitando que seja atribuído ao processo o regime de urgência.
LUIZ FERNANDO DE SOUZA
Governador

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CAEM OS PATROCÍNIOS PARA OS JJOO-2015! ENTRAM DOAÇÕES EM PAGAMENTO!

(Folha de SP, 05) 1. Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos movidos pelas verbas de marketing, mais de 60% dos R$ 3 bilhões levantados com patrocínios e apoios locais estão sendo pagos com a entrega de produtos e serviços para o comitê olímpico, em vez de dinheiro vivo.  Essa foi a solução para garantir o cumprimento das metas de arrecadação diante da crise econômica pela qual passa o país.

2. Os produtos que ocupam o lugar da verba em dinheiro dos patrocinadores vão desde 5.000 carros da Nissan que transportarão atletas e organizadores até a iluminação dos estádios pela GE. Incluem também os smartphones e tablets da Samsung e o seguro saúde da Bradesco para os 20 mil atletas. Com a recessão, as empresas estão relutantes em desembolsar dinheiro. A saída para o comitê tem sido, em muitos casos, aceitar o apoio na forma de bens e serviços.

3. Ex-Blog: É bom negócio para indústria em recessão. Exemplo a indústria automobilística.

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BRASIL: MERCADO IMOBILIÁRIO VIVE “TEMPESTADE PERFEITA”!

(Estado de SP, 01) 1. Agência de classificação de riscos Fitch prevê cenário negativo para o setor, com alta de juro e restrição de crédito. As incorporadoras brasileiras enfrentam um cenário de “tempestade perfeita”, diante da deterioração de indicadores macroeconômicos e de crédito, afirmou a agência de classificação de riscos Fitch. Entre os fatores negativos, a entidade citou aumento nas taxas de desemprego e de juros, enfraquecimento do índice de confiança do consumidor, restrições das linhas de financiamento para compradores de imóveis e maiores retiradas dos depósitos de poupança.        

2. “Diante deste cenário, uma robusta liquidez é importante para contrabalancear a volatilidade do fluxo de caixa operacional”, disse a agência, em relatório sobre o setor no primeiro semestre. A liquidez varia bastante no setor, de acordo com a Fitch, e as companhias com fortes reservas de caixa estão mais bem posicionadas para enfrentar restrições de crédito e queda de vendas.  Das 11 companhias com rating público da Fitch, quatro reportaram fluxo de caixa das operações positivo no primeiro semestre de 2015:Cyrela, MRV, Rodobens Negócios Imobiliários e Rossi.

3. A agência de classificação de risco também prevê que os distratos de imóveis permaneçam elevados no segundo semestre de 2015, pressionados pelo grande volume de entregas de projetos, em meio a condições macroeconômicas mais desafiadoras. Ao todo, os cancelamentos de vendas nas 11 companhias acompanhadas pela entidade somaram R$ 3,6 bilhões ou 40,5% das unidades vendidas no primeiro semestre do ano. A relação entre distratos e vendas brutas é pior que os resultados registrados em igual período do ano passado, quando o indicador estava em 29,3%. A agência ressaltou, em relatório publicado sobre o setor, que o estoque de unidades concluídas continua crescendo, enquanto a capacidade das companhias para revender as unidades distratadas reduz, postergando a geração de caixa.

05 de outubro de 2015

AFINAL: QUEM SE FORTALECEU COM A REFORMA MINISTERIAL?

1. A imprensa e vários analistas concordaram que a reforma ministerial fortaleceu Lula e o PMDB. Será? Será mesmo? Assumir as principais posições de comando e direção no Titanic fortalece os comandos?

2. Nem Lula nem o PMDB são ingênuos. O PMDB –especialmente os políticos de clientela- ainda se explica. Afinal, se trata de dar uns votos a Dilma e sugar -o que puderem- para 2016 e 2018. Mesmo que migalhas.

3. Mas Lula? De estar –aparentemente- comprometido com o governo Dilma, ninguém poderá acusá-lo de traição. E terá vários meses para fortalecer macroeconomicamente o seu grupo –Brasil afora- com decisões de aplicações e investimentos.

4. Este Ex-Blog obteve, semanas atrás, e divulgou informações vazadas pelo núcleo lulista de que o cenário ideal para Lula é uma licença suave de Dilma após as eleições –ou antes- de 2016, por doença. Ela não perde seus direitos de presidente após 2018. E se entrega todo o comando do Titanic a Michel Temer e ao PMDB e à oposição patriótica. E os lulistas passam a desfraldar o documento aprovado pelo Instituto Lula, recentemente, criticando a política econômica de Dilma-Levy.

5. E ninguém pode acusar sindicatos, lulistas et caterva, de absolutamente nada, pois, afinal, protestos, documentos e mobilizações ocorreram quando Dilma ainda era presidente. Seria…, apenas…, “coerência”.

6. O PT passaria para a oposição em pouco tempo (vide Itamar e o ministério de acordo nacional) e Lula esbravearia contra a perda de direitos dos trabalhadores e o desemprego. E “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico” candidato a presidente. A oposição de hoje estaria no governo e passaria a ser vidraça e Lula atiradeira, recuperando popularidade para enfrentar 2018.

7. E Lula –após a entrada de Temer- repetiria a Caravana de 2001 –Brasil afora- apertando círculos concêntricos, asfixiando o governo e os potenciais candidatos da oposição.

8. É a estratégia que idealizam. E precisam apenas da concordância de Dilma, “reconhecendo” seu estado de saúde, respaldada por laudos técnicos de equipe médica acima de qualquer suspeita.

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LULA, “O INFORMANTE”, PODE NÃO DIZER A VERDADE!

(Merval – Globo, 04) 1. O ministro Teori Zavascki definiu que Lula será ouvido como “informante”, e não testemunha.  Além de ser uma decisão totalmente atípica, pois Lula já não tem foro privilegiado, o ministro do Supremo está criando uma figura que não existe nos inquéritos, mas apenas nos processos criminais, cíveis ou mesmo administrativos, como adverte o criminalista Ary Bergher.

2. Nos inquéritos existem apenas os investigados e as testemunhas.  Nos processos, quando a testemunha é parente ou ligada ao réu, não recebe o status de testemunha porque não poderia jurar dizer a verdade. É então rotulada de informante. Como o ex-presidente Lula é ligado ao PT, não pode ser testemunha, parece ter raciocinado o ministro Teori Zavascki.

3. É o que se deduz de sua decisão sobre a relação de pessoas que o delegado Josélio Souza pretende ouvir, todas ligadas ao PT.   A testemunha presta o compromisso “de dizer a verdade”, o informante não.

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO EMITE BÔNUS NOS EUA EM DÓLAR COM GARANTIA DOS ROYALTIES E QUEBRA O RIOPREVIDÊNCIA!

(Globo, 05) 1. O fundo de previdência dos servidores do Estado do Rio captou ano passado, US$ 3,1 bilhões com títulos de dívida em dólar. Foi uma operação exótica, pois nunca um fundo de pensão brasileiro havia emitido dívida lá fora e o lastro dos bonds foram os royalties do petróleo que a autarquia receberia no futuro.

2. Mas a drástica mudança de cenário impactou o fluxo financeiro do fundo, levando ao descumprimento de uma cláusula contratual com credores que prevê o vencimento antecipado dos títulos, se a estimativa de receitas do devedor cair abaixo de determinado limite. O primeiro bloqueio previsto para o dia 15 está estimado em US$ 129 milhões, (R$ 508 milhões).

3. Para lançar os papéis lá fora, o Rioprevidência criou uma sociedade em Delaware, nos EUA, a Rio Oil Finance Trust, e cedeu a ela sua receita com royalties e participação especial.  Ou seja, toda a receita líquida do Estado do Rio com royalties e participação especial, e equivale a 30% dos recursos recebidos pela autarquia.

02 de outubro de 2015

2016: SUCESSÃO À PREFEITURA DO RIO VAI SE COMPLICANDO!

1. O deputado federal Molon trocou o PT pela REDE. É verdade que sempre se posicionou contrário ao apoio do PT ao PMDB no Rio. É provável que o resultado eleitoral que obteve em 2014 tenha acelerado essa decisão. Havia a expectativa que, com a votação que havia obtido em 2010 e a enorme exposição que teve como relator do Marco Civil da Internet, sua votação crescesse significativamente. Mas não foi o que aconteceu: sua votação diminuiu. A explicação veio do desgaste do PT no Rio, sublinhado pelo fiasco do senador Lindbergh em sua candidatura a governador.

2. O sucesso do PSOL, cujo estreante candidato a governador ultrapassou Lindbergh na capital, a votação do deputado Freixo em 2012, superior a Gabeira em 2008, e a contínua ascensão do deputado Chico Alencar, levaram a uma reflexão sobre o futuro político de todos aqueles que disputam votos na mesma faixa política e até etária.

3. A decisão de Molon pela REDE aponta claramente para sua vontade de vir candidato a prefeito e se reposicionar majoritariamente no Rio, ultrapassando o PSOL em 2016. E isso não é uma ilusão.  Afinal, Molon contará com o apoio e participação de quem tem a maior proporção de votos na Capital: Marina Silva. Essa alavancagem ficará clara quando a imagem de Marina e Molon vier colada na campanha eleitoral. E Marina –imaginando a possibilidade de vitória de Molon- estrearia no Rio comandando a prefeitura da mais emblemática cidade do país, sinalizando Marina-2018.

4. As pesquisas vão mostrando –a última de 15 dias atrás- que apesar da enorme promoção que o prefeito Paes faz de seu candidato, o deputado Pedro Paulo, este ainda não ultrapassou a fronteira crítica dos 5%. A avaliação do prefeito ainda é negativa, algo como menos -20% entre otimo+bom e ruim+péssmo. O retorno de uma campanha publicitária por parte da prefeitura explica isso. O deputado Índio se descola da prefeitura e se apresenta como pré-candidato. Nas pesquisas também não alcançou a fronteira crítica dos 5%. Da mesma forma Clarissa Garotinho, que encontrou as portas do PSDB fechadas.

5. Crivella é mais candidato que nunca. Com a divisão do voto na classe média –PMDB-PSOL-REDE-, a probabilidade de ser favorito para ir ao segundo turno é muito grande. Afinal, a audiência de Dez Mandamentos iguala ou supera a Regra do Jogo. O PSDB não sabe para onde vai. Tem cinco opções. Ou seja: não tem nenhuma. Sonha em apoiar Romário. O que se diz é que Romário não será candidato. O acordo com o PMDB no Rio passaria pela gratidão ao BTG-Pactual, tão próximo ao prefeito e que teria desatado o nó criado pela Veja.

6. As próxima pesquisas deveriam vir adjetivadas para se ter um cenário mais claro: Pedro Paulo candidato do Prefeito Paes, Molon candidato de Marina Silva, etc.

7. Quem –potencialmente- mais perde com a entrada de Molon no jogo é Freixo. Contava-se com a ida dele ao segundo turno pela votação em 2012. Agora isso dependerá da dinâmica da pré-candidatura de Molon a prefeito. Ah, sim, faltou falar do DEM. O DEM do Rio estabeleceu uma parceria em Brasília com líderes do PMDB. Portanto, nenhuma decisão poderá tomar até que o quadro da crise nacional, que impacta diretamente o Rio, e a execução da nova eleitoral produzam seus desdobramentos. Ou seja, os seis meses anteriores à eleição para troca de partido previstos na nova legislação.

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O BALCÃO DE NEGÓCIOS DO PLANALTO!

Documentos apontam que MP editada na gestão Lula foi ‘comprada’ por lobby-

(Estado de SP, 01) 1. Empresas negociaram pagamento de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir da Casa Civil um ‘ato normativo’ que prorrogou incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão. Documentos obtidos pelo Estado indicam que uma medida provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido “comprada” por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos. Empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um “ato normativo” que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano. Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto, em vigor até o fim deste ano. Uma das montadoras envolvidas no caso foi alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira.

2. Para ser publicada, a MP passou pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. Anotações de um dos envolvidos no esquema descrevem também uma reunião com o então ministro Gilberto Carvalho para tratar da norma, quatro dias antes de o texto ser editado. Um dos escritórios que atuaram para viabilizar a medida fez repasses de R$ 2,4 milhões a um filho do ex-presidente Lula, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, em 2011, ano em que a MP entrou em vigor.

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LA VANGUARDIA: OS DEZ MELHORES MUSEUS DO MUNDO EM 2015!

(1) Museo Metropolitano de Arte, Nueva York (EE.UU.) / (2) Musée d’Orsay, París (Francia) / (3) Instituto de Arte de Chicago, Chicago (EE.UU) / (4) Museo del Prado, Madrid (España) / (5) Museo del Louvre, París (Francia) / (6) Museo del Patrimonio Nacional y Palacio de Invierno, San Petersburgo (Rusia) / (7) National Gallery, Londres (Reino Unido) / (8) Rijksmuseum, Amsterdam (Holanda) /  (9) Museo Vasa, Estocolmo (Suecia) / (10) Museo Nacional de Antropología, México DF (México).

01 de outubro de 2015

LATINOBAROMETRO CONFIRMA DESMONTE POLÍTICO DO BRASIL E SURPREENDE COM QUEDA ABRUPTA DO CHILE! CRISE GERAL DE REPRESENTAÇÃO!

1. Anualmente -desde 1995- o Latinobarometro realiza pesquisas simultâneas em 18 países da América Latina. Sediado em Santiago do Chile, dirigido pela socióloga Marta Lagos, conta com apoio financeiro do BID, do PNUD, da OEA, CAF, etc. Tem uma credibilidade consensual.

2. As pesquisas são realizadas simultaneamente nos países, num total sempre de mais de 20 mil pesquisas. A grande surpresa da pesquisa do Latinobarometro 2015 é que a crise de representação atingiu também o Chile, que fica abaixo e bem abaixo da média geral.

3. Este Ex-Blog destacou sete países e a média dos 18 países. Os sete países são: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Uruguai e Venezuela. Selecionemos as 3 perguntas mais significativas em relação à representação política.

4. Há algum Partido que você se sinta mais próximo que os demais? SIM. Uruguai 72%. Venezuela 54%. Argentina 37%. Colômbia 36%. México 32%. Chile 24%. Brasil 23%. MÉDIA 40%. Os índices do Brasil e do Chile são extremamente baixos, pois o eleitor que responde SIM pode ser simpatizante de qualquer dos partidos. E mais grave no Chile, por sua tradição de politização do eleitorado.

5. Você se sente representado pelo Congresso? SIM. Uruguai 45%. Venezuela 31%. Argentina 25%. Colômbia 22%. Chile 19%. México 17%. Brasil 13%. MÉDIA 23%. A baixa representatividade do poder legislativo nacional em praticamente todos os países é preocupante. O Brasil fica em penúltimo lugar, ultrapassando apenas o Peru com 8%.

6. A terceira questão destacada aqui pergunta: o governo nacional pensa nos que mais precisam, nos pobres? SIM. Uruguai 55%. Venezuela 31%. Argentina 24%. Colômbia 22%. México 21%. Chile 20%. Brasil 12% ocupando o último lugar. Mesmo os governos populistas ou que usam sua propaganda para sublinhar a prioridade pelos pobres têm um reconhecimento pífio. São os casos do Brasil e do Chile.

7. Conheça os gráficos com os 18 países latino-americanos.

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IBOPE: DESAPROVAÇÃO ÀS FUNÇÕES DO GOVERNO DILMA É TOTAL! IMPOSTOS: A MAIOR REJEIÇÃO, 90%!

Combate à fome e à pobreza: Desaprovam: 68%
Segurança pública: Desaprovam: 82%
Taxa de juros: Desaprovam: 89%
Combate à inflação: Desaprovam: 83%
Combate ao desemprego: Desaprovam: 83%
Impostos: Desaprovam: 90%
Meio Ambiente: Desaprovam: 65%
Saúde: Desaprovam: 84%
Educação: Desaprovam: 73%

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QUATRO DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS SOBRE A SÍRIA ENTRE PUTIN E OBAMA!

(BBC, 29) Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram no âmbito da Assembleia Geral da ONU em Nova York, depois de seus respectivos discursos em que expuseram seus diferentes pontos de vista sobre como lidar com a crise síria.

1. O papel de Bashar al-Assad. A primeira dessas diferenças têm a ver com Bashar al-Assad, um aliado histórico de Moscou, que a Rússia vê como parte da solução e os EUA como parte do problema. Washington está convencido de que o autoritarismo do presidente sírio é uma das principais fontes de instabilidade no país, pois proporciona um terreno fértil para os fundamentalistas islâmicos.

2. A quem apoiar militarmente. A diferença de posições a respeito de Al-Assad tem levado a Rússia de Putin a apoiar diretamente as forças do governo. Enquanto isso, além de participar dos bombardeios contra o Estado Islâmico, o governo de Washington tem se dedicado a apoiar os opositores mais moderados do governo de Damasco.

3. Diferentes aliados regionais. Além disso, não é somente na Síria que os Estados Unidos e a Rússia escolheram diferentes aliados. Em sua campanha de bombardeios contra o Estado islâmico, os EUA contou desde o início com o apoio da Arábia Saudita, que compartilha com a Casa Branca o objetivo de derrubar Bashar al-Assad. A Rússia, por sua vez, surpreendeu a todos ao anunciar no domingo um acordo para compartilhar inteligência sobre o Estado Islâmico com o Iraque e com o Irã, aliado do governo de Damasco.

4. Protagonismo incômodo versus protagonismo buscado. A maior diferença entre Putin e Obama em relação à Síria, no entanto, provavelmente tem a ver com a forma como eles entendem o seu papel no conflito. Os Estados Unidos parece ter sido arrastado para ele um pouco contra a sua vontade. E Obama sabe que um maior envolvimento na guerra na Síria pode acabar enfraquecendo-o internamente. Putin, por outro lado, não tem esse problema: ao contrário, a situação reforça a sua imagem de líder capaz de devolver à Rússia o protagonismo internacional perdido após a queda da União Soviética. E esse protagonismo pode também dar a receita para além do nível local, permitindo não só manter parte da sua influência no Oriente Médio, mas também ajudando a reparar uma imagem danificada pela intervenção russa na Ucrânia e na anexação da Crimeia.

30 de setembro de 2015

A NOVA LEI ELEITORAL SÓ AJUDA OS CANDIDATOS À REELEIÇÃO E OS MUITO CONHECIDOS!

1. A nova lei eleitoral recentemente sancionada pela presidente Dilma ajuda os prefeitos candidatos à reeleição. Em primeiro lugar porque a proibição de financiamento privado concentra recursos nas mãos de quem governa, que prescinde de recursos privados diretos, pois conta com os recursos privados indiretos na forma que este Ex-Blog explicou semana passada.

2. E, por isso mesmo, há uma atração fatal para os demais partidos se coligarem com os candidatos à reeleição ou mesmo os candidatos do atual prefeito, pois contam com máquina e recursos.

3. Da mesma forma, o prazo de seis meses de filiação, na medida em que cria uma insegurança entre os demais candidatos sobre qual a melhor fórmula para se tornarem competitivos, atrasa a organização das campanhas e gera um leilão por nomes, entre os partidos. Exceção, claro, aos partidos com base programática que, aliás, são muito poucos.

4. Há um fator que não ajuda os que sempre esperam a campanha eleitoral para se apresentar ao distinto público. Quanto maior o tempo de campanha, mais tempo para se apresentarem aos eleitores com seus panfletos, cartazes e depois com os tempos de TV e Rádio.

5. Mas agora esses prazos foram reduzidos. A campanha para 45 dias e a TV e Rádio para 35 dias.  Assim, a campanha de rua só abre 45 dias antes das eleições, tempo muito curto para caras novas se fazerem conhecer através da publicidade direta.

6. E os 35 dias de TV e Rádio são tempo insuficiente para se “criar” um candidato. A maior atenção dos eleitores no início e no final da campanha transformam os 35 dias na metade para efeito de memorização.

7. A maior concentração da TV em inserções e não em programas aponta na mesma direção.

8. Por tudo isso, os candidatos dos prefeitos que partem para a campanha sem uma exposição pública anterior suficiente para estarem num patamar de 5% ou mais também serão prejudicados pelas novas regras, pelas razões anteriores. A única vantagem será ter acesso a recursos privados indiretos através dos recursos públicos, conforme este Ex-Blog analisou semana passada. E -nesses casos- não será suficiente para destacá-los e criar uma vantagem significativa.

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PESQUISA: 56% DOS CARIOCAS QUEREM DEIXAR O RIO PELA VIOLÊNCIA!

(G1, 29) 1. Um estudo feito pela ONG Rio Como Vamos, divulgado nesta terça-feira, indica que 56% da população tem o desejo de deixar o Rio. O número era de 48%, em 2013, e de 27%, em 2011. A violência é o principal motivo que fez aumentar a quantidade de cariocas que têm essa vontade.

2. As críticas em relação à segurança pública foram as que mais chamaram atenção no levantamento: 71% da população acredita que a segurança piorou na cidade. Esse é o percentual mais alto de notas baixas já registrado no histórico da pesquisa.

3. Os roubos de rua são a principal ocorrência citada, especialmente nas classes mais altas. O medo de bala perdida é o principal medo das classes C e D – 32% disse que essa é a maior preocupação.

4. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) são vistas também como uma preocupação para os moradores dos bairros com o sistema — 41% acredita que as UPPs trouxeram mais efeitos negativos do que positivos, como o aumento de roubos e ameaças de criminosos. Esse foi o primeiro ano que o sistema de UPPs foi avaliado pela ONG.