19 de novembro de 2015

GENERAIS MOLTKE E SCHLIEFFEN, OPOSIÇÃO E IMPEACHMENT!

1. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, dois dos principais generais do exército alemão apresentaram seus planos para o conflito em duas frentes: oeste/França e leste/Rússia. O Plano Moltke (sobrinho do invicto geral Von Moltke, de Bismarck) previa dividir o exército em duas partes iguais nas duas frentes. Em ambas se colocaria na defensiva.

2. A França atacaria Alsácia-Lorena. Frustrada essa ofensiva, se passaria para o terreno político, a paz de compromisso, avançando os interesses germânicos. Na Rússia faria o mesmo. Uma ocupação em fronteira provocando a ofensiva russa. Após a inevitável vitória alemã se passaria para o terreno político, a paz de compromisso em torno dos interesses alemãs.

3. O plano Schlieffen, chefe do estado maior do exército germânico, rechaçou a preferência de Moltke pelo compromisso político por cima da vitória total. Seu objetivo era uma vitória militar e rendição incondicional. O Plano levaria a uma vitória rápida e decisiva numa frente (oeste/França) e, em seguida, concentraria todas as forças no outro adversário (leste-Rússia), logrando a vitória em ambas as frentes.

4. Schliefen atacaria pela Bélgica, rompendo a sua neutralidade. Em seguida, tomaria Paris e atacaria o exército francês pela retaguarda. E avançaria para o leste/Rússia com enorme superioridade. A vitória seria exclusivamente militar. Moltke lembrava que a Grã-Bretanha não admitiria quebrar a neutralidade dos países baixos. E que a ocupação da capital –Paris- obstruiria qualquer acordo de paz posterior.

5. Prevaleceu o Plano Schliefen. Um ciclo de mobilização e entusiasmo totais da população, ofensiva…, até o desastre completo em 1918, retratado no clássico “Sem Novidade no Front” (Lewis Milestone, 1930).

6. Após a eleição brasileira de 2014, as crises econômica, política, moral e social, explicitas, mostraram a fragilidade do governo Dilma e a fragilidade de sua base parlamentar aliada. As duas frentes entusiasmaram a oposição. As pesquisas deram recordes de impopularidade à Dilma. Voltaram as mobilizações populares.

7. No Congresso, a base parlamentar, fraturada, do governo, abriu caminho à vitória dos blocos independentes e críticos, que assumiram as mesas da Câmara e do Senado e, em seguida, mostraram várias vezes que o governo não tinha maioria. A fragilidade política do governo Dilma entusiasmou os principais líderes da oposição – de fato.

8. Iniciou-se o Plano Schliefen da oposição: um impeachment rápido e sem negociação política. Uma batalha de Verdun, onde as enormes perdas, iguais para cada lado, só fizeram fragilizar as forças de um lado e de outro. Agora, a oposição deve rever a tática, mantendo a estratégia. Volta o Plano Moltke.

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OBAMA E O ESTADO ISLÂMICO! McNAMARA E O JAPÃO (AGOSTO-1945)!

1. (Ex-Blog) No documentário vencedor do Oscar “Sob a névoa da guerra” (disponível no YouTube), McNamara diz que as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki foram a opção dos EUA, já que o uso de tropas de ocupação territorial no Japão seria um enorme banho de sangue nas tropas americanas, com um corpo a corpo generalizado contra o fanatismo existente.

2. (Folha de SP, 17) 2.1. Tudo para combater o terrorismo, menos envolver “tropas em grande número”. É esse o resumo da entrevista coletiva que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu nesta segunda-feira (16), horas depois de encerrada a cúpula do G20 em Antalya, no litoral turco.  O presidente defendeu as medidas militares, econômicas, diplomáticas, de inteligência e de apoio ao desenvolvimento que os EUA já estão adotando contra a milícia radical Estado Islâmico (EI).

2.2. Com relação ao envio de tropas para combate em solo, argumentou: “Não porque os nossos militares [que definiu como “os melhores do mundo”] não possam tomar Mossul, Raqqa ou Ramadi [ocupadas hoje pelo EI] e temporariamente limpá-las. Mas seria a repetição do que vimos antes [possível alusão à invasão do Iraque]: se você não tiver uma população local comprometida com governança inclusiva e que enfrente os extremos ideológicos, eles [os terroristas] ressurgirão, a menos que nós estejamos preparados para ter uma ocupação permanente desses países.”

18 de novembro de 2015

PT, PMDB E DESGASTE DE MATERIAL!

Ex-Blog entrevista publicitário -XY- especialista em marketing político.

1. Ex-Blog: Há alguma explicação para a forte queda de popularidade do PT em nível nacional e em S. Paulo; e do PMDB no Rio de Janeiro, em nível estadual e na capital? / XY: Poderia responder de uma forma geral com uma máxima do marketing político que se repete há mais de 50 anos: Não há um bom governo sem uma boa publicidade, mas não há uma boa publicidade sem um bom governo.

2. Ex-Blog: Então sua conclusão é que os governos do PT e do PMDB vão mal? / XY: Pode até ser por coincidência. Mas o que quero realçar é que de nada adianta gastar fortunas em publicidade tentando convencer os eleitores de algo que eles não estão sentindo. E aqui é que entra o ponto principal. Governos em seu primeiro mandato até podem criar expectativa com publicidade que trata mais do que querem fazer do que de fato fizeram. Mas em governos de 2 ou 3 mandatos, a publicidade tem que comunicar a verdade, aquilo que os eleitores estão realmente sentindo.

3. Ex-Blog: Então se trata apenas do que se fez e do que se diz? / XY: Não é isso. O que eu disse são apenas conceitos básicos. Mas no caso de governos longevos, de 2, 3 e 4 mandatos, há um elemento adicional que independe das performances. Mandatos longos, em regimes democráticos, inevitavelmente repetem uma mesma lógica. Mesmo que queiram inovar, com o tempo parecem sempre ser o mesmo.

4. Ex-Blog: Então depois de, digamos, uns 10 anos de governo, será inevitável o desgaste. / XY: Vamos colocar os termos adequados. Em publicidade será melhor adotar uma expressão da química. O que há é um desgaste de material com o tempo. Desgaste de material.

5. Ex-Blog: Há exceções? / XY: Posso citar dois. Helmut Kohl, na Alemanha, e Roosevelt, nos Estados Unidos, que tiveram 4 mandatos. / Ex-Blog: E exemplos do que fazem parte da regra. / XY: Thatcher e Blair no Reino Unido. E o caso clássico: Churchill, também no Reino Unido, que imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, consagrado como o herói vitorioso, perdeu a eleição para os trabalhistas.

6. Ex-Blog: Vamos nacionalizar os exemplos. / XY: Lula chamou a ele seus mandatos e os de Dilma. Seriam 16 anos de continuidade. O desgaste de material seria inevitável. O eleitor sempre quer votar em novidades. Desgaste de material é a impossibilidade de um político se apresentar como novo depois de muitos anos de governo.

7. Ex-Blog: Enquadre o PT e o PMDB nisso. / XY: O PT, depois de governar o país por 12 anos, insistiu em mais 4, forçando uma vitória eleitoral com máquina, publicidade e mentiras. Venceu. Mas acelerou drasticamente o desgaste de material. Terminou antes de começar. E esse é o custo do presidencialismo: tem que tentar concluir seu mandato.

8. Ex-Blog: E o PMDB? / XY: No Rio, há uma confusão entre os governos do Estado e da Capital, que representa 40% dos eleitores e por volta de 60% da economia. Quando há coincidência de partidos e de marcas, o desgaste de material é reforçado e potencializado. Com o PDT aconteceu o mesmo. E, agora e da mesma forma, com o PMDB. A eleição do atual governador, em 2014, somou 12 anos de mandato. Na capital, a reeleição do prefeito no primeiro turno ocorreu 2 anos antes do terceiro mandato em nível estadual. A crise econômica atingiu as receitas estaduais (royalties e ICMS), antecipando a impopularidade por desgaste de material e levou junto a prefeitura. O desgaste de material foi ampliado com os problemas que atingiram o candidato do prefeito à sua sucessão, num efeito sinérgico.

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PLANTAÇÃO DE COCA CRESCE 44% EM 2014 E COLÔMBIA VOLTA A SER O MAIOR PRODUTOR DO MUNDO!

(Globo, 13) 1. O cultivo ilegal de coca na Colômbia está voltando a crescer. Apenas dois anos depois de ter deixado o posto de maior produtora do mundo, ficando atrás do Peru, o país, agora, ultrapassa o vizinho e a Bolívia (terceiro lugar) combinados. Em 2014, os colombianos plantaram 44% mais coca do que em 2013, e agentes antinarcóticos afirmam que a safra deste ano vai ser ainda maior. O boom da coca vem num momento delicado para o governo colombiano, que estaria nos últimos passos da negociação de paz com as Farc. Um dos maiores pilares do Plano Colômbia de combate ao cultivo, o lançamento aéreo de herbicidas foi suspenso em outubro por causa do potencial cancerígeno das substâncias. O programa recebeu cerca de US$ 9 bilhões em financiamento dos EUA, desde 2000.

2. Dois terços dos 170 mil acres de plantação de coca do país se deslocaram e agora estão nos parques nacionais, reservas indígenas e regiões fronteiriças, de acordo com autoridades do governo. Como as plantas maduras contêm mais folhas para o processo de produção do cloridrato de cocaína (a versão mais comum da droga), um aumento de 44% da área de terra plantada resulta no crescimento de 52% na produção de cocaína somente este ano, segundo estimativas da ONU.

17 de novembro de 2015

NOVIDADES E PROBLEMAS NA CAMPANHA ELEITORAL DE 2016!

1. Com as decisões e restrições já definidas pela nova lei eleitoral, pelo STF e pelo TSE, os partidos políticos e os candidatos começam a analisar suas estratégias e táticas de propaganda para 2016.  Com o impedimento de financiamento empresarial, com os tetos estabelecidos e as investigações que usam os cruzamentos entre empresas investigadas e doações eleitorais como indicações de culpa, mesmo dentro do teto estabelecido, a tendência das empresas, especialmente as maiores, é sair da campanha municipal, esperar o tempo passar para decidir o que fazer em 2018.

2. Até o recurso do caixa 2 será mitigado depois da vulnerabilidade mostrada nas investigações e a desconfiança generalizada dentro e entre as empresas e operadores com a delação premiada. As campanhas nas cidades maiores tornam-se mais complexas neste sentido.

3. Os custos de campanhas municipais podem ser divididos em 5 blocos: TV/Rádio, Gráfica, Pesquisas, Mobilidade e “Equipes e Cabos eleitorais”. O custo do primeiro bloco, TV/Rádio, foi reduzido pelo menor tempo de campanha. As pequenas produtoras com equipamentos que garantem uma definição de imagem semelhante à da TV Globo estão entrando no mercado eleitoral, acentuando essa tendência. A vantagem estará naqueles candidatos de governo com máquinas fortes e que abusam da publicidade. Nesse caso, o custo da campanha na TV/Rádio tende a estar embutido no gasto de rotina desses governos com publicidade. A maior proporção de comerciais para vereadores –definida em lei- aumenta a economia de escala, reduzindo o custo por candidato, já que num dia se pode gravar em estúdio quase toda a campanha, deixando os comerciais dos últimos dias para serem avaliados.

4. Os custos de gráfica por candidatos a vereadores, e mesmo a prefeito, nunca foi um gasto tão significativo nas campanhas. Agora, com o tempo menor de campanha, menos ainda. Aqui o que cabe é pensar bem na produtividade desse material, ou seja, reduzir o desperdício de quando o financiamento do material gráfico era elástico.

5. As pesquisas, embora de custo significativo, não são o problema mais importante. Nas eleições de prefeito nas capitais ou maiores cidades, os mais importantes institutos realizam as pesquisas em geral apoiados pelos meios de comunicação. E, além disso, as empresas com interesse no resultado eleitoral contratam pesquisas e podem disponibilizá-las informalmente aos candidatos de suas preferências. As pesquisas para vereadores, pela mesma razão, estão aí incluídas.

6. A mobilidade –veículos, motoristas e combustível- vai exigir uma proporção muito maior de voluntariado e informalidade. As frotas cedidas e doadas por grandes empresas, incluindo as automobilísticas, vão minguar, dado que a percepção de uso é explícita. E as garagens podem ser fiscalizadas. Outra vez, um planejamento adequado, descentralizando a campanha, evitando garagens e reduzindo as distâncias dos deslocamentos deve reduzir os custos.

7. Finalmente, a questão maior. Hoje, nas campanhas eleitorais, se fosse possível mensurar um a um, o maior custo das campanhas municipais são os “cabos eleitorais”. A curva desse gasto é quase horizontal no início da campanha e tem uma enorme inclinação no final da campanha. São as “bocas de urna” que começam já 15 dias antes. Os candidatos melhor financiados usam milhares de “cabos eleitorais”, o que –na prática- tem o mesmo efeito da indução ou compra de voto. As máquinas governamentais sempre ajudam através dos serviços “terceirizados” de difícil fiscalização.

8. Em geral, além dos candidatos de máquinas governamentais, levam vantagem os candidatos a vereador de opinião pública de nomes mais conhecidos, os candidatos corporativos –incluindo as igrejas de mobilização-, e os candidatos que têm muito dinheiro direto – dele e dos ‘amigos’.

9. De tudo isso, uma conclusão é evidente: para 2016 há que se planejar e organizar muito bem e detalhadamente as campanhas, mesmo os candidatos de máquina e os que têm muito dinheiro.  As restrições são grandes, o que facilita a fiscalização eleitoral.

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EXÉRCITO PEDE E DILMA PODE NÃO SANCIONAR LEI QUE DESOBRIGA VISTOS POR 4 MESES NO PERÍODO OLÍMPICO!

(Estado de SP, 17) O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, disse ontem ao Estado que desobrigar turistas de apresentar visto de entrada no Brasil durante a Olimpíada de 2016 pode abrir caminho para a vinda de terroristas ao País. O projeto que suspende a exigência de visto para entrada no Brasil, durante quatro meses, no período dos Jogos, foi aprovado pelo Congresso. Diante dos atentados em Paris, a presidente Dilma Rousseff pode não sancioná-lo.

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VALOR DE MERCADO DAS GRANDES REDES DE VAREJO DESABA: VIA VAREJO (–50%), MAGAZINE LUIZA (-90%)!

(Estado de SP, 16) 1. A trajetória das ações da Via Varejo e Magazine Luiza, as maiores do varejo de móveis e eletrodomésticos, reflete a montanha russa pela qual o setor vem passando. Quando decidiram abrir seu capital, essas empresas se beneficiavam do bom momento da economia, que mascarou erros estratégicos, como sobreposição de pontos de venda, mau gerenciamento de estoque e dificuldade na integração das redes adquiridas.

2. Agora, com a recessão, os problemas vieram à tona e afetaram o valor de mercado dessas empresas. A líder Via Varejo, controlada pelo francês Casino, que abriu seu capital em 16 dezembro de 2013e foi avaliada à época em R$ 5,9 bilhões, teve seu valor reduzido a menos da metade até sexta-feira, a R$2,64 bilhões. No Magazine Luiza, o tombo foi maior: quando estreou na Bolsa, em 28 de abril de 2011, valia R$ 2,4 bilhões. Na sexta-feira, estava avaliada em R$ 234 milhões.   

16 de novembro de 2015

NOTAS SOBRE O QUE PODERÁ VIR APÓS OS ATOS DE TERRORISMO EM PARIS!

1. A direita avançará ainda mais na Europa. E a direita xenófoba em especial. E a adesão jovem crescerá, pois os alvos foram pontos de encontro de jovens e estes as maiores vítimas, repetindo casos anteriores em outros países

2. Terminará a flexibilidade com a entrada dos refugiados vindos do Oriente Médio e África do Norte; depois que se identificou como refugiado, pelo menos um deles nos atos de terror de Paris, a identificação incluirá os antecedentes. É o que o presidente Hollande chamou eufemisticamente de “controle das fronteiras”.

3. A reação da França, Estados Unidos e Reino Unido passará de combate ao terror para um estado de Guerra aberta, como disse Hollande e ratificou Obama, com mobilização das Forças Armadas.

4. A eleição interna da União (UMP), agora chamada de Republicanos, a ser realizada nas próximas semanas, e que Jupée liderava com boa margem, agora Sarkozy poderá vencer.

5. O Estado Islâmico –enquanto controle territorial- tende a ser destruído, mas seus militantes em fuga se espalharão.

6. Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, o sistema de segurança antiterror das delegações dos Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Israel, Turquia –pelo menos- será muito reforçado. Fronteiras, aeroportos e portos brasileiros passam a ter –desde já- fiscalização reforçada.

7. O presidente Hollande passará a contar os dias para sua sucessão. A direita de Marine Le Pen vai tirar o PS do segundo turno.

8. A previsão do ministério do Interior da França, em função dos casos gravíssimos de vítimas do terror, é que passará das 191 vítimas fatais do terror no metrô de Madrid e se torna o mais mortal dos últimos atentados na Europa. 22 de julho de 2011 – NORUEGA: 69 pessoas, em sua maioria adolescentes. / 7 de julho de 2005 – GRÃ-BRETANHA: quatro atentados suicidas, 56 mortos. / 11 de março de 2004 – ESPANHA: 191 mortos no metrô.

9. Só na última semana foram 3 os atentados atribuídos ao EI: Beirute, 41 mortos; avião russo no Sinai, 220 mortos; e agora Paris.

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POR QUE OS ATENTADOS VISARAM A FRANÇA E NÃO OUTROS PAÍSES QUE LUTAM CONTRA O EI?

(Bertrand Badie, cientista político e diretor da pós-graduação em relações internacionais do Instituto de Estudos Políticos de Paris, a Sciences Po, francês, em entrevista à Folha de SP, 16)

1. Porque a França tem uma política internacional muito mais favorável à intervenção exterior, particularmente no Oriente Médio, que os outros países ocidentais. Todo mundo sabe das reservas de Barack Obama, que ficou um pouco sem opção quanto a se engajar nessa ação por causa da execução terrível do jornalista americano James Foley [decapitado pelo EI em 2014].

2. A maioria da Europa, que, como a Alemanha, é não intervencionista, fica bem menos exposta que a França. O governo francês escolheu, paradoxalmente, intervir contra o regime do sírio Bashar al-Assad, em agosto de 2013, mas não foi seguido por ninguém [e desistiu], e depois contra o Estado Islâmico, em 2014.

3. Recentemente, ainda deu um passo além, deixando de atuar só no Iraque para agir sobre o território sírio. Tudo isso mostra um nível de intervenção muito maior.

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PT: OS PIORES VÍCIOS DO COMUNISMO HISTÓRICO!

(Luiz Sérgio Henriques, um dos organizadores das obras de Gramsci no Brasil – Estado de SP, 15) 1. É possível que parte considerável das dificuldades do petismo no poder consista na manutenção puramente exterior de alguns dos piores vícios do comunismo histórico, como o centralismo, o culto à personalidade e a pretensão de ser superior às degenerações “burguesas”, como se isso garantisse, a priori, a correção de comportamentos individuais e políticas públicas.

2. E como se os críticos, sejam quais forem suas motivações e orientações de valor, devessem ser confinados no perímetro de uma odiosa “direita”, à qual no fundo não se reconhece legitimidade por estar na condição de “inimigo total”. É o que nos volta a ensinar, como num manual, o bolivarianismo da vizinhança. Nossa esquerda, em algum momento, renunciará a esse legado?

13 de novembro de 2015

“A MALDIÇÃO DO PETRÓLEO CAI SOBRE O RIO DE JANEIRO”!

(El País, 11) 1. O Rio de Janeiro não conseguiu escapar da maldição do petróleo. A queda de cerca de 50% do preço do barril do tipo Brent em menos de um ano e a crise desatada na Petrobras após a Operação Lava Jato escancararam que nem o Brasil, nem muito menos o Rio, de onde sai 80% da produção nacional, eram imunes aos vai-e-vens do setor, na época de bonança e euforia, parecia que ia resolver os problemas do país. “O Rio de Janeiro foi o Estado que mais perdeu receitas em 2015”, segundo reconheceu seu governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em setembro.

2. As finanças da “cidade” olímpica sangram em várias frentes. Por um lado, a crise econômica nacional e a redução de investimentos de uma Petrobras com graves problemas de liquidez atingiram cada um dos elos da cadeia de produção de petróleo e gás, responsável por um terço do PIB do estado de 16,5 milhões de habitantes. A falta de atividade, por sua vez, reduziu as receitas fiscais e o desemprego aumentou.

3. O Rio se manteve em uma situação mais confortável do que a média nacional, entre outros fatores, graças aos investimentos por conta dos Jogos Olímpicos do próximo ano. Agora, no entanto, perde postos de trabalho mais rapidamente do que o resto do país. De janeiro a setembro de 2015, foram perdidos 114.191 empregos, segundo dados analisados pelo economista e especialista no mercado de trabalho fluminense Márcio Osório. “O Rio mostrou um cenário mais grave do que no resto do país e está claro que a principal causa é a crise da Petrobras. Estamos falando sobre o fato de que 17,35% dos empregos perdidos no Brasil se encontravam aqui no Rio”, explica.

4. Por outro lado, com o preço do barril no mínimo, municípios que em alguns casos dependem de até 60% de royalties (compensações recebidas pelo Estado para a extração de recursos naturais em seus territórios) estão vendo seus orçamentos sangrarem. Em 2015, a economia do Rio perdeu, por causa da crise no setor de petróleo e gás e da queda dos preços do petróleo, cerca de 11 bilhões de reais (2,9 bilhões de dólares) – 3 bilhões de reais pela redução do preço do barril e 8 bilhões pela perda de receitas devido à falta de crescimento da sua economia. Trata-se de 13,4% do orçamento.

5. A preocupação chegou também ao Rio Previdência, fundo de pensão dos funcionários públicos: professores, polícias, setores administrativos… Alimentados também pelas compensações do petróleo, o fundo apresentou este ano um buraco de 6,5 bilhões de reais (1,7 bilhão de dólares) necessários para cumprir as suas obrigações. Para garantir os pagamentos recorreu a uma manobra de emergência e retirou o montante referente aos depósitos judiciais, valores relacionados a processos judiciais destinados a garantir o cumprimento das sentenças. No próximo ano, com um nível ainda maior de obrigações e quando essa manobra considerada de emergência não poderá ser repetida, espera-se que o déficit seja de 4,7 bilhões, que terão de ser assumidos pelos frágeis cofres do Estado.

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FONTE DOS RECURSOS PARA AS OLIMPÍADAS SENDO PATRIMONIAL OU URBANÍSTICA É MAIOR QUE FINANCEIRA!

(Renato Cinco-  Globo, 11) 1. Para convencer a população de que as Olimpíadas trazem benefícios à cidade, o prefeito Eduardo Paes, sempre que pode, diz que a maioria dos gastos com os jogos seria de origem privada, fruto de captação e de Parcerias Público Privadas (PPPs). Em 2014, o custo estava estimado em R$ 37,5 bilhões, mas várias obras ainda seriam licitadas. Desde então, o malabarismo financeiro e discursivo passou a controlar até as planilhas de orçamento da cidade. As PPPs envolvem repasses não contabilizados de terra pública a empreiteiras, bancos públicos assumindo riscos de negócios especulativos e isenções fiscais diversas, assim como a flexibilização de leis urbanísticas. A criatividade ao prestar contas à população expressa a falta de seriedade com a coisa pública do atual governo.

2. A maior pedalada é a inclusão das obras do Porto Maravilha no Plano de Legado. Essas obras, que são financiadas quase que integralmente com recursos da CEF/FGTS e que também envolvem terras públicas e mudanças de gabarito, representam cerca de 80% dos R$ 10,3 bilhões de investimento “privado” no Plano de Legado. Detalhe: serão feitas até 2026, uma década após as Olimpíadas, e não há nenhuma relação entre as obras no porto e os Jogos.

3. No Parque Olímpico, mais pedaladas. O terreno público do antigo Autódromo de Jacarepaguá foi avaliado no edital de licitação em R$ 850 milhões, e serve de pagamento ao consórcio Rio Mais. Em 2013, houve um aditivo ao contrato, em troca da alteração do gabarito da área, ao custo de R$ 300 milhões. A informação de que há pagamento público com terra e com alteração de gabarito, no entanto, é ignorada pela Matriz de Responsabilidades, como se não valesse nada. Se não bastasse, a participação pública de R$ 1,15 bilhão aparece como investimento privado.

4. Dizer que os gastos olímpicos são pagos pela iniciativa privada é uma tentativa de esvaziar o debate sobre as prioridades do Rio. Empresários bem intencionados, atraídos por um prefeito de bom trânsito, fariam o favor de investir, cabendo à população agradecer, sem participar, criticar e decidir. As pedaladas, portanto, esvaziam o debate democrático em uma cidade cada vez mais orientada por interesses privados.  Logo após ser reeleito, Paes declarou que megaeventos são ótima oportunidade para vender a cidade. Nada mais sintomático: na cidade-mercadoria, o orçamento olímpico vira peça de marketing.

12 de novembro de 2015

RESTOS A PAGAR COM DILMA CRESCEM 8,7 VEZES! DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL CRESCE QUASE 3 VEZES!

1. Há várias formas de avaliar o descontrole das contas públicas. Uma delas é o aumento dos Restos a Pagar no final de cada ano. Ou seja, as despesas realizadas ou autorizadas e não pagas no ano. Dessa forma, o governo empurra para o ano seguinte as despesas realizadas ou autorizadas e, assim, abre o orçamento, gastando mais do que o orçamento aprovado autoriza.

2. Na média entre 2001 e 2006 os Restos a Pagar alcançaram R$ 26,1 bilhões. E foram crescendo. Em 2014 atingiram R$ 219 bilhões e, em 2015, os Restos a Pagar chegarão a R$ 227 bilhões, segundo o TCU. Um crescimento entre a média de 2001-2006 e 2015 de 8,7 vezes. Na média, entre 2001 e 2006 os Restos a Pagar do exercício anterior atingiram 4,56% do Orçamento. Entre 2010 e 2012, avançaram para 9,73% e entre 2013 e 2015 atingiram 11,86% do orçamento.

3. (Folha de SP, 07) 3.1. Uma nova decisão do TCU tornará ainda mais difícil a tarefa de reequilibrar o Orçamento em 2016.  Por determinação do tribunal, o Executivo terá de apresentar um plano para interromper o crescimento contínuo do volume de despesas que são transferidas para os anos seguintes, conhecidas como restos a pagar.  O TCU entendeu que o uso dessa brecha está “desmesurado”, o que fere princípios das leis que regulam o orçamento e pode comprometer as finanças públicas. Os governos têm usado esse instrumento para postergar despesas que entram no cálculo do superavit primário (a poupança destinada ao abatimento da dívida pública).

3.2. Isso é usado rotineiramente pelos governos desde a estabilização da moeda. Ao final do ano passado, havia R$ 227 bilhões em restos a pagar acumulados. O montante equivale a 11,5% do Orçamento federal de 2015, excluído os gastos com pagamento de juros. Até 2006, segundo o TCU, as despesas remanescentes de Orçamentos anteriores ficavam entre 3% e 6% do Orçamento do ano seguinte.

4. A outra forma –essa mais explícita- é o aumento do déficit nominal do setor público, ou seja, incluindo os juros como despesa, como fazem os demais países. É isso o que interessa a credores e investidores. Esse rombo cresceu de 3,28% nos últimos dois anos para 9,34% do PIB, ou quase 3 vezes como proporção do PIB. Segundo o FMI, o Brasil só está melhor que Bahrein (déficit de 9,8% do PIB), Antigua (-10,5% do PIB), Algéria (-12,5% do PIB), Brunei (-15,6% do PIB), República do Djibuti (-13% do PIB), Egito (-11,7% do PIB), Guinea Equatorial (-21,4% do PIB), Eritreia (-12,18% do PIB), Guiné (-10,1% do PIB), Iraque (-9,9% do PIB), Líbia (-68% do PIB) e Venezuela (-19,9% do PIB), de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional.

4.1. (Estado de SP, 07) A erosão do resultado primário (economia para pagamento dos juros da dívida pública) nos últimos anos, somada com a alta da taxa de juros e os gastos bilionários do Banco Central com o programa de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro), levou a uma explosão do déficit nominal – que significa em quanto as despesas, incluindo gastos com juros, superaram as receitas – do governo. O rombo saiu de 3,28% em 2013 para 9,34% do PIB no acumulado em 12 meses até setembro deste ano, recorde da série histórica.

4.2. Obviamente, o ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic), que saiu de 7,25% em março de 2013 para o nível atual de 14,25%, colabora para o aumento do déficit nominal. Do déficit de R$ 536,2 bilhões em 12 meses até setembro, a conta de juros responde por R$ 510,6 bilhões. Mesmo assim, especialistas ouvidos pelo Broadcast, da Agência Estado, apontam que o principal motivo para essa deterioração no resultado nominal é a reversão do superávit primário para déficit.

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POLÍTICA NÃO SE FAZ MAIS COM ADIÇÃO DE AÇÚCAR!

(José Roberto de Toledo – Estado de SP, 09) 1. Qual a razão pela qual o jeito tradicional de fazer política está caducando? A geração nascida após1980 e amadurecida no terceiro milênio está provocando um terremoto nos hábitos de consumo. Os primeiros abalos foram sentidos pelos setores de alimentação e de mídia. Junho de 2013 antecipou que os tremores não param aí. O movimento, como de hábito, é do centro para a periferia. Desde o fim dos anos 1990, o consumo de refrigerantes calóricos caiu 25% nos EUA. Até os tradicionais cereais açucarados do café da manhã perderam a graça para o público e amargam perda de um quarto das vendas.

2. Os filhos do milênio preferem comida fresca– de preferência preparada em casa, com produtos orgânicos entregues por diversos fornecedores locais. É o que mostrou a pesquisa The millennial impact: Food shopping decisions, divulgada em setembro pela Mintel Group. Mas não só.  Para dificultar as coisas para a indústria alimentícia, a sondagem mostra que a nova geração desconfia duas vezes mais das grandes empresas do setor do que os seus pais e avós (42% a 18%).

3. Os “millennials” exigem mais transparência sobre como a comida é produzida e esperam que as marcas se comuniquem diretamente com os consumidores, e sem muito lero-lero. Gigantes da indústria começaram a se mexer. Como sintetizaram os professores Hans Taparia e Pamela Koch em artigo publicado no The New York Times, estão abandonando corantes, aromatizantes e ingredientes cujos nomes cabem melhor em uma bula de remédio. Também reduziram as doses de antibióticos dados às aves que abatem. E, por via das dúvidas, compraram empresas de produtos orgânicos por até quatro vezes seu valor de mercado.

4. O jeito de consumir informação dos filhos do milênio também é diferente: nos EUA, 61% dizem que sua principal fonte é o Facebook, contra 39% entre os norte-americanos nascidos no boom demográfico logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Encabeçam a lista de referências informativas da nova geração GoogleNews (33%), YahooNews (27%), YouTube (23%) e Twitter (14%). Embora ainda haja na lista dos “millennials” emissoras locais, globais como CNN e nacionais como ABCNews e FoxNews, o peso da TV no cardápio informativo dos novos consumidores é cadente e bem menor do que para a geração de seus pais.

5. Salvo o NewYork Times, raros jornais conseguem alimentar suas receitas com eles. “Ah, mas isso é coisa dos gringos. No Brasil é diferente”. Será? A crise de faturamento publicitário nos meios de comunicação é tão grave aqui quanto lá. Produtos com aparência de mais naturais do que os outros – como sucos detox ou mesmo os de caixinha que se vendem sem conservantes nem adição de açúcar – ampliam sua fatia de mercado. Além de ligada, a geração do milênio é mais globalizada. Absorve tendências mais rápido.

6. Nas ruas brasileiras, os filhos do milênio estrearam em 2013.O movimento difuso solapou a popularidade de um governo que se sustentava pelo acesso universal ao consumo. Coincidência? Só para quem acredita em política com adição de açúcar.

                                                    * * *

45% DOS ENDIVIDADOS EM CARTÃO DE CRÉDITO GANHAM ATÉ 3 SALÁRIOS MÍNIMOS!

(Folha de SP, 11) Quase metade dos brasileiros com dívida no rotativo do cartão de crédito, a linha de financiamento mais cara do sistema financeiro, tem renda mensal de até três salários mínimos (R$ 2.364). O dado faz parte do Relatório de Inclusão Financeira do Banco Central de 2015, que mostra o cenário no fim de 2014. O estudo mostra que 45% dos endividados no rotativo estavam na faixa de até três salário mínimos. A inadimplência nessa faixa chega a 47%, acima da média de 37% entre todos os tomadores desse crédito.

11 de novembro de 2015

OS JOVENS, A POLÍTICA HOJE, E AS TENDÊNCIAS!

1. Pesquisa do IBOPE divulgada semana passada confirmou uma fuga do PT dos votos dos jovens.  Enquanto a refeição ao PT alcançou, nessa pesquisa, 38%, entre os jovens na faixa de 16 a 24 anos a rejeição ao PT chegou a 43%. Entre os maiores de 55 anos a rejeição atingiu 33%. Nas avaliações da presidente Dilma, em diversas pesquisas e nas intenções de voto preliminares para 2018, esta tendência se confirma.

2. Pode-se concluir que a base jovem do eleitorado do PT sofreu uma forte queda. Mas não se pode deduzir que seus adversários serão automaticamente beneficiados. Alguns dados nos indicam que entre os jovens há uma significativa rejeição aos políticos, ao próprio processo político e especialmente eleitoral.  

3. Um desses dados é uma porcentagem decrescente de jovens entre 16 e 18 anos que se alistam para votar. Outro é a rejeição generalizada à política, tendo como origem as redes sociais. Na medida em que a maior frequência -e de maior intensidade- nas redes é de jovens, é natural esta dedução.  

4. As organizações estudantis -a partir da UNE- não mobilizam mais suas bases potenciais como antes. Em algumas cidades -como o caso do Rio- o PSOL tem capitalizado parcialmente este descontentamento, seja pelas redes sociais, seja por alguma capacidade de mobilização. Mas a energia demonstrada aí não se transforma necessariamente em voto pela significativa abstenção entre os jovens.

5. Entre os jovens militantes religiosos, como os evangélicos e os carismáticos, a participação jovem é bem maior que a média. Isso tem ajudado o voto proporcional muito mais que o majoritário.  Porém, há uma exceção no voto majoritário: sabem identificar claramente em quem não vão votar, multiplicando o processo de rejeição nesses vetores.  

6. Com isso, formam-se partidariamente duas tendências. Uma delas, clássica, é o esforço que juventudes partidárias fazem para multiplicar e massificar a participação. Aqui estão os partidos mais à esquerda e aqueles segmentos partidários de base evangélica.

7. A segunda tendência é dar prioridade à formação de quadros entre os jovens, sem exigir a adesão à ortodoxia partidária. Os quadros jovens assim formados têm uma capacidade muito maior de multiplicar ideias. E são fundamentais nessa multiplicação de ideias nas redes sociais. Mas sempre dentro da lógica horizontal e desierarquizada das redes. Ou seja, tudo que seja percebido como manipulação partidária gera rejeição em vez de multiplicação.

* * *

VENDAS DE IMÓVEIS NOVOS NA CIDADE DE S. PAULO DESABAM 50% EM SETEMBRO!

(G1, 10) 1. As vendas de moradias novas na cidade de São Paulo caíram 50,1% em setembro na comparação anual, enquanto os lançamentos recuaram 74,3%, segundo informou o sindicato de habitação (Secovi-SP). Em setembro, foram vendidas 1.392 unidades, chegando a 13.698 vendidas no acumulado dos nove meses do ano, um recuo de 4,7% sobre o mesmo período de 2014. Em 12 meses, as vendas caíram 5,4%. O valor geral de vendas (VGV) de setembro foi de R$ 843,5 milhões, queda de 45,2% ano a ano.

2. O estoque de imóveis na cidade de São Paulo em setembro era de 26.195 unidades (na planta, em construção e prontos). Desde então, a pesquisa vem apontando queda nas unidades ofertadas não vendidas”, disse o sindicato. Os lançamentos foram de 1.057 unidades, com base nos dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Frente a agosto, as vendas e lançamentos também caíram, mas em ritmo intensidade. A comercialização recuou 13,3%, enquanto os lançamentos caíram 39,9%.

3. Excluindo a capital, nos 38 municípios da região metropolitana, as vendas somaram 1.343 moradias novas, queda de 33,2% sobre igual mês do ano passado e alta de 55,4% diante de agosto. Os lançamentos na Região Metropolitana-SP- caíram 9,6% na comparação com um ano antes, a 1.708 unidades.

* * *

UMA COALIZÃO PARLAMENTAR HETERODOXA DE ESQUERDA DERRUBA O GOVERNO EM 11 DIAS!

(BBC, 11) 1. Apenas 11 dias depois de ser formado, o governo português caiu nesta terça-feira, em uma reviravolta política inédita em mais de três décadas no país. Uma coalizão das forças de esquerda do país deve assumir o poder, após o partido mais votado nas eleições legislativas ter sido derrubado por não alcançar o apoio necessário para governar. A decisão de derrubar o Executivo ocorreu com a apresentação da moção de rejeição ao programa de governo da chapa de centro-direita Portugal à Frente, formada pelo Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Popular (CDS-PP) e liderada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

2. Em seu lugar deve assumir uma inédita coligação de esquerda encabeçada pelo Partido Socialista (PS), liderado por António Costa, que conta também com o Bloco de Esquerda (BE), o Partido Comunista de Portugal (PCP) e o Partido Ecologista Os Verdes (PEV).

* * *

DEZ MANDAMENTOS, NA RECORD, TEM 10 PONTOS MAIS DE AUDIÊNCIA QUE A GLOBO!

(Folha de SP, 11) A aguardada cena de abertura do Mar Vermelho na novela “Os Dez Mandamentos”, nesta terça (10), rendeu à Record uma noite histórica: pela primeira vez a emissora bateu a Globo com dez pontos de diferença na audiência, segundo dados prévios da Kantar Ibope Media. A trama bíblica de Vivian de Oliveira e direção de Alexandre Avancini marcou na prévia pico de 31 pontos e média de 28 na Grande SP, contra 21 de pico e 19 de média da Globo (cada ponto equivale a 67 mil casas), no horário em que “Os Dez Mandamentos” foi ao ar. No Rio, a Record teve pico de 34 pontos contra 21 da Globo (cada ponto equivale a 42 mil casas).

10 de novembro de 2015

MUSSOLINI, LULA, DILMA E NAPOLEÃO!

1. Em entrevista a Emil Ludwig em 1933 (Editora Aguilar/El País – Las grandes entrevistas de la historia), Mussolini responde sobre os erros de Napoleão que levaram a seu desprestígio. Emil Ludwig destaca como experiência de seus 11 anos de poder.

2. “A história da vida de Napoleão me trouxe consciência de seus erros, que não são –em absoluto- fáceis de evitar. a) Nepotismo (designação de irmãos e familiares para os países ocupados). b) Conflito com a Igreja. c) Desconhecimento das finanças e da vida econômica. Ele só era capaz de ver que após as suas vitórias nas batalhas ocorria um aumento nos preços das ações. …Napoleão caiu pelas contradições de seu próprio caráter. Ao fim e ao cabo, é isso que leva à queda de um homem.”

3. Lula e Dilma seguiram, naqueles três aspectos, os erros de Napoleão. O nepotismo em Lula, como em Napoleão, não era a nomeação de parentes para cargos burocráticos. Napoleão colocou irmãos e generais amigos em funções de poder real, com o todas as consequências de enriquecimento conhecidas. Lula realizou o mesmo por nepotismo cruzado, entre seu poder e grandes empresas interessadas.

4. Os conflitos de Lula e Dilma com as Igrejas ocorreram e ocorrem em função de valores da vida e da família. Em 2010, Dilma precisou recorrer a lideranças cristãs para explicar um vídeo com suas declarações em relação ao aborto e se comprometer que não tomaria a iniciativa. Lula e Dilma apoiaram e estimularam posições flexíveis sobre a constituição da família. Isso os afastou das direções orgânicas das Igrejas e das suas bases ortodoxas.

5. O terceiro aspecto, que se tornou evidente por si mesmo: “desconhecimento das finanças e da vida econômica”, tanto com Lula quanto com Dilma. Lula e Dilma só conseguiam usar um termômetro, o da popularidade em função de vitórias em batalhas específicas contra `as elites´, na linguagem deles.

6. Finalmente, “as contradições de caráter, que levam à queda de um homem”. E aí estão os fatos.  Discursos contra a corrupção, o patrimonialismo e o clientelismo, enquanto estavam na oposição.  Uma vez no governo, um escrachado patrimonialismo, clientelismo e recorde mundial de corrupção, destacados no mensalão, petrolão e agora zelotes.

* * *

SECRETÁRIO GERAL DA OCDE, ANGEL GARCIA, FALA SOBRE ECONOMIA BRASILEIRA!

(Entrevista ao Estado de SP, 06) 1. ESP: Apesar do ajuste, o resultado fiscal deste ano será ruim. O sr. acha que o governo demonstra onde pretende chegar? / AG: Sim. A nossa experiência institucional mostra que o ajuste funciona melhor quando a parte mais difícil é colocada primeiro. Isso funciona porque manda um sinal muito forte. Além disso, ao longo do processo, várias coisas ocorrem, como novas eleições, e tornam mais difícil continuar com as decisões de ajustes. É preciso colocar as decisões mais duras primeiro, o que vai produzir confiança, e a confiança vai produzir mais investimento. // ESP: Os analistas e OCDE esperam dois anos de recessão e uma recuperação lenta a partir de 2017. Quais serão as consequências desse período para o Brasil? / AG: Com a recessão, haverá um crescimento do desemprego. Isso é inevitável. Uma outra questão tem a ver com a relação entre a dívida e Produto Interno Bruto (PIB). Ela está numa tendência muito preocupante. Mas existem alternativas para manter e até mesmo reduzir essa relação.

2. ESP: A OCDE propõe um superávit de 3% a partir de 2018. / AG: Sim. Mas um outro ponto é o que o País faz com a Previdência. Os gastos podem chegar a 14% do PIB em 2039. Estamos a apenas uma geração de distância. Mas existem alternativas que podem reduzir esse gasto para 8% no futuro. Um dos problemas é que os salários mínimos tiveram ganho real de 80% nos últimos dez anos. O País tem uma questão de divergência aritmética. É preciso buscar uma convergência para manter o poder aquisitivo dos beneficiários da Previdência, mas tornar o sistema viável.

* * *

VENEZUELA: TERCEIRA FORÇA OU LARANJA?

(BBC, 09) 1. MIN-Unidade, o partido que não se sabe se é chavista ou oposição. Tem o nome parecido com a da oposição. Usa cores semelhantes. Proclama “Somos a oposição”. Mas tem candidatos chavistas. E, de acordo com a oposição, foi “sequestrado” pelo governo.

2. Trata-se do Movimento de Integridade Nacional-Unidade (MIN-Unidade), um pequeno partido político que, de forma inesperada, se tornou a estrela da campanha eleitoral para as eleições legislativas do dia 06 de dezembro na Venezuela. A polêmica surgiu quando o Centro Nacional Eleitoral (CNE) anunciou as cédulas de votação para as eleições: o quadrado de marcação do MIN-Unidade está justamente ao lado da oposição, que se lançou sob a coalizão da Mesa da Unidade Democrática (MUD).

3. Para muitos opositores, a localização na cédula – assim como a cor, o slogan e o nome do partido – é parte de uma estratégia deliberada de confundir o eleitor e fazer com que vote a favor do governo quando, na verdade, quer votar na oposição. A porta-voz do MIN-Unidade, Luz Maria Alvarez, disse à BBC que não existe tal estratégia e que permanecem sendo opositores do regime apesar de terem saído da MUD e colocado candidatos associados ao chavismo.

4. É um retrato de uma campanha eleitoral dominada pela guerra suja, acusações de oportunismo oficial e a inédita oportunidade da oposição ganhar, graças ao efeito da crise econômica sobre a imagem do governo. No entanto, a campanha do MIN-Unidade continuou se fosse de um partido de oposição, inclusive distribuindo panfletos dizendo “Nós somos a oposição” e bonés e camisas sem o logotipo original do partido (um óculos) e destacando a palavra “Unidade”, geralmente utilizado para se referir ao MUD.

5. E o presidente Nicolas Maduro contribuiu para a confusão chamando o MIN-Unidad de “partido de oposição” em seu programa de televisão. Na verdade, o MIN-Unidade foi criado em 1973, décadas antes do MUD, e a palavra “unidade” foi adicionado ao seu nome em 2006, quando a oposição fez isso com todos os partidos críticos ao governo como uma forma de consolidar a coalizão.

6. “Uma Venezuela despolarizada é a única maneira que vai nos fazer reconstruir o país sem ódio, sem divisões, sem discriminação”, disse a dirigente Luz Maria Alvarez.  Mas sendo da oposição ou sendo chavista, o que este caso ilustra para analistas ouvidos pela BBC é a dinâmica clientelista que tem a política venezuelana. “Na Venezuela existem mais de 100 partidos ativos, e até recentemente havia 800, mas a maioria deles não apresentava candidatos para as eleições”, disse à BBC Vicente Diaz, ex-reitor do CNE, crítico do governo. “Eles são criados para fazer volume, para chegar a acordos ou cobrar comissões em troca de garantias”, conclui.

Projeto de Cesar Maia dispõe sobre a estruturação das categorias funcionais da administração direta da Prefeitura do RJ

EMENTA:
DISPÕE SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DAS CATEGORIAS FUNCIONAIS DO QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Autor: VEREADOR CESAR MAIA

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

D E C R E T A :

Art. 1º As categorias funcionais de Arqueólogo, Arquivista, Assistente Jurídico, Bibliotecário, Documentalista, Economista, Estatístico, Instrumentista, Historiador, Mestre Regente de Banda, Professor de Treinamento, Regente de Banda,Sociólogo, Técnico de Comunicação Social e Técnico de Defesa Civil passam a ser estruturadas em carreiras escalonadas de acordo com a classificação e padrão de vencimento estabelecido no Anexo Único desta Lei.

§
A progressão do servidor dentro de sua respectiva categoria funcional dar-se-á por tempo de serviço e por titulação decorrente de qualificação profissional, cumulativamente, conforme o Anexo Único.

§A título de percentual de incentivo à qualificação por titulação, será devido o respectivo adicional por:

I – Pós-Graduação lato sensu: com certificado expedido por instituição reconhecida pelo MEC, em área de atuação do profissional ou de interesse da Administração Pública, faz jus a um adicional de 20% sobre o vencimento base do servidor;

II – Pós-Graduação stricto sensu em nível de Mestrado: com diploma expedido por instituição reconhecida pelo MEC, em área de atuação do profissional ou de interesse da Administração Pública, faz jus a adicional de 35% sobre o vencimento-base do servidor;

III Pós-Graduação stricto sensu em nível de Doutorado: com diploma expedido por instituição reconhecida pelo MEC, em área de atuação do profissional ou de interesse da Administração Pública, faz jus a adicional de 55% sobre o vencimento-base do servidor;

§ Estendem-se os benefícios estabelecidos no art. 1º aos inativos aposentados nos cargos das categoriais funcionais nele mencionadas, bem como, aos inativados em categorias concorrentes àquelas atuais categorias funcionais, anteriormente denominadas Técnico de Administração e Técnico de Relações Públicas.

§ Na hipótese de que, eventualmente, não haja, em atividade, ocupante de cargo das categorias funcionais beneficiárias desta Lei, será mantida a classificação e padrão de vencimento fixados no Anexo Único para os que tenham sido inativados em qualquer dos cargos elencados no caput.

§ As pensões concedidas e originárias de ex-ocupantes de cargos das categorias funcionais referidas no art. 1º serão revistas de acordo com o determinado no Anexo Único.

Art. 2º Fica absorvida pelos valores constantes do Anexo Único a parcela da Gratificação de Encargos Especiais atribuída pelo Decreto n.º 14.942, de 28 de junho de 1996.

Art. 3º As especificações das atribuições das categorias funcionais abrangidas por esta Lei permanecem as mesmas já definidas em legislação ou regulamento anterior.

Art. 4º O regime de trabalho para os ocupantes dos cargos das categorias funcionais indicadas no art. 1º é de quarenta horas semanais.

Art.
5º Os benefícios desta Lei serão estendidos, no que couber, aos empregados sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho, obedecida a correspondência de nomenclatura e atribuições entre emprego e cargo.

Art. 6º Os órgãos competentes adotarão as providências necessárias ao cumprimento das disposições contidas nesta Lei, em especial no que tange ao enquadramento e posicionamento dos funcionários, bem como a correlata repercussão para os inativos e pensionistas.

Art. 7º As despesas decorrentes da presente Lei serão atendidas pelas dotações orçamentárias próprias do Poder Executivo, conforme previsão na Lei Orçamentária Anual, ficando o Prefeito autorizado a abrir créditos suplementares e adicionais.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revogam-se as Leis n.ºs 3.851, de 18 de novembro de 2004 e a Lei nº 4.551, de 17 de julho de 2007.

Plenário Teotônio Villela, 21 de outubro de 2015

Vereador CESAR MAIA
Líder do Democratas

ANEXO ÚNICO

CATEGORIA
TEMPO DE SERVIÇO
VALOR
4ª CAT
3ª CAT
2ª CAT
1ª CAT
Esp A
Esp B
De 0 a 4 anos
Mais de 4 a 6 anos
Mais de 6 a 8 anos
Mais de 8 a 10 anos
Mais de 10 a 12 anos
Mais de 12 anos
2.552,72
+10% = 2.675,99
+11% = 2.970,35
+11% = 3.297,09
+11% = 3.659,77
+11% = 4.062,34
NÍVEL
TÍTULAÇÃO
INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO
I

II
III
Pós-Graduação lato sensu
Mestrado
Doutorado
20%

35%
55%

 

JUSTIFICATIVA

A proposição objetiva a implantação de um plano de carreira que possa atrair profissionais motivados e com conhecimento adequado das atividades instrumentais e administrativas, nas diversas áreas do conhecimento e nos diferentes órgãos municipais.
O servidor público municipal perdeu, ao longo dos anos, o pouco poder aquisitivo que havia conquistado. Especificamente o de nível superior, cujo piso salarial se restringe a R$ 1.240,00. São perdas salariais acumuladas cuja quantia não supre as necessidades elementares para a subsistência do funcionário. É de suma importância encaminhar este assunto com certa urgência, pois os tópicos nele abordados visam a valorizar o corpo funcional dos servidores da administração direta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, corrigindo distorções na remuneração e consequentemente no seu desenvolvimento e qualificação funcional. Em comparação com carreiras da Administração Direta Estadual com atividades e atribuições com as mesmas complexidades o corpo funcional da PCRJ não chega a 50% dos vencimentos dos servidores estaduais.
As medidas que constam nessa Lei buscam atualizar a remuneração dos cargos efetivos das carreiras dos servidores da administração direta, para que esses recebam remunerações condizentes com as funções e responsabilidades exercidas, coibindo sua migração para esferas públicas, atrair novos profissionais com capacidade técnica e administrativa, tão importantes para à administração pública e, principalmente, a valorização e o incentivo ao desenvolvimento do servidor, que consequentemente se refletirá dentro de seu local de trabalho.
A proposta contempla a regulamentação destas normas para o reposicionamento dos servidores nas tabelas de vencimento básico. As tabelas de vencimento básico para os cargos são corrigidas, de modo a compatibilizar os valores da remuneração dos servidores da Administração Direta do Município do Rio de Janeiro, com as demais carreiras do Estado adotadas, como parâmetros para este documento, que também são remuneradas na forma de vencimento básico, gratificações e adicionais.
O impacto na medida presentemente proposta, relativas ao reajustamento na remuneração dos cargos, se mostra compatível com a receita do Poder Executivo Municipal, conforme demonstra a ampliação da base de arrecadação dos últimos anos, mesmo considerando a situação atual da economia mundial e seus reflexos para o Brasil.
Para finalizar, é adequado registrar que esta proposta de concessão de melhoria salarial foram elaboradas com estrita obediência aos princípios constitucionais e à legislação que rege as atividades da Administração Pública Municipal,dentre as quais se destacam: ingresso em cargo público mediante aprovação em concurso público, remuneração não superiores ao limite estipulado no art. 37, inciso XI da Constituição Federal, fixação dos vencimentos de acordo com a natureza, o grau de responsabilidade e complexidade dos cargos componentes das carreiras, irredutibilidade da remuneração, e não vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração.

Legislação Citada

DECRETO Nº 14.942 DE 28 DE JUNHO DE 1996
Dispõe sobre a gratificação a título de Encargos Especiais, a que alude o art. 119, IV da Lei nº 94, de 14.03.1979, aos ocupantes de cargos de nivel superior.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO que, mediante a crescente demanda de seus serviços, os servidores de nível superior, não beneficiados por legislação especial, passaram a portar significativos acréscimos laborais, em face do seu nível de remuneração,

DECRETA:

Art. 1° Os ocupantes dos cargos do grupamento de Nível Superior, dos Órgãos da Administração Direta, farão jus à concessão da gratificação a título de encargos especiais, a que se refere o art. 119, IV, da Lei n° 94 de 14 de março de 1979 em caráter transitório.
§ 1° A concessão da gratificação, a que se refere o “caput”, não se aplica às categorias funcionais de nível superior regidas por legislação especial.
§ 2° Para os fins previstos no “caput”, considera-se encargo especial o desempenho apresentado, no que pertine às atribuições de supervisão, coordenação, assessoramento, assistência e operacionalização, além das funções normais inerentes aos seus respectivos cargos ocupados.
Art. 2° O valor da gratificação, concernente ao “caput” do art. 1°, será a correspondente ao percentual de 100% (cem por cento) do vencimento-base da categoria funcional de nível superior, a que pertença o servidor.
§ 1° Ficam excluídos do benefício ora instituído os servidores que estejam percebendo gratificação a título de encargos especiais, em valores iguais ou superiores àqueles que fariam jus, por força do presente dispositivo.
§ 2° Na hipótese do servidor estar percebendo a gratificação por encargos especiais em valores inferiores, será devida a diferença.
Art. 3° A presente gratificação será atribuída a seus destinatários até a aprovação do Projeto de Lei que disciplina a concessão do aumento de vencimentos e absorverá os encargos especiais, ora estabelecidos.
Art. 4° Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação e produzirá efeitos financeiros a partir de 1° de julho de 1996.
Rio de Janeiro, 28 de junho de 1996 – 432º de Fundação da Cidade

CESAR MAIA

LEI N.º 3.851 de 18 de NOVEMBRO de 2004

Dispõe sobre a Estruturação das Categorias Funcionais do Quadro Permanente de Pessoal da Administração Direta do Município do Rio de Janeiro que menciona e dá outras providências.Autor: Poder Executivo
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,
faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.º As categorias funcionais de Arqueólogo, Arquivista, Assistente Jurídico, Bibliotecário, Documentalista, Economista, Estatístico, Instrumentista, Historiador, Mestre Regente de Banda, Professor de Treinamento, Regente de Banda,Sociólogo, Técnico de Comunicação Social e Técnico de Defesa Civil passam a ser estruturadas em carreiras escalonadas de acordo com a classificação e padrão de vencimento estabelecido no Anexo Único desta Lei. (VER LEI N.º 4.551/07)

§ 1.º Estendem-se os benefícios estabelecidos no art. 1º aos inativos aposentados nos cargos das categoriais funcionais nele mencionadas, bem como, aos inativados em categorias concorrentes àquelas atuais categorias funcionais, anteriormente denominadas Técnico de Administração e Técnico de Relações Públicas.

§ 2.º Na hipótese de que, eventualmente, não haja, em atividade, ocupante de cargo das categorias funcionais beneficiárias desta Lei, será mantida a classificação e padrão de vencimento fixados no Anexo Único para os que tenham sido inativados em qualquer dos cargos elencados no caput.

§ 3.º As pensões concedidas e originárias de ex-ocupantes de cargos das categorias funcionais referidas no art. 1º serão revistas de acordo com o determinado no Anexo Único.

Art. 2.º Fica absorvida pelos valores constantes do Anexo Único a parcela da Gratificação de Encargos Especiais atribuída pelo Decreto n.º 14.942, de 28 de junho de 1996.

Art. 3.º As especificações das atribuições das categorias funcionais abrangidas por esta Lei permanecem as mesmas já definidas em legislação ou regulamento anterior.

Art. 4.º O regime de trabalho para os ocupantes dos cargos das categorias funcionais indicadas no art. 1º é de quarenta horas semanais.

Art. 5.º Os benefícios desta Lei serão estendidos, no que couber, aos empregados sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho, obedecida a correspondência de nomenclatura e atribuições entre emprego e cargo.

Art. 6.º Os órgãos competentes adotarão as providências necessárias ao cumprimento das disposições contidas nesta Lei, em especial no que tange ao enquadramento e posicionamento dos funcionários, bem como a correlata repercussão para os inativos e pensionistas.

Art. 7.º As despesas decorrentes da presente Lei serão atendidas pelas dotações orçamentárias próprias do Poder Executivo, conforme previsão na Lei Orçamentária Anual, ficando o Prefeito autorizado a abrir créditos suplementares e adicionais.

Art. 8.º Esta Lei entra em vigor no mês de competência de janeiro de 2005.

CESAR MAIA

A N E X O Ú N I C O

 

CATEGORIA
TEMPO DE SERVIÇO
VALOR
4ª CAT
3ª CAT
2ª CAT
1ª CAT
Esp A
Esp B
De 0 a 4 anos
Mais de 4 a 6 anos
Mais de 6 a 8 anos
Mais de 8 a 10 anos
Mais de 10 a 12 anos
Mais de 12 anos
745,26
776,22
846,32
930,25
1.032,47
1.145,93

LEI N.º 4.551 DE 17 DE JULHO DE 2007

Dispõe sobre as categorias funcionais que menciona do Quadro Permanente de Pessoal da Administração Direta e dá outras providências.

Autor: Poder Executivo
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.º Ficam incluídas as categorias funcionais de Arqueólogo, Historiador e Sociólogo, criadas através da Lei n.º 1.680, de 26 de março de 1991, no elenco de cargos citados no art. 1.º da Lei n.º 3.851, de 18 de novembro de 2004.

§ 1.º Aplica-se às categorias funcionais citadas no caput a mesma Tabela Salarial indicada no Anexo Único da Lei n.º 3.851, de 2004, com os reajustes gerais concedidos ao funcionalismo municipal após a edição do referido diploma legal.

§ 2.º As categorias funcionais mencionadas nesta Lei perceberão os correspondentes vencimentos de acordo com o posicionamento por tempo de serviço indicados no Anexo Único da Lei n.º 3.851, de 2004.

Art. 2.º A categoria funcional de Arqueólogo passa a contar com novo quantitativo de cargos, acrescido à fixação numérica preexistente, na forma estabelecida no Anexo I desta Lei.

Art. 3.º As especificações complementares das categorias funcionais mencionadas no art. 1.º são as constantes no Anexo II.

Art. 4.º As dotações orçamentárias próprias serão providas pelo Poder Executivo.

Art. 5.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

CESAR MAIA

 

A N E X O I

CATEGORIAS
FUNCIONAIS
VAGAS
PREEXISTENTES
VAGAS
ACRESCIDAS
FIXAÇÃO
NUMÉRICA
ARQUEÓLOGO
2
18
20

A N E X O II

CATEGORIA FUNCIONAL: Arqueólogo

1 SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES:
Atividades de supervisão, orientação, planejamento, coordenação e execução especializada referentes às análises, pesquisas e estudos relacionados à área de arqueologia.

2- ATRIBUIÇÕES TÍPICAS:

2.01 – Planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar as atividades de pesquisa arqueológica;
2.02 – Identificar, registrar, prospectar, escavar e proceder ao levantamento de sítios arqueológicos;
2.03 – Executar serviços de análise, classificação, interpretação e informação científica de interesse arqueológico;
2.04 – Identificar o valor científico e cultural de bens de interesse arqueológico, assim como sua autenticidade;
2.05 – Elaborar pareceres relacionados a assuntos de interesse na área de arqueologia;
2.06 – Zelar pelo bom cumprimento da legislação que trata das atividades de arqueologia;
2.07 – Elaborar pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre os assuntos arqueológicos;
2.08 – Divulgar, na forma que a administração fixar, os resultados de seus estudos;
2.09 – Executar quaisquer outros encargos semelhantes pertinentes à categoria funcional.

3- FORMA DE INGRESSO
Aprovação prévia em concurso público de prova ou de provas e títulos.

4- QUALIFICAÇÃO INDISPENSÁVEL
Nível Superior em Arqueologia com diploma devidamente registrado.

5- CARGA HORÁRIA
40 horas semanais

6- ALOCAÇÃO DO RECURSO HUMANO
Restrita a órgãos e entidades, definidos por regulamento, responsáveis por atividades que guardem absoluta correlação com a execução de serviços pertinentes a esta categoria funcional.

CATEGORIA FUNCIONAL: Historiador

1 – SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES:
Atividades de supervisão, orientação, planejamento, coordenação e execução especializada, referentes às análises, pesquisas e estudos relacionadas à compreensão do processo histórico, sobretudo nos aspectos relacionados com a Cidade do Rio de Janeiro.

2 – ATRIBUIÇÕES TÍPICAS:
2.01 – Estudar a evolução política, econômica, social e cultural, sobretudo nos aspectos relacionados com a Cidade do Rio de Janeiro;
2.02 – Promover análises, estudos e pesquisas relacionados à compreensão do processo histórico;
2.03 – Planejar, organizar, implantar e dirigir serviços de pesquisa histórica;
2.04 – Planejar, organizar, implantar e dirigir serviços de documentação e informação histórica;
2.05 – Elaborar critérios de avaliação e seleção de documentos para fins de preservação;
2.06 – Elaborar pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre os assuntos históricos;
2.07 – Assessorar Órgãos e Entidades responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural;
2.08 – Divulgar, na forma que a administração fixar, os resultados de seus estudos;
2.09 – Executar quaisquer outros encargos semelhantes pertinentes à categoria funcional.

3 – FORMA DE INGRESSO
Aprovação prévia em concurso público de prova ou de provas e títulos.

4 – QUALIFICAÇÃO INDISPENSÁVEL
Nível Superior em História com diploma devidamente registrado.

5 – CARGA HORÁRIA
40 horas semanais

6 – ALOCAÇÃO DO RECURSO HUMANO
Restrita a órgãos e entidades, definidos por regulamento, responsáveis por atividades que guardem absoluta correlação com a execução de serviços pertinentes a esta categoria funcional.

CATEGORIA FUNCIONAL: Sociólogo

1 – SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES:
Atividades de supervisão, orientação, planejamento, coordenação e execução especializada referentes às análises, pesquisas e estudos relacionadas à realidade social, com ênfase nos aspectos relacionados com a Cidade do Rio de Janeiro.

2 – ATRIBUIÇÕES TÍPICAS:
2.01 – Elaborar, supervisionar, orientar, coordenar, planejar, programar, implantar, controlar, dirigir, executar, analisar ou avaliar estudos, trabalhos, pesquisas, planos, programas e projetos atinentes à realidade social;
2.02 – Participar da elaboração, supervisão, orientação, coordenação, planejamento, programação, implantação, direção, controle, execução, análise ou avaliação de qualquer estudo, trabalho, pesquisa, plano, programa ou projeto global, regional ou setorial de iniciativa ou responsabilidade do município, atinente à realidade social;
2.03 – Divulgar, na forma que a administração fixar, os resultados de seus estudos e pesquisas;
2.04 – Executar quaisquer outros encargos semelhantes pertinentes à categoria funcional.

3 – FORMA DE INGRESSO
Aprovação prévia em concurso público de prova ou de provas e títulos.

4 – QUALIFICAÇÃO INDISPENSÁVEL
Nível Superior em Sociologia com diploma devidamente registrado.

5 – CARGA HORÁRIA
40 horas semanais

6 – ALOCAÇÃO DO RECURSO HUMANO
Restrita a órgãos e entidades definidos por regulamento, responsáveis por atividades que guardem absoluta correlação com a execução de serviços pertinentes a esta categoria funcional.

09 de novembro de 2015

2016: PT EM S. PAULO E PMDB NO RIO SE DILACERAM! LAZARSFELD ENSINA!

1. Paul Lazarsfeld, fundador dos estudos sobre opinião pública e as pesquisas políticas no final dos anos 20, na Universidade de Columbia, afirmava que uma eleição era como a fotografia (da época). Devia ser entendida e subdividida em pré-campanha e campanha propriamente. Como numa fotografia (da época), a pré-campanha era o momento de se clicar a foto. A campanha era a revelação da foto numa câmara escura. E concluía: sem pré-campanha não há o que revelar na campanha.

2. A pré-campanha começa mais ou menos um ano antes da campanha e ficará até os últimos meses, quando começa a campanha em direção à eleição. Usando o raciocínio de Lazarsfeld, os candidatos devem, um ano antes da eleição, começar a fixar sua imagem, clicar as fotos que vão revelar na campanha. Nos Estados Unidos, esse processo se dá através das eleições primárias que duram meses até a convenção. E daí para frente entra a campanha. Em outros países, como o Brasil, a pré-campanha se constrói pelas performances e exposições dos candidatos. Uma pré-campanha exemplar foi a que Lula apresentou Dilma ao distinto público, a partir do ano anterior às eleições de 2010. Contava com sua própria popularidade para alavancar a pré-campanha e registrar os cliques.

3. No sentido de Lazarsfeld, já estamos na pré-campanha municipal de 2016. Os partidos com a pacificação interna apresentam seus candidatos. Alguns fazem até pré-convenções de lançamento.

4. Nas duas principais cidades brasileiras, S. Paulo e Rio, esse processo já estava iniciado quando ruídos surgiram e aumentaram muito nos partidos no poder: PT em S. Paulo e PMDB no Rio. A ex-prefeita e atual senadora Marta Suplicy, pré-candidata a prefeita de SP, não esperou a crise se aprofundar e o PT afundar com ela, e saltou do barco. A última pesquisa Datafolha justificou sua decisão. A avaliação negativa (ruim+péssimo) do prefeito Haddad subiu para 49%, e sua aprovação (ótimo+bom) desmanchou para 15%. A rejeição ao PT atingiu impensáveis 70%.

5. Ainda em S. Paulo, o PMDB se dilacera entre apoiar Haddad, como defende Chalita de dentro da prefeitura, ou ir com Marta. Naquela mesma pesquisa, o comunicador e deputado Russomano parte bem na frente com uns 35%. Marta e Haddad ficam empatados em uns 14%. Fracionados, o PT e o PMDB seguem na pré-campanha, sem levar em conta Lazarsfeld: o clique, registrando as fotos, carrega imagem negativa de um e outro lado.

6. No Rio, a situação se tornou ainda mais complexa. No sábado, jovens com camisa amarela distribuíam panfletos/folders coloridos de Romário, com slogan lembrando Benedita: da favela ao Congresso. Abordados (mas, afinal, ele não está comprometido com o PMDB?), três jovens deram a mesma resposta: Sim, mas o compromisso era com o candidato que não será mais candidato e, por isso, Romário está livre.

7. O PMDB do Rio se dilacera a partir de Brasília com a ruptura entre seu líder e seu presidente da Câmara. Os bastidores do PMDB vão dizendo que se o candidato do prefeito, Pedro Paulo, não for mais candidato, o líder na Câmara de Deputados, Leonardo Picciani, estará à disposição. E, se for assim, o PT volta a ocupar a posição de vice. Só que aquele ainda é candidato. Enquanto isso, corre por fora Cabral, pacientemente esperando junho para ver como anda a sua avaliação e se volta a ser competitivo. E outros calados, mas ansiosos.

8. Assim como em S. Paulo, os conselhos de Lazarsfeld caem por terra. Os cliques das fotos vão impregnado imagens negativas que quando reveladas em campanha não ajudarão nada, muito pelo contrário. Que rapidamente pacifiquem seus ambientes internos e levem aos cliques da pré-campanha imagens positivas a serem reveladas. Os milhões de publicidade não resolvem essa parada. O eleitor já não acredita em nada dos governos e dos políticos apresentados na TV.

* * *

POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA CRESCEU 567% EM 15 ANOS!

(Drive – Fernando Rodrigues, 06) 1. A população carcerária feminina subiu de 5.601 para 37.380 detentas de 2000 a 2014. Um salto de 567% em 15 anos. A maioria dos casos é por tráfico de drogas, motivo de 68% das prisões. Os dados inéditos são do CNJ.       

2. Mulheres são 6,4% da população carcerária do Brasil, cujo total é de 607 mil detentos. Na comparação com outros países, o Brasil tem a 5ª maior população carcerária feminina do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (205.400 detentas), China (103.766) Rússia (53.304) e Tailândia (44.751).

06 de novembro de 2015

ENTREVISTA DO SOCIÓLOGO (PUC-RJ) LUIZ WERNECK VIANA AO ESTADO DE S. PAULO (03)! PARA ONDE VÃO LULA E O PT! DESTAQUES!

1. ESP: Como o sr. avalia a crise envolvendo Lula e o PT? / LWV: Essa vizinhança das investigações com relação ao ex-presidente Lula é algo muito preocupante. Ele é uma das maiores lideranças políticas do Brasil contemporâneo, criou um partido que é uma presença ainda relevante na nossa história política. Em algum momento esse partido, que tinha uma trajetória feliz, falhou pensando na ampliação da sua projeção. Com isso, trouxe também uma carga negativa, o patrimonialismo (a falta de distinção entre patrimônio público e privado). Essa (investigação) é uma questão política, certamente, embora agora esteja sendo tratada como fato policial. Espero que o ex-presidente tenha um tratamento justo do ponto de vista policial. Do ponto de vista político, no entanto, é inevitável constatar que isso chegou a seu sistema nervoso central (do PT), sua liderança maior partidária. Que sua defesa seja feita fora dos trâmites policiais e passe a ser feita no fórum da política. O PT passou da hora de fazer uma autocrítica. A esta altura, as lideranças mais pesadas não ignoram os elementos de erro que se introduziram. O PT não vai acabar, aliás, não deve acabar, mas deve mudar.

2. ESP: Qual o papel do Lula nessa mudança do PT? / LWV: (Ele) Tem que se defender bem e definir uma linha de ação onde as mudanças fiquem muito presentes no horizonte. Não podem ser palavras ao vento. // ESP: O sr. vê algum sinal de melhora para o PT no cenário até as próximas eleições? / LWV: A economia pode melhorar, soprando a favor do governo. Esse é um ponto, pois pode melhorar sim. Se há melhora na economia, o mundo do trabalho olha com jeito mais favorável para o governo. // ESP: Analistas econômicos acham difícil uma melhora a curto prazo. O sr. acredita então que há exagero nessa avaliação? / LWV: Você vê e lê de tudo aí, não é uma ciência exata. Quando eles estão falando em economia, a linguagem deles está mais orientada para um mundo das expectativas do que para o mundo das coisas efetivamente reais. O que está valendo é a narrativa. A economia real, as coisas sólidas estão andando.

3. ESP: Como o sr. vê informações de que Lula e seu grupo gostariam da troca do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo? / LWV: Aí ele (Lula) está cometendo um equívoco de personalizar as vicissitudes dele mesmo nesse ministro. Mesmo que o Cardozo quisesse, ele não teria como mudar o curso de nenhuma investigação porque essas agências – como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – não vão voltar atrás. Podem até entender uma tentativa de freá-las como sinal para aprofundar mais nas investigações. A Operação Lava Jato vai se diversificando e duvido que agora essa orientação que eles tomaram em direção ao Palácio do Planalto mude de direção.

4. ESP: O sr. avalia que o impeachment pode ocorrer de fato? / LWV: É um risco imenso, pode ser que ele venha. O PT tem seus apoios na sociedade, inclusive de setores organizados dos trabalhadores subalternos da sociedade. Getúlio (Vargas), em 1954, quando se mata, vivia um isolamento político quanto às elites e aos trabalhadores. No dia em que ele se mata, a manchete do jornal Novos Rumos, do Partido Comunista, era pela derrubada de Getúlio. Na madrugada, quando se soube do suicídio, esses jornais foram recolhidos da banca pelos próprios editores porque o suicídio tinha mudado a onda negativa, consensualmente negativa. Mas não é a Dilma que tem isso, é o PT, é o Lula. / ESP: Isso quer dizer que a onda negativa poderia ser revertida se houver impeachment? / LWV: Essa onda negativa pode virar positiva sim.

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ELEIÇÕES GERAIS NA ESPANHA: 20 DE DEZEMBRO DE 2015! MUDA TUDO?

1. Todas as pesquisas mostram o crescimento dos novos partidos que emergiram dos movimentos sociais e políticos nas redes nos últimos 2 anos. O PP e o PSOE, que tradicionalmente somavam 75% dos votos, agora tendem a somar 45% dos votos. Ciudadanos e Podemos, que nas últimas eleições de 2011 não existiam, agora tendem a somar 40%. Pesquisa Metroscopia/El País, 01/11.

2. Seria bom para a Espanha que nas próximas eleições gerais governasse nosso país outro partido que não o PP e o PSOE? SIM 69%. NÃO 23%.

3. Aprovação dos líderes. Rivera do Ciudadanos 54% / Sanchez do PSOE 33% / Iglesias do Podemos 28% / Rajoy do PP e atual chefe de governo 28%.

4. Intenção espontânea de voto: Abstenção 35,4%. PP 15,4%, Ciudadanos 13,9%, PSOE 12,1%, Podemos 10,9%, IU 4,3%, Outros + brancos 8%.

5. Intenção de voto –válidos: PP 23,5%, Ciudadanos 22,5%, PSOE 21%, Podemos 17%, IU 6,3%, Outros + Brancos 9,7%.

6. Projeção das bancadas levando em conta a característica do voto distrital em lista. Total 350 deputados. PP 93 a 100 deputados / PSOE 88 a 98 deputados / Ciudadanos 72 a 84 deputados / Podemos 42 a 46 deputados / IU 5 deputados / Outros partidos 33 a 34 deputados.

7. De qualquer forma o próximo governo espanhol terá que ser de coalizão entre pelo menos 2 partidos. Uma negociação difícil pela característica de cada partido.

8. Conheça a pesquisa completa da Metroscopia.

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PESQUISA REALIZADA PELA JDEMOCRATAS-RIO EM 30/31/01! 450 ENTREVISTAS!

Centro da Tijuca, Largo do Machado e entorno, Calçadão de Bangu.

1. Avaliações: presidenta DILMA: Ótimo+Bom 7,6%, Ruim+Péssimo 68,1% // governador PEZÃO: Ótimo+Bom 10%, Ruim+Péssimo 46% // prefeito Eduardo Paes. Ótimo+Bom 23%, Ruim+Péssimo 45,6%.

2. Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para Prefeito?

CENÁRIO 1: – Pedro Paulo – 3,7% / – Crivella – 9,7% / – Molon – 3% / – Freixo – 14% / – Bolsonaro – 13% / – Otávio Leite – 3,7% / – Romário – 16% / – Índio da Costa – 1% / – Clarissa Garotinho – 5% / – NS/NR – 31%.

CENÁRIO 2: – Pedro Paulo – 2,7% / – Crivella – 7,7% / – Molon – 2% / – Freixo – 13% / – Bolsonaro – 7,7% / – Otávio Leite – 2% / – Romário – 14,3% / – Índio da Costa – 3% / – Clarissa Garotinho – 3,3% / – Cesar Maia – 8% / – NS/NR – 36,3%.

3. Em quem você votaria para Presidente hoje?

CENÁRIO 1: – Dilma Rousseff – 4,7% / – Aécio Neves – 25% / – Marina Silva – 18,3% / – Ciro Gomes – 3% / – NS/NR – 49%.

CENÁRIO 2: – Dilma Rousseff – 5,3% / – Geraldo Alckmin – 21,7% / – Marina Silva – 21,3% / – Ciro Gomes – 2,7% / – NS/NR – 49%

Cesar Maia denuncia concessão cruzada entre Riocentro e Arena

A)  Ex-Blog. a) Trata-se de uma licitação cruzada em que se amplia o prazo de concessão de um equipamento e a compensação em obras é feita em outro equipamento. Não há precedente. Aliás, há um, na ampliação da concessão da Linha Amarela contra obras na Estrada dos Bandeirantes. Ambas dadas pela atual prefeitura. b) Há que se avaliar se um galpão, que é uma estrutura metálica montável, custa isso tudo. c) A modernização da infraestrutura do Riocentro fazia parte da licitação da concessão inicial. E ainda por cima o pagamento do aluguel caiu 20%, de R$ 3 milhões anuais para R$ 2,4 milhões.

B) (Italo Nogueira – Folha de SP, 03) 1. Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada.

2. No “Diário Oficial”, o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões.

3. A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões.

4. (Italo Nogueira – Folha de S. Paulo, 04) O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio. Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano. O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.

C) Incrível. A publicação relativa no Diário Oficial chocou os auditores, procuradores da Prefeitura e do TCM. Um termo de aditamento (Diários Oficiais: 08/09/15 – pag. 34 / 14/09/15 – pag. 40 / 18/09/15 – pag. 45) às concorrências públicas do Riocentro e Arena, nove anos depois?!?! NOVE ANOS DEPOIS!!!!!!

05 de novembro de 2015

2018 NA ORDEM DO DIA! FHC X LULA! THE BRAZILIAN SNIPER!

1. Lula reuniu o PT, de terno e gravata, tenso e suando e afirmou: “Não estou morto”. Aliás, em princípio, nenhuma liderança política está morta em vida. Sempre é bom lembrar a máxima de Churchill, lembrando Clausewitz (‘guerra é a política por outros meios’): Há uma enorme diferença entre Guerra e Política. Na Guerra se morre apenas uma vez; na Política várias vezes. Churchill se lembrava da Batalha dos Dardanelos (1915-1916), na Primeira Guerra Mundial, em que liderou a mítica esquadra britânica ao desastre e foi dado como morto politicamente.

2. Na última pesquisa Ibope Lula liderou a rejeição generalizada. 55% afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum (Serra 54%, Alckmin 52%, Ciro Gomes, 52%, Marina 50% e Aécio Neves 47%). Mas –nessa mesma pesquisa- o reverso da medalha mostra que 23% certamente votariam em Lula (Aécio em segundo lugar com 15%).

3. Esses 23% estão no patamar de 25% dos líderes populares quando estão em baixa. É, por exemplo, o de Cristina Kirchner neste momento. Na Argentina, os politólogos dizem que são os contemplados pelos programas de renda e subsídio de Cristina. No Brasil não é diferente. Tanto é assim que as pesquisas de intenção de voto publicadas nos últimos dias mostram uma diferença pequena entre Lula e Aécio no nordeste, onde a proporção dos atendidos pelos programas –ditos- inclusivos é maior.

4. Os mais afoitos apontam seus fuzis apenas à Dilma, atirando com balas de impeachment de curto alcance. Os mais experientes e talentosos olham para 2018, já que esta data, com ou sem impeachment, é inexorável. Avaliam que o PT não vai entregar o poder graciosamente. E que seu único recurso é Lula. Alguns (dizem que Lula) torcem para Dilma pedir licença e, assim, com Temer na presidência, o PT usar as suas armas de maior potência: ser oposição. E se tiver mais de 2 anos nessa posição e com a crise afundando ainda mais, Lula surge como defensor dos fracos e oprimidos que estariam sendo castigados pelas medidas neoliberais.

5. Entre os afoitos da oposição certamente não está Fernando Henrique Cardoso. Muitos analistas acham que sua presença diária em palestras, entrevistas e, claro, na mídia, analisando a crise, tem dois focos. O primeiro seria dar a sua contribuição ao país, por seu talento e experiência. O segundo seria dar os acabamentos que faltavam a seu testamento político. Pode ser!

6. Mas uma passagem com drone por cima de seus pronunciamentos e textos mostra que há sempre um ponto brilhante na sua mira de ‘brazilian sniper’: Lula. E faz questão de separá-lo de Dilma, seja pela responsabilidade pela crise, seja no aspecto moral. Essa é sempre a mira de seu fuzil de precisão de sua mira ótica, telescópica.

7. FHC pode estar preocupado com a conjuntura. Certamente está. Mas na linguagem maoísta se poderia dizer que essa é a contradição secundária. A contradição principal é a eleição presidencial de 2018. Lula não pode chegar lá com fôlego. Como dizia Churchill, na política se morre mais de uma vez, e ele terminou primeiro-ministro e principal líder na Segunda Guerra Mundial, 25 anos depois.

8. Por isso, FHC, sniper político e intelectual, não perde ocasião para ajustar a mira em Lula, buscando fragilizá-lo suficientemente para 2018.

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IBOPE E LULA!

(Natuza Nery, editora do ‘Painel’ – Folha de SP, 01) 1. Dilma x Lula: Pesquisa do Ibope Inteligência, feita em outubro, mostra que, para 57% dos brasileiros, a razão da crise econômica é o fato de a presidente Dilma Rousseff ter adotado uma forma de governo diferente da do ex-presidente Lula. Lula lá: Para 38% da população, o Brasil estaria em situação melhor se administrado por Lula. Já entre aqueles com ensino superior, 47% afirmam que a crise é consequência de Dilma ter continuado a forma de governo do antecessor.’

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VENEZUELA É O CORREDOR PARA METADE DA COCAÍNA DA COLÔMBIA!

(EFE/AFP/Estado de SP, 04) 1. O subsecretário de Estado dos EUA para o combate ao narcotráfico, William Brownfield, disse ontem ao jornal colombiano El Tiempo que mais da metade da produção de cocaína do país passa pela Venezuela. Segundo ele, narcotraficantes que operam no norte da América do Sul acreditam que a rota é a mais barata e eficiente. “Calcula-se que a grande parte da produção de droga colombiana passa pela Venezuela”, disse Brownfield. “Por alguma razão, o narcotráfico decidiu que essa rota era a melhor. Precisamos melhorar a colaboração (com a Venezuela).

2. Ainda de acordo com o diplomata americano, o cultivo de coca – a matéria-prima da cocaína – subiu nos últimos dois anos. “Estamos vendo um aumento no cultivo e na produção de cocaína aqui na Colômbia novamente”, disse Brownfield, que ainda se mostrou otimista com o impacto que as negociações de paz entre o governo colombiano e as Farc devem ter na redução do narcotráfico no país. “Quando se fala de narcotráfico, as Farc estão no grupo dos dez, talvez dos cinco maiores grupos do mundo”, acrescentou o funcionário do departamento de Estado. Importações.

04 de novembro de 2015

EX-BLOG ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE FRAUDES EM ELEIÇÕES E VOTO ELETRÔNICO!

1. Ex-Blog: Neste mês de novembro cumprem 33 anos da fraude na eleição de 1982 contra Brizola, conhecida como o caso Proconsult. Você era o responsável pela apuração do PDT, que descobriu a fraude. Lembre alguns detalhes. / CM: A tendência do PDT era copiar os mapas nas mesas e depois somá-los. Minha opinião era de que deveríamos contar eletronicamente com os próprios mapas originais. Dois dias antes da eleição fui acionado pelo Cibilis, a comando do Brizola, para implantar o sistema que havia desenvolvido, embora muito mais caro. Um artigo, acho que do Elio Gaspari no Jornal do Brasil, naquela semana, informou que se preparava uma fraude. / Ex-Blog: Foi montado um sistema sofisticado? / CM: O único problema era recolher todos os mapas, já que o TRE só aceitava os mapas originais. Com a centralidade e o respeito a Brizola, foi dada essa voz de comando e os mapas foram chegando. Eu recebia numa sala no Centro. Mas os mapas eram ordenados e digitados numa sala em Botafogo e processados num CPD em Ipanema. Não tinha erro, era questão de tempo.

2. Ex-Blog: E como o problema se tornou público? / CM: Nossa apuração não batia com os números processados pela Proconsult. Brizola reuniu a imprensa internacional e denunciou. Eu fui procurado pelo analista da Proconsult com uma fórmula que ele chamava de Diferencial Delta. Como o voto era vinculado e os eleitores de Brizola de menor nível de instrução, essa fórmula supunha que uma porcentagem dos eleitores errariam e teriam seus votos anulados. Uns 3% a 5%. Na prática, a Proconsult transferia essas porcentagens dos votos do Brizola para votos nulos. A imprensa que cobriu os fatos divulgou nosso acompanhamento. A rádio JB (Mineiro e Cotta) fazia sua apuração paralela e comprovava a fraude, mas a partir de um certo ponto não tinham mais como continuar e me informaram que agora era só conosco.

3. Ex-Blog:  O que fez o TRE? / CM: Convocou o PDT (Cibilis e eu) e a Proconsult. Perguntou o que deveria ser feito. Eu disse que era simples. Tínhamos todos os mapas originais e, portanto, a Proconsult deveria recomeçar a contagem e publicar mapas (urna por urna) que seria comparado com os nossos mapas urna por urna.  Eu ouvi uma voz, que vinha do grupo da Proconsult: “Acabou, acabou”. A partir daí, os dados eram divulgados com a nossa auditoria e de acordo. Acabou a fraude. Brizola venceu.

4. Ex-Blog: É fato que na eleição de Erundina à Prefeitura de S. Paulo, Brizola o chamou e mandou ir a S. Paulo orientar a apuração? / CM: É verdade e me apresentei ao Genoíno. O PT estava cometendo o mesmo erro do PDT em 1982 antes de eu ser chamado. Uma bateria de microcomputadores e telefones. Os mapas seriam cantados e registrados pelos digitadores. Eu mostrei que era um erro, pois se houvesse fraude não haveria como comprovar. E que a máquina do PT tinha que recolher um a um todos os mapas originais e trazer para uma central. E que para não haver o mesmo constrangimento do Rio, eu deveria conversar com o Juiz da Apuração. Genoíno me levou lá e eu expliquei que era tudo muito simples. Teríamos todos os mapas originais garantidos pela centralidade do PT e mesmo que a digitação levasse um mês teríamos os resultados reais prontos para serem comprovados publicamente. Isso foi divulgado para todos, especialmente para a campanha de Maluf.

5. Ex-Blog: Como eles reagiram? / CM: No dia seguinte, pela manhã, fui convidado à uma entrevista na Band. A apuração paralela das mídias não funcionou. Da entrevista participava o coordenador da campanha de Maluf.  Ele se aproximou de mim e disse um tanto cinicamente: “Você salvou a eleição da Erundina”. À noite, Erundina me convidou para acompanhá-la no programa do Jô Soares. Sentamos juntos na poltrona do entrevistado. Ela fez um agradecimento público. No final, ela, Jô e eu ficamos em pé e dançamos uma marchinha de carnaval. / Ex-Blog: E o caso da eleição de Jânio em 1985? / CM: Na tarde da apuração da eleição de Erundina, acho que na TV Cultura, eu estranhei o silêncio da mídia durante a apuração e especulei com a eleição de Jânio. Os votos em Branco somaram apenas 0,9%. A diferença foi de 141 mil votos para Jânio, ou 3%. Bastaria uma transferência de 3% no processamento dos mapas. Mesmo os votos nulos ficaram abaixo do que seria normal numa eleição de papel: 3,68%. Apenas especulei, já que não havia como provar sem os mapas e 3 anos depois.

6. Ex-Blog: O que você acha do voto eletrônico? / CM: Fundamental. Comparando no Rio com as eleições anteriores se pode mensurar o tamanho da fraude em papel na hora de repassar aos mapas ou na hora de digitar os mapas. Dias atrás eu estive como observador nas eleições argentinas. Dois estados, Salta e DF (cidade de Buenos Aires), haviam testado e introduzido o voto eletrônico. Desenvolveram sistemas preventivos contra qualquer problema no processamento eletrônico, incluindo a emissão do voto, que foi vetada agora pela Dilma pelas mudanças que exigiria. Valeria a pena conhecer o sistema de Salta, até mais que Buenos Aires. Poderia servir para eliminar qualquer dúvida sobre problemas de processamento. Nosso voto eletrônico foi um enorme avanço. Mas a tecnologia sempre permite mais segurança, inclusive eliminando dúvidas dos partidos, como ocorreu antes com o PDT e agora em 2014 com o PSDB, que, no final, não pode provar nada.

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PREFEITURA DO RIO INVENTA CONCESSÃO CRUZADA DA ARENA COM RIOCENTRO E AMPLIA CONCESSÃO DA ARENA DE 9 ANOS, QUE VENCIA EM MARÇO DE 2016, PARA MAIS 30 ANOS, EM 2046!

A)  Ex-Blog. a) Trata-se de uma licitação cruzada em que se amplia o prazo de concessão de um equipamento e a compensação em obras é feita em outro equipamento. Não há precedente. Aliás, há um, na ampliação da concessão da Linha Amarela contra obras na Estrada dos Bandeirantes. Ambas dadas pela atual prefeitura. b) Há que se avaliar se um galpão, que é uma estrutura metálica montável, custa isso tudo. c) A modernização da infraestrutura do Riocentro fazia parte da licitação da concessão inicial. E ainda por cima o pagamento do aluguel caiu 20%, de R$ 3 milhões anuais para R$ 2,4 milhões.

B) (Italo Nogueira – Folha de SP, 03) 1. Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada.

2. No “Diário Oficial”, o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões.

3. A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões.

4. (Italo Nogueira – Folha de S. Paulo, 04) O acordo fechado sem licitação para a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede do boxe para a Olimpíada de 2016, fez com que a Prefeitura do Rio desvalorizasse em 20% a outorga cobrada pela Arena do Rio. Ao aceitar custear os investimentos de R$ 72 milhões no Riocentro e na própria Arena, a empresa francesa GL events conseguiu estender por mais 30 anos a concessão do espaço. Uma média de R$ 2,4 milhões por ano. O contrato assinado em 2007 e que vigora até 2016 prevê o pagamento total, com parcelas mensais, de R$ 27 milhões. Uma média de R$ 3 milhões por ano.

C) Incrível. A publicação relativa no Diário Oficial chocou os auditores, procuradores da Prefeitura e do TCM. Um termo de aditamento (Diários Oficiais: 08/09/15 – pag. 34 / 14/09/15 – pag. 40 / 18/09/15 – pag. 45) às concorrências públicas do Riocentro e Arena, nove anos depois?!?! NOVE ANOS DEPOIS!!!!!!

03 de novembro de 2015

PMDB: “UMA PONTE PARA O FUTURO”… PÓS-IMPEACHMENT!

1. O debate público sobre o impeachment da presidente Dilma, no calor da sua impopularidade e de uma clara maioria na Câmara de Deputados liderada pelo presidente da casa, foi sendo arrefecido entre empresários e economistas, com a interrogação: Michel Temer, com seu PMDB, será mesmo uma alternativa? As respostas entre aqueles foi se tornando consensual: Não vale a pena o risco. Melhor deixar como está para ver como fica.

2. Nesse quadro, Dilma, mesmo se desgastando com Lula, com o PT e com a CUT, reforçou o ministro Joaquim Levy. A presença garantida de Levy, por Dilma, ajudava àquela resposta: Bem, pelo menos temos um dos nossos no governo e a garantia de paz sindical. Nesse sentido, Lula passava a ser o agente maior da desestabilização de Dilma ao desestabilizar Levy. Ingênuo ele não é. Pego em flagrante, reuniu o PT e pediu silêncio a respeito.

3. De repente, dia 29 de outubro, o PMDB apresenta seu programa alternativo: “Uma Ponte para o Futuro”. No palco, o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

4. O programa alternativo é a transcrição do que empresários e economistas liberais vinham propondo para a economia brasileira: literalmente. Os pontos: uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, volta ao regime de concessões no petróleo, liberdade comercial ignorando o Mercosul, ampliar a idade mínima de aposentadoria, acabar com as vinculações constitucionais incluindo educação e saúde, fim de todas as indexações, incluindo benefícios previdenciários e salários, permitir que convenções coletivas de trabalho prevaleçam sobre as normais legais, reduzir o número de impostos, racionalizar (flexibilizar) os licenciamentos ambientais… E por aí vai.

5. É claro que um programa como esse não tem a mínima chance de tramitar no Congresso com Dilma na presidência, Lula, CUT e PT na garupa. Haveria a necessidade de um governo novo, carregado de expectativas que, na lógica de Maquiavel, assumiria e faria tudo isso de uma vez, num pacotão para tramitar em regime de urgência, “carregado de esperança e legitimidade”. Não foi assim que Collor fez?

6. Dessa forma, o real, verdadeiro e único objetivo da “Ponte” é atravessar o rubicão da crise e da impopularidade de Dilma e alcançar o outro lado do poder. Esse é o “Futuro” que leva a “Ponte”.

7. Com a confiança do empresariado e de economistas liberais, exponenciado pela mídia que abraçou o programa do PMDB, é desmontado o argumento que ruim com Dilma, pior com Temer.  Sem a confiança de Lula, do PT e da CUT, sem o lastro parlamentar do PMDB, o que restaria à Dilma? Ser tragada pela crise? Aceitar pedir licença por razões de saúde? Ou ser atropelada por um impeachment e ficar bradando contra o golpe?

8. O ‘Panorama visto’ da “Ponte” é que não haverá nenhuma pressa para que as medidas de ‘ajuste fiscal’ caminhem em 2015. E que deixem que a crise se aprofunde e asfixie Dilma, que teria deixado de ser solução.

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ENTREVISTA DO COMANDANTE DO EXÉRCITO GEN. EDUARDO VILLAS BOAS AO ESTADO DE S.PAULO (02): DESTAQUES!

1. ESP: O sr. falou do risco de uma crise política atual se transformar em crise social, que isso preocupa e diz respeito às Forças Armadas. / GEN. EVB: O Exército passou 14 meses na Favela da Maré, no Rio, porque havia risco de crise social. Nos preocupa sim porque se a crise econômica prossegue, o desemprego e a falta de perspectiva aumentam e é natural que isso acabe se transformando em um problema social. E problema social que se agrava, se transforma em violência, passa a nos dizer respeito diretamente. Esse é o papel constitucional do Exército. Nosso papel é manter a estabilidade e qualquer coisa que venha eventualmente a quebrar essa estabilidade preocupa. / ESP: Mas isso não tem nada a ver com intervenção política? / GEN. EVB: Absolutamente. Não tem. E é bom que fique claro isso. O Brasil é um País com instituições sólidas e amadurecidas, que estão cumprindo seus papéis.

2. ESP: Há uma crise ética no País? / GEN. EVB: Há uma crise ética no País. Inclusive, está muito mais comum do que se pensa as pessoas pedirem que o Exército tome providências para solucionar a crise. Elas estão demandando, na verdade, os valores que as Forças Armadas representam e a sociedade está carente. Sem a restauração desses valores é difícil que o Brasil recupere trajetória de evolução, do progresso e do desenvolvimento. / ESP: A chegada do PT ao poder tem que responsabilidade nisso? / GEN. EVB: Não, absolutamente. Isso já vem de algum tempo. Essa crise ética da sociedade brasileira é um processo que não se instaura de um momento para o outro. Nem mesmo a autoridade da professora na sala de aula está sendo mais reconhecida.

3. ESP: O sr. concorda que a corrupção está instalada no Brasil? / GEN. EVB: Concordo. Mas eu diria que esse é um estado de coisas que nós vivemos. Durante a Operação Pipa, no Nordeste, 60% dos 6.800 caminhoneiros que trabalham na distribuição de água tentaram algum tipo de fraude. Não se trata de estigmatizar os caminhoneiros. Eles fazem parte da sociedade brasileira. São práticas que se tornaram comuns na sociedade e isso é a base de uma pirâmide. A medida que vai subindo, vai se potencializando.

4. ESP: Os cortes de gastos vão trazer problemas para as fronteiras? / GEN. EVB: Já temos problemas nas fronteiras. Apesar de todo o esforço e sacrifício de nosso pessoal, temos dificuldades para cumprir nossas missões. O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), por exemplo, já está ameaçado. A previsão original era de instalação em dez anos, de 2012 a 2022. Com os seguidos cortes, a conclusão foi adiada para 2035 e, agora, não ficará pronto antes de 2065. Ou seja, todas as tecnologias desenvolvidas de agora já estarão obsoletas. / ESP: Os nossos armamentos como os fuzis estão obsoletos? / GEN. EVB: Usamos ainda o fuzil FAL da década de 1960, que já está se tornando obsoleto. A Imbel desenvolveu o fuzil IA2, que está sendo usado pelas tropas brasileiras no Haiti. Mas ele está sendo produzido num ritmo muito menor do que seria necessário. Precisamos substituir os 226 mil fuzis. Mas só estamos comprando mil deles por ano. Também está faltando munição e isso deixa o adestramento prejudicado. / ESP: Isso quer dizer que caso precise haver emprego da Força, nós poderemos ter problemas? / GEN. EVB: Poderemos.

30 de outubro de 2015

A PIRÂMIDE SOCIAL INVERTIDA DA CRISE BRASILEIRA!

1. As crises econômicas tradicionais começavam sempre atingindo os setores mais vulneráveis, os de menor renda, os que não contavam com redes de proteção social, etc. E ia subindo progressivamente, ultrapassando o tempo do seguro desemprego, afetando os trabalhadores, antes com carteira assinada.

2. Depois subia para os setores médios de classe média baixa e média, dada margem de segurança pela poupança que tinham acumulado. E assim progressivamente, até atingir a classe média alta, as empresas e empresários pela extensão e aprofundamento da crise.

3. Na atual crise brasileira, essa pirâmide está quase invertida. Atingiu a classe média antes da classe trabalhadora. E atingiu de três maneiras. A classe média foi atingida pelo desemprego e foi além da poupança que acumulou, voltou ao mercado de trabalho, agora muito mais restrito. As inadimplências, bancária e imobiliária, avançaram com velocidade.

4. Quando conseguiu espaço novo no mercado, teve que aceitar remuneração menor que a anterior, afetando a qualidade de vida de sua família. Essa rotatividade descendente -em que o novo emprego é de menor remuneração que o anterior- ainda vem agravada pela redução absoluta dos empregos com carteira assinada. E, como seria de se esperar, a informalidade cresceu e está atingindo o patamar dos 50%.

5. Dois fatos são novos nas crises brasileiras. O primeiro é o fato da crise só estar atingindo os segmentos de menor renda após os demais. Isso se explica pela rede de proteção social construída nos últimos anos, com destaque para os programas de renda mínima e transferências de renda e as “flexibilidades” adotadas em relação ao seguro desemprego e aposentadoria.

6. O segundo é a crise ter começado -e de forma intensa- pelo andar de cima. No centro desse processo dois vetores principais: a) a crise que atingiu a Petrobras fulminou seu entorno de grandes empresas da área de infraestrutura. b) a irresponsabilidade fiscal nas eleições de 2014 não foi exclusividade do governo federal. A crise fiscal -e de endividamento- é de amplo alcance entre Estados e Municípios – com as situações dramáticas do Rio Grande do Sul e do Estado do Rio de Janeiro.

7. No caso do Estado do Rio de Janeiro, a queda vertical dos preços do barril do petróleo -de mais de 50%- atingiu duramente os municípios dependentes dos royalties do petróleo – especialmente do Norte e da Região dos Lagos e, claro, o próprio Estado do Rio.

8. Esse é o fato novo: a crise afetar primeiro e de forma mais que proporcional o andar de cima e as finanças públicas; e como nunca. Fato novo e com ampla repercussão política pela capacidade de vocalização desses segmentos.

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ONDA AZUL TAMBÉM NO CHILE: REJEIÇÃO A BACHELET CHEGA A 57%!

(Estado de SP, 29) O descontentamento dos chilenos com a gestão da presidente Michele Bachelet atingiu 57%, enquanto a aprovação se manteve em 36% em outubro, de acordo com uma pesquisa divulgada ontem. A oposição conservadora ganhou espaço. Para a consultoria responsável, os números expressam uma crise política. Entretanto, a porcentagem dos que acham que o país progrediu subiu cinco pontos, passando para 23%. A pesquisa teve a participação de 1,2 mil pessoas e tem uma margem de erro de 3%.

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AUDIÊNCIA DAS TVs: 28/10 À NOITE!

(Kogut – G1, 29) 1. Na quarta-feira, 28, “Além do tempo”, “I love Paraisópolis” e “A regra do jogo” obtiveram a mesma média no Rio: 25 pontos. Em São Paulo, as novelas das 18h e das 21h marcaram 23. A história das 19h alcançou 25. A partida Santos x São Paulo repetiu recorde de audiência da Copa do Brasil com 24 pontos em São Paulo. No Rio, Palmeiras x Fluminense cravou 23. Na Record, “Os Dez Mandamentos”, no ar das 20h34m às 21h41m, liderou com 24 pontos. Na faixa, a Globo teve 23. Em São Paulo, a novela registrou 21 contra 23 da Globo.

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8,8 MILHÕES DE DESOCUPADOS!

(G1, 29) 1. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A população desocupada cresceu 7,9% em relação ao trimestre de março a maio e chegou a 8,8 milhões de pessoas. Já em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o aumento foi ainda maior, de 29,6%. O número de empregados com carteira assinada caiu 1,2% sobre o período de março a maior e 3% diante do período de junho a agosto de 2014.

2. “Podem ser pessoas mais velhas ou podem ser estudantes. O mercado teve queda de mais de um milhão de empregos com carteira assinada em um ano, isso é perda de estabilidade. Acaba gerando busca por estabilidade, o que faz com que pessoas sigam para mercado de trabalho que não está contratando, pelo contrário”, completou.

3. Estão ocorrendo mudanças na estrutura do mercado. A carteira de trabalho reduz fortemente. Quando uma pessoa perde emprego com carteira, isso leva com que no domicílio a pessoa [que antes não estava procurando emprego] procure compor a estabilidade perdida. Como o mercado não está contratando, há uma pressão forte, e essa pressão faz com que esse crescimento expressivo, de ter um aumento nunca antes visto na série histórica da pesquisa.   

Projeto de Cesar Maia concede o título de cidadão benemérito a Fernando Ferreira Botelho

CONCEDE O TÍTULO DE CIDADÃO BENEMÉRITO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO A FERNANDO FERREIRA BOTELHO (FERNANDINHO)

Autor(es): VEREADOR CESAR MAIA

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

D E C R E T A :

Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Benemérito do Município do Rio de Janeiro a FERNANDO FERREIRA BOTELHO, ex-futebolista.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Plenário Teotônio Villela, 29 de outubro de 2015.

Vereador CESAR MAIA
Líder do Democratas

JUSTIFICATIVA

No próximo dia 31 de outubro, se completarão 100 anos que o Clube de Regatas do Flamengo disputou seu primeiro jogo no estádio da Rua Paissandu, sede dos esportes terrestres do clube (principalmente futebol, basquete e atletismo) entre 1915 e 1932.

No dia de estreia nesse estádio, o Flamengo conquistou o título do Campeonato Carioca de 1915, goleando o Bangu por 5×1. Na realidade, o título de 1915 representou o bicampeonato, pois também foi conquistado pelo Clube o título de 1914.

Também foi o primeiro título invicto da história do Flamengo. No estádio da Rua Paissandu, o Flamengo conquistou 5 dos 33 títulos do Campeonato Carioca que possui.

Há toda uma história ocorrida naquela localidade da Rua Paissandu, praticamente desconhecida.

O último goleiro que atuou pelo Flamengo nesse estádio foi Fernandinho (Fernando Ferreira Botelho), primeiro goleiro profisisonal do Clube, que até hoje se encontra lúcido, aos 102 anos.

A história de Fernandinho no Rubro-Negro é longa e nunca teve fim. O ídolo acompanha o Flamengo desde criança, jogou nas categorias de base e é conselheiro vitalício do clube. O arqueiro defendeu a equipe entre 1930 e 1934.

Antes disso, o esportista amador jogava de graça pelo clube. Fernandinho era o goleiro do Flamengo no que foi a primeira excursão do clube para fora do Brasil, para o Uruguai. Com problemas no joelho, sua carreira teve final prematuro, quando o atleta tinha apenas 21 anos de idade, mas ostenta a melhor média de gols sofridos em Fla-Flus, na história do clássico, confronto em que se manteve invicto por toda sua carreira.

Pela relevância de Fernandinho para a história do Flamengo, pelo centenário da primeira partida do Flamengo na Rua Paissandu e pelo importância do Clube de Regatas do Flamengo para a Cidade do Rio de Janeiro, peço a esta Casa de Leis que analise e aprove o Título de Cidadão Benemérito em questão

29 de outubro de 2015

QUAIS AS RAZÕES DA ASCENSÃO MUNDIAL DA DIREITA?

1. O processo de globalização não é privativo da economia. Da mesma forma, a cultura. E, claro, da mesma forma, a política. O mercado de marketing político comprova isso. As experiências adquiridas por publicitários em campanhas eleitorais num país são contratadas por candidatos de outros países. Na América Latina isso é geral. Na Europa, essa mobilidade também é ampla, mas com as naturais restrições de língua.

2. Nos últimos dias, candidatos de direita e centro-direita venceram as eleições em Portugal, Polônia, Guatemala e em Bogotá. Na Argentina, a votação de Macri surpreendeu até mesmo a sua campanha e parte para o segundo turno como favorito. A extensão desses fatos e a diversidade das situações e tantos outros casos nos últimos anos permite pensar que se trata de uma ascensão globalizada da direita nas expectativas do eleitorado.

3. Um fator comum a todos esses casos foi a corrupção política. O vencedor do segundo turno na Guatemala –um comunicador de TV- com seus 70% de votos, contra a candidata da esquerda, usou o slogan: “Nem ladrão, Nem Corrupto”. E “a política pode ser feita sem corrupção.”  Em Portugal e Guatemala os anteriores chefes de governo foram presos por corrupção. Em Bogotá, o ex-prefeito de esquerda foi afastado por irregularidades. Na Polônia, os dois primeiros lugares foram dos partidos de direita e centro-direita.

4. Na Argentina, os escândalos que envolveram o governo de Cristina Kirchner foram o tema eleitoral. A economia em crise profunda, com inflação de 30%, PIB estagnado, Banco Central sem reservas, dólar paralelo quase 80% maior que o oficial, inacreditavelmente, não foi tema de campanha. Taxistas em Buenos Aires repetiam: não queremos um governo como esse de Dilma, aqui. O foco era a corrupção.

5. Um corte nos temas que levaram os eleitores a optar pela direita e não pela esquerda foi a corrupção política. Mas nesses anos todos para trás, os escândalos afetaram os políticos de direita e os governos de direita. Então por que a direita política surge como uma alternativa? A resposta pode ser encontrada em conversas coloquiais com as pessoas nas ruas, nas praças e em reuniões.

6. A percepção é que a corrupção na direita é de responsabilidade individual de políticos. Talvez pela inorganicidade dos partidos brasileiros mais à direita, o foco se dirige às pessoas dos políticos. No caso da esquerda nos governos, é como se fosse uma corrupção orgânica das direções partidárias e não apenas de um ou outro político ou dirigente. E os fatos ajudam a reforçar esta percepção. O Brasil é um exemplo, destacado entre outros.

7. Os destaques na imprensa reforçam isso: o PT faz parte das manchetes continuamente. Os demais partidos surgem nas manchetes, mas o foco é individual nos políticos e não no coletivo. As redes sociais comprovam e reforçam esta percepção. Vídeos e memes não só destacam políticos do PT, assim como o próprio PT, como o personagem principal.

8. Quando Dilma, no precipício da crise econômica e moral, chama um economista de direita, ajuda a reforçar esta percepção. O PT –e sua estrela- em todas as mobilizações e campanhas eleitorais sempre destacou a sua marca. Esse foi um multiplicador positivo na oposição. Agora, no governo, com os escândalos envolvendo ex-presidentes e tesoureiros, ministros, líderes do PT, a percepção da corrupção partidária passou a ser um multiplicador negativo.

9. E, pelo menos em 2016, não haverá tempo para reversão dessa percepção. E não é da natureza do PT esconder a sigla atrás do número. Até pode ser feito numa cidade menor. Mas nas maiores, especialmente com cobertura da TV, é impossível, pois o foco maior do PT e Lula é 2018. No Rio querem coligar com o PMDB. Assim escondem o partido e deixam o campo livre para seus candidatos a Vereador. Isso ocorrerá em outras cidades maiores.

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“BRASIL CAI CINCO POSIÇÕES EM RANKING DE AMBIENTE DE NEGÓCIOS”!

(Folha de SP, 28) O Brasil manteve uma colocação ruim no ranking anual do Banco Mundial sobre ambiente de negócios, divulgado nesta terça (27), ficando em 116º lugar. O levantamento engloba 189 países. Na pesquisa do ano anterior o Brasil passou para o 111º lugar.

28 de outubro de 2015

CRISE DE QUATRO LADOS MOSTRA QUE POÇO AINDA NÃO TEM FUNDO!

1. A cada dia a crise brasileira se aprofunda e se torna mais complexa. Uma crise de 4 lados – Política, Econômica, Social e Moral. A crise política se traduz hoje em impasse no Congresso, com a denúncia em relação ao presidente da Câmara. E deve ser agravar muito mais com a introdução de novos nomes de parlamentares em função de delações premiadas adicionais, cruzadas e apoiadas no alcance externo das investigações.

2. Se não bastasse, a investigação sobre o filho de Lula, com busca e apreensão em suas empresas, azedou definitivamente as relações Lula-Dilma que, supostamente, têm dado sustentação ao ministro da justiça, teoricamente responsável pelas ações da Polícia Federal.

3. A crise econômica, além da queda do PIB em 2015 de 2% ou mais, já projeta queda do PIB em 2016 em algo como 1,5%. O crescimento da dívida pública, acelerado pelo aumento do dólar, antecipa a relação Dívida/PIB para o nível de 70%, marcando uma tendência ascendente. A indústria enfrenta a crise mais grave desde sempre. O ajuste fiscal, hoje, na prática e dentro de 2016, se resume a manter os vetos presidenciais em matérias que aumentam despesas e ao repatriamento de recursos.

4. A crise social avança através do desemprego crescente. Dos 5% de 2015, já passa dos 8%, e a curva do desemprego aponta para 10% ou mais no início de 2016. O IBGE, semana passada, divulgou o corte do desemprego entre os jovens entre 18 e 24 anos. Dos 12% com que abriu 2015, hoje se encontra em mais de 18%. E há uma precarização adicional do mercado de trabalho com a queda dos empregos com carteira assina e ampliação da informalidade.

5. A questão moral vem sendo aprofundada através da operação Lava-Jato, com novas delações premiadas. A operação Zelotes abriu um novo leque de delações e denúncias. Quem tinha dúvidas que não havia limitação nas investigações do judiciário, do ministério público e da polícia federal, agora não tem mais. Vale para todos os andares do edifício social.

6. A convergência das 4 crises, com aprofundamento simultâneo delas, está tendo um efeito geométrico na intensidade da crise geral.  A cada dia fica mais claro que há uma necessidade extrema de um acordo político nacional. Imaginar que possa ocorrer com Dilma é ilusão apenas.

7. Se o presidente da Câmara aceitar o pedido de impeachment em função de fatos novos, como pedaladas em 2015, o tema que Dilma imaginava superado retorna com toda a força em função da necessária tramitação através de etapas até chegar ao plenário. Dessa forma, conviver-se-ia com um encalhamento político.

8. Diz a tradição política que, no limite, a crise política se resolve por ela mesma, de uma ou outra forma, com ou sem Dilma. Aguardemos.

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LULA X DILMA: TERCEIRO ROUND!

(Painel – Folha de SP, 28) 1. No encontro com lideranças do MST, no sábado, em São Paulo, o ex-presidente Lula disse que cobraria de sua sucessora que cumpra o compromisso assumido de assentar 120 mil famílias até o final de seu mandato.  Lula disse que o movimento precisa “lutar e pressionar” para que o governo avance e ultrapasse a tímida marca de 12 mil famílias assentadas até agora.

2. Siga o mestre. Nesta terça, portanto três dias depois do encontro, cerca de 1.000 militantes do MST ocuparam a sede do Incra, em Brasília, para cobrar a promessa da presidente Dilma Rousseff.

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PIB DE 2013 SÓ SERÁ ALCANÇADO EM 2019!

(Folha de SP, 28) Recessão prevista para 2015 e 2016 vai reduzir o tamanho da economia brasileira. A recessão brasileira vai ser tão intensa nos próximos anos que o tamanho do PIB do País só vai voltar ao patamar de 2013 em setembro de 2019. O cálculo é do economista da NeoValue Investimentos Alexandre Cabral. De acordo com ele, o tamanho da economia brasileira em 2013 era de R$ 5,513 trilhões, valor que só será alcançado em setembro de 2019. Cabral usa como base as projeções do relatório Focus, do Banco Central, para fazer a sua projeção. Segundo o boletim, os analistas esperam uma recessão de 3,02% para este ano, e de 1,43% em 2016.

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NA ÁREA PORTUÁRIA E NO SAMBÓDROMO, PRÉDIOS LANÇADOS COM GRANDE DESTAQUE “ESTÃO ÀS MOSCAS”!

(Folha de SP, 25) 1. Com obras concluídas há seis meses na região central do Rio, ao lado do Sambódromo, o edifício EcoSapucaí chama atenção pela arquitetura de Oscar Niemeyer, uma fachada de 22 mil metros quadrados de vidros, e pela a absoluta falta de inquilinos. A cinco quilômetros dali, o Port Corporate Tower, primeiro da revitalização da região portuária, foi inaugurado há quase um ano, mas só tem um ocupante: a Tishman Speyer, a proprietária do empreendimento. O edifício custou cerca de R$ 280 milhões. Os projetos fazem parte de uma leva de prédios corporativos -ramo chamado de lajes, em que empresas alugam até andares inteiros- lançados no início desta década, no embalo da revitalização das regiões para a Olimpíada. Os prédios estão às moscas.

2. A zona portuária tem 22,05% de espaços em vacância (vazios), perto da média dos últimos trimestres da área, que antes estava abandonada.  O EcoSapucaí, por exemplo, tem heliponto, sala de reunião, lojas, restaurantes e uma das maiores lajes do mercado (quase 5.000 m²). O aluguel de metro quadrado custa R$ 110 por mês. O preço varia conforme a negociação. Com a dificuldade de atrair inquilinos, o prejuízo, neste caso, fica para o fundo soberano de Cingapura, que comprou o prédio da gestora Hemisfério Sul Investimentos (HSI) no início deste ano.

3. Com o mau momento do mercado, metade dos empreendimentos com previsão de entrega até 2018 na zona portuária deve ser postergada ou cancelada, segundo Thierry Botto, diretor da Cushman & Wakefield no Rio de Janeiro. São cerca de 20 prédios programados. O conjunto de cinco torres do magnata norte-americano Donald Trump seria um candidato a isso. Com valor de venda de até R$ 6 bilhões, as Trump Towers ainda estão em avaliação na prefeitura e podem ou não começar a ser construídas em 2016.

27 de outubro de 2015

ALGUNS APRENDIZADOS DAS ELEIÇÕES ARGENTINAS! LIDERANÇAS! REDES SOCIAIS!

1. No dia da eleição, em almoço na universidade do trabalho, o ex-presidente da CGT, Rodolfo Daer, após fazer um retrospecto da história do sindicalismo e relações com partidos, citou Peron que, em visita a CGT em 1951, afirmou: “Os sindicatos não são fortes pela quantidade de seus militantes, mas pela qualidade de seus dirigentes”. Se vale para os sindicatos, vale muito mais para os partidos políticos brasileiros, onde lhes falta dirigentes de qualidade.

2. A Argentina desistiu dos partidos na disputa de poder nas eleições. Oficializou as coligações e as legitimou como o instrumento mais apto para democratizar o processo eleitoral. Paradoxalmente, no Brasil, os analistas entendem as coligações como um atraso e querem que sejam proibidas por lei.

3. As redes sociais tiveram destaque nas campanhas. A campanha de Scioli contou com uma assessoria de alta qualificação para as redes sociais, com técnicos profissionais e maior gasto financeiro. Mas organizou esse processo só para a campanha eleitoral. O PRO, de Macri, tem esse trabalho continuo há mais de 2 anos, profissional e financiado. A política através das redes sociais não pode ser confundida com o momentum eleitoral, como o fazem os pré-candidatos no Brasil.

4. A apresentação de Gimenez, responsável pela comunicação através das redes sociais, da campanha de Scioli foi uma aula, mas não produziu os resultados possíveis por ter sido contratado para a campanha. Ele lembrou que, em geral, os políticos e em especial os candidatos não acreditam nas redes sociais para atrair os eleitores. Deveriam entender que na eleição se tenta vender um produto que o eleitor não gosta: 70% dos argentinos não têm interesse.

5. As empresas usam crescentemente o marketing digital. Os partidos não. Esse é um trabalho que deve ser personalizado, até porque há que desenvolver permanentemente tecnologias para tanto.  Gimenez lembrou que Redes Sociais são “específicas”: uso da internet para chegar a grupos específicos: segmentar, recortar, desde o básico (fator geográfico…), até preferências específicas com mensagens específicas. Isso exige pesquisa nas redes para direcionamento. Há que fazer trabalho permanente e orgânico nas redes.

6. Cada pessoa no Facebook, disse, tem entre 200 e 300 amigos. Aqui se identifica temas e preferências. A equipe de Redes deve estar dentro da direção da campanha eleitoral, ao par com a assessoria de comunicação – mídia e publicidade. Internet é a possibilidade de interagir. TV e Rádio são unidirecionais. Internet é como um focus grupo gigante. Por isso, inserções que fazemos várias vezes temos que retirar. Hoje se fica mais tempo na internet que na TV. Deve-se criar alternativas para quem está conectado através de Links. Vídeos têm que atrair nos primeiros 5 segundos ou no máximo 15 segundos.

7. Nenhum dos três coordenadores de campanha dos três principais candidatos (Scioli, Macri e Massa) sequer referiram às redes sociais.

8. Assessor do UNA de Massa sublinhou que campanha pelas redes precisa de financiamento e organização. Tem que atuar e reproduzir o que existe (fatos, ideias, processos) e não sobre o nada, inventado. Não pode ser ficção.  Abaixo de 20 anos não usa TV: só internet e netflix. Só o PRO de Macri tem este trabalho orgânico e permanente.

9. Sobre isso, o presidente da Juventude do PRO, em reunião um tempo atrás em Buenos Aires, disse que fazia parte da equipe de redes sociais de Macri, que a equipe é constante e tem mais de 20 membros só para internet e que muitos são recrutados advindos da Juventude do PRO.

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IBOPE E OS PRESIDENCIÁVEIS! PESQUISA ENTRE 11 e 21 DE OUTUBRO!

1. Os que dizem que não votariam de jeito nenhum em Lula pularam de 33% em maio de 2014 para 55% agora. É a maior rejeição entre todos os nomes testados. Cresceu menos, mas também cresceu a taxa dos que não votariam de jeito nenhum em Aécio (de 42% para 47% em um ano), em Marina (de 31% para surpreendentes 50% em um ano), e em Serra (de 47% para 54% em dois anos). Não há comparativo, mas a rejeição a Alckmin e a Ciro é igualmente alta: 52% para ambos.

2. O crescimento generalizado da rejeição mostra que o desgaste de Lula, embora maior do que o dos demais, não está sendo capitalizado por ninguém. Ao contrário, uma fatia crescente do eleitorado demonstra desprezo por todos os políticos, inclusive por aqueles que, como Marina, pretendem simbolizar renovação. Isso aumenta a incerteza e abre espaço para surpresas em 2018.

3. Apesar de decadente, a taxa de eleitores que dizem que votariam com certeza em Lula ainda é maior do que a de todos os seus rivais: 23% (era 33% em maio de 2014). Em segundo lugar aparece Aécio com 15%, seguido de perto por Marina, com 11%. Serra tem 8%, Alckmin tem 7% e Ciro, 4%.

4. Aécio (42%), Lula (41%) e Marina (39%) empatam tecnicamente em potencial de voto – a soma de eleitores que votariam neles com certeza ou poderiam votar.  Serra e Alckmin têm potencial equivalente: 32% e 30%, respectivamente. Ciro tem 20%.