“EFEITO ANTÁRTIDA” NA POLÍTICA BRASILEIRA! “VALOR PRESENTE” NA POLÍTICA BRASILEIRA!
1. Em 1990, o senador Fernando Henrique Cardoso e o deputado Cesar Maia visitaram a Estação do Brasil na Antártida a convite da Marinha. As pesquisas em realização em convênio com a USP eram basicamente sobre o clima. Já na última conexão, em Punta Arenas, aguardaram o tempo permitir pousar na Antártida. Foram informados que se a mudança de tempo no Brasil podia ocorrer em 3 dias, na Antártida podia ocorrer em meia hora.
2. Uma vez na Estação brasileira na Antártida, os técnicos informaram que uma das bases da pesquisa era a previsão do tempo no Brasil desde ali. Os movimentos no clima local permitiam projetar o que aconteceria com o tempo no Brasil depois. Ou seja, as condições da Antártida antecipam o tempo dias depois no Brasil.
3. Fatores básicos da Matemática Financeira são o Valor Presente, Valores do Fluxo e Valor Futuro, em base a uma previsão de custos/juros/porcentagens. Se o retorno de uma decisão –por exemplo- de investimento fica muito abaixo de outras alternativas, essa decisão tem um Valor Presente muito menor do que teria se a decisão e a alternativa tivessem sido outras.
4. Na Política –tanto a lógica do tempo na Antártida como a do Valor Presente- que em geral são avaliadas depois dos fatos ocorrerem (um governo por exemplo), em momentos de crise, exigem um esforço intelectual, analisando a política como jogo estratégico. No caso da Política num país em crise, reforçar essa crise com uma decisão equivocada ou aleatória é aprofundar a crise a um nível cuja recuperação vai durar muitos anos. E milhões de pessoas vão pagar com sofrimento.
5. Seria, por exemplo, uma catástrofe climática previsível mas não antecipada. Seria um enorme prejuízo de uma decisão equivocada que levaria uma empresa a bancarrota. O Brasil vive esse momento. A insistência de Dilma e seu entorno de continuar governando, a decisão de Lula vir para dentro do governo, nomeado ou não (não para melhorar o governo mas para evitar o impeachment), trazendo as ideias de um recente documento do PT/CUT em relação a medidas que contrariam tudo que o próprio governo tem defendido, é a certeza de uma catástrofe.
6. Muitos têm seu patrimônio garantido e defendido aqui ou alhures – legalmente ou não. Estão protegidos da catástrofe climática não antecipada pelo governo, ou pelo valor presente negativo de suas decisões. Têm alternativas fora do Brasil garantidas. Mas essa não é a situação de 95% dos brasileiros.
7. Dilma e Lula já representam a certeza da catástrofe, do desemprego, da falência que se pode ver na Antártida e se pode projetar no Valor Presente de um futuro de desastre econômico social que os últimos meses já garantem. O impeachment desde a Antártida ou no cálculo do Valor Presente evitaria isso.
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USO DE RESERVAS INTERNACIONAIS É PROBLEMÁTICO! US$ 372,4 BILHÕES ATÉ DIA 14/03!
(Folha de SP, 16) 1. A ideia de usar reservas para atenuar a crise, via redução da dívida pública ou estímulo ao investimento, levou membros da equipe econômica do governo a estudar a viabilidade da operação. A conclusão da análise, segundo a Folha apurou, é que seria praticamente impossível fazer isso sem causar mais danos à credibilidade do governo e à própria economia. A opção de usar reservas para incentivar investimentos é considerada tecnicamente muito difícil. O caminho seria primeiro vender títulos que compõem as reservas (como papeis do Tesouro americano) por dólares e transferi-los para o país.
2. A dúvida é sobre o passo seguinte: como fazer esse dinheiro chegar ao setor privado? A legislação veda que o BC transfira recursos para o Tesouro Nacional, que poderia, por exemplo, usá-los para fazer um aporte ao BNDES. Teria de ser criada uma alternativa pela qual o BC conseguisse passá-los diretamente para outra instituição, como um banco público que pudesse usá-los em crédito. Segundo um assessor da área econômica, isso demandaria uma “longa caminhada jurídica”, caso contrário, seria considerado pedalada.
3. Outra opção ventilada seria usar as reservas para reduzir a parcela da dívida do BC com o mercado financeiro, conhecida como operações compromissadas. Trata-se de transações usadas pela autoridade monetária para regular a quantidade de moeda em circulação na economia e a taxa de juros. O BC faz isso vendendo ou comprando dinheiro em troca de títulos com uma data futura estabelecida para a recompra ou a revenda dos mesmos. Com isso, garante que os juros não ficarão muito abaixo nem muito acima da taxa básica oficial (a Selic).
4. Houve uma explosão da dívida em compromissadas nos últimos anos. Ela soma, hoje, R$ 1,027 trilhão, o equivalente a 26% da dívida bruta total do governo geral. A autoridade monetária poderia usar parte das reservas para pagar os detentores das compromissadas, resgatando esses títulos e reduzindo a dívida pública. O problema é que, para obter um abatimento significativo no curto prazo, um volume alto de reservas precisaria ser usado, possivelmente distorcendo muito a taxa de juros, referencial importante para a economia. Outra opção seria o BC utilizar esses recursos para recomprar contratos similares à venda de dólares no mercado futuro (swaps cambiais), cujo estoque supera US$ 100 bilhões e entram no cálculo da dívida bruta.
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FRASES: O ESTILO DE LULA!
(Ruy Castro – Folha de S. Paulo, 16) Lula transferiu a Presidência para o mictório do botequim. Em 2004, ao ouvir de um assessor que a Constituição o proibia de expulsar um jornalista estrangeiro, ejaculou, “Foda-se a Constituição!”. Está “de saco cheio” quanto a perguntas sobre “a porra” do seu tríplex que não é dele. A história do pedalinho é uma “sacanagem homérica”. “Ninguém nasce com ‘Eu sou um filho-da-puta’ carimbado na testa”. E eles que “enfiem no cu tudo o processo”. O estilo é o homem. Perdão, leitores.