31 de outubro de 2017

2018 NO RIO É ELEIÇÃO PARA PREFEITO – TAMBÉM!

1. O sonho oculto, efetivo (ou ambição?) dos pré-candidatos a governador do Rio de Janeiro em 2018 é perder a eleição e se candidatar a prefeito do Rio em 2020.

2. Na eleição de 2018, para governador, todos os pré-candidatos são competitivos para chegar ao segundo turno. Talvez seja isto que esteja os estimulando mais a se candidatar e, com isso, afirmarem-se como personagens na eleição de 2018. Dessa forma, atrairão a atenção nos programas e comerciais de TV, terão cobertura da imprensa, e a visibilidade para todos –os que têm mais e os que têm menos- crescerá.

3. Para se chegar esta conclusão de sonho oculto, um grupo de estudantes, um a um, realizou uma tarefa informal. Ir na agenda dos pré-candidatos, ou contatá-los através das redes sociais, e fazer perguntas simples, mais ou menos assim: i) Ser governador nesta crise financeira do estado e ao meio da crise da segurança pública, é masoquismo? ii) Ser prefeito do Rio não seria tarefa mais atraente? iii) Se você não se eleger governador, aceitaria ser candidato a prefeito em 2020?

4. As respostas –se não foram iguais-, foram muito semelhantes. A primeira veio acompanhada de um sorriso e arrematada com…, “é, você tem uma certa razão”. A segunda teve respostas iguais: …claro que sim. E na terceira pergunta, as respostas foram também iguais: …provavelmente.

5. Isso é reforçado porque a base eleitoral dos 4 pré-candidatos a governador é a mesma: a cidade do Rio de Janeiro e, naturalmente, o sonho de consumo de todos eles.

6. As pesquisas que circulam feitas pelos próprios pré-candidatos ou como pergunta agregada em outras pesquisas, pelos institutos, colocam sempre os nomes de Romário, Eduardo Paes, Indio da Costa e Tarcisio Motta. Romário aparece na frente, com uns 20%. Os demais flutuam no intervalo dos 6% a 10%.

7. E se supõe que, na cabeça de todos eles, venha aquela piada dos amigos que sairam correndo de um tigre. Um deles perguntou: Para que estamos correndo, se o tigre é muito mais veloz que nós? O outro respondeu: Você, eu não sei, mas eu estou correndo para correr mais rápido que você, e o tigre vai escolher o mais próximo.

8. Supondo que este quadro pré-eleitoral se mantenha mais ou menos assim até a campanha, o alvo dos candidatos não será quem está em primeiro, mas os demais, cujas diferenças de uns para os outros estará na faixa de uns 3% ou 4%, estimulando a todos e criando a expectativa de irem para o segundo turno.

9. E a motivação é reforçada pela eleição de 2020 a prefeito. Um deles respondeu a um estudante: É…, nessa eleição todos são candidatos a vencer, mas todos –se perderem- são, desde já, candidatos em 2020.

10. Nenhum ficará desmotivado durante a campanha.Todos vencerão, pois estarão ganhando força e visibilidade para 2020. Sendo assim, será uma campanha…, animada.