SEMINÁRIO: IDEIAS PARA O RIO E O BRASIL! DESTAQUES DO PRONUNCIAMENTO DO GENERAL SERGIO ETCHEGOYEN!
Relatório do presidente nacional da juventude do DEM – Bruno Kazuhiro. General Sérgio Etchegoyen, ministro de gabinete de segurança – 01/08/2017.
1. O mundo aplaude o que fizemos nas olimpíadas. Primeira vez sem incidentes desde Munique. Contudo, investidores de todo o mundo manifestam preocupação com a situação atual e admitem que isso freia investimentos.
2. Temos o plano de proteção de fronteiras (terrestre e marítima) e o plano nacional de segurança pública (redução de crimes contra a vida, racionalização e modernização do sistema penitenciário, combate integrado à criminalidade transnacional).
3. PCC e CV se espalharam pelo país. Disputam em alguns estados e se aliam em outros. Ocupar com as forças armadas a Maré e o Alemão NÃO PRODUZIU OS RESULTADOS ESPERADOS, POIS O GARROTE INIBE E QUANDO AFROUXA TUDO VOLTA. NÃO CHEGOU A CIDADANIA.
4. Vamos unir esforços com estado e municípios na segurança pública (GSI, Justiça e Defesa) sem invadir competências (foco federal em portos, aeroportos e rodovias federais, e nas fronteiras com outros estados) e temos que ter o esforço da cidadania através do Ministério do Desenvolvimento Social.
5. Vamos ajudar, mas o protagonismo na Segurança pública do Rio terá sempre que ser da Secretaria de Segurança. São eles que conhecem. Segurança Pública é área policial. Forças Armadas são emergenciais. São o último recurso. O trabalho de inteligência da Abin continuou sendo feito desde o fim dos jogos paralímpicos e irá no mínimo até o fim do mandato do governo.
6. Temos fronteiras com os maiores produtores mundiais de cocaína e maconha. Os EUA não controlam totalmente sua fronteira mexicana que é muito menor do que a que temos com Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai.
7. O crime organizado é o maior problema que a sociedade brasileira possui hoje. Não apenas no tráfico de drogas, mas na lavagem de dinheiro, no tráfico de armas e no tráfico de pessoas. E há também o contrabando de cigarros, que ajuda a financiar os demais.
8. Segurança pública vive momento extraordinário. Precisamos de soluções extraordinárias. Isso inclusive se refere ao marco legal, é preciso a sociedade debater a existência da progressão de pena, debater se é preciso realmente que os nomes dos policiais federais que atuam no combate ao narcotráfico estejam listados no portal de transparência.
9. O interesse nacional está sendo esquecido. Ele está perdido. Está se discutindo interesses corporativos, que são legítimos, mas o interesse nacional tem que estar acima. Qual o país que precisamos? O interesse corporativo mobiliza a opinião pública e o interesse nacional fica para trás. A sociedade tem que decidir o que é prioridade. Esse nível de insegurança não é mais suportável. Temos hoje um alto nível de lassidão moral, inversão de valores. Na praia do Rio pessoas sopravam apitos para avisar os usuários de maconha que a polícia estava chegando. Nossa sociedade está construindo esse cenário de hoje.
10. Portar um fuzil é a mesma pena que portar um revólver 38 enferrujado. Por que alguém precisaria portar um fuzil no Rio se não for um criminoso. O crime organizado cobra 60 mil vidas no Brasil por ano. Façamos um mea culpa. Nossa sociedade está incapaz de lutar. E temos que valorizar nossos policiais, afinal, algum de nós se propõe a ir lá enfrentar o traficante?
11. Não esperem manchetes pirotécnicas e notícias bombásticas. O trabalho terá a discrição necessária, integração e inteligência. Como pode morrerem 92 policiais e ninguém saber onde estudarão os filhos, como está a viúva, ir ao velório, chega de ingratidão, o que não significa não punir o mau policial.