10 de fevereiro de 2017

A HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS COM OS MUÇULMANOS!

O Marrocos foi o primeiro país a reconhecer a independência dos Estados Unidos, em 1777. Começou bem, pois, a relação da América com o islã. 

1. Marrocos foi primeiro a reconhecer a América
Com as notícias da rebelião contra os britânicos a chegarem a Tanger pelos navios americanos, o sultão Mohammed III apressou-se a reconhecer os Estados Unidos em 1777. Um tratado formal marroquino-americano foi depois concluído em 1786, com John Adams e Thomas Jefferson, dois futuros presidentes, a assinarem-no pelos Estados Unidos. Até hoje, Marrocos é um aliado fiel da superpotência.

2. Marines ganham batalha e hino nas praias da Líbia
Travada em 1805, a batalha de Derna, na Líbia, foi a primeira ganha pelos Estados Unidos fora do seu território. Os marines, que se envolveram numa disputa dinástica nesse país vassalo do Império Otomano, não só saíram vitoriosos como ganharam inspiração para o seu hino, que fala das “praias de Trípoli” (the shores of Tripoli), relembrando as chamadas Guerras da Barbária, que foram travadas para salvar marinheiros americanos capturados por piratas muçulmanos.

3. Nasce a Nação do Islã no coração de Detroit
Uma enigmática figura, que desaparecerá quatro anos depois, funda em 1930 em Detroit a Nação do Islã. Mas se pouco se sabe de Wallace Fard Muhammad, já Elijah Muhammad, o sucessor, é o homem que convenceu milhares de negros a aderir ao islã, em teoria a religião dos antepassados escravos, e a adotar o apelido X (como fez Malcolm X) para assinalar o nome perdido. Os membros da Nação do Islã, supremacistas negros, são a minoria entre os três milhões de muçulmanos americanos. Louis Farrakhan é o líder.

4. Roosevelt e Ibn Saud falam sobre petróleo
A caminho de Ialta, para a última conferência antes do fim da II Guerra Mundial, Franklin Roosevelt faz escala no Egito e recebe num navio Ibn Saud. O presidente e o fundador da Arábia Saudita fazem um acordo simples que ainda funciona: a América dá aos guardiães de Meca e Medina armas para se proteger, os sauditas inundam o mundo de petróleo.

5. De grande aliado a Grande Satã
O regresso do aiatolá Khomeini em fevereiro de 1979, já depois da fuga do xá, deixou claro que a revolução no Irã seria islâmica. A embaixada americana é depois tomada de assalto. A América, aliada do xá, passa a ser o Grande Satã para os iranianos.

6. Com os mujahidin contra os soviético
Desde o primeiro momento da invasão do Afeganistão que os Estados Unidos fornecem apoio ao Paquistão para que este fomente a resistência afegã contra o Exército Vermelho. Mas são os mísseis Stinger entregues aos mujahidin a partir de 1986 que vão ser decisivos para a derrota soviética. Da luta entre os senhores da guerra nasceram os talibãs.

7. América ataca Saddam mas não o derruba
Com o aval da ONU, os Estados Unidos expulsam em 1991 do pequeno Kuwait os invasores iraquianos, mas George Bush pai poupa Saddam Hussein, que só será derrubado em 2003 por Bush filho, numa guerra impopular.

8. Clinton tenta fazer a paz entre Rabin e Arafat
Com o patrocínio do presidente dos Estados Unidos, israelitas e palestinos assinam o Acordo de Oslo de 1993, que previa dois Estados na Palestina histórica. Mas mais de 16 anos depois de Bill Clinton ter saído da Casa Branca, e com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat já mortos, pouco se avançou.

9. Torres de Nova Iorque vítimas da jihad global
A Al-Qaeda, fundada nos anos 1980 para combater os soviéticos, ataca a América e mata quase três mil pessoas em Nova Iorque e Washington a 11 de setembro de 2001. O inspirador do desvio dos aviões civis é Osama bin Laden, um saudita ex-mujahidin. Dos 19 piratas do ar, 15 são sauditas. Estados Unidos atacam em retaliação o Afeganistão, onde os talibãs protegiam a Al-Qaeda.

10. O primeiro muçulmano eleito para o Congresso
Keith Elison, nascido em Detroit e convertido ao islã, é eleito em 2006 pelo Partido Democrata para a Câmara dos Representantes.

11. Presidente com Hussein como nome do meio
Filho de uma branca do Kansas e de um imigrante queniano, Barack Hussein Obama é cristão mas nunca negou que a família paterna era muçulmana. Viveu também na Indonésia, o mais populoso país muçulmano, com um padrasto muçulmano. Foi presidente dos Estados Unidos entre 2009 e 2017, o primeiro negro na Casa Branca.

12. Embaixador americano morto na Líbia
Milícias islamitas atacam em 2012 o consulado dos Estados Unidos em Benghazi e matam o embaixador na Líbia, Christopher Stevens.

13. Contra o Estado Islâmico na Síria como na América
Aviões bombardeiam desde 2014 o ISIS na Síria e no Iraque e os jihadistas retaliam apelando aos lobos solitários nos Estados Unidos.