11 de julho de 2016

RESPONSABILIDADE E TRANSIÇÃO!

1. Os próximos 2 anos e meio compreendem um período de transição e, portanto, de construção das condições de uma recuperação sustentada do país, seja em nível econômico, como político, como social e como ético. O presidente Temer, no início de sua gestão, tem mostrado claramente que é essa a sua estratégia.

2. Porém, essa é uma tarefa coletiva, que deve ser compreendida por toda a sua equipe de governo, pelo poder legislativo, pela sociedade organizada e até pelas redes sociais. Duas eleições estarão compreendidas neste período: em 2016 as eleições municiais, e em 2018 as eleições nacionais e estaduais.

3. As eleições municipais em outubro são vistas pelos políticos como acumulação de força para as eleições nacionais. Mas não é assim que a sociedade as percebe, pois participa delas para enfrentar seus problemas do dia a dia. Cabe ao governo federal dar o exemplo e não incluir as eleições municipais como um objetivo em si para seu fortalecimento político.

4. Da mesma forma, cabe às lideranças do poder legislativo atuar dentro dessa conjuntura como de um período de transição, que exige foco, prudência, paciência e clareza quanto às prioridades. O ano de 2016 já está dando sinais dessa transição. Os conflitos que cercam o processo de impeachment são naturais e esperados e serão superados até o final do ano.

5. Talvez a Olimpíada abra um interregno de mais tranquilidade. Mas, para isso, os próprios responsáveis políticos por ela devem dar o exemplo e não se exaltar em declarações descontroladas que só fazem abrir frestas nas relações federativas.

6. A gestão política na pré-campanha e na campanha de 2018 será complexa em função da disputa pelo poder presidencial. Crescerá a retórica oportunista, confundindo a população em relação a transição, construindo utopias para colher votos. O governo e as lideranças do legislativo devem enfrentar esse período com firmeza e com uma comunicação pedagógica.

7. Por tudo isso, o ano de 2017 será um ano de mais tranquilidade e decisivo para a afirmação e a consolidação da transição produzindo a pedagogia necessária e um forte impacto de esperança na opinião pública. A ansiedade dos políticos será menor, os sinais positivos já estarão ocorrendo, o que permitirá a compreensão e a importância dessa transição.

8. 2017 será um ano decisivo para que o ciclo descendente do país não seja ampliado, e estimule a postura proativa dentro desse quadro de transição para a reversão dos fatos e das expectativas.

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BRASILEIROS COM MAIS DE 60 ANOS: 8% EM 2000, 12% EM 2016, 19% EM 2030!

(Vinicius Mota – Folha de S.Paulo, 11) 1. Com menos crianças para cuidar e ainda poucos aposentados para sustentar, um país deveria acelerar o crescimento da produção por habitante. Essa expectativa foi periodicamente frustrada no Brasil nos últimos 35 anos. Novamente agora. No ano 2000, menos de 8 em cada 100 brasileiros tinham 60 anos ou mais de idade. Hoje essa proporção já se aproxima de 12. Em 2030, para cada centena de habitantes, 19 serão pelo menos sexagenários.

2. O salto terá alcançado quase 150% em 30 anos, uma das mais rápidas metamorfoses demográficas da história das nações. A marcha do envelhecimento prosseguirá até a metade do século, quando 30 em cada 100 terão 60 anos ou mais. O que acontece no Brasil, observando-se a perspectiva das décadas por vir, é uma pequena tragédia. O país jovem é apenas remediado e pouco produtivo. A despeito disso, gasta 10% do PIB para sustentar seus aposentados e pensionistas.

3. O país maduro ali na esquina, se não realizar um pequeno milagre na produtividade, vai se espatifar contra o muro da falência civil.

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JAPÃO: PLD DO PRIMEIRO MNISTRO ABE CONQUSITA 2/3 DO PARLAMENTO!

(Reuters/Folha de S.Paulo, 11) O premiê do Japão, Shinzo Abe, conseguiu neste domingo (10) uma ampla vitória de sua coalizão na eleição para a Câmara Alta do Parlamento, segundo apontam pesquisas de boca de urna. O Partido Liberal Democrático (PLD) de Abe e seus aliados têm a “super maioria” de dois terços necessária para concretizar um de seus projetos mais polêmicos: a revisão da Constituição pacifista pós-guerra.