ELEIÇÕES DE VEREADORES COMO PREDITORES DAS ELEIÇÕES DE DEPUTADOS FEDERAIS E, ASSIM, DA DINÂMICA POLÍTICA!
1. Um estudo realizado, anos atrás, pelo cientista político Jairo Nicolau –IPERJ-RIO- analisou as correlações entre as diversas eleições – vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e presidentes da república. Basicamente, o resultado de suas investigações mostrou que a única correlação significativa é entre as eleições de vereadores e de deputados federais, tendo as eleições de vereadores como preditores das de deputados federais.
2. Ou seja, as eleições de vereadores num ano influenciam as eleições de deputados federais dois anos depois, etc. Fazendo uma leitura em diagonal em grandes cidades e em várias eleições, se pode verificar que isso é certo quando se trata de vetores político-partidários.
3. Ou seja, mesmo num quadro pluripartidário inorgânico como o nosso, quando se faz essa avaliação usando as forças políticas mais expressivas, vale dizer –PMDB, PT/PCdB, PSDB, DEM, PSB, PP, PDT, PSOL- esta tendência se confirma. A inexistente correlação com as eleições majoritárias de presidente e governador se explica pelo caráter personalista dessas eleições e no caso das eleições para prefeito as eleições são simultâneas às de vereador e podem até afetar as de vereadores.
4. Esta tendência é ainda mais nítida quando as eleições ocorrem em momentos de mudança. Então ficam mais claras as eleições de vereadores como preditores das eleições de deputados federais. Afetando, em especial, os vetores políticos mais significativos, e sendo esses aglutinadores de maiorias parlamentares, as eleições de vereadores, mesmo que indiretamente, terminam afetando a composição seguinte da câmara de deputados.
5. Na Cidade do Rio de Janeiro essa correlação ficou nítida nas eleições pós-constituinte. Uma curva com os vereadores eleitos pelos partidos mais expressivos e menos inorgânicos mostra isso claramente. Os pontos descendentes das curvas numa eleição de vereadores vão corresponder aos mesmos pontos descendentes na eleição seguinte de deputados federais.
6. E havendo estabilidade neste novo quadro, essa situação é reforçada tanto para vereadores como para deputados federais. No caso das eleições de vereadores e deputados federais, em relação às de governador e presidente, essa não é uma boa notícia para novos partidos com novas lideranças expressivas como a REDE. Pelo menos durante um ciclo.
7. No Rio, desde 2008, estes movimentos não deixam margens a dúvidas. As curvas do PSDB-DEM, do PSOL, do PT/PCdoB, do PDT, do PMDB, do PP, e do PSB, mostram isso claramente. A janela aberta agora em 2016 e a migração entre partidos de deputados federais, mostrou que –mesmo por intuição- há essa expectativa nos deputados federais com as eleições de vereadores.
8. Deve-se incluir nesta análise a migração de vereadores em direção ao partido do prefeito eleito por outro partido. Estes devem ser excluídos dos vereadores preditores num pleito, das eleições de deputados federais, no próximo pleito.
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É CADA VEZ MAIOR NÚMERO DE LOJAS DE RUA E SALAS COMERCIAIS VAZIAS!
(Estado de S.Paulo, 05) 1. Com crise, é cada vez maior número de lojas de rua e de salas comerciais vazias
A crise derrubou no último ano o aluguel de imóveis comerciais e o preço de compra e venda na cidade de São Paulo. Apesar da queda, a quantidade de lojas e escritórios vazios continua em níveis recordes. Esse quadro é visível para quem percorre as principais vias de comércio da capital paulista e se depara com inúmeras placas de aluga-se ou vende-se.
2. Um indicador inédito, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(Fipe) em parceria com a Zap, mostra que, em 12 meses até maio, o valor pedido pelo metro quadrado do aluguel de salas comerciais caiu 9,1%. Para compra e venda, o recuo foi de 2,6%. Se for considerada a inflação do período, a queda no aluguel passa de 19% e para venda, vai a 12,5%. “Com dois anos seguidos de queda do PIB, é natural que as empresas fechem as portas e que haja um excesso de oferta de imóveis para locação e venda”, diz o coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn.
3. Mesmo com esse recuo de preços, a quantidade de imóveis comerciais vagos se mantém em níveis elevados e aparece nos índices de vacância. No primeiro trimestre deste ano, 25,9% dos escritórios de alto padrão destinados a locação estavam vagos na cidade de São Paulo, segundo a Cushman & Wakefield, empresa especializada em administração desses imóveis. “Esse indicador é um dos mais elevados dos últimos dez anos”, afirma André Germanos, executivo associado de mercado de capitais da Cushman.
4. Apesar da menor oferta de novos escritórios, ele não acredita em recuos significativos nos índices de vacância de escritórios neste ano e no próximo. O quadro é semelhante no caso das lojas de rua. Marcos Hirai, sócio-diretor da GS&BGH, calcula que entre 13% e 15% das lojas estejam vagas. “Esse índice é gritante. De um ano para cá, o quadro piorou e se estendeu para outros setores.” Um ano depois de ter percorrido os principais corredores comerciais de São Paulo, o Estado voltou na semana passada aos seis imóveis vagos visitados na época. Apenas dois estão alugados e por um preço menor do que o pedido inicialmente.