27 de maio de 2015

CÂMARA DE DEPUTADOS DECIDE MANTER O ATUAL SISTEMA ELEITORAL: “DEIXA COMO ESTÁ PARA VER COMO É QUE FICA”!

1. Aconteceu o que era mais lógico, apesar da expectativa criada com a proposta do Distritão e as alternativas mais elegantes do voto em Lista e do voto Distrital Misto. Mais lógico na medida em que deputados eleitos por um sistema (e a maior parte deles o foram), o atual voto Proporcional Aberto, sentiram-se inseguros em alterar o sistema atual o que poderia colocar em risco os seus mandatos.

2. Numa Câmara de Deputados pulverizada com 28 partidos e que o maior não tem 14% deles, imaginar que uma mudança de sistema eleitoral que exigiria 308 votos teria passagem se mostrou ilusão ou ingenuidade.

3. O próprio encaminhamento das votações pelos líderes mostrou isso, com a maior parte deles deixando em aberto o voto, à escolha dos deputados.

4. Um fato novo surgiu durante as negociações por todo o dia. Os dirigentes partidários –especialmente dos partidos de tamanho médio e pequeno- temerosos de que as novas bancadas em 2018 pudessem ser afetadas e, com isso, perderiam fundo partidário e tempo de TV, mudaram a orientação a suas bancadas. O PR, através de seu anterior presidente, foi um exemplo.

5. A votação a favor do voto em Lista obteve votação pífia. Da mesma maneira o voto Distrital Misto. E o Distritão, com 210 votos a favor, ficou 98 votos aquém do requerido.

6. Da mesma forma a constitucionalização do financiamento privado e público da campanha ficou longe do requerido. Hoje seguem alternativas de financiamento que devem ser rejeitadas, voltando a atenção para a decisão suspensa do STF. Fica pendente a proibição de reeleição, que é a que mais chance tem de ser aprovada por não criar riscos para os deputados e ainda abrir espaço para concorrerem ainda em 2016 às prefeituras e em 2018 aos governos dos estados.

7. Também pendentes, a proibição de coligações e a cláusula de barreira, da mesma forma, enfrentarão a resistência dos partidos médios e pequenos pelos riscos para seus mandatos e provavelmente a do próprio PMDB por solidariedade a eles e necessidade de manter a unidade em plenário passada a votação da reforma política. Prevaleceu a lógica do “deixa como está para ver como é que fica”.

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“DUAS MULHERES PODEM MUDAR O MAPA POLÍTICO DA ESPANHA”!

(BBC, 26) 1. As eleições municipais e regionais da Espanha, realizadas neste domingo, marcaram a ascensão de duas mulheres ao centro das atenções políticas do país – e, possivelmente, ao comando das duas principais cidades espanholas. Barcelona deverá ser comandada pela ativista Ada Colau, 41, conhecida por ter liderado um movimento social contra os despejos habitacionais decorrentes da crise econômica. Colau lidera a agremiação de esquerda independente Barcelona En Comú, que venceu os partidos independentistas catalães.

2. E, em Madri, a juíza aposentada Manuela Carmena, 71, do movimento esquerdista Ahora Madrid, foi a segunda mais votada (com 31,8% dos votos), mas tem grandes chances de se tornar prefeita da capital caso o seu partido faça uma coalizão com os socialistas do PSOE. Se isso de fato ocorrer, o Ahora Madrid porá fim à hegemonia de 23 anos do direitista Partido Popular (PP) no controle da capital espanhola.

3. Colau e Carmena representam uma mudança no cenário político espanhol, tradicionalmente dominado pelo bipartidarismo do direitista PP (atualmente no governo nacional) e do socialista PSOE.

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CIRCULAÇÃO DOS 5 GRANDES JORNAIS CRESCE COM EDIÇÕES DIGITAIS!

(Meio e Mensagem) 1. O digital tem uma forte participação nesses dados. Em abril deste ano, 44,6% da circulação total da Folha já era composta por edições digitais. No Globo, a fatia do digital já corresponde a 37%.

2. Os cinco maiores jornais em circulação no Brasil tiveram crescimento no primeiro quadrimestre de 2015 na comparação com o mesmo período do ano anterior.  De acordo com dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), a Folha, líder entre os jornais do País, teve uma circulação média de 361.231 exemplares nos quatro primeiros meses do ano, o que configura uma alta de 6,4% na comparação com 2014.

3. A circulação média de O Globo – o segundo colocado no ranking do IVC – registrou alta de 3,7%, alcançando o montante médio de 320.374 exemplares. Houve aumento também na circulação do Super Notícia, que atingiu média de 314.766 (um acréscimo de 1,7%) e no Estadão, que alcançou circulação média de 250.045 exemplares (alta de 5,5%).

4. Entre os cinco primeiros do ranking, o maior crescimento foi do Zero Hora, que fechou o quadrimestre com circulação média de 201.178 (13% mais do que o registrado no mesmo período de 2014).