16 de julho de 2014

ELEIÇÕES 2014: MUDANÇAS NA CAMPANHA!

1. Há anos que a TV vem cumprindo um papel destacado nas eleições.  Por isso, os candidatos oferecem atrativos para somar partidos e, assim, tempo de TV. Em vários casos, governantes mal avaliados recriavam seus governos na TV e concluíam a campanha bem avaliados.

2. Em 2014 essa dinâmica vai sofrer alterações.  Por duas razões principais.  A primeira é que a audiência da TV aberta, que transmite os programas eleitorais e as inserções, vem caindo. E não só pelo tradicional “mute” dos que não querem ver esses programas. Mas por outras razões: cresce a audiência da TV Paga e cresce o uso da internet.

3. Mas há uma segunda razão. A rejeição à política e aos políticos cria um ambiente de abstenção e de anulação de voto.  E mais grave: de “desimportância” das eleições, que se pode verificar nas pesquisas pelas respostas sobre o interesse dos eleitores nessas eleições.

4. É provável que o aquecimento da campanha traga de volta o eleitor ao processo eleitoral.  Mas o caminho será invertido. Até aqui, o eleitor era colocado dentro do “circo eleitoral” através da TV. Ou seja: um processo de mobilização de cima para baixo. Com isso, os marqueteiros cumpriam papel relevante exaltado pela mídia.

5. O papel que os marqueteiros cumprirão nessa campanha, para continuar importante, exigirá uma adaptação às condições atuais. O retorno do eleitor ao processo eleitoral, se ocorrer, será feito de baixo para cima, das ruas para as urnas.  E poderá, ou não, sair das ruas, passar pelos estúdios, voltar às ruas e chegar às urnas.

6. Ou seja: a mobilização eleitoral horizontal -real e virtual- entre os eleitores e entre esses e os candidatos a deputado e suas equipes é que atrairá os eleitores ao processo eleitoral. Com isso, a campanha nas ruas também tem que mudar. O cabo eleitoral mecânico, de simples entrega de panfletos ou de balanço das bandeiras, perde importância.

7. Nas ruas, ganha importância o processo de abordagem, paciente respeitando o eleitor, seja dos candidatos, como de suas equipes.  A força de um argumento lógico e residual é que terá um impacto significativo.

8. E a TV terá que entrar nas ruas, abordar os leitores e atrai-los como se ela fosse um grupo direto de abordagem.  Isso é muito mais e muito diferente dos clássicos “testemunhais”. Nesse sentido joga um papel novo e forte, o que se chama nos EUA de marketing de grande semeadura, onde se faz a TV e a internet convergirem com o mesmo tema, mas cada uma com a sua linguagem.

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O CASO DA CAPELA DE SÃO JORGE EM SANTA CRUZ E O VOTO DO DESEMBARGADOR RELATOR!

1. “No caso, entendeu este Relator pelo acolhimento dos recursos dos réus, sob o fundamento de que a construção da Igreja de São Jorge em Santa Cruz – bairro da periferia do Município do Rio de Janeiro – não constitui ato de improbidade administrativa, porquanto atendeu a interesse público, diante do grande número de devotos do mencionado Santo e da necessidade de locomoção da coletividade, ressaltando-se que o valor da obra não se mostrou excessivo, não havendo, portanto, que se falar em dano ao erário municipal, acrescentando que a construção do prédio, utilizado como templo, não se enquadra no disposto nos artigos 10 e 11, caput, e inciso I, da Lei no 8.429/92.

2. No entendimento desta Relatoria, a laicidade do Estado não impede que se reconheça a importância sócio-cultural das religiões, como se pode observar dos feriados instituídos pelo Poder Público em virtude de dias santos, tais como o de Nossa Senhora Aparecida, Natal, Corpus Christi, levando-se em conta que o povo brasileiro é em grande parte católico, constituindo-se tradição de origem histórica, que não pode ser desconsiderada, sendo certo que no ano de 2008 foi instituído o feriado estadual de São Jorge, no dia 23 de abril.”

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GOVERNOS E IGREJAS! “E AGORA COMO É QUE FICA”?

1. (Panorama Político – Ilimar Franco – Globo, 15) A Justiça está pedindo o ressarcimento de um investimento de R$ 150 mil feito pelo ex-prefeito do Rio César Maia. Mesmo sem enriquecimento ilícito ou desvio, ela alega apenas que o estado é laico e que o gestor não pode usar dinheiro público em favor de uma religião. No caso, a construção da igreja católica São Jorge, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste. A deliberação pode vir a criar um precedente. Os governos federal, estaduais e as prefeituras usam dinheiro público para restaurar igrejas, invocando a manutenção do patrimônio histórico. Mas essas igrejas, após restauradas, são um púlpito para que religiosos, em sua maioria católicos, professem sua fé.

2. (Ex-Blog) Isso sem falar em apoio a manifestações, eventos, etc., de todas as religiões.

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37 MIL TRABALHADORES TEMPORÁRIOS DEMITIDOS APÓS A COPA!

(Estado de SP, 15) Terminada a Copa do Mundo, o setor de serviços pode dispensar até 37 mil trabalhadores temporários que permaneciam empregados desde o último verão, à espera do aumento na demanda durante o evento. Esse é o número de contratados em regime temporário que permaneciam trabalhando em junho e julho nos hotéis, bares e restaurantes das cidades que receberam jogos do Mundial, segundo estimativas da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).