MAIS TEMPO DE TV OU MENOS ADVERSÁRIOS? TEORIA E PRÁTICA!
1. A última pesquisa do Ibope confirma um fato curioso. Com 8 pré-candidatos, Dilma, Aécio e Campos somados têm 71% das intenções de voto. Com apenas os 3, Dilma, Aécio e Campos somam 67% das intenções de voto. Se é assim numa pesquisa, é provável que no processo eleitoral a quantidade de candidatos afete tanto a votação dos favoritos quanto a decisão de votar. O voto num candidato residual tanto pode ser um voto de protesto quando um voto de esperança se esse candidato servir de referência. Everaldo e Randolfe entram nessa segunda hipótese.
2. No Ibope, na lista com 8 candidatos, 24% não marcaram nenhum nome. Com 3 nomes essa porcentagem subiu para 33%.
3. Por isso, quando um candidato (especialmente em ou de um governo) atrai outro partido para apoiá-lo, não só pensa no tempo de TV, mas também na redução do número de candidatos na disputa. Às vezes ter mais candidatos na disputa interessa quando um deles tira votos de um adversário competitivo.
4. Vamos ao caso do Rio em 2014. A candidatura de Crivella tira votos de Garotinho (e vice-versa). Nesse sentido, interessa a Pezão, a Lindbergh e Cesar Maia. E a Dilma, pela confiança que tem em Crivella e não tem em Garotinho. A candidatura de Lindbergh não interessa a Pezão, pois além de tempo de TV, perde votos do PT que já votaram no PMDB-RJ em 2010 e 2012. Mas essa é uma batalha perdida desde quando Lula garantiu a candidatura de Lindbergh.
5. Agora, o PMDB-RJ quer retirar as candidaturas que potencialmente trocam com Pezão, especialmente na Capital e em perfil de eleitor. Os últimos fatos indicam que podem ter conseguido tirar Miro do jogo. Isso também interessa a Dilma, pois deixa Campos na busca de candidato. Além disso, as relações de Miro com os meios de comunicação são de proximidade, o que em campanha poderia ajudar seu crescimento.
6. E o PMDB-RJ, apesar de ser informado que não há nenhuma chance, continua insistindo que o DEM-PSDB-PPS não tenham candidato a governador. Cardeais do PMDB-RJ dizem que não precisam do tempo de TV deles, mas que o importante é Cesar Maia não ser candidato, evitando a perda de votos de Pezão, seja na capital, seja em frações do eleitorado de fora da capital que não votam em Garotinho ou Crivella.
7. Portanto, o raciocínio que atrair outros partidos tem apenas relação com o tempo de TV é simplista. Tem, mas deve-se incluir na análise quem são os candidatos e a quem interessa –ou não- a candidatura de cada um deles.
8. Por isso tudo, esse imbróglio a 15 dias do início das Convenções. E não apenas no Rio, é claro. O Rio entra apenas como exemplo.
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REGIÃO METROPOLITANA DO RIO, ONDE A INSATISFAÇÃO COM OS SERVIÇOS PÚBLICOS É A MAIOR DO BRASIL!
(Pesquisa da FGV – Políticas Públicas -entre março e abril com 3.600 pessoas- Globo, 25)
1. Pesquisadas as Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo e os serviços públicos de Segurança, Saúde, Transporte e Educação. Taxa geral de INSATISFAÇÃO em Segurança: 80%, Saúde 79%, Transporte 73%, Educação 67%.
2. As taxas de Insatisfação no RIO foram: Saúde 84%, Segurança 84%, Transporte 77% e Educação 71%. Taxa média de 79%. Brasília foi a pior em Segurança 85%, e Transporte 82%, com taxa média de 77,7%.
3. As médias de Insatisfação no conjunto dos serviços públicos foram: Rio 79%, Brasília 77,7%, Porto Alegre 73,7%, São Paulo 73,7%, Recife 72,2% e Belo Horizonte 69,2%.
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1. PARLAMENTO EUROPEU! O PPE, centro-direita, com 28,2% e PS, centro-esquerda, 25,7%, sofreram fortes perdas, mas com 53,9% garantem a UE contra aventuras em sua constituição. Das 751 cadeiras, o PPE ficou com 212 e o PS com 193. Forte crescimento dos euro-céticos+xenófobos+antipolítica+radicais de direita e esquerda, que somaram pouco mais de 20%. FN de LePen vence na França. UKIP vence no Reino Unido. Na Espanha a maioria de 80% do PP+PSOE caiu para 60%. PP de Rajoy venceu o PSOE por 2 deputados. Na Catalunha os partidos independentistas chegaram a 58%. Na Itália o PD de centro-esquerda venceu com 43% dos votos. MV5 –antipolítica- teve 20%. Força Itália de Berlusconi 16%. Na Alemanha o CDU+CSU de Merkel obteve 35,3% e o SPD, centro-esquerda, cresceu para 27%. Mais uma vez os liberais não atingiram 5%. Na Grécia, o Syriza, a esquerda radical anti-austeridade, venceu com quase 30% dos votos. Abstenção na Europa: 57%. Em Portugal a abstenção atingiu 66%.
2. COLÔMBIA! O candidato de Uribe, Zuluaga ultrapassou o presidente Santos: 29,3% x 25,7%. A surpresa foram os crescimentos finais das candidatas da esquerda e da conservadora, que fecharam cada uma com 15%. Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, derrapou, fechando com 8%. O segundo turno será dia 15 de junho e o resultado é imprevisível.
3. UCRÂNIA! O empresário Poroshenko confirmou seu favoritismo. Recebeu 55% dos votos e com isso não haverá segundo turno. Os eleitores de parte das mesas das regiões de etnia russa no leste não puderam votar, o que não afetou o resultado. As primeiras declarações de Pososhenko que contatará Putin para conversar, apontaram para um desdobramento racional.