25 de abril de 2014

“SEGUIDORES” DE ARTISTAS E POLÍTICOS!

1. As estatísticas de seguidores de twitters cometem um engano que ilude os políticos. Levantam simplesmente o número de seguidores e comparam. Por exemplo: no Globo de domingo analistas comparam os mais de 2 milhões de seguidores de Dilma com os mais de 2 milhões de seguidores de Juliana Paes.

2. São coisas completamente diferentes. Um seguidor de Juliana Paes é basicamente um fã, que a multiplica positivamente. Quer saber das coisas dela, das fofocas, de como pensa. Os seguidores de Dilma são de vários tipos, ou de uma forma simplificada: são apoiadores e críticos que querem multiplicar a opinião dela ou criticá-la.

3. Isso vale pra todos os políticos que tenham alguma significância no twitter. Postar e ganhar seguidores, pode ser multiplicar opiniões positivas ou multiplicar opiniões negativas. Só que a multiplicação de opiniões positivas dos políticos –da Dilma por exemplo- é basicamente horizontal, ou seja se dissolve rapidamente por não constituir novidade.

4. Mas a multiplicação negativa de opinião de um político –da Dilma por exemplo- tem expansão exponencial, muito diferente, pois em boa parte vem acompanhada pela desclassificação da opinião. Por analogia as pesquisas sobre consumidores mostram o mesmo. Um cliente sai satisfeito de um restaurante e fala a 10 pessoas. Um cliente sai muito insatisfeito de um restaurante e fala a 110 pessoas.

5. Exemplo: o caso Petrobrás/Pasadena. O apoiador repassa e agrega: -ela explicou tudo. O opositor repassa e agrega: -ela continua mentindo.

6. Ou seja: as empresas que analisam os seguidores deveriam pesquisar os desdobramentos das postagens para ver em que proporção o politico convenceu e em que proporção impulsionou as críticas.

“COPA ESTÁ A 50 DIAS E TEMOS O QUE TEMOS! OLIMPÍADA A 2 ANOS E É AQUELA HISTÓRIA DE DAR UM JEITO DEPOIS !”

(Entrevista Bernardinho- Folha de S.Paulo-25)
1. FSP- Você também é bem crítico ao esporte olímpico no Rio.
B- Sem dúvida. / FSP- Como você avalia a atual situação da cidade olímpica? B-A crítica é muito mais ampla do que à cidade olímpica ou o país da Olimpíada. É um país sem prioridades, sem planejamento, onde nada é respeitado. Orçamentos e os prazos não são respeitados. Meu dissabor e minha frustração são com o país. Temos coisas sérias e importantes a criticar e tentar mudar.

2. FSP- Como o quê? B- Primeiramente, a maior crise que a gente vive é de valores morais e éticos. Segundo, é preciso estabelecer prioridades e trabalhar por elas. Aqui, tudo é possível. A permissividade é absoluta. A Copa está a 50 dias e temos o que temos, a Olimpíada a dois anos e é aquela história de dar um jeito depois. Um projeto em que você tem todos os níveis de governos mais a iniciativa privada é algo que, no nosso país, é quase inadministrável. Difícil você conseguir organizar isso tudo, me preocupo com isso, mas me preocupo com o país. É um país que precisa dar uma guinada no que diz respeito ao seu futuro.

FINANCIAL TIMES: “PONTO DE INTERROGAÇÃO SOBRE A CAPACIDADE DO BRASIL ORGANIZAR EVENTOS COMPLEXOS COMO A COPA-2014 E OS JJOO-2016!

(Financial Times-20) “ A Copa do Mundo começa daqui a menos de dois meses, quando o Brasil enfrentará a Croácia em São Paulo, no dia 12 de junho. Isso considerando, é claro, que o estádio estará pronto – ele ainda está em obras. De qualquer forma, parece que a principal competição do futebol mundial irá definir outras coisas além de qual nação tem o melhor futebol do mundo. Ela também poderá exercer influência crucial nas eleições presidenciais brasileiras, marcadas para outubro”.

2. “O belo jogo expõe as falhas horríveis do Brasil” (The beautiful game exposes Brazil’s ugly flaws). A Copa do Mundo é uma nuvem negra no horizonte da presidente e candidata a reeleição, Dilma Rousseff.” “Grande parte dos problemas se anunciam no Rio de Janeiro, onde uma série de crises colocaram um grande ponto de interrogação sobre a pretensa capacidade do Brasil de organizar um evento tão complexo quanto uma Copa do Mundo, para não falar dos

3. “Centenas de milhares tomaram as ruas da nação e enfrentaram a polícia, exigindo o fim da corrupção que aflige todas as instituições”, afirma a reportagem, que afirma também que as manifestações foram mais intensas no Rio de Janeiro, onde há falta de infraestrutura e onde políticas de pacificação das favelas falharam. Roubos e assassinatos estão em alta, e confrontos armados entre traficantes e policiais estão de volta ao noticiário. A população está assustada”.

4. “Se o Brasil falhar na organização da Copa, Dilma talvez tenha que procurar outro emprego, e só poderá culpar a si mesma.

ESTADO DO RIO: EM DEZ ANOS 10 MIL MORTES EM ‘AUTOS DE RESISTÊNCIA’ SEGUNDO OAB!

(Coluna Monica Bergamo-Folha de SP-24) Os autos de resistência são considerados uma chaga por entidades de direitos humanos. Elas consideram que na prática eles funcionam muitas vezes como um salvo-conduto para a violência policial, que não é investigada nem punida. A OAB do Rio de Janeiro, por exemplo, afirma que 10 mil casos foram registrados como autos de resistência no Estado entre 2001 e 2011.

TAXA DE DESEMPREGO EFETIVA!

(Alexandre Schwartsman-Folha de SP-23)

1. Segundo o IBGE, o desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas mensalmente atingiu 5% em março, o nível mais baixo para o mês desde o início da pesquisa, em 2002. Um observador que estendesse seu foco para os dados mais completos provavelmente chegaria a conclusão bem distinta.

2. Por exemplo, de acordo com essa mesma pesquisa, a geração líquida de empregos foi próxima a zero, seja na comparação entre março de 2013 e março de 2014, seja com relação ao observado no primeiro trimestre de cada ano.Nota-se, ademais, que a PIA (População em Idade Ativa) não estagnou no período, mas segue crescendo entre 1% e 1,5% ao ano (1,3% no trimestre em questão), de modo que não se pode atribuir a redução do desemprego a fatores demográficos, como por vezes se ouve.

3. Em 10 dos últimos 12 meses a taxa de crescimento da PIA superou a expansão do emprego, o que, em tempos normais, teria provocado uma elevação visível da taxa de desemprego. Isso não ocorreu, contudo, porque parcela da PIA parece ter “desistido” do mercado de trabalho. De fato, 57% da PIA, em média, costuma se engajar no mercado, seja trabalhando, seja procurando emprego, constituindo aquilo que se convencionou chamar de PEA (População Economicamente Ativa). Essa grandeza, a relação entre PEA e PIA (a taxa de participação), não costuma ser fixa, porém; pelo contrário, flutua ao redor da média, revertendo a ela ao longo do tempo, processo geralmente rápido.

4. Caso, porém, a taxa de participação fosse igual à média, o desemprego se encontraria em 6,1% no primeiro trimestre de 2014 comparado a 4,9% no mesmo período do ano passado, segundo o mesmo critério. Seria ainda uma taxa historicamente baixa, mas não mais o recorde sugerido pela mera observação do dado oficial. Dado que a tendência da taxa de participação é voltar à média, o desemprego (ajustado à sazonalidade) deverá se elevar nos próximos trimestres, pois, o baixo crescimento esperado do PIB para 2014 não deve fazer com que o emprego aumente o suficiente para reverter esse fenômeno.