A UDI (IDU em inglês) é liderada pelo Partido Conservador britânico e Partido Republicano norte- americano. A seguir resumo das intervenções.
1.1. UCRÂNIA. Lindington – Reino Unido: Essa é a maior crise de segurança europeia dos últimos 25 anos. Pretendente perigoso. Putin diz que tem direito de intervir para defender russos em outros países. Argumento de Hitler. É claro que Putin não improvisou: já tinha o caso Crimeia planejado com cuidado. Isso sugere que pode ter algo similar em outros lugares. Quer restaurar a “grandeza” da Rússia. Usa a energia como arma. Que fazer? Apoiar ao máximo o novo governo que sairá das urnas em maio; ações em relação à Rússia que mostre nosso rechaço e desanime novas ações; sanções estruturais duras se há escalada; OTAN tem que tomar mão do assunto antes que venham desdobramentos. Usar a segurança transatlântica: EUA cobre 3/4 dos gastos da OTAN. Energia é assunto prioritário para UE: criar mercado comum de energia e atenção com a Europa central e leste.
1.2. UCRÂNIA. Neymiria. Presidente da Batkiushchyma/Ucrânia: Ucrânia não é um caso isolado: é um ataque a estabilidade mundial. Esse deve ser o ponto de partida. Essa agressão da Rússia estava há muito planejada. Implicações: a) armas nucleares: há 25 anos Ucrânia tinha o terceiro arsenal nuclear do mundo; b) Rússia, para legitimar referendum, usa ações de partidos europeus de extrema direita. Veja a popularidade deles, aliados implícitos de Putin. Ucrânia NÃO é membro da OTAN (por minúcias, que erro!), nem do acordo russo de defesa. Comércio Rússia-EUA é pequeno perto do comércio Rússia-UE. Putin tem armas da energia além das militares, o que mostra limites do ocidente. Volta à doutrina Brejnev de Soberania Limitada. Putin quer mais influência mundial da Rússia. Nunca se viu um Império crescer com população diminuindo, por isso império russo precisa de mais áreas. Atenção: China se absteve no caso Crimeia. Desafios da Ucrânia: a) economia em crise com desequilíbrios estruturais e FMI não tem cultura política; preço do gás pode subir 50%; b) elementos de segurança; c) estamos a um mês das eleições, que tem que ser justas e democráticas para legitimar.
1.3. Barry Johnson, republicano que trabalhou no gabinete de Bush na Casa Branca: Dados de pesquisa realizada agora. Ucrânia não queria ceder Crimeia. Ucranianos não querem ver o país dividido, apesar das diferenças regionais e de visões (Oeste e Centro são pró-ocidental; Leste quer união aduaneira; Sul dividido sobre a OTAN. 37% tem EUA como referência, 46% tem UE). Timoshenko ainda tem 15% de apoio. Há muita divisão para as eleições. 50% não acham que as eleições serão livres e justas x 50%. Desafios são os mesmos: corrupção, gestão de governo…, 64% querem que seu país seja integrado territorialmente. Atenção, pois crescem os movimentos anti-democracia como Venezuela, além de Rússia e China. EUA têm que jogar esse papel de difundir democracia: direito universal ao sufrágio, liberdade de expressão, liberdade de organização… Nos casos da Coreia do Norte e Síria, foi Putin quem teve o voto decisivo. Obama não tem estatura: UE é que tem que assumir nesses dois anos.
1.4. Comentários/Debates. Áustria: modelo de neutralidade pode ajudar no caso Ucrânia./ Geórgia: recebi pesquisa regional em Conitz: 66% querem viver na Ucrânia, Erro quando se pinta Putin como um duro coronel da KGB. Ocidente tem que ter um conjunto de ações coordenadas para pressionar os cleptocratas russos. Setor energético é fundamental para Putin. Há que avançar valores democráticos para o leste em direção à fronteira com a Rússia. / Eslovénia. Foi um erro não se responder quando da crise da Rússia com a Geórgia. Erro da reunião de Bucareste quando não se aceitou integrar a Ucrânia na OTAN porque não havia cumprido todos os requisitos. Esse foi o sinal verde para Putin./ Reino Unido. Semelhanças com 1938/39 quando do apaziguamento com a Alemanha. Europa deve ter postura comum e aplicar sanções econômicas. Se não for assim a situação vai se agravar.
1.5. Comentários/Debates. Canadá (Ministro da Fazenda): nosso premiê foi enfático: visitou a Ucrânia, pós-anexação da Crimeia. Devem ser adotadas medidas práticas táticas, sem perder visão estratégica. Tiramos credenciamentos de pessoal da embaixada russa e cancelamos convênios. Manter esse diálogo direto, avançar acordo de livre comércio com a Ucrânia. Sanções de fato antes de se produzir consenso. Canadá, por isso, decidiu atuar unilateralmente. / Howard, australiano, presidente da IDU: Difícil uma posição comum da UE: vide Alemanha, FMI não atua na esfera política. Partidos da UE tem que tomar essa posição em relação a apoio à Ucrânia, / Nemyria (Ucrânia): Em junho Ucrânia, Moldávia, e Geórgia se reúnem para avaliar acordo de comércio com a Rússia. Rússia analisa até vender gás pré-pago para a Ucrânia. Muito cuidado com a estratégia de Federalização para a Ucrânia. Em tese não somos contra, mas hoje é um risco e somos contra. Imaginar que o caso da Crimeia é isolado é um risco. Temo pela influência dos oligarcas da Ucrânia nessa eleição de um país enormemente corrupto. Agora temos 40 a 50 mil homens na fronteira russa. Apoio militar dos EUA ainda não foi sensível. Um apoio importante seria na área de inteligência, fornecer informações à Ucrânia. / Barry – EUA: O governo Obama diz que EUA não têm interesses estratégicos na Ucrânia e por isso iniciativa tem que vir da UE. Não devemos pensar que nossos interesses são maiores que as pessoas que queremos apoiar. Por isso as eleições de maio na Ucrânia são tão importantes. / Presidente Howard da IDU: Vamos torcer para Júlia Timoshenko ganhar as eleições, mas não podemos ter candidato.