(Jorge Castro – Clarín, 06) 1. A sequência das exportações chinesas é a seguinte: eram 31% maiores do que dos EUA em 2009 cresceram para 62% em 2012 e irão dobrar em 2015. Enquanto isso, a China aumenta sistematicamente os gastos militares. Em 2013 totalizaram 114,5 bilhões de dólares (+10,7% em relação a 2012) e é o segundo gasto no mundo depois dos EUA. O gasto do setor de defesa nos EUA alcançou 577 bilhões de dólares no ano passado, mais do que a soma dos gastos militares dos 10 países que aparecem em seguida na lista.
2. A China destina um terço do seu orçamento militar ao desenvolvimento de uma frota naval para atuar em águas profundas, que já incursiona no Oceano Índico e Pacífico Sul, até chegar à costa americana. A resposta dos EUA ao desafio chinês são duas iniciativas de caráter puramente estratégico: o acordo do Transpacífico, através do qual espera se integrar com 12 países da região, incluindo o Japão; e o tratado do Transatlântico, através do qual se integraria com 27 países europeus, liderados pela Alemanha.
3. A mais importante é a iniciativa do Transatlântico, porque congrega os protagonistas da “nova revolução industrial”. Os Estados Unidos e a China são aliados estratégicos (Annenberg, Califórnia, 3 a 5 de junho de 2013), e ao mesmo tempo adversários geopolíticos, que tem participação no mundo inteiro, mas especialmente na Ásia, nas águas Sul e do Leste do Pacífico. A integração não é o oposto do conflito, mas uma forma sublimada de fazê-lo. É uma disputa que em vez de parar a globalização, acelera e aprofunda. Tudo surge do conflito e graças a ele.