03 de fevereiro de 2014

DILMA MUDA MINISTROS E NINGUÉM ENTENDE! GOVERNAR É PRIORIZAR!

1. A presidente Dilma faz sua reforma ministerial de percurso. Independente de performances, se entende. Afinal, ministros saem para se candidatar. Os técnicos de futebol também fazem mudanças, muitas vezes, no meio do jogo. Mas ninguém entenderia levar o Neymar para o lugar do Júlio Cesar.

2. E, no caso de ministros, a flexibilidade é muito maior que mexer num time de futebol. Afinal, a capacidade política e político-administrativa permite usar os melhores quadros em diversos ministérios. Assim fez o presidente Fernando Henrique levando Serra, o importante economista e senador do PSDB para o Ministério da Saúde, uma prioridade.

3. Entendeu o presidente Fernando Henrique que dada a enorme prioridade na Saúde, precisava fazer convergir experiência política e técnica e que com isso formaria uma excelente equipe naquele Ministério.

4. A presidente Dilma também agiu dessa forma. Pelo menos se pensava assim. Convocou o mais importante economista do PT, com experiência política do exercício de seus mandatos e o levou para aquilo que ela e todos repetem ser a prioridade das prioridades no Brasil: a Educação.

5. A reação foi muito positiva: essa era a prioridade de Dilma, levou seu melhor quadro, como muitos afirmam, para ser o Ministro da Educação.

6. Mas, de repente, e ‘não mais que de repente’, tendo em vista as dificuldades no relacionamento com o Congresso, resolve deslocar Mercadante para seu ministro de articulação política. A Educação não é mais a prioridade?

7. Afinal, os pares do ministro no Congresso respeitam o saber especifico do ministro, mas dizem e repetem que ele não leva jeito -e paciência- para essa nova função. Deputados e Senadores dizem até que sentem certa arrogância dele nessa relação, desprezando a experiência política de seus pares.

8. Ninguém entendeu nada. Dilma tira da Educação seu melhor quadro e o leva para articulação política, tarefa que, dizem seus pares, ele não tem jeito. FHC não levaria Serra para esta função pelas mesmas razões e por isso foi para a Saúde. Dilma trocou Neymar por Júlio Cesar?

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ESSE MODELO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NÃO SE SUSTENTA!

(Nelson Rojas, cientista político da UFRRJ e pesquisador do Observatório de Metrópoles da UFRJ – Globo Online, 02) “Tenho dúvidas se o atual modelo é sustentável a médio prazo. É um modelo desenvolvimentista da cidade-empresa, na qual as obras são feitas para atender a determinado projeto, beneficiando, sem dúvida, determinado grupo político e chamando a atenção do país para o Rio. Mas esse resgate da política e da importância do Rio, a meu ver, não se sustenta a média prazo se não pensarmos as questões metropolitanas, os grandes problemas que ainda temos e que a população sofre diariamente. Somente um projeto dessa natureza é capaz de iniciar um ciclo virtuoso de recuperação não só econômica, mas também política do Rio, porque a população como um todo passa a fazer parte dela, assim como as próprias instituições aqui instaladas e suas lideranças.”

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PAUL KRUGMAN: “PARECE SER O ESTOURO DE UMA BOLHA DOS PAISES EMERGENTES”!

(Estado de SP, 01) 1. “Estamos vendo o que parece ser o estouro de uma bolha dos países emergentes. E uma crise nestes mercados pode, de forma plausível, transformar o risco de deflação na zona do euro em realidade”, avalia o prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, em sua coluna nesta sexta-feira no jornal New York Times, destacando que a Europa pode passar por situação semelhante a do Japão, que viu sua economia estagnada por anos.

2. Krugman não está muito otimista com o desenrolar da recente turbulência nos países emergentes. Para ele, o problema não é da Turquia, ou Índia, Hungria, África do Sul e qualquer outros mercado emergente que pode se tornar a bola da vez. “O verdadeiro problema é que as nações mais ricas, sobretudo Estados Unidos e a zona do euro, fracassaram em lidar com suas próprias fraquezas”, afirma o economista no artigo.

3. O economista diz que as crises financeiras têm ficado mais próximas umas das outras e com resultados mais severos, em termos de impactos na economia real. Por um longo período após a Segunda Guerra o mundo ficou livre de crises financeiras, provavelmente, avalia Krugman, porque muitos governos restringiram movimentos de capital entre países. Em anos recentes, a situação piorou, com uma crise atrás da outra, na América Latina, Estados Unidos, Ásia e Europa. “Se a forma da crise parece a mesma, os efeitos estão ficando piores.”

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RESULTADOS DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA COSTA RICA E EL SALVADOR!

1. Na Costa Rica o candidato do PAC -dissidente do PLN, que governa há vários anos- surpreendeu nos últimos dias, passou o candidato da esquerda, vencendo primeiro turno. Nenhum dos dois alcançou 40% e haverá segundo turno. Solis do PAC 30,8% e Araya do PLN 29,6%. O candidato da esquerda da FA caiu e terminou com 17,14%.

2. Em El Salvador o tribunal eleitoral suspendeu a contagem oficial com 70% das urnas apuradas. Com 91% das urnas levantadas, candidato da FMNL, que governa, ex-comandante guerrilheiro, Sanchez Ceren obteve 49% dos votos e Norman Quijano da Arena -prefeito de San Salvador- ficou com 39%. O FMNL governa com um presidente moderado -Fulnes- caminho que encontrou para vencer as eleições. Agora aposta num candidato chavista. Até terça virá o resultado final. Se Ceren conseguir os 50%, não haverá segundo turno. Os números de Quijano apontam para um segundo turno.