21 de janeiro de 2014

REDES SOCIAIS DE TODOS OS TAMANHOS! “ROLEZINHOS”, UMA MODALIDADE APENAS!

1. Quando das grandes manifestações de junho/julho de 2013 multiplicadas pelas redes sociais, matérias e análises publicadas faziam previsões da possibilidade de se repetirem, especialmente na Copa.

2. Este Ex-Blog –na época- chamou a atenção para dois fatos. Primeiro que não havia desmobilização, já que as ruas reais podem esvaziar, mas as ruas virtuais continuam cheias de gente nas redes sociais. O segundo é que as redes sociais são de todos os tipos e tamanhos. Podem sair às ruas por assuntos os mais diversos e em diversos tamanhos. Ou não.

3. Fracassam os que imaginam que podem ser líderes mobilizadores nas redes. As redes, repita-se, são horizontais, desierarquizadas e sem comando. Pode ser que num momento alguém dispare alguma reunião e dê certo. Mas para se transformar em um movimento nas redes tem que ser multiplicada espontânea e horizontalmente.

4. Os “rolezinhos” mostram isso tudo. Depois de um momento de partida, multiplicaram-se dentro e fora de SP de forma horizontal e desierarquizadas e de todos os tamanhos. Pelas características e locais fechados das mobilizações (shoppings), serão sempre pequenas ou médias e por convocação pontual e não geral.

5. O importante é entender que os “rolezinhos” são parte integrante da dinâmica das redes sociais a partir de junho de 2013. São ruas virtuais específicas. Outras modalidades virão. Muitas são tentadas, muitas fracassam, quase sempre pela pretensão de liderança (como o “toplessaço” no Rio). Mas por serem milhares de iniciativas, será inevitável que várias progridam. E, para chamar atenção, buscarão pontos de “luminosidade” para a mídia. Que não tem alternativa senão correr atrás, pela lógica de sua concorrência interna.

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ELEIÇÃO NO RIO: PMDB PODERIA OLHAR TAMBÉM PARA TRÁS!

1. (Ex-Blog) Em 1998 o PSDB, no governo, lançou o vice-governador e secretário de obras, Luiz Paulo Correa da Rocha, candidato a governador. O PMDB apoiou e Luiz Paulo passou a ter um enorme tempo de TV. O governador Marcelo Alencar enfrentava desgaste, mas nada comparado com Sérgio Cabral agora. O PSDB tinha 46 prefeitos e praticamente todos os da região metropolitana. A campanha do PSDB foi feita por Duda Mendonça. Luiz Paulo partiu com os mesmos 5% de Pezão. Subiu e chegou a 8% sobre o total dos votos emitidos.

2. (Dora Kramer – Estado de SP, 17) Aposta real. Parecia blefe, mas a insistência do PMDB em manter candidatura própria ao governo do Rio de Janeiro é “à vera”. Pelo seguinte: o partido tem certeza de que o vice-governador Luiz Fernando Pezão chega ao segundo turno.  Conta com as máquinas no Estado e da Prefeitura e não seria contaminado pelo desgaste do governador Sérgio Cabral exatamente pelos atributos opostos aos que fizeram Cabral ser mal avaliado: deslumbramento, imprudência e arrogância. Pezão é bem quisto, pé de boi e refratário a excessos sociais. O PMDB acha que, partindo do patamar de 25% de aprovação de Cabral, o vice multiplica o patrimônio assim que o governador se afastar da cena.

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DO BARÃO DO RIO BRANCO AOS MINISTROS DO STF!

1. Em 1908, quando se abria o processo de escolha de nomes para a eleição presidencial, o ministro de relações exteriores, José Maria da Silva Paranhos Júnior, unanimidade nacional, foi procurado para que seu nome fosse lançado. Ele respondeu (Pensamento Diplomático Brasileiro – Fundação Alexandre Gusmão, volume II, página 449):

2. “Candidato ou Presidente me lançava nas ondas da política militante, envolvia-me na voragem de todas as paixões e interesses humanos. Seria discutido, atacado, diminuído, desautorizado pelo choque de ambições bravias, e não teria como Presidente a força que tenho hoje como ministro para dirigir as relações exteriores.”

3. Rui Barbosa aceitou o convite. Hermes da Fonseca venceu com 64,35% dos votos. Rui Barbosa obteve 35,51% dos votos.

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HÁ 500 MIL MANDADOS DE PRISÃO EXPEDIDOS E NÃO CUMPRIDOS!

(Gil Castello Branco – Globo, 21) Os números são impressionantes. O Brasil tem cerca de 550 mil presos, a quarta maior população carcerária do mundo. Nesse G4 só ficamos atrás de Estados Unidos, China e Rússia. No entanto, a capacidade máxima das 1.312 unidades prisionais brasileiras é de aproximadamente 310 mil detentos, o que gera déficit de 240 mil vagas. Essa situação seria atenuada caso o Judiciário fosse mais ágil, pois quase 40% dos detentos são presos provisórios, com processos não julgados. Por outro lado, existem 500 mil mandados de prisão expedidos e não cumpridos.