IBOPE MOSTRA ELEITOR DE S. PAULO PESSIMISTA, A COMEÇAR COM O PREFEITO DA CAPITAL!
Pesquisa de 23/11 a 02/12 com 812 entrevistados.
1. Eleitor paulistano deu 12% de ótimo+bom para prefeito Haddad e 51% de ruim+péssimo. O governador Alckmin teve 31% de O+B x 25% de R+P. Na capital, obteve apenas 28% x 30%. 49% dos paulistas desaprovam Alckmin e 41% aprovam. 57% não confiam em Alckmin e 34% confiam. Em S. Paulo, segurança pública+violência+drogas tem a pior avaliação do Brasil. 28% apontam este como o pior desempenho do governo estadual, mais que os 20% de Saúde, que lidera em todo o país. É provável que a escolha, pelo PT, do ministro da saúde para candidato a governador seja uma escolha fora do tema.
2. Dilma teve avaliação um pouco melhor que Alckmin: 35% de O+B x 26% de R+P. Assim como no Estado do Rio, é entre os jovens de 16 a 24 anos que a avaliação de Dilma é pior: 29% x 35%. Na capital, Dilma também supera Alckmin: 32% x 28%. E no interior a avaliação O+B de Dilma iguala a de Alckmin: 38%. São 48% os que desaprovam Dilma e 44% os que aprovam. São 55% os que não confiam em Dilma e 39% os que confiam. Em relação a Alckmin, 49% desaprovam e 57% não confiam.
3. Curiosamente, a melhor avaliação de Dilma está entre aqueles que acham Alckmin ótimo+bom. Nesse cruzamento, 52% avaliam Dilma O+B e 17% R+P. Não é uma notícia boa para a candidatura de Aécio, pois abrir vantagem em S. Paulo é decisivo para ele. Se até a campanha a candidatura de Alckmin for percebida como impessoal politicamente (indiferente se ganhe este ou aquele presidente), como o é hoje, o prejuízo para Aécio será muito grande.
4. A desaprovação das funções de governo em nível federal no estado de S. Paulo é a maior do Brasil. Segurança Pública tem desaprovação de 79%. Combate a Inflação tem desaprovação de 75%. Combate a Fome/Pobreza de 52%. Impostos 84%. Meio Ambiente 52%. Saúde 80%. Educação 68%.
5. As áreas de pior desempenho do governo federal são: Saúde para 21% dos eleitores, Segurança+Drogas+Violência 20%, Combate a Corrupção 14%, Educação 11%.
6. Se quiser conhecer a pesquisa completa para o Estado de SP.
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EX-BLOG CHEGA A EDIÇÃO 2000!
Na sexta-feira (20), este Ex-Blog chegou a Edição 2000. Lembre-se que ele não circula sábados e domingo e feriados. E continua a crescer o número dos que espontaneamente se inscreveram, passando a 58.511 inscritos até dia 20/12/2013. Um presente de Natal que este Ex-Blog agradece muito.
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CONEXÃO S. PAULO-RIO-PANAMÁ: TUDO EM 2008!
1. (Estado de SP, 22) 1.1. José Dirceu abriu no Panamá uma filial de sua empresa de consultoria. Ela fica no mesmo endereço da Truston International, dona do hotel que ofereceu a ele emprego de R$ 20 mil no mês passado. A JD Assessoria e Consultoria registrou a filial em 2008, três anos depois de Dirceu ser apeado do governo em meio ao escândalo do mensalão, no escritório da Morgan & Morgan, que disponibiliza testas de ferro para milhares de firmas estrangeiras, como a Truston, no conhecido paraíso fiscal da América Central.
1.2. Na ocasião, Dirceu informou a um cartório brasileiro a constituição da filial, com endereço no 16.º andar da Torre MMG, na Cidade do Panamá, onde funciona a Morgan & Morgan. Conforme os registros, ao abrir a filial no Panamá, o ex-ministro fez um aporte em dinheiro vivo e aumentou o capital da JD de R$ 5 mil para R$ 100 mil. Metade desse capital foi destacado para a filial panamenha, cujo objetivo seria “o mesmo desenvolvido pela matriz”, criada em 1998, em São Paulo.
1.3. A Truston – dona do hotel St. Peter – foi aberta no Panamá apenas três meses depois dessa operação conduzida pelo ex-ministro, também declarando o endereço da Morgan & Morgan e tendo um “laranja” como seu presidente. José Eugenio Silva Ritter, auxiliar administrativo do Morgan & Morgan, e outros dois representantes do escritório panamenho constam como donos de nada menos que 30 mil empresas no paraíso fiscal.
2. (JB, 06) Rio. Conval Corporation e Vittenau Corporation: primeira foi constituída em 12 de junho de 2008 e a segunda uma semana depois, em 19 de junho daquele ano. Hoje elas pertencem a Valmar Souza Paes, pai do prefeito, Cada uma delas tem um capital social de US$ 4 millhões, ou seja, US$ 8 milhões, que, hoje, equivaleriam a cerca de R$ 20 milhões. Ambas foram constituídas pelo escritório Morgan y Morgan, um dos mais atuantes no Panamá, que, ao que tudo indica, tem farta clientela no Brasil. Jose Eugenio Silva Ritter é ou foi “dono” de mais de 1,5 mil empresas – a maioria delas no País.
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34% DOS JOVENS DE 18 ANOS OU MAIS, EM FAVELAS-UPP, NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM!
(Folha de SP, 22) 1. Mais de um terço dos jovens de favelas com UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) não trabalha nem estuda, diz pesquisa da Firjan. De acordo com o levantamento, realizado em sete favelas ocupadas, os jovens têm relação atribulada com a escola, saindo e voltando constantemente, o que impacta na formação e na entrada do mercado de trabalho. Segundo os dados, 28% dos moradores de favela de 14 a 29 anos não estudam nem trabalham. A taxa está acima da média da região metropolitana do Rio, onde 21% dos jovens nessa faixa etária se enquadram nesse perfil, de acordo com dados do IBGE.
2. Segundo a Firjan, a proporção aumenta a partir dos 18, quando 34% dos jovens de favelas com UPP não estuda nem trabalha. “Eles largam aos poucos a escola, parando e voltando a estudar. Repetem ano, param um ano, voltam. Aos 18, quando deviam estar no mínimo entrando no ensino médio, eles abandonam de vez”, disse Hilda Alves, gerente de pesquisas do Sistema Firjan, responsável pelo trabalho.
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ABANDONO DA DEFENSORIA PÚBLICA É GRAVE EXCLUSÃO SOCIAL!
(Editorial – Folha de SP, 22) 1. Vinte e cinco anos já se passaram, mas o número de defensores públicos infelizmente continua muito aquém do necessário para o cumprimento dessa tarefa, crucial para tornar realidade o direito fundamental de acesso à Justiça. Essa constatação é evidente a quem examinar o “Atlas de Acesso à Justiça”.
2. Enquanto há excesso de advogados à disposição de quem possa pagar, é escasso o contingente de profissionais alocados no setor de orientação jurídica gratuita. Em números totais, o Brasil tem cerca de 770 mil advogados, mas apenas 5.500 defensores. Na comparação proporcional, são 311 advogados para cada 100 mil habitantes, contra somente 3,9 defensores públicos no mesmo universo.
3. O descompasso, na verdade, é ainda mais gritante, porque o público-alvo da Defensoria –a parcela da população que recebe até três salários mínimos por mês, pouco mais de R$ 2.000– constitui mais da metade dos adultos do país.