PUBLICADO O EDITAL PARA EXPLORAÇÃO DA CONCESSÃO DE 13 CEMITÉRIOS POR 35 ANOS NO RIO! VALOR AINDA É UM MISTÉRIO!
1. Este Ex-Blog traz todos os anexos a respeito. A começar pelo Decreto “E” 3707 de 6 de fevereiro de 1970 do governador Negrão de Lima que regulamenta o funcionamento dos cemitérios. Não foi cancelado e tem que ser respeitado.
2. Importante lembrar que o Edital não faz nenhuma referência à Resolução 335 do Conama –Legislação Federal que regulamenta o funcionamento de cemitérios no país. Alguns foram fechados por descumprir esta resolução. Também em anexo.
3. Além da ausência de valor, que deveria andar na casa de R$ 30 bilhões de reais pela concessão, não se entende por que o recadastramento e inventários de bens e mapeamento do solo e da ocupação dos cemitérios precisa ser tão RIGOROSAMENTE SIGILOSO e somente revelado à Prefeitura. (????).
4. São dois lotes: um com 7 cemitérios e o crematório e outro com 6 cemitérios.
5. O que acontece com os atuais proprietários de jazigos perpétuos que recentemente têm sido legalmente transferidos ou “vendidos” pela Santa Casa de Misericórdia por CENTENAS DE MILHARES DE REAIS, conforme demonstrado em reportagem do Fantástico? Precisarão, em contradição ao contrato antes celebrado, pagar taxa anual? E o que, de fato, receberá o titular, mediante o pagamento desta taxa? Terão seu direito/patrimônio reduzido a R$ 25.000,00.
6. Que os nomes dos interessados sejam público para que se possa avaliar sua capacidade e experiência.
7. Conheça os detalhes nos cinco anexos. 1, 2, 3, 4 e 5.
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O QUE FARÁ SERGIO CABRAL?
1. Na turbulência das pesquisas que informam seu ruim+péssimo na casa dos 40%, o governador Sergio Cabral aproveitou uma solenidade de UPPs, para declarar que sairá em março e entrega seu nome ao partido para o Senado em 2014. Esqueceu-se de telefonar ao Senador Dornelles, que deu um troco de alto nível na coluna do Ilimar Franco no Globo.
2. Os analistas que mergulham abaixo do nível do mar não acreditam que ele seja candidato ao Senado. O risco de perder a eleição é muito grande. Mas, independente disso, colocar sua carga negativa nos ombros de seu candidato Pezão, pela colagem inevitável durante a campanha, é ato de masoquismo político. Pior: levará com ele vários mandatos de deputados.
3. A colagem de Pezão nele é total. Na pesquisa GPP (23-24/11 com 2.400 entrevistas), Cabral tem de ótimo+bom 17,6%. Na intenção de voto, Pezão tem 6%. Mais da metade desses 6% é cruzada com o ótimo+bom de Cabral. Ou seja: Pezão assumir o governo e descolar-se de Cabral é o único atalho possível –mesmo que improvável- de tornar sua candidatura competitiva.
4. Declarar que sai em março só não é outra decisão descabida porque junto da declaração pode estar indo à Brasília um interlocutor propondo à Dilma uma saída honrosa para ele, no primeiro escalão dela e…, fora do Rio. Os meses de janeiro e fevereiro são nulos para a execução orçamentária. Na primeira semana de março é carnaval, em que Cabral terá que viajar. Para que ficar estes 3 meses?
5. Seus amigos o aconselham sair em 30 de dezembro (2013), com um discurso de humildade e amor ao Rio. Isso permitiria ao Pezão, nesses 3 meses, se familiarizar com a rotina do governador e teria um importante efeito colateral: as contas de Cabral seriam julgadas ainda nesta legislatura, sem ruídos, sem problemas. Dessa forma, o próximo governador só apresentará as contas do Pezão. Mas se Cabral sair em 31 de março, as contas a serem apreciadas serão as de ambos.
6. Como político não dá tiro no próprio pé, todo o círculo de amigos –de fato- insiste que ele saia em 30/12/2013. E dizem: quem sabe isso ainda possa prorrogar a permanência do PT no governo por esse trimestre?
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“VÁ TRABALHAR, PREFEITO”!
(coluna Bernardo Mello Franco – Folha de SP, 12) 1. Eduardo Paes, o prefeito da vez, tem repetido a prática de antecessores: gasta muito com obras de maquiagem e investe pouco no combate às enchentes. No ano passado, prometeu acabar com as cheias na Tijuca e na Praça da Bandeira, outro problema ancestral do Rio. O sistema de reservatórios deveria estar pronto, mas já atrasou duas vezes. Agora, a promessa da prefeitura é acabar com as inundações em 2014. Alguém acredita?
2. Se deixar o cargo amanhã, Eduardo Paes será lembrado como o prefeito que demoliu a Perimetral. Para substituir o elevado, abriu no mês passado a Via Binário, onde dois ônibus não conseguem passar na mesma curva. Na primeira chuva, a avenida virou um rio, e Paes admitiu que a inaugurou sem fazer as obras de drenagem. Não é preciso ser engenheiro para saber o que aconteceria.
3. Ontem o peemedebista passou o dia dando entrevistas, em ambiente coberto e usando uma patética capa de chuva. Enquanto milhares de cariocas se arriscavam nas ruas para tentar chegar ao trabalho, ele pedia que a população ficasse em casa. Os eleitores deveriam devolver o apelo: “Vá trabalhar, prefeito!”.
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COMO ESTE EX-BLOG PREVIA: “NOVA RODOVIÁRIA NO RIO FRACASSA”!
(O Dia, 12) Construção de terminal provisório em São Cristóvão fora anunciada semana passada.
O projeto de construir uma rodoviária provisória em São Cristóvão, anunciado na semana passada pela prefeitura, foi por água a baixo. Entre os motivos, a falta de tempo hábil para entregar a obra antes do Natal, o estado do terreno prejudicado pelas chuvas desta quarta-feira e a preocupação com a falta de informação aos passageiros, que ficariam sem saber para que rodoviária deveriam se dirigir.
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SEM REFORMAS, UM LONGO PERÍODO DE ESTAGNAÇÃO!
(Cláudio Frischtak, doutor em economia pela Universidade Stanford e presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios – Folha de SP, 07) 1. Neste ano a participação da indústria de transformação no PIB deverá mais uma vez declinar e, pela primeira vez desde a década de 1950, se situar abaixo de 13% –neste último trimestre estava pouco acima desse patamar. Esse movimento segue um padrão observado em outros países. Porém, no caso do Brasil, algo está fora do lugar. De modo mais geral, ao relacionar a relevância da indústria de transformação com a renda per capita, o país é um ponto “fora da curva”, ou seja, para um país de renda média a indústria deveria ocupar um espaço significativamente maior.
2. A explicação se resume numa palavra: competitividade. Esta vem sendo subtraída por custos sistêmicos elevados –o exemplo da infraestrutura vem imediatamente à tona; taxa de investimento em capital físico e intelectual insuficiente e baixa produtividade e elevados custos unitários do trabalho. Esses fatores limitam a capacidade de a indústria competir e restringem seu crescimento. A produtividade é a chave e, no longo prazo. E, nesse sentido, a nossa fragilidade é evidente. Não apenas a produtividade fatorial total avança pouco e assim contribui marginalmente para o crescimento da economia (menos do que 1% ao ano nas duas últimas décadas) como, na indústria de transformação, a produtividade medida pelo valor agregado por pessoa ocupada ficou praticamente estagnada entre 1995 e 2010.
3. Essa situação corrosiva se tornou recentemente ainda mais adversa: desde o último trimestre de 2010, não apenas o custo de trabalho vem subindo como a produtividade faz o caminho inverso –o que possivelmente explica a perda acelerada de tecido industrial em 2011-12. Não à toa, somente 7% das empresas em sondagem recente da CNI se declararam mais produtivas do que seus pares internacionais. O país necessita encarar um fato singelo: ficamos para trás em relação aos nossos competidores e, a menos de um programa sério e crível de reformas, a indústria estará fadada a um longo período de estagnação.