AS DIFERENÇAS RADICAIS ENTRE AS POLÍTICAS DE TRANSPORTES DO RIO E DE SP!
1. O Rio é uma cidade multipolar onde os bairros têm identidades próprias e seus moradores afirmam suas condições pelo nome do bairro. Isso facilita as políticas que estimulam as atividades econômicas nos próprios bairros, reduzindo os deslocamentos radiais. Por exemplo, o polo industrial de Santa Cruz. Por exemplo, o Rio-Cidade qualificando os corredores comerciais e atraindo investimentos como shoppings (West, Bangu…).
2. Mas as políticas descentralizadoras estão sendo –desde 2009- invertidas com um programa de obras públicas que acentuam a centralização. Exemplo: a Transoeste, que reforça a centralidade da Barra da Tijuca induzindo os bairros da Zona Oeste (Guaratiba, Sepetiba, Campo Grande, Paciência, Santa Cruz…) a assumirem-se como bairros-dormitório. Da mesma forma a área portuária, que está sendo induzida a ser um enclave de escritórios exigindo mais deslocamentos radiais. Da mesma forma os projetos da TransBrasil e TransOlímpica, etc.
3. Essa política da Prefeitura do Rio vem agravando a mobilidade na cidade, como mostrou recentemente o IPPUR-UFRJ, situando o Rio como a pior área metropolitana entre 15 RMs.
4. A Prefeitura de SP, neste momento, está alterando o Plano Diretor de forma a incentivar a descentralização e, com isso, reduzir os deslocamentos radiais.
5. (Editorial da Folha de SP, 23) 5.1. Em linhas gerais, os dois grandes objetivos da proposta são promover o adensamento populacional ao longo dos principais eixos de transporte público e aproximar a oferta de emprego dos locais onde as pessoas moram. Para perseguir essas metas –em torno das quais parece formar-se um consenso–, o texto estipula parâmetros, restrições e incentivos. Com vistas a concentrar residências nas áreas próximas a corredores de ônibus, linhas férreas e estações de metrô.
5.2. Quanto à aproximação entre trabalho e habitação, trata-se de diretriz contemplada pelo plano anterior, mas ainda longe de se tonar realidade. As assimetrias são evidentes. Na zona leste, há uma relação de 19 vagas de emprego por grupo de 100 habitantes; no centro, a proporção é de 226 para 100. Tal desequilíbrio traduz-se em problemáticos deslocamentos diários de milhões de pessoas. A fórmula para resolver a questão é óbvia: mais moradias no centro e mais emprego na zona leste.
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QUEM SERIA?
(Especial com documentos secretos que teve acesso o Estado de SP, 01) Infiltrados. O militar brasileiro, cuja identidade não é revelada nos documentos, passou outro recado importante ao governo Allende. Entre os 70 “subversivos” brasileiros que foram ao Chile no ano anterior, trocados pelo embaixador suíço, Giovanni Bucher, havia dois espiões do Exército brasileiro. O governo Médici tinha deliberadamente atrasado a negociação para libertar os presos políticos com o objetivo de colocar os infiltrados em território chileno. Lá, eles deveriam coletar informações e se comportar como “agentes provocadores”, disse o informante.
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PIB: BRASIL APOSTA NA MEDIOCRIDADE!
(Reinaldo Gonçalves – 30/08/2013) I) A divulgação da taxa de crescimento do PIB real no segundo trimestre do ano implica em cinco fatos: 1) Convergência e segurança cada vez maiores nas previsões a respeito de taxas anuais de crescimento da economia brasileira de 2,1%-2,2% em 2013-14. / 2) Durante o governo Dilma (2011-14) o crescimento médio anual do PIB brasileiro deve ser aproximadamente 2,0%. 3) A taxa média de 2,0% de crescimento do PIB brasileiro é medíocre pelos padrões internacionais atuais. / 4. A taxa média de 2,0% de crescimento do PIB no governo Dilma também é medíocre pelos padrões históricos brasileiros. / 5. Durante o governo Dilma o desempenho da economia brasileira pode ser visto como a apoteose da mediocridade pelos padrões históricos brasileiros.
II) Previsões de taxa de crescimento do PIB no Brasil: 2013 e 2014 (%). Banco ABC: 2,3% – 2,0% / Itaú: 2,1% – 1,7% / Mizuho: 2,0% – 1,8% / Gradual: 2,1% – 3,1% / MÉDIA: 2,1% – 2,2% /
III) Estudo completo, 9 páginas.
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BRASIL! JANEIRO A AGOSTO: PIOR DÉFICIT COMERCIAL EM 18 ANOS!
(Estado de SP, 03) A economia brasileira entra na fase final de 2013 com um fardo pesado: a balança comercial registrou, nos primeiros oito meses do ano, o pior resultado em 18 anos. O rombo de US$ 3,8 bilhões verificado neste período só não foi pior porque as exportações superaram as importações em US$ 1,2 bilhão em agosto. Mas nem o pequeno superávit do mês passado pode ser comemorado – trata-se do resultado mais fraco para meses de agosto desde 2002.
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PREÇO DO PÃOZINHO –KG- IGUALA O PREÇO DA CARNE (PATINHO)!
(Fernando Molica – O DIA, 03) 1. Rio – Já foi o tempo em que pão era alimento barato. O pãozinho nosso de cada dia está pela hora da morte. Domingo, um consumidor comprou um corte de patinho num supermercado do Humaitá. Nesta segunda-feira, ao passar numa padaria ali perto e adquirir pãezinhos, levou um susto: os dois produtos tinham o mesmo preço, R$ 13,90 o quilo.
2. Economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz diz que o trigo vem aumentando muito desde o ano passado. De julho de 2012 a julho de 2013, o pão francês subiu 12,53% e a carne, 3,20% — a inflação medida pelo IPC ficou em 5,86%. Braz ressalta que o pão representa 2% das despesas de famílias pobres.