O NOVO MULTIPLICADOR DA INFORMAÇÃO! OU: NÃO CONCORRA COM AS MANCHETES!
1. Na campanha de 2000 para Prefeito do Rio, no segundo turno, a agência Tática, criou um bloco que chamou “De Olho na Notícia”. Para desequilibrar o multiplicador do noticiário a favor de seu candidato, todos os dias muito cedo se fazia uma leitura detalhada dos jornais. O objetivo eram as pequenas notícias lá no meio dos jornais, que favorecessem candidato e criticassem o adversário.
2. Uma vez escolhidas essas mini-notícias, antes das 7h, o candidato gravava como se estivesse lendo os jornais naquela hora e lia uma a uma as notícias que interessavam e fazia um micro-comentário. Ao mesmo tempo essa mini-notícia aparecia ocupando toda a tela da TV.
3. Uma pequena notícia no meio do jornal de grande circulação é vista por umas 10 mil pessoas e memorizada apenas pelos interessados. Quando ia com destaque na TV eleitoral em horário nobre se transformava numa manchete de primeira página ou de um bloco no jornal da TV a noite, sendo vista por 500 mil pessoas. De certa forma os políticos fazem isso em colagem em seus panfletos ou mala-direta, mas com uma repercussão micro-mínima.
4. Mas isso foi em 2000. Hoje, nas redes sociais esse é um processo rotineiro, com destaque para notas, pequenas notícias, fotos, e multiplicada. A grande notícia de capa nos jornais e destacada na TV já sai multiplicada, mas a pequena desaparece na memória do leitor e do radio-telespectador. As redes sociais reavivam e multiplicam.
5. Nem todas –claro- terão um grande multiplicador. Mas uma grande parte delas conseguirá uma “audiência” maior –bem maior- do que teve no veículo de origem. Por isso, as redes sociais, experimentadas, estão muito mais atentas a essas mini-notícias-fotos-vídeos de interesse capilar e horizontal e ao postá-las com um mínimo comentário, informando a fonte, sabem que o multiplicador será –em geral- muito maior que o da origem e, assim, muito maior a audiência.
6. E, assim, as pequenas notícias se transformam num veículo de grande circulação.
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CABRAL ANTECIPANDO A DERROTA DO PMDB EM 2014 TRANSFERE GESTÃO DE OBRAS DE 2016 PARA PREFEITURA! MAS NENHUM DOS DOIS INFORMA O CUSTO DELAS!
(Lance, 24) 1. A Prefeitura do Rio vai assumir a construção do Parque Esportivo de Deodoro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, além da construção do novo autódromo da cidade, que ficarão na mesma região, na Zona Oeste. A proposta de mudança partiu do Governo do Estado, que era o responsável por erguer as instalações. – O Cabral me falou que gerencialmente seria melhor para os Jogos. E concordei disse o prefeito carioca Eduardo Paes.
2. As obras do Parque de Deodoro e do autódromo eram obrigações do Governo Federal. A União optou por custeá-las e repassar a construção para o estado em um convênio celebrado em maio de 2012. As licitações já realizadas para o complexo e os editais em andamento serão mantidos. Por ser algo inédito, os técnicos governamentais, no momento, estudam como irão fazer essa transferência de obrigações.
3. Por nota, o governo estadual explicou: “A obra é de responsabilidade do Governo Federal, que descentralizou a responsabilidade do projeto e da obra para o governo do estado. A Casa Civil licitou o projeto. O Governo do Estado entende que dar para a Prefeitura o protagonismo do grande legado que será o Complexo de Deodoro é mais do que natural, dentro do processo de parceria que o Rio de Janeiro passou a conhecer nos últimos anos”.
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“O MAL É UM FENÔMENO SUPERFICIAL”! ATENÇÃO GOVERNANTES DO BRASIL!
Trechos do artigo “A filosofia e a máquina de extermínio nazista”, sobre Hanna Arendt. (Globo de sábado 20/07/13 – Caderno Prosa e Verso).
1. Respondendo a Samuel Grafton em 1963, Arendt deu a seguinte formulação: “O que eu quero dizer é que o mal não é radical, (…) que não tem profundidade. O mal é um fenômeno superficial (…). Nós resistimos ao mal ao não sermos arrastados pela superfície das coisas, ao pararmos e começarmos a pensar, ou seja, ao alcançarmos uma outra dimensão que não o horizonte da vida cotidiana. Em outras palavras, quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ele ceda ao mal.
2. Assim, a monstruosidade do extermínio nazista está exatamente no fato dele não ter sido cometido majoritariamente por monstros, mas em grande parte por funcionários modernos e eficientes. Estes incluíam as secretárias que mantinham as fichas dos judeus atualizadas, os policiais que os prendiam, os maquinistas que os transportavam e os químicos que escolheram o gás a ser usado etc. Foi o trabalho destes bons funcionários alemães, franceses, ucranianos, italianos, holandeses e outros que permitiu assassinar tantas pessoas, com o menor custo emocional e material possível e em tão pouco tempo. Eles se igualavam pela ausência de considerações morais sobre suas tarefas cotidianas.
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JAPÃO: A POLÍTICA ECONÔMICA MAIS OUSADA DO MUNDO TODO!
1. A coligação de centro-direita do Primeiro Ministro Shinzo Abe obteve uma grande maioria no Senado nas eleições deste domingo (21). O Partido Liberal Democrata (LDP) de Abe e seu parceiro Novo Komeito (centro) terão 71 cadeiras dentre as 121 para renovar metade câmara alta, conquistando uma maioria absoluta.
2. Há um interesse mundial pelos métodos e pelos resultados da “Abenomics”, a nova política econômica posta em prática no Japão pelo Primeiro Ministro Shinzo Abe. Com efeito, a economia japonesa recuperou-se de sua longa letargia. No primeiro semestre deste ano, seu PIB acusou um aumento de 2% – algo invejável numa economia até então estagnada, com uma população de nível já bastante elevado.
3. Sinteticamente, foram as seguintes as principais medidas adotadas:
3.1. Desvalorização da moeda nacional (o yen baixou 25% de seu valor face às moedas), cognominada por alguns analistas como “uma verdadeira declaração de guerra, um Pearl Harbor econômico”, capaz de levar outros países a desvalorizar também suas moedas e erguer maiores barreiras às importações de produtos japoneses.
3.2. Política monetária muito flexível, conduzida por um banco central dócil às instruções do Primeiro Ministro.
3.3. Aplicação de um plano de apoio à economia da ordem de US$ 100 bilhões, arrecadados mediante o lançamento de títulos japoneses no mercado mundial.
3.4. Abandono dos dogmas liberais e monetaristas, substituídos por um pragmatismo econômico inteligente.
3.5. Elevação das taxas de juros no longo prazo, criando um sério problema para os países mais endividados.
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BRASILEIROS COMPRAM R$ 2,6 BILHÕES EM SITES ESTRANGEIROS!
(Estado de SP, 24) A variedade de produtos e o preço mais baixo fizeram 5,3 milhões de brasileiros gastarem R$2,6 bilhões em sites internacionais, no período de 12 meses terminados em maio. Os números, presentes na pesquisa Rota das Especiarias (encomendada pelo Paypal à Nielsen), revelam um comportamento que tende a crescer bastante em cinco anos. A estimativa é de que o montante desembolsado por consumidores do Brasil salte para R$ 16, 8 bilhões em 2018.