ONDE PEGA A CONCESSÃO DO MARACANÃ! R$ 500 MILHÕES TERIAM QUE SER DEVOLVIDOS!
1. O que se divulga para justificar o custo de mais de R$ 1 bilhão das obras do Maracanã são as exigências da FIFA. Aceitemos e analisemos a concessão do Maracanã nessa ótica. Entre as exigências estão os parques/prédios de estacionamento de veículos. Sem a exigência de construir estes estacionamentos, não haveria este gasto.
2. Mas estes gastos de estacionamentos entraram na licitação da concessão e avaliados em mais de 500 milhões de reais, passaram a ser responsabilidade do concessionário vencedor, a empresa “Novo Maracanã”. Bem, isso significa que as obras do Maracanã –setor público + futuro setor privado- alcançarão mais que R$ 1,5 bilhão. Bem, é muito caro, mas deixemos isso de lado.
3. Vamos ao ponto. As demolições dos Estádios de Atletismo e Natação e da Escola Municipal e a construção dos estacionamentos relativos naquelas áreas é que explicam aqueles mais de 500 milhões de reais. Isso gerou conflitos e ações na justiça. Por um lado, sobre a necessidade de manter esses equipamentos para o desenvolvimento do esporte. E, por outro, numa tese juridicamente mais profunda, é que junto com o Maracanãzinho, eles fazem parte do Complexo do Maracanã, estando, inclusive, dentro da área –digamos- amuralhada.
4. O Maracanã é um equipamento tombado e, legalmente, sua área direta de entorno e de alcance, pelo tombamento, são tuteladas e não podem ser tocadas sem que as tutelas dos três níveis de autoridades competentes avaliem e autorizem por seus conselhos. São duas linhas de argumento que já conseguiram aval da justiça através de liminares sustando as demolições.
5. E agora vamos ao núcleo do ponto. Imaginemos que essas liminares sejam mantidas até que, para efeito da Copa do Mundo de 2014, as obras sejam inviabilizadas. Por ser decisão do judiciário, a FIFA naturalmente entende e flexibiliza.
6. E então? A empresa concessionária terá que devolver –pagar- ao Estado do Rio os mais de R$ 500 milhões de avaliação das demolições/obras constante do edital de licitação. E se não o fizer, a licitação perde validade e o Maracanã terá que ser devolvido ao Estado do Rio.
7. Ninguém imagina que o flexível governador terá a coragem de esquecer que os mais de 500 milhões de reais em moeda de maio de 2013 terão que ser devolvidos corrigidos. Que as lupas fiquem bem focalizadas para se ver o que ocorrerá.
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AUTORIDADES QUERIAM QUE DILMA, CABRAL E PAES FOSSEM VER O PAPA NO GALEÃO E NÃO NO PALÁCIO GUANABARA!
(El País, 18) As autoridades brasileiras queriam evitar o encontro de Francisco com a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio, onde está prevista uma manifestação de protesto contra o governador e o prefeito. Cogitou-se que seria melhor que o Papa se reunisse com as autoridades no aeroporto do Galeão, quando desembarcasse.
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“NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE CABRAL SOME“!
(Globo, 19) Apesar da desordem urbana anteontem (17), ontem (18), o governador Sergio Cabral não apareceu em público, não visitou os bairros depredados de Ipanema e Leblon e não esteve na coletiva com sua cúpula de segurança sobre os atos de vandalismo, limitando-se a uma pequena nota oficial. Não é a primeira vez que o governador some. Depois das chuvas na Serra em 2011 que mataram 900 pessoas, Cabral demorou a aparecer. O governador também demorou dias para se pronunciar após as chuvas de Angra dos Reis em 2010, quando morreram 53 pessoas. Cabral e sua família não dormiram no Rio ontem e anteontem, por questões de segurança.
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OBITUÁRIO!
(Eliane Catanhêde – Folha de SP, 19) 1. Sérgio Cabral era uma estrela. Jovem, bonachão, do PMDB, governador de um dos três principais Estados, irmão camarada de Serra, amigo de Lula, aliado de Dilma. Benquisto no Congresso, bem relacionado no mundo empresarial. Saudado como possível candidato a vice-presidente de petistas, tucanos, gregos e troianos, sonhava com o dia em que o PMDB cansasse de ficar a reboque e decidisse ter candidato próprio à Presidência.
2. A implosão começou em junho de 2011, quando um helicóptero caiu a caminho de Trancoso, na Bahia, matando a namorada do filho de Cabral e a mulher do badalado Fernando Cavendish, da Delta. Da tragédia pessoal, emergiu a tragédia política. A prisão de Carlinhos Cachoeira expôs ligações perigosas dele com a Delta e as relações de Cabral-Cavendish coincidiam com as relações Delta-governo do Rio. Tudo ficou embolado, ou mal explicado.
3. Com a crueldade dos adversários políticos, Anthony Garotinho lançou a logomarca das agruras do governador: a foto de Cabral, Cavendish e secretários do Rio com guardanapos brancos na cabeça, na maior farra em Paris. Pegou Cabral de jeito, já bambo no meio do escândalo Delta.
4. Vieram os protestos e o Datafolha captou o estrago: a popularidade do governador despencou 30 pontos. Pior: os manifestantes voltaram para casa no resto do país, mas acamparam no prédio de Cabral no Leblon. Jogado na vala comum dos políticos e alvo direto das manifestações, Cabral já não consegue entrar e sair da própria casa, está à beira de ser enxotado pelos vizinhos e se debate para sobreviver na política e fazer do vice Pezão seu sucessor.
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BALANÇA COMERCIAL DO PARAGUAI COM O MERCOSUL EM 2012!
1. Exportações, US$ 9.943 milhões, dos quais 18,3% para o Uruguai, 16,3% para a Argentina e 16,2% para o Brasil.
2. Importações, US$ 12.070 milhões, dos quais 34,1% do Brasil, 19,2% da Argentina e 5,4% do Uruguai.
3. Comércio com Mercosul per capita: Paraguai 2.933 dólares / Brasil 216 dólares.
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ANGOLA: MAIOR PRODUTOR DE PETRÓLEO DA ÁFRICA!
(Jornal de Angola – Angola, 17) 1. Angola em 2014 passa a ser o primeiro produtor africano de petróleo, ultrapassando a Nigéria devido às dificuldades internas naquele país, de acordo com a consultora Energy Aspects, citada pelo jornal britânico “Financial Times”. O analista-chefe para a área do petróleo da Energy Aspects, Amrita Sen, refere que “a produção angolana tem vindo lentamente a subir devido às novas explorações, enquanto a produção da Nigéria tem caído devido a roubos de petróleo e a interrupções no fornecimento, o que levou a que a produção nigeriana tenha passado de 2,2 milhões de barris por dia, em 2012, para menos de 1,9 milhões actualmente”.
2. Dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revelam que Angola ultrapassou a produção nigeriana em Maio, quando a Nigéria produziu 1,676 milhões de barris por dia e Angola 1,730 milhões.