FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS! HISTÓRIA ELEITORAL INDICA QUE, EM PLEBISCITO, FINANCIAMENTO PÚBLICO NÃO PASSA.
1. Na campanha presidencial de 1952, nos EUA, que elegeu Eisenhower, Richard Nixon era seu candidato a Vice-Presidente. Surgiu um “escândalo” na campanha. Nixon foi denunciado por receber recursos privados para a campanha e veio a desconfiança sobre sua aplicação. O Partido Republicano e Eisenhower deram 10 dias para ele se explicar ou renunciar a candidatura.
2. Nixon pediu a seu partido que pagasse todas as TVs e Rádios, pois faria uma entrada em rede nacional num dia determinado para explicar. Foi a primeira rede nacional da história. Na época não havia videoteipe e tinha que ser ao vivo. Nixon contratou, sem divulgar, a Price para auditar os recursos recebidos –origem e destinação.
3. Na noite marcada, falou sentado em cadeira, em uma mesa de escritório e sua esposa em poltrona afastada com seu cãozinho. Foram 15 minutos. Nixon lembrou o fato e apresentou o trabalho de auditoria da Price –a mais qualificada consultoria existente. Mostrou o que recebeu e onde foi aplicado.
4. Perguntou aos telespectadores (praticamente o país todo nas TVs e rádios): vocês acham que numa campanha se deveriam usar recursos públicos, tirando esse dinheiro da saúde, educação, obras, previdência…? Ou se deveria fazer o que eu fiz: pedir recursos às empresas? Eu pedi às empresas, e vocês? Pediu que as imagens da TV focalizassem seu cãozinho “Damas” e disse: Eu só não declarei o cãozinho que ganhei na campanha, pois minhas filhas o adoram.
5. Concluiu pedindo que quem estivesse com ele que se comunicasse com a sede de seu partido e os que morassem ali que fossem para a frente do partido. Os telefones entupiram e uma multidão foi para frente do partido, consagrando Nixon. Ele ficou e foi eleito Vice-Presidente. Esse programa foi filmado e está disponível, sendo de fácil acesso. Uma aula.
6. Voltemos à nossa conjuntura: será que o eleitor vai querer financiamento público de campanha? Como será a resposta num plebiscito? É viável uma decisão dessas fora de ato legislativo? Se for assim e vencer o financiamento privado, nunca mais se poderá mudar este critério, pois terá força constitucional.
7. Veja o vídeo da fala de Nixon em 1952 em rede nacional: partes 1e 2.
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PIB DO ESTADO DO RIO PERDE PARTICIPAÇÃO EM RELAÇÃO A BRASIL E SUDESTE!
(Artigo ‘Ajustar Rumos’ de Adriana Fontes e Valéria Pero no Globo de 02/07/2013) 1. O Estado do Rio de Janeiro, após ter um desempenho econômico superior ao da economia brasileira entre 2003 e 2006, voltou a perder participação no PIB total e do Sudeste. Estudo foi feito pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro, uma parceria entre Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e Sebrae/RJ.
2. O Rio de Janeiro reduziu menos a desigualdade de renda na última década, tornando-se o mais desigual entre os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste em 2011. A renda domiciliar per capita, por sua vez, cresceu menos do que a média brasileira e do Sudeste. Esses dois movimentos levaram a avanços menores na redução da pobreza do que a maioria dos estados brasileiros.
3. As micro e pequenas empresas fluminenses absorvem, em termos relativos, menos trabalhadores formais e com salários médios mais baixos. Isso se deve à participação mais alta de comércio e serviços de baixa qualidade. Em resumo, o Rio de Janeiro avançou na última década, porém menos do que o Sudeste e do que a média brasileira, ficando próximo dos estados do Nordeste em alguns indicadores.
4. Para diminuir as enormes desigualdades no Rio, é necessária uma atuação efetiva, especialmente do setor público para geração de negócios que permitam diversificação da estrutura produtiva; a profissionalização das micro e pequenas empresas; formação e qualificação da mão de obra; mobilidade urbana na metrópole; e qualidade nos serviços públicos.
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TORCEDOR PADRÃO FIFA!
(Ruy Castro – Folha de SP, 03) 1. Pouco antes de Brasil x Espanha, a TV deu em close um torcedor que já nos habituáramos a ver nos jogos do Flamengo: um negro plástico e desdentado, famoso na antiga geral do Maracanã pela alegria com que contagiava o pessoal à sua volta. Seu próprio déficit dentário era uma marca –simbolizava o Brasil profundo. Só que, neste domingo, ele não estava no Maracanã. Estava a alguns quilômetros, no Terreirão do Samba, assistindo ao jogo pelo telão.
2. Torcedores como ele não tiveram vez na Copa das Confederações. Foi assim em todas as sedes, e houve jogos em que os únicos negros na “arena” eram os que estavam em campo. Ao cobrar ingressos de ópera para o futebol, a Fifa tentou transformar em suíça –nacionalidade de seu presidente Joseph Blatter– a torcida brasileira. Era como se todo mundo ali fosse leitor de Hermann Hesse e Friedrich Dürrenmatt, conterrâneos de Blatter.
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EIKE BATISTA E ANP: O QUE HOUVE, AFINAL?
(Coluna Miriam Leitão – Globo, 02) 1. Há muito a explicar neste caso do colapso do campo de Tubarão Azul, do grupo OGX. Em maio do ano passado, a empresa fez junto à Agência Nacional de Petróleo a “declaração de comercialidade” do campo. Se era comercial há um ano, como é possível que agora se descubra “que não há tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional”?
2. O mais espantoso é que os poços de Tubarão Tigre, Tubarão Gato, Tubarão Areia tiveram suas declarações de comercialidade protocolada na ANP em março deste ano. E, subitamente, todos são inviáveis. Sobre Tubarão Azul, o único do qual estava extraindo petróleo, a empresa chegou a prever que ele iria produzir 50 mil barris/dia. Agora, de repente, “não há tecnologia capaz” e o campo pode parar de dar petróleo no ano que vem. Uma reviravolta espantosa.
3. Para se ter uma ideia, em junho de 2012, a empresa informou, segundo a Reuters, que estava confiante de que poderia extrair de 110 milhões a 150 milhões de barris do campo de Tubarão Azul. Em entrevista, o principal executivo da OGX disse que Tubarão Azul poderia extrair de 40 mil a 50 mil banis/dia. E isso tinha sido resultado de cinco meses de testes. Depois, foram feitas previsões de 20 mil. Quando as previsões encolheram para 5 mil barris/dia, foi trocado o presidente da empresa.
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FHC NO RODA VIVA – TV CULTURA CRITICA AUTORITARISMO DE DILMA!
(Globo, 02) 1. O ex-presidente FHC disse que a presidente Dilma decidiu tardiamente convidar a oposição para dialogar sobre as manifestações sociais nas ruas e a sugestão de um plebiscito para reforma política. – Ela devia ter chamado a oposição antes para conversar. Agora é tarde – afirmou FH, em entrevista, à noite, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
2. Por mais de uma vez, FHC apontou como um erro da presidente neste momento a “falta de diálogo”. – Acho que faltou conversar com o país e não, o que é a moda hoje, ler um texto de marqueteiro na televisão – disse o líder tucano, referindo-se ao pronunciamento de Dilma em rede nacional logo no início dos protestos.
3. O tema voltou a ser abordado por ele quando perguntado qual conselho daria para Dilma para enfrentar a atual crise. – Eu diria converse um pouco mais, porque o poder afasta. As pessoas não dizem com sinceridade o que pensam (a um presidente). Você é que tem que permitir isso. Eu diria ouça mais. As decisões são solitárias na vida de um presidente e têm que ser assim. Por isso, tem que ouvir muito antes.
4. O ex-presidente disse que não considera uma reforma política a solução para todas as reivindicações feitas por manifestantes nas últimas semanas. – O povo quer melhorias para vida cotidiana. Não vai se resolver a questão só com isso (reforma política).