06 de junho de 2013

COMO O TORCEDOR REAGIRÁ AO SISTEMA EUROPEU DE INGRESSO AO ESTÁDIO APLICADO NO BRASIL?

1. É verdade. O futebol brasileiro enfrenta uma equação de difícil solução para seus clubes serem competitivos: receita de terceiro mundo e despesa potencial de primeiro mundo, se mantiver os craques. Claro, receitas em geral nos estádios incluindo todo tipo de publicidade e promoções.

2. Na Europa a equação dos estádios é resolvida da seguinte forma: os torcedores de maior renda vão aos estádios e compram ingressos caros e os torcedores de menor renda ficam vendo na TV. No Brasil é o inverso e, com isso, a receita dos clubes pela transmissão na TV é maior que pela venda de ingresso nos estádios. Lá, a renda média da população é bem maior.

3. Agora se tenta aplicar no Brasil o sistema europeu. Isso foi feito em Brasília no jogo Santos e Flamengo e no Rio no jogo Brasil e Inglaterra. As rendas foram recordes de todos os tempos: quase R$ 7 milhões em Brasília e quase R$ 9 milhões no Rio. Com um público pagante de 70% da capacidade do Maracanã, o valor médio do ingresso alcançou 150 reais.

4. Quem pode pagar isso? Bem, só a classe média alta. Uma família padrão gastaria, só de ingressos, quase um salário mínimo. Essa inversão –pobres à TV, classe média alta aos estádios- mudará a coreografia das torcidas, onde é o torcedor popular a grande massa que grita, canta, gesticula e leva suas enormes bandeiras, chora, sofre e ri.

5. E como reagirá o torcedor popular? Irá assistir em casa e pagar a tv por assinatura? Irá a um bar que comprou o pacote da tv por assinatura? Protestará por ter perdido um entretenimento ao qual seu bisavô carioca acostumou seu avô e agora a seu pai e mãe, irmãos e irmãs?

6. Bem, essa será a equação que transformará as concessões dos estádios em sucesso…, ou estrondoso fracasso de imagem. Isso se todos se comportarem bem fora dos estádios.

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98% DOS SERVIÇOS RODOVIÁRIOS FORAM CONCEDIDOS SEM LICITAÇÃO!

(Panorama Politico – Ilimar Franco – Globo, 06) 1. Enquanto o Ministério segura as novas regras para o setor, as empresas que exploram estes serviços continuam lucrando e operando com “autorizações especiais”.

2. Anteontem, na Comissão de Transportes da Câmara, em debate promovido por seu presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ); Sonia Rodrigues Haddad, da ANTT, e Davi Gomes Barreto, do TCU, revelaram que 98% dos serviços de transporte rodoviário não foram licitados e que se isso ocorrer a redução média no preço das tarifas será de 3,64%.

3. Com as novas regras, as empresas não poderão mais sonegar. Segundo a ANTT, o número de passageiros é 25% maior que o declarado pelas empresas do setor.

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BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL DESABA US$ 11 BILHÕES EM UM ANO!

Na parcial dos cinco meses deste ano, segundo o Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial acumula um déficit de US$ 5,392 bilhões, ante um superávit de US$ 6,261 bilhões em igual período do ano passado. De acordo com os dados do ministério, este é o pior resultado no acumulado dos cinco primeiros meses do ano da série histórica, que tem início em 1993.

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TURQUIA: ECONOMIA VAI BEM! E OS PROTESTOS?

(Jeffrey Sachs – 28/05/2013) 1. A recente visita à Turquia me lembrou de seus enormes sucessos econômicos durante a última década. A economia tem crescido rapidamente, a desigualdade está diminuindo, e a inovação está em ascensão. Realizações da Turquia são ainda mais notáveis quando se considera sua vizinhança.

2. Após uma queda brusca em 1999-2001, a economia cresceu 5% ao ano, em média, no período 2002-2012. Manteve-se em paz, apesar das guerras regionais. Seus bancos evitaram o ciclo de expansão e de recessão da década passada, tendo aprendido com o colapso do sistema bancário em 2000-2001. A desigualdade vem caindo. E o governo venceu três eleições gerais consecutivas, cada vez com uma maior participação do voto popular.

3. A Turquia não dispõe de recursos de petróleo e gás de seus vizinhos, mas compensa isso com a competitividade da sua indústria e de seus serviços. Só o turismo atraiu mais de 36 milhões de visitantes em 2012, tornando a Turquia um dos principais destinos do mundo. Mesmo uma curta estada em Ancara permite ver essas forças subjacentes.

4. O aeroporto, as autoestradas e outras infraestruturas são de primeira classe e um sistema ferroviário de alta velocidade ferroviário interurbano liga Ancara com outras partes do país. Grande parte da engenharia avançada é nacional. As empresas de construção da Turquia são internacionalmente competitivas e cada vez mais ganhar licitações em todo o Oriente Médio e na África.

5. A Turquia tem sido hábil em aproveitar as novas oportunidades, com as exportações cada vez mais em direção ao sul e ao leste para as economias emergentes, ao invés dos mercados de alta renda do Oeste.

6. Erdogan chegou ao poder em 2003, após anos de instabilidade de curto prazo e crises bancárias. O FMI tinha sido chamado para uma emergência. Passo a passo, a estratégia Erdoğan-Babacan era a de reconstruir o setor bancário, colocar o orçamento sob controle, e investir pesadamente e de forma consistente, onde é importante: infraestrutura, educação, saúde e tecnologia.

7. Os êxitos da Turquia têm raízes profundas na capacidade governamental e nas habilidades de seu povo. Crescimento em longo prazo decorre de políticas monetárias e fiscais prudentes, a vontade política para regular os bancos, e uma combinação de investimentos públicos e privados em infraestruturas ousadas, habilidades e tecnologias de ponta.

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SÍRIA: ASSAD AVANÇA!

1. A tomada nesta 4ª feira por forças leais a Bashar al-Assad e por contingentes do Hezbolah da cidade síria de Qusair, um dos bastiões dos rebeldes, revela uma mudança na dinâmica do conflito e poderá ter consequências políticas e diplomáticas para o confronto, que tende cada vez mais a contagiar o Líbano.

2. Muitos dos principais combates na guerra civil síria vinham ocorrendo em cidades próximas a Qusair, uma espécie de entreposto de envio de armas para os rebeldes sírios. Vinham tais armas do Líbano por duas rotas: a primeira através do Vale Bekaa, e a outra mais ao oeste, de Trípoli e de sua costa. Além de ser habitada majoritariamente por alauitas, grupo religioso islâmica de al-Assad, constitui um dos acessos até a cidade de Homs e ao nordeste da Síria. A estrada de Damasco para Homs é uma das principais artérias do regime sírio.