ATÉ OUTUBRO PREFEITURA DO RIO TINHA APLICADO EM EDUCAÇÃO APENAS 23,11%, ABAIXO DO MÍNIMO CONSTITUCIONAL DE 25%!
Dados oficiais copiados do site da Controladoria Geral do Município da Prefeitura do Rio.
1. RESULTADO LÍQUIDO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB = (12) 932.539.439,76
2. DESPESAS CUSTEADAS COM A COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEB NO EXERCÍCIO –
3. RECEITA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DO FUNDEB ATÉ O BIMESTRE = (50 h) 15.137.232,56
4. DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DO FUNDEB 7.252.628,36
5. DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DE OUTROS RECURSOS DE IMPOSTOS –
6. RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO –
7. CANCELAMENTO, NO EXERCÍCIO, DE RP INSCRITOS C/ DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO = (46 g) 1 8.172,53
8. TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL (30 + 31 + 32 + 33 + 34 + 35 + 36) 954.947.473,21
9. TOTAL DAS DESPESAS PARA FINS DE LIMITE ((23 + 24) – 37) 2.046.103.220,50
10. MÍNIMO DE 25% DAS RECEITAS RESULTANTES DE IMPOSTOS EM MDE5 ((38) / 3 x 100)% 23,11%.
11. Veja você mesmo estes 23,11% de despesas com Educação no site da CGM, página 2.
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RODRIGUES ALVES, TANCREDO NEVES E HUGO CHÁVEZ E AS DIFERENÇAS NA SUCESSÃO!
1. É comum, quase uma constante, que os líderes/presidentes populistas/carismáticos/ autoritários, vejam, nas suas sombras, o risco de morte estimulada ou induzida por seu sucessor eventual. Alguns colocam a própria esposa como Vice para evitar esse risco, como Perón.
2. Rodrigues Alves não assumiu seu segundo mandato de presidente por doença. Assumiu provisoriamente Delfim Moreira e, meses depois, com a morte de Rodrigues Alves, ele assumiu definitivamente. Tancredo Neves, da mesma forma. Não pôde assumir por doença, assumiu seu vice José Sarney e com a morte de Tancredo, semanas depois, assumiu definitivamente.
3. Sempre que há um vice-presidente e este é eleito na mesma eleição que o presidente, em chapa única ou não, a morte do presidente tem sucessão prevista: assume o vice-presidente.
4. Mas Chávez, com a síndrome comum de líderes de seu perfil, decidiu, por medo de traição, conspiração ou morte, excluir da Constituição Bolivariana a figura do vice-presidente. Assim, na Venezuela chavista, o vice-presidente é de escolha arbitrária do presidente, eleito ou em exercício, como um ministro especial.
5. Agora, com a situação terminal de Chávez, não há vice-presidente eleito. Se a Constituição previsse e Maduro tivesse sido eleito com ele, estaria assumindo a presidência provisoriamente e vindo o falecimento de Chávez, definitivamente.
6. Como não há essa previsão constitucional, terá que haver eleições. O que o governo de Cuba procura fazer é usar de todos os recursos médicos possíveis para que Chávez esteja vivo no dia 10, caracterizando sua posse e após o falecimento abrindo-se o processo sucessório. Mesmo que Maduro venha a ser eleito, a “síndrome da sombra” acabou conspirando contra Chávez.
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HADDAD COLOCA AS MÃOS NO FOGO POR LULA!
(Painel – Folha de SP, 02) “O novo prefeito de São Paulo parece estar jogando com aquelas técnicas indianas de andar sobre as brasas e comer fogo”. De Cesar Maia (DEM-RJ), empossado vereador no Rio ontem, sobre a declaração de Haddad à Folha de que colocaria as duas mãos no fogo por Lula.
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A “SALA SÃO PAULO” E SEU IMPACTO SÓCIO-URBANO! (E A CIDADE DA MÚSICA DO RIO?)!
A. Julio Talhari e Lais Silveira (antropólogos-USP) e Bruno Puccinelli (sociólogo-UNIFESP). Trecho da tese “Reflexões em torno das práticas culturais na Luz”.
B. A propósito da pré-inauguração da Cidade da Música hoje!
1. O papel da Sala São Paulo na transformação cultural almejada à região da Luz. Mediante a ideia das âncoras culturais, o projeto de construção da sala de concertos e a reestruturação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), o qual teve como intenção seguir modelos de orquestras internacionais, tornou-se viável. A alteração arquitetônica fez do grandehall da estação, onde se localizava o jardim interno, uma sala de concertos com tecnologia de ponta (KARA-JOSÉ, 2007, p. 209).
2. Andrade et al (2001) abordam as intenções políticas para além da vontade de construir uma sala de concertos com acústica espetacular. De acordo com os autores, “a sala de espetáculos produz um ‘clima de encantamento’” (ANDRADE et al, p. 10) que contagiaria o público que a frequenta, acentuando o forte caráter segregador entre a instituição cultural e o entorno no qual ela se insere. E para acentuar tal demarcação, os autores colocam em questão a existência de um estacionamento “capaz de receber toda a audiência” (ANDRADE et al, p. 15), mesmo que a Sala se localize a duzentos metros de uma estação de metrô. Reforçam ainda que, dentro da Sala, é estabelecido um “pacto de intimidade com os frequentadores” (ANDRADE et al, p. 15). As escolhas a respeito do espaço foram pensadas de tal forma que transmitiriam não apenas o sentimento de monumentalidade do prédio, mas também a sensação de aconchego.
3. Também é possível perceber a decisão de construir a Sala em relação ao papel que teve no projeto que transformou a OSESP em uma orquestra alinhada com as grandes orquestras mundiais. Em 1987, a OSESP já não se encontrava em boa situação financeira e musical, permanecendo sem muito prestígio até 1996. De acordo com John Neschling (2009, p. 21-22), sucessor de Eleazar de Carvalho, em 1996 o então secretário da Cultura do Estado de São Paulo lhe procurou para tratar da possibilidade de assumir a OSESP. Para Neschling, assumir tal cargo seria possível apenas se fossem empreendidas mudanças estruturais em relação à situação em que a OSESP se encontrava na época.
4. Atualmente, a OSESP se encontra em uma posição no contexto da música erudita brasileira que nenhum outro grupo sinfônico nacional chegou. Desde 2000, realiza, sistematicamente, turnês internacionais nas quais se apresenta nas principais cidades e salas de concerto do cenário da musica clássica na Europa e Estados Unidos. O protagonismo de Neschling em todo o “projeto OSESP” (NESCHLING, 2009, p.18) gerou as mais diversas situações polêmicas e controversas.
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AUDIÊNCIAS TOTAIS DAS TVs ABERTAS EM 2012!
(Folha online, 02) 1. Audiências medidas pelo Ibope na RM de SP. TV Globo: 14,7 pontos / TV Record 6,2 pontos / TV SBT 5,6 pontos / TV Band 2,5 pontos / RedeTV 0,9 ponto.
2. Todas as emissoras tiveram queda com relação ao ano anterior. RedeTV perdeu 37% de sua audiência. / A Record caiu 13%, enquanto a Globo perdeu 10%, o SBT 2% e a Band 1%.
3. Audiência da TV Globo nos últimos dez anos: 2002 – 20,3 / 2003 – 21 / 2004 – 21,7 / 2005 – 21 / 2006 – 21,4 / 2007 – 18,7 / 2008 – 17,4 / 2009 – 17,4 / 2010 – 16,5 / 2011 – 16,3 / 2012 – 14,7.
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AS REFINARIAS DE OURO NA SUÍÇA!
(BBC Londres, 27) 1. Quatro das maiores refinarias de ouro do mundo estão na Suíça, três delas no cantão sul de Ticino. Apesar de não haver minas de ouro suíças, cerca de dois terços do ouro do mundo é refinado no país. “Tem a ver com a história”, explica Roberto Grassi, da consultoria financeira Fidinam. “Os grandes bancos suíços eram os proprietários das refinarias. Durante a Segunda Guerra Mundial, devido à grande quantidade de ouro que era armazenado na Suíça, os bancos decidiram criar as suas próprias refinarias para produzir lingotes”. Atualmente os bancos já não são mais donos das refinarias, mas o refino e a produção de barras de ouro estão no auge.
2. Em 2011, último ano para o qual existem dados disponíveis, a Suíça importou mais de 2.600 toneladas de ouro bruto, com um valor de 103 bilhões de dólares. Do lado de fora, a refinaria de ouro Pamp se parece com qualquer outra fábrica moderna. Mesmo a entrada não é particularmente notável, além de algumas medidas de segurança maiores do que o normal. Mas por dentro, as coisas são muito diferentes. Em uma sala, o mineral fundido é despejado em moldes para fazer barras de ouro pesando 12,5 kg. O preço do ouro hoje está cerca de 1.700 dólares a onça. Como há 32 onças em um quilograma de ouro, apenas um lingote vale 680.000 dólares.
3. Alberto Candiani, diretor de produção de metais preciosos na refinaria, mostra com orgulho a mercadoria, que vai desde barras de ouro de 50g até a variação de 12,5 kg. Existem enormes pilhas desses lingotes, e outras mais saindo da linha de produção. Mas ao perguntar a Candiani exatamente quantas são produzidas em um dia, ele se torna mais contido. “Isso eu não posso dizer”, diz sorrindo.