GOVERNO DILMA: DOIS ANOS E SEIS IMPASSES! RISCO DE “ACABAR” ANTES DO TEMPO!

1. Politicamente, falta um ano e meio para terminar o governo Dilma. Tendo ultrapassado as quedas de ministros, que ficaram na conta de Lula, já a partir do final de 2011, Dilma passou a enfrentar impasses em sequência. Alguns de fora para dentro e outros de dentro para fora. Hoje são seis vetores de impasses que ela enfrenta, num sinal de risco do governo –como operador- “terminar” antes do final do mandato.

2. O primeiro impasse é o econômico. A economia parada, os investimentos caindo, o saldo comercial reduzindo e o crédito apontando para uma “bolha”. A redução dos juros não produziu efeito e menos ainda os novos estímulos ao consumo. O pacote de infraestrutura se mostrou pífio.

3. O segundo impasse é o parlamentar, com o descolamento progressivo do PMDB, demonstrado na açodada antecipação da escolha do novo presidente da Câmara de Deputados. A enorme maioria da ‘base aliada’ é meramente formal, tendo o governo que negociar qualquer medida por mais insignificante que seja. E a voracidade por uma reforma ministerial em janeiro aumenta.

4. O terceiro impasse é o político. Mesmo se sabendo de antemão que em eleições municipais a base do governo se separa, o que não se podia prever é que houvesse um estilhaçamento da parte substantiva da base de apoio. O caso do PSB é exemplificativo e as declarações de Lula aos íntimos mostra isso. O julgamento do mensalão pelo STF atinge o PT na medula e a tentativa de desviar a atenção com a CPI do Cachoeira foi pífia e terminou –parcialmente- no colo do próprio PT de Brasília.

5. O quarto impasse são as greves generalizadas que, por mais declarações “firmes” que a presidente faça, mostra que a percepção do “andar de cima” dos servidores é que falta autoridade ao governo. Os cartazes, as interrupções de serviços-chave e os confrontos mostram isso. E vai contaminando o funcionalismo estadual. SP e RJ são exemplos.

6. O quinto impasse é a insegurança crescente no empresariado por conta das declarações presidenciais e da forma –digamos- descortês que grandes empresários são tratados. No dia 1 de maio começou a série, com os Bancos. Depois os Planos de Saúde, seguidos pelas empresas de Telefonia. O setor Automobilístico veio a seguir, mas a pressão da CUT mudou o comportamento presidencial. Agora, a criação de uma empresa de seguros coloca o setor em pânico.

7. O sexto impasse é a acentuação da convergência bolivariana, liderada pessoalmente pela presidente Dilma no caso do Paraguai e no ingresso da Venezuela. Hoje –sem o nome- a ALBA de Chávez incorporou Brasil e Argentina. Com isso, o Mercosul –na prática- deixou de existir. A crise argentina –econômica e política- atinge o Brasil.  Paralelamente, países do Pacífico –Chile, Peru, Colômbia e México- criaram a ‘Aliança do Pacífico’, poderosa de partida, pois dialoga com a única região econômica em expansão, que é a asiática. Esvaziando as alianças, tratados e acordos brasileiros.