13 de outubro de 2020

GENERAIS MOLTKE E SCHLIEFFEN!

1. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, dois dos principais generais do exército alemão apresentaram seus planos para o conflito em duas frentes: oeste/França e leste/Rússia.  O Plano  Moltke -sobrinho do invicto general Von Moltke, de Bismarck- previa dividir o exército em duas partes iguais nas duas frentes.  Em ambas se colocaria na defensiva.

2. A França atacaria Alsacia-Lorena. Frustrada essa ofensiva, se passaria para o terreno político – a paz de compromisso, avançando os interesses germânicos.  Na Rússia faria o mesmo. Uma ocupação em fronteira, provocando a ofensiva russa. Após a inevitável vitória alemã, se passaria para o terreno político – a paz de compromisso em torno dos interesses alemãs.

3. O plano Schlieffen -chefe do estado maior do exército germânico- rechaçou a preferência de Moltke pelo compromisso político por cima da vitória total. Seu objetivo era uma vitória militar e  rendição incondicional. O  Plano levaria a uma vitória rápida e decisiva numa frente (oeste/França) e, em seguida, concentraria todas as forças no outro adversário (leste-Rússia), logrando a vitória em ambas as frentes.

4. Schliefen atacaria pela Bélgica, rompendo a sua neutralidade. Em seguida tomaria Paris e atacaria o exército francês pela retaguarda. E avançaria para o leste/Rússia com enorme superioridade. A vitória seria exclusivamente militar. Moltke lembrava que a Grã-Bretanha não admitiria quebrar a neutralidade dos países baixos. E que a ocupação da capital –Paris- obstruiria qualquer acordo de paz posterior.

5. Prevaleceu o Plano Schliefen. Um ciclo de mobilização e entusiasmo totais, da população, ofensiva…, até o desastre completo em 1918, retratado no clássico “Sem Novidade no Front (Lewis Milestone, 1930)”.