06 de agosto de 2018

TEMPO E FORMAÇÃO DA DECISÃO DE VOTO EM 2018!

1. Nos últimos anos, o processo de formação e decisão de voto tem mudado. Isso se tornou um desafio para os Institutos de Pesquisa Eleitoral. Ao abrir as urnas, em muitos países, o resultado não corresponde às pesquisas.

2. Esta dinâmica ainda vem acentuada pela antipolítica, pelos novos partidos e pela mudança nos tradicionais sistemas bipartidários nos países desenvolvidos.

3. No Brasil, neste ano, as pesquisas apontam para um novo crescimento do Não Voto (abstenção+brancos+nulos). Mas essa possibilidade ainda deve ser tomada com prudência, na media em que a rejeição aos políticos impulsiona o Não Voto, pelo menos por enquanto. Minas Gerais tem apresentado as maiores porcentagens de Não Voto.

4. Tradicionalmente, no Brasil, as pesquisas antes da entrada da TV ainda não dão segurança sobre o patamar de intenção de voto dos candidatos. Parte do eleitorado só sabe mesmo que haverá eleições com a TV. O TSE informou, semana passada, que 39% dos eleitores são analfabetos+só sabem ler e escrever+ não completaram o ensino fundamental. O mais prudente é ter paciência e aguardar 15 dias de TV. A partir daí, as pesquisas começarão a retratar com maior realismo as tendências efetivas de voto.

5. Neste ano, com apenas 35 dias de TV, esse processo se torna ainda mais complicado e o risco de flutuação das pesquisas, no final, é ainda maior.

6. Se campanha eleitoral apontar para uma forte polarização no primeiro turno, a tendência será que o Não Voto diminua. Nesse caso o eleitor terá a sensação que seu voto será decisivo. Havendo um espalhamento das intenções de voto, o Não Voto tende a confirmar a tendência de crescimento.

7. Sendo assim, só no segundo turno virá essa polarização. Então, as pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, quando acompanhadas da pergunta em quem votaria no segundo turno, devem ser tomadas com muito cuidado. Melhor esperar o segundo turno.

8. As chapas estarão definitivamente inscritas no dia 15 de agosto, mas só um mês depois se poderá ter uma avaliação efetiva das tendências do eleitorado.