PARA ENTENDER O CASO SERRA-AÉCIO E SABER QUANDO ACABA!
1. Em 2006, no desdobramento do mensalão e quando o PSDB sabia que era competitivo, Serra resistiu à candidatura a presidente. Alckmin foi convidado pelos cardeais do PSDB; FHC e Aécio entre eles. Depois disso, Serra resolveu voltar atrás e aceitar. A resposta é que não dava mais. Alckmin, no primeiro turno, alcançou 37% (Lula 43%). Mesmo eleito governador, ficou em Serra a certeza que jogou pela janela a oportunidade. Seu nome tinha muito maior memória nacional que Alckmin, pois havia sido candidato em 2002.
2. Em 2009 –um ano antes da eleição- decidiu ser ele o candidato do PSDB a presidente. Aécio informou que era também pré-candidato e pedia uma votação interna primária para que o partido pudesse decidir. Aécio iniciou com muito sucesso um giro nacional, com entrevistas e palestras, todas essas redigidas à régua e compasso e assessorias.
3. Numa das últimas, em S. Paulo, a afluência era tão grande que tiveram que usar salões adjuntos com telões. Seus discursos afirmavam propostas de governo que entusiasmaram parte do empresariado. Assim foi até dezembro de 2009, quando então, fez a declaração pública de desistência.
4. Serra declarou durante esse processo que não aceitava ‘primárias’ e que não faria os debates regionais que Aécio queria. E ficou a mágoa. Serra segue a máxima de John Kennedy: “Perdoo, mas não esqueço.”
5. Veio a campanha de 2010. Serra abriu a TV receoso da força de Lula. A imagem na TV de abertura eram “os estadistas”, Lula, FHC…, e Serra. Um tropeço. Mas o Ascenso de Marina e a inexperiência de Dilma (apesar do périplo com Lula desde 2009) garantiram muito cedo que haveria um segundo turno.
6. E veio o segundo turno quando, num certo momento, Serra se aproximou de Dilma. E depois a vitória de Dilma. Começaram as contas e as explicações. Afinal, no primeiro turno, Serra havia perdido por 14,3 milhões de votos e só em Minas Dilma havia aberto 1,7 milhão. No segundo turno, Dilma venceu com 12 milhões de votos de frente. E só em Minas venceu Serra por 1,8 milhão, aumentando a diferença do primeiro turno. Aécio se elegeu Senador com 7,5 milhões de votos, abrindo 3 milhões de votos sobre Pimentel, candidato do PT. Itamar, sua dupla, 5,1 milhões. Dilma teve 5 milhões e Serra 3,3 milhões. No segundo turno, Dilma teve 6,2 e Serra 4,4 milhões.
7. E a mágoa aumentou e veio o troco. A previsão deste Ex-Blog é que, da mesma forma que em 2009, em dezembro de 2013 Serra desiste da candidatura a Presidente.
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III FÓRUM INTERNACIONAL HUMANITÁRIO EM BAKU / AZERBAIJÃO, DIAS 31/10 E O1/11!
A convocatória informa que “o Fórum tem a ambiciosa tarefa de formar uma nova agenda humanitária em uma escala internacional. As mesas redondas serão sobre os seguintes assuntos: Tecnologias Convergentes / Aspectos Humanitários do Desenvolvimento Econômico / Inovações científicas e sua transferência para a Educação / Multiculturalismo e originalidade / Identidade Nacional na Pós-Modernidade / Desenvolvimento Sustentável e Civilização Ecológica / Alcances na Biologia Molecular e Biotecnologia / Os temas da atualidade da Comunicação em Massa na Rede de Informação Globalizada.”
O assessor de Relações Internacionais do Democratas e presidente da Comissão de Relações Internacionais da Câmara Municipal do Rio estará presente como convidado do governo do Azerbaijão.
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A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA!
1. (JN, 29) Lojas e escolas da zona norte de S. Paulo não abrem com medo da violência.
2. (JN, 29) Duas estradas são bloqueadas por manifestantes em Belo Horizonte.
3. (JN, 29) Mais um jovem de 17 anos é morto por policial militar em S. Paulo.
4. (O Dia, 30) Rio. Aula de sobrevivência para alunos na Maré na guerra do tráfico.
5. (Extra, 30) Granada explode em perseguição no Centro do Rio; dois ficam feridos.
6. (Folha de SP, 30) Facção criminosa é suspeita de atuar em protestos em SP.
7. (Folha de SP, 30). Cineasta sofre assalto bem ao lado bem ao lado de prefeito Haddad. SP.
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2013 TERMINA COM IMPORTANTE GRAU DE INCERTEZA!
(Delfim Neto – Folha de SP, 30) Estamos terminando 2013 com um importante grau de incerteza, mas com os seguintes resultados: 1) crescimento do PIB em torno de 2,7%; 2) taxa de inflação ligeiramente abaixo de 6%; 3) robusto déficit em contracorrente da ordem de 3,6% e uma relação dívida bruta/PIB parecida com 60% do PIB. Há, entretanto, desconforto com alguns controles de preços (inflação reprimida) e com a relação dívida/PIB, não só pelo seu tamanho, mas pelas perspectivas de seu crescimento, apesar de ela ser, basicamente, em reais.
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O BEIJO DA MORTE DA POLÍTICA MACROECONÔMICA DE DILMA!
(Alexandre Schwartsman – Folha de SP, 30) 1. As contas do país acumulam nos últimos 12 meses déficit pouco superior a US$ 80 bilhões (3,6% do PIB), aumento expressivo em relação aos US$ 50 bilhões (2,2% do PIB) registrados nos 12 meses anteriores. Números ainda mais altos não podem ser descartados no ano que vem, pois os fatores determinantes da sua expansão ainda estão em pleno funcionamento e nada indica uma interrupção desse processo.
2. Reconciliar esse desenvolvimento com fluxos mais escassos de capitais será o grande desafio em breve e o provável beijo de morte para nossa mal formulada “nova matriz macroeconômica”.