30 de setembro de 2013

O PM-DB, A TRUCULÊNCIA, OS PROFESSORES E A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO!

1. Sábado (28) à noite o PM-DB retirou os professores que haviam ocupado o plenário da Câmara na quinta. A violência está estampada nos sites da própria imprensa desde sábado à noite. Esse foi o desdobramento de uma postura de truculência, arrogância e intransigência –vale dizer de violência- do Prefeito do PMDB.

2. Quando da apresentação do PL 442 em regime de urgência e numa reunião segunda-feira passada na Câmara, os próprios vereadores-sêniores da base do prefeito pediram que fosse retirada a urgência e que se tivesse tempo para debater o que poderia –segundo eles- legitimar tal plano.

3. A resposta foi um não do prefeito e ponto final. O projeto era aquele. MAS…, NÃO ERA! Como os vereadores tinham dúvidas e acharam o 442 problemático, o prefeito transferiu o plenário da Câmara para seus gabinetes e, em duas reuniões, introduziu emendas propostas pelos vereadores que –é bom que se diga- não trataram do fundamental que é a pasteurização do magistério em 40h para que sejam apenas aplicadores de kits de institutos, fundações e empresas privadas. Em uma palavra: PRIVATIZAÇÃO da educação municipal. Além de um concurso público e da eleição de diretores, totalmente manipuláveis, numa espécie de chaguismo travestido de tecnocrático. PMDB de novo.

4. Arrogância, prepotência, truculência, imposição antidemocrática são também VIOLÊNCIA. E essa foi a VIOLÊNCIA que deu origem à indignação dos professores, à ocupação da Câmara –transmitida ao vivo pela TV Câmara- e depois a invasão da Câmara no sábado à noite pelo PM-DB.

5. Isso tudo na EDUCAÇÃO. As consequências já estão colocadas. E se fazem sentir. A partir de agora a aprovação draconiana do PL 442, se efetivada, o tornará –no seu núcleo- impotente em sua aplicação. Em curto prazo pela resistência nas escolas. E, no limite, cancelado em seu núcleo em janeiro de 2017 a partir do debate eleitoral de 2016. É só esperar.

6. Ainda há tempo para se retirar o regime de urgência ou arcar com as consequências. De outra forma o PM-DB desintegra em 2014.

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O QUE DIZEM OS CANDIDATOS A PRESIDENTE SOBRE ESSA HIPÓTESE? O QUE PROPORIAM?

(Raquel Landim – Resultado do PNAD pode significar o fim da ‘década inclusiva’ –Folha de SP, 28) 1. A desigualdade parou de diminuir no Brasil. É o que atesta a Pnad. A constatação é preocupante, mas previsível, porque a economia brasileira está praticamente estagnada. O índice Gini em 2012 ficou no mesmo nível do de 2011. Esse indicador mede o nível de concentração de renda. Isso aconteceu porque o rendimento médio dos 10% mais pobres do Brasil subiu 5,1%, enquanto o dos 1% mais ricos teve salto de 12,8%.

2. Esse resultado pode significar o fim da “década inclusiva”, quando 23,4 milhões de pessoas saíram da pobreza graças a um crescimento de 91,2% dos salários dos 10% mais pobres entre 2001 e 2011. Se confirmada a previsão de aumento de 2% a 2,5% do PIB neste ano, o Brasil amargará crescimento médio de 2% nos três anos de Dilma –patamar medíocre para uma economia como a brasileira.

3. A economia estagnou porque o boom de consumo chegou ao fim. Não existe mais no país um contingente tão grande de pessoas para serem inseridas no mercado de trabalho e no acesso ao crédito. E vale ressaltar que parcela significativa da nova classe média está fortemente endividada, tentando pagar o carro financiado. A bolha de inadimplência do setor automotivo, inflada pelos incentivos fiscais do próprio governo, ainda pesa na economia.

4. A única saída para o Brasil voltar a crescer com vigor é investir mais e melhorar a produtividade. Isso já é consenso até entre governo e oposição. A dificuldade é pôr isso em prática.

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GOVERNO GREGO PRENDE OS LÍDERES DO “AURORA DOURADA”, PARTIDO NEONAZI COM 18 DEPUTADOS!

(El País, 29) 1. A polícia da Grécia prendeu o líder máximo e outros dirigentes do partido de extrema-direita de inspiração neonazi AURORA DOURADA após o militante antifascista Pavlos Fissas ser apunhalado em 18 de setembro último em Atenas. É uma tentativa desesperada de reduzir a fratura social e a deterioração do cenário politico do país.

2. É a primeira vez desde 1974,quando da democratização do país depois de 7 anos de ditadura militar, que se descabeça um partido legal e com representação parlamentar (de 18 deputados de 300). A medida ocorre dias depois da publicação de um estudo sobre a grave merma da qualidade democrática em alguns países da União Europeia, em especial Grécia e Hungria.

3. O assassinato de Pavlos Fissas é um salto qualitativo na demonstração de força da organização neonazi que cresceu exponencialmente nas últimas eleições.

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ELEIÇÕES NA ÁUSTRIA: COLIGAÇÃO SOCIAL-DEMOCRATAS/CONSERVADORES MANTÉM A MAIORIA! EUROCÉTICOS SOMAM 27,2%!

1. Nas eleições parlamentares de ontem, a coligação de dois partidos que tem governado a Áustria desde o final da Segunda Guerra Mundial conseguiu 50,9% dos votos, que lhe permitirá um novo mandato de cinco anos, indicam os resultados preliminares. Os social-democratas (SPOe) lograram 27,1% dos votos e os conservadores do Partido Popular (OeVP), 23,8%.

2. O Partido da Liberdade, de extrema-direita, anti-imigração e euro cético, chegou aos 21,4% (+ 4 pontos percentuais do que em 2008). O Team Stronach, também euro cético, do bilionário austro-canadense Frank Stronach, chegou ao Parlamento com 5,8% dos votos. O liberal Partido da Nova Áustria (NEOS) poderá ainda eleger algum representante no Parlamento, com 4,8% dos votos. Os Verdes conseguiram 11,5% dos votos (+ 1 ponto percentual sobre os resultados das últimas eleições).

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ELEIÇÕES LOCAIS EM PORTUGAL: SURPRESA NO PORTO! PSD DO PRIMEIRO MINISTRO É O PERDEDOR EM GERAL!

1. Nas eleições locais desse domingo -em geral- e em especial nas duas maiores cidades portuguesas -Lisboa e Porto-, os resultados mostraram que o PSD (centro-direita), do primeiro ministro Passos Coelho, foi o grande perdedor.

2. Do Porto, historicamente nicho da esquerda, veio a surpresa maior. Venceu o candidato INDEPENDENTE Rui Moreira, com cerca de 38%, segundo as pesquisas de boca de urna assumindo a prefeitura. A seguir os dois maiores partidos: PSD com Menezes e o PS com Pizarro, ambos em torno de 23%.

3. Em Lisboa o PS de Costa manteve a prefeitura com maioria absoluta, 52% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna. A seguir PSD/CDS com 22%, o CDU com 10% e o Bloco de Esquerda com 5%.

4. Nessas eleições municipais, no total do país, o PS- Partido Socialista- obteve 36% dos votos, 8 pontos a mais que em 2011. A coalizão governamental (PSD-CDS) obteve 28% ou 12 pontos a menos que em 2011.