30 de novembro de 2012

PONTOS DO SEMINÁRIO EM BUENOS AIRES SOBRE MERCOSUL!

1. (Dante Sica, ABECEB) Para Brasil o principal problema são os riscos regulatórios. Os 20 maiores produtos de importação do Brasil só 3 são argentinos. Mercosul é uma zona de comércio administrada ad hoc. Oportunidade de mercado: demanda da classe média, que cresce muito, especialmente na Ásia.

2. (Luciano Laspina, Banco Ciudad) 37% das importações afetadas pelo casuísmo argentino vêm do Mercosul. Brasil 20%. China 30%. Paraguai 24%. De 2005 para cá a balança energética argentina passou de superávit de 5 bilhões de dólares para déficit de 12 bilhões de dólares. Menos de 40% das normas aprovadas no Mercosul foram implementadas.

3. (Julio Berlinski, Univ. Torcuato di Tella) Há 2 temas de difícil solução: automóveis e açúcar. Brasil e Argentina violam costumeiramente decisões do OMC. São problemas graves de inserção. BR e AR firmam acordos sem consultar Paraguai e Uruguai. AR tem atitude desafiante em pontos que não tem solução. Para que firmar acordo que não se pode executar. Um problema do século 21: a fragmentação da produção e do comércio. Esse é um problema de logística também. Até que Venezuela não cumpra o básico do Mercosul não poderá se integrar totalmente.

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LULA E ROSEMARY!

(Coluna Rogério Gentile – Folha de SP) 1. A PF indiciou, por suspeita de corrupção e tráfico de influência, a assessora Rosemary Noronha. Ex-secretária do PT, foi nomeada no governo Lula para o cargo de chefe de gabinete do escritório da Presidência em SP e rodou o mundo a serviço do Planalto, viajando com o então presidente para 23 países. Acumulou tanto poder que conseguiu, inclusive, emplacar diretores em agências reguladoras mesmo quando havia resistência no Congresso.

2. Há anos especula-se nos corredores do governo sobre a origem do seu poder, zum-zum-zum que cresceu agora com a ação da PF. Em editorial, o jornal “O Estado de S. Paulo” disse que sua influência “derivava diretamente de sua intimidade com Lula”.  Diante da gravidade das acusações da PF, Lula deveria dar explicações sobre sua antiga assessora. Ela tem qualificações para o cargo que ocupava? Quais eram suas atribuições nas viagens e por que ganhou passaporte diplomático?

3. Dilma, que a deixou no cargo até sábado, também deveria prestar esclarecimentos. Se a função de Rose era tão importante, por qual razão a presidente simplesmente extinguiu o seu cargo após as revelações da PF?  Sem explicações convincentes, resta uma questão: Lula misturou sua vida privada com a pública?

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TÊXTEIS! ARGENTINA: BRASIL PERDE MUITO E CHINA GANHA MUITO! 

(Clarín, 29) A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abiti) criticou abertamente as licenças não automáticas que a Argentina aplica às importações de seu país, particularmente aos produtos têxteis. “Essas medidas criaram uma atmosfera de desilusão das empresas e o que mais incomoda e que enquanto isso há uma participação crescente da China”. Em 2005, os produtos têxteis brasileiros representaram 42% das importações argentinas nesse setor as da China eram de 3%. Atualmente o Brasil representa 20% das importações têxteis da Argentina, enquanto as da China aumentaram para 29%. “Não temos nada contra as importações chinesas na Argentina”, acrescentou.

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BRASIL PERDE 43 MIL TURISTAS EM CRUZEIROS MARÍTIMOS! 

(UOL, 28) Com início marcado para os primeiros dias de novembro, e duração prevista de cinco meses, a temporada brasileira de cruzeiros 2012/2013 será menor do que em outros anos. Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), apenas 15 navios realizarão viagens com embarque e desembarque no litoral do país até abril do ano que vem. Na estação 2011/2012, que durou sete meses, 17 transatlânticos percorreram o território nacional. Com o corte de dois navios, o número de passageiros também cai. A Abremar calcula que, nesta temporada, cerca de 762 mil pessoas devem embarcar em cruzeiros no Brasil (em 2011/2012, foram mais de 805 mil embarques).

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EGITO E A NOVA CONSTITUIÇÃO! 

A comissão encarregada de redigir a nova Constituição do Egito votou hoje em favor da manutenção dos “princípios da charia” como principal fonte da legislação. Trata-se de formulação idêntica à da Constituição em vigor nos tempos de Mubarak. Estava ela no centro do antagonismo entre os Irmãos Muçulmanos e  o campo liberal e laico, que pretendia sua derrogação.