QUAIS AS RAZÕES DA VALORIZAÇÃO DESPROPORCIONAL DO MERCADO IMOBILIÁRIO?
1. Sempre se pode explicar as razões de que o preço de um produto cresça –num período- muito mais que o crescimento da inflação e da renda dos diversos segmentos da população. Pode ser escassez, pode ser inovação, pode ser diferenciação, etc. Mas no caso do mercado imobiliário em que esses fatores não se aplicam da mesma forma, há que se mergulhar nas razões de um ciclo de valorização extravagante.
2. Na crise do petróleo dos anos 70, a demanda de imóveis nos EUA, pelos petrodólares, explicou aquele boom. Até o Rockfeller Center foi vendido. Da mesma forma quando a mobilidade do capital asiático buscou segurança no mercado imobiliário. E outros casos de boom circunstancial.
3. Pode-se pensar em um crescimento e valorização acima da tendência de crescimento da renda real quando ocorre uma mudança no sistema de crédito, alargando prazos e reduzindo juros. Isso tem ocorrido por um período em vários países até que o poder de endividamento chegue a seu limite. Tem prazo!
4. Mas há casos onde o crescimento e valorização têm explicações exógenas e –digamos- “artificiais”. Por exemplo, o rumoroso caso dos aplicativos nos EUA que elevou o mercado em espiral, até sua explosão e a crise derivada, no mercado financeiro e na inadimplência.
5. O mercado imobiliário cria caminhos para a lavagem de dinheiro. O caminho da cocaína da América do Sul, passando pela Guatemala, Honduras, Caribe, México…, quase sempre vem acompanhado da exponenciação do mercado imobiliário. Isso é facilmente identificado pela quantidade de gruas nos bairros mais atrativos desses países, quase que como um campo de grandes antenas de TV.
6. No Brasil, esse fenômeno está para ser explicado. O crescimento da inflação e da renda –nos diversos segmentos- certamente não explica. Uma dispersão de 3 ou 4 vezes ou mais entre a valorização imobiliária e a renda por mais de 5 anos é algo estranho. A curva de expansão do crédito, já se encontra quase horizontal. Pode ser que ocorra, na margem, lavagem de dinheiro.
7. É um desafio aos economistas, aos centros de pesquisa…, explicar tal fato. Importante buscar razões, pois se no Brasil essas forem, digamos, “artificiais”, num determinado momento o castelo de cartas pode vir abaixo, atingindo a economia e, especialmente, as famílias inadimplentes. Entender será prevenir.
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MAIS DE 50% DOS EQUIPAMENTOS OLÍMPICOS NÃO TÊM PROJETO EXECUTIVO!
1. (Globo Online, 28) A Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou, nesta terça-feira (28), a Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. De acordo com o documento, mais de 50% dos empreendimentos ainda não têm orçamento definido, a menos de dois anos do evento. Apenas 24 dos 52 projetos já alcançaram a fase de licitação. O valor total previsto para ser investido em obras para a realização dos Jogos é de R$ 5,2 bilhões, R$ 4,18 bilhões com recursos privados e R$ 1,5 bilhão do orçamento público. A esse valor serão somados os valores referentes aos projetos que ainda não tiveram valor fechado.
2. (Ex-Blog) Recursos privados, na verdade, são Recursos Públicos de capital transferidos ao setor privado como direito de construir, o que é patrimônio municipal.
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15 CIDADES BRASILEIRAS ENTRE AS MAIS VIOLENTAS DO MUNDO!
(Revista Forum) De acordo com relatório de ONG mexicana, 41 municípios da América Latina marcam presença no ranking. Em 2012 eram 14 cidades; no ano de 2013, 15. Em 2014, o relatório anual da ONG mexicana Conselho Cidadão Para a Segurança Pública e Justiça Penal adicionou mais um município brasileiro ao ranking de 50 cidades com maior índice de homicídios do mundo. A maioria das “mais violentas” está no continente americano (46 cidades), e na América Latina, em particular (41). Os países latino-americanos com maior problema de violência são Honduras, Venezuela, Guatemala, El Salvador, México e Brasil.
2. Com uma taxa de 187 homicídios a cada 100 mil habitantes, a cidade hondurenha de San Pedro Sula ocupou pelo terceiro ano consecutivo a liderança do ranking. O segundo lugar fica com Caracas, capital da Venezuela, e, em terceiro, Acapulco, no México, com taxas de 134 e 113, respectivamente, a cada 100 mil habitantes. Saíram da lista as seguintes cidades que figuravam na lista de 2012: Brasília e Curitiba, no Brasil; Barranquilla, na Colômbia; Oakland nos EUA e Monterrey no México. Todas estas tiveram taxas inferiores ao 50° colocado, Valencia, na Venezuela.
3. As 16 cidades brasileiras que estão na lista são: – Maceió (AL) com 79,8; / – Fortaleza (CE) com 72,8; / – João Pessoa (PB) com 66,9; / – Natal (RN) com 57,62; / – Salvador (BA) com 57,6; / – Vitória (ES) com 57,4; / – São Luís (MA) com 57,0; / – Belém (PA) com 48,2; / – Campina Grande (PB) com 46,0; / – Goiânia (GO) com 44,6; / – Cuiabá (MT) com 44,0; / – Manaus (AM) com 42,5; / – Recife (PE) com 36,8; / – Macapá (AP) com 36,6; / – Belo Horizonte (MG) com 34,7 e – Aracaju (SE) com 33,4.