PROGRAMAS E COMERCIAIS ELEITORAIS: UM DESPERTADOR!
1. Já foi o tempo em que o eleitor se fixava nos programas e comerciais eleitorais, se comovia ou se mobilizava com eles. Nem por isso os programas e comerciais perderam a importância. A começar pelo fato que o eleitor médio acha que quem tem pouco tempo de TV não tem chance. Ter tempo suficiente é fundamental para dizer: Eu existo.
2. Uma vez com um tempo suficiente de TV, esse deve permitir ao eleitor ter imagens que ajudem a memória do eleitor, mesmo aqueles -que não são poucos- que apertem o botão do “mute”. Os personagens e os temas devem ser abordados de forma que uma atenção de segundos seja suficiente.
3. O eleitor não está nem aí para a campanha. Até que surgem os candidatos na TV à sua frente. É provável que o desgaste dos políticos leve o eleitor médio a desqualificar todos. Mas dia a dia, com ou sem “mute” a TV vai servindo como um despertador: Trimmm, a eleição está aí.
4. Com este trimmmmm… o eleitor inicia seu processo de tomada de decisão. Da negativa caminha em direção a uma decisão. As pesquisas pré-TV vão ficando para trás, a menos que algum candidato seja ou tenha sido prefeito ou governador, quando a pesquisa incorpora um julgamento. Quanto aos demais, não. O processo está aberto.
5. Deflagrado pela TV este processo de conversas, fluxos de opinamento, troca de opiniões, as/os candidatas/os, precisam ter na base uma semeadura suficientemente ampla, para serem comentados positivamente. Ou seja, para que no primeiro filtro eles fiquem para a escolha final.
6. Com o processo de decisão a caminho o eleitor já não aperta o “mute” e caminha para decidir. Nesse momento, programas e comerciais de TV, devem mesclar uma espécie de -o melhor até aqui- com pontuações afirmativas e compromissos.
7. Essa é a dinâmica de um processo que é despertado pela TV, irrigado numa curva ascendente pelo boca a boca, filtrado na segunda parte desta curva, e que retorna a TV para a decisão final. Todas as fases são importantes.