MAIS UMA ELEIÇÃO NA AMÉRICA LATINA: MAIS ENSINAMENTOS PARA 2014!
1. A globalização das campanhas eleitorais é um fato. E por duas razões: a) as técnicas de comunicação (marketing) que se oferecem internacionalmente; b) o ambiente econômico que atinge a todos indistintamente. E uma mais na América Latina: a violência e o tráfico de drogas.
2. A eleição de domingo em Honduras, um país de 8,5 milhões de habitantes da América Central, nos traz também ensinamentos. Nas eleições anteriores a abstenção superava os 50%. Nessa ficou em 39%. A diminuição foi produto da polarização entre o candidato do partido do governo e a esposa do ex-presidente Zelaya, que tentou um golpe em 2009 e foi destituído. As pesquisas davam a JOH, do PN (governo), 28% e a Zelaya 27%. O voto útil –comparecimento às urnas- beneficiou JOH, que teve 34%, apesar da enorme impopularidade do presidente Lobo. Zelaya 28%. Zelaya –marido- esperneou, disse que ia para as ruas, mas todos os presidentes da América Central, Panamá e Colômbia reconheceram a vitória do PN. Ficou isolado. A polarização deixou a questão econômica para trás.
3. Foi criado às vésperas das eleições o PAC –partido anticorrupção. E seu candidato surpreendeu com 15% dos votos.
4. A violência foi o tema eleitoral. Passam por Honduras uns 50% da cocaína que vão da América do Sul para os EUA. O índice de homicídios é dos maiores do mundo: 85 por 100 mil habitantes. E na segunda maior cidade do país –com mais de 1 milhão de habitantes- San Pedro Sula, onde estão empresas de alta tecnologia ao lado do Porto Cortez e que produzem para os EUA as marcas Victoria Secret e Calvin Klein, que ocorre a mais alta taxa de homicídios do mundo: 173 assassinatos para cada 100 mil habitantes.
5. Foi exatamente aí –em San Pedro Sula- que o PN foi derrotado, tanto para Presidente, como para Prefeito. O prefeito vencedor foi do PAC –partido anticorrupção. Importante notar –como ensinamento- que o eleitorado de San Pedro Sula fez a conexão entre o crime organizado, a corrupção e a política. Ensinamento: ao se tratar do tema violência, essa conexão atrai mais votos que o tema segurança/violência em si.
6. Essa eleição quebrou o bipartidarismo PN-PL com a entrada do Libre de Zelaya e do PAC de Nasralla. O Partido Liberal –ex-Zelaya- atingiu 20% dos votos com Villeda. Sem a ruptura do grupo Zelaya e, portanto, sem a polarização, o PL de oposição ao PN, venceria.
7. Portanto, olho nos ‘outsiders’ que podem ser decisivos em 2014 no Brasil para um segundo turno. Olho na conexão criminalidade-corrupção-política, que pode atrair o eleitor muito mais que o tema segurança tratado apenas nessa esfera. E olho na polarização governo-oposição, que deve atrair o voto útil. Mas…, em que direção?
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AVALIAÇÕES DE CABRAL E PAES ENTRE 01/07 E 17/11 (PÓS-MANIFESTAÇÕES) CONTINUAM CAINDO!
1. Em 1 de julho de 2013. Datafolha. Sergio Cabral 25% de Ótimo+Bom e 36% de Ruim+Péssimo / Eduardo Paes: 30% de Ótimo+Bom e 33% de Ruim+Péssimo.
2. Em 17 de novembro de 2013. Ibope. Sergio Cabral 18% de Ótimo+Bom e 41% de Ruim+Péssimo / Eduardo Paes: 26% de Ótimo+Bom e 40% de Ruim+Péssimo.
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DÉFICIT HABITACIONAL AUMENTA ENTRE OS MAIS POBRES!
(PNAD/IBGE/IPEA-2012 – JC, 26) 1. Em 2012, 73,6% do déficit apurado pelo Ipea era composto pela população que ganhava até três salários-mínimos, um aumento de 4% em relação a 2007, quando a participação era de 70,7%. “Isto reitera que o déficit continua sendo majoritariamente dos domicílios que estão no estrato de renda mais baixo”, argumenta o instituto na nota, assinada pelos pesquisadores Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado e Cleandro Krause.
2. A participação no total do déficit dos demais estratos econômicos diminuiu. Aqueles com renda entre três e cinco salários-mínimos, por exemplo, representavam 13,1% do déficit há seis anos, proporção que passou para 11,6% no ano passado. Já na faixa entre cinco e dez salários-mínimos a regressão foi de 10,4% em 2007 para 9,4% em 2012. Já o segmento com renda domiciliar acima de dez salários-mínimos viu a sua participação no déficit habitacional ser reduzida em cerca de 30% no período.
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PESQUISA: COMO OS JOVENS SE CONECTAM AO MUNDO DIGITAL!
(proXXIma, 26) Estudo revela que 87% dos adolescentes americanos enviam mensagens de texto via dispositivos móveis todos os meses. Instagram lidera entre as redes sociais. Os comportamentos imprevisíveis dos jovens no ambiente online estão se tornando um pesadelo para algumas grandes companhias digitais e uma oportunidade para outras. Uma pesquisa feita pelo Family Online Safety Institute mapeou o comportamento destes usuários, e revelou que redes sociais alternativas e mobilidade são dois elementos para fazer sucesso com este público.
2. Confira a pesquisa compilada pela Statita e divulgada pelo Mashable.