27 de março de 2014

CIRCULAÇÃO/AUDIÊNCIA DE MÍDIA EM SITES É MUITO, MUITO DIFERENTE DE AUDIÊNCIA DIRETA!

1. A imprensa –jornais, rádios e TVs- tem como núcleo de sua sobrevivência a venda de publicidade. É diferente da venda de um produto de consumo como refrigerante, carro, etc. Nesses casos, a publicidade estimula diretamente a compra do produto. É meio. É custo.

2. Na imprensa, a publicidade é resultado da “audiência” do veículo e o perfil dessa audiência. E essa audiência é função das notícias divulgadas. Ou seja: o consumidor, ao consumir notícias, está gerando “audiência” (circulação, etc..) e essa atrai as agências e empresas para comprar espaços de publicidade, aproveitando o consumo de notícias.

3. Como qualquer empresa de qualquer ramo, as vendas de seus produtos e serviços definem suas capacidades econômica e financeira. Num produto ou serviço de consumo -como refrigerante, carro…- é essa a venda que define a viabilidade do negócio.

4. Na imprensa é diferente: a venda de um jornal ou revista é meio para o que é importante, ou seja, a publicidade, que é seu faturamento. E no caso das rádios, sempre abertas, e nas TVs abertas, isso fica claro, pois o serviço de notícias não é sequer vendido. A audiência –quantitativa e qualitativa- que os veículos conquistam é que vão influenciar as agências e empresas anunciarem, fazerem publicidade do que querem vender, buscando influenciar os que consumem notícias.

5. Todo o dito acima é evidente e estudado há muitas décadas.

6. A novidade hoje é a audiência dos meios de comunicação através de sites na web. Hoje, as pesquisas além de mostrarem a circulação dos jornais, etc., mostram o número de acessos a seus sites. Com isso, a leitura das notícias não leva o consumidor diretamente à publicidade. Na maior parte das vezes a nenhuma publicidade. Os banners que entram nos sites não têm –nem de longe- o mesmo efeito da publicidade direta.

7. É crescente o consumo de notícias através dos sites. Os meios de comunicação somam o consumo físico ao consumo virtual para mostrarem suas audiências. Mas do ponto de vista de seu faturamento, ou seja, da publicidade, o impacto nas vendas, ou seja, da publicidade, é muito, muito diferente.

8. Num caso limite em que um meio de comunicação que tenha uma circulação ou audiência de 100 milhões de consumidores em seu veículo tradicional, se esta circulação/audiência dobrar e passar a ser de 200 milhões na web e ao mesmo tempo for zerada no suporte tradicional, o veículo que conquistou esta proeza estará quebrado em pouco tempo, pois perderá a atratividade para as agências e empresas que anunciam seus produtos.

9. Um paradoxo do mundo eletrônico.

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IMPRENSA INTERNACIONAL E O BRASIL! MATÉRIAS NEGATIVAS: 19% (2010), 23,78% (2012) E 35,22% (2013)!

(Estado de SP, 26) 1. A imprensa internacional ficou mais crítica com o Brasil no ano passado. O levantamento Boletim Brasil – elaborado pela agência de comunicação Imagem Corporativa – mostrou que o porcentual de reportagens negativas com relação ao País subiu para 35,22%, do total de 23,78% registrados em 2012. O estudo também mostrou que a imprensa falou menos sobre o Brasil. O número de textos foi de 4.332, abaixo das 5.109 publicadas em 2012. O mau humor da imprensa acompanhou o crescente pessimismo do mercado com a economia brasileira e com o mercado financeiro ao longo do ano passado.

2. “Esse resultado reflete uma leitura mais pessimista da imprensa internacional sobre a desaceleração econômica, e traz algumas referências mais negativas em termos de fundamentos econômicos, além da questão das manifestações”, afirmou Ciro Dias Reis, presidente da Imagem Corporativa. “O número de matérias positivas ainda é maior, mas, diante dos últimos acontecimentos, existe uma tendência de a imprensa internacional se manter num nível mais cauteloso na comparação com uma euforia do passado.” Em 2010, o porcentual de reportagens positivas chegou a 81%.

3. O Boletim Brasil é elaborado desde 2009, e analisa 15 veículos internacionais, entre eles China Daily (China), El País (Espanha), Financial Times e The Economist (Reino Unido), The New York Times e Washington Post (Estados Unidos).

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DOMINGO, ELEIÇÃO PARA PREFEITA DE PARIS: OS TEMAS EM DEBATE NA TV!

São duas mulheres que passaram para o segundo turno. Hidalgo do PS (centro-esquerda) e NKM do UMP (centro-direita).

(1) poluição (Hidalgo pretende aumentar os espaços verdes, enquanto NKM é favorável à interdição de veículos mais poluidores no centro da capital e promete por fim ao uso do diesel;

(2) transporte (metrô em particular, com automatização ou prolongamento da linha 13);

(3) segurança (NKM pretende ser “uma Prefeita na frente de combate, com uma polícia de proximidade” e Anne Hidalgo se opõe a uma polícia municipal, mas dobrando o número de câmeras de segurança);

(4) habitação e creches (ampliação da disponibilidade de vagas);

(5) remuneração do Prefeito (redução dos salários e demais vantagens).