27 de junho de 2018

PESQUISA QUALITATIVA: DATAQUALY! JUNHO 2018!

Clima eleitoral: Interesse pela eleição para presidente

O clima ainda é “morno” no que se refere às eleições. A percepção geral é a que de a disputa irá esquentar após a Copa do Mundo e com o início dos programas do horário eleitoral gratuito na televisão/rádio.

O cenário vislumbrado é contaminado por estereótipos que marcam a imagem dos políticos e das campanhas políticas – “promessas não cumpridas”, “mais do mesmo”, e afins. É evidente a desmotivação do eleitor. Assim, os eleitores declaram estar “desencantados”, “desanimados” e “desestimulados” com a classe política e a “mesmice”.

Estes eleitores se mostram frustrados e desacreditados em relação às representações políticas, de forma generalizada. O ambiente é de grande desalento – e isso inclui o cenário que envolve as próprias eleições.

Os sentimentos estimulados pela perspectiva de escolha do próximo presidente são essencialmente negativos, refletindo a descrença de que este venha a ser um fator determinante de mudança no cenário atual.

Veem os atuais pré-candidatos como pouco qualificados (aquém da necessidade atual), pouco atraentes (sem carisma ou espírito de liderança, não conseguem convencer) e não representativos de mudanças essenciais (sobretudo aquelas ligadas ao próprio meio político, que consideram cruciais).

Motivação ao voto: mudança x continuidade

Há um forte desejo por mudança, entendendo-se por isto a melhoria do quadro atual em diversos âmbitos (ético, social, econômico) – mas com o social permanecendo como prioridade.

O desencanto com a classe política em sentido amplo e o cansaço em relação aos vícios e desmandos a ela associados (corrupção, superfaturamentos de obras, privilégios), fomentam o desejo de mudança e a expectativa pelo novo (“um novo jeito de fazer política”).

Acreditam que uma ferramenta que pode ajudar a população a mudar os políticos que estão no poder é a Ficha Limpa. Os brasileiros deixarem de votar em candidatos envolvidos em escândalos de corrupção.

Parcela dos pesquisados ressalta a importância e relevância do surgimento de novas lideranças (indivíduos, mais que grupos ou partidos) e a ampliação de alternativas para o eleitor. Entretanto, com o cenário eleitoral ainda indefinido e distante, têm dificuldade de vislumbrar opções que possam ocupar esse espaço de modo efetivo.