26 de abril de 2013

O PODER NÃO VAI NECESSARIAMENTE PARA OS QUE REPRESENTAM A MAIORIA!

(Mariano Grondona – La Nacion, 21) 1. Tenho repetido mais de uma vez o alerta de Ortega y Gasset, segundo o qual “se anda obscura a questão do comando, tudo o mais marchará impuro e desajeitadamente”. Eu já mencionei nesta coluna o presidente brasileiro FHC, quando ele disse que “três mandatos consecutivos é monarquia”.  Começará a ser esta, também, a convicção profunda de nosso povo?

2. Toda república digna desse nome, limita de uma forma ou de outra a reeleição presidencial. Com o tempo há uma perda de poder.  Não é improvável que haja menos poder nas mãos de qualquer um que venha a ser seu sucessor. Mas todas estas considerações empalidecem se levarmos em conta um fator que ainda poderia favorecer quem quer ficar: a fraqueza intrínseca de seus oponentes. Quantos são? Haverá ainda, no momento da verdade, vários opositores em conflito entre eles?

3. É grave a incapacidade da nossa oposição. Eles querem impor aquela fórmula repetida vez por outra por Wilfredo Pareto e os “maquiavelistas”: que o poder não vai necessariamente para as mãos daqueles que verdadeiramente representam a maioria, mas que pode ir também para uma minoria eficaz em seus propósitos ainda que seja inescrupulosa em seus métodos, porque em nenhum lugar está escrito que o bem sempre prevalece sobre o mal, porque até mesmo as melhores pessoas podem perder quando estão desunidas por conta de uma besteira.

4. A oposição democrática à tentativa totalitária, que vem se desenrolando diante dos nossos olhos, poderia cometer, nesse sentido, o mais perigoso dos pecados. O pecado da dispersão. Há pecados intrinsecamente piores do que esse, mas na Argentina atual, esse teria consequências simplesmente inesquecíveis.

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CÂMARA MUNICIPAL DO RIO VAI ANULAR OS ATOS QUE CASSARAM OS VEREADORES DO PCB EM 1948 APÓS PROIBIÇÃO DO PARTIDO EM 1947!

(Coluna do Ancelmo – Globo, 25) 1. O vereador Cesar Maia apresentou ontem um projeto na Câmara do Rio para revogar a cassação dos mandatos dos 18 vereadores do PCB, em 1948. Era, então, a maior bancada da casa. Um dos cassados foi Apparício Torelly, o Barão de Itararé, que teve como slogan de campanha a frase: “Mais leite, mais água, mas menos água no leite.”

2. Conheça os 18 vereadores cassados.

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STF X CONGRESSO: SE ISSO NÃO É UMA PRÉ-CRISE INSTITUCIONAL, O QUE É ENTÃO?

(Globo Online, 25) 1. Liminar do STF suspende projeto que barra direitos de novos partidos. // 2. Gilmar diz que é ‘melhor fechar o Supremo’ caso emenda do Congresso que submete STF seja aprovada // 3.  Renan critica interferência do Judiciário e anuncia ação contra liminar de Gilmar Mendes. // 4. Toffoli: ‘Não há crise entre Congresso e STF’. //  5. STF x Congresso: Henrique Alves “morde e assopra”. // 6. PEC que limita STF torna democracia frágil, diz Barbosa.

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JUSTIÇA IMPEDE PRIVATIZAÇÃO DE CTIs/UTIs POR OSs DE HOSPITAIS NO RIO!

(SinMed/RJ, 25) 1. O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ) ingressou com mandado de segurança para impedir a contratação de Organização Sociais para a gestão dos serviços de saúde nas UTIs e USIs dos hospitais estaduais Albert Schweitzer, Carlos Chagas e Getúlio Vargas. Por unanimidade, a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RJ concedeu a segurança, impedindo que o governo Cabral contrate OSs por meio do Edital 004/2012.

2. Em seu voto, o Desembargador Relator Rogério de Oliveira Souza, destacou “o que se revela absolutamente incabível é a contratação de entidade privada para gerir unidades médicas de tratamento crítico localizadas em hospitais públicos tradicionais do Estado, porquanto tal solução administrativa, ao invés de trazer alívio e melhoria para o usuário do serviço, redundará no sucateamento de toda a malha do serviço público de saúde, retirando, cada vez mais da responsabilidade direta do Estado, a obrigação de prestar serviço público de qualidade e que atinja às finalidades típicas…

3. A solução aventada nas razões constantes no Edital 004/2012, não atende aos princípios reitores constitucionais, que não permitem ao agente público, ao administrador, excursar-se de seus deveres constitucionais”.

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“MARINA” É UM PLANO COMERCIAL E NÃO NÁUTICO, DIZEM OS IRMÃOS GRAEL!

(O Dia, 26) Campeões de vela, os irmãos Torben e Lars Grael não gostaram das intervenções, aprovadas previamente pelo Iphan. “Como está proposto não é um plano náutico, mas comercial”, critica Lars Grael, bronze em Seul em 1988 e Atlanta em 1996. Com cinco medalhas olímpicas, entre elas dois ouros, Torben Grael mostra preocupação com o legado olímpico do Rio. “Exemplos de trabalhos bem feitos nessa área não faltam: Barcelona, Seul… e não o que está à mesa. Estamos correndo o risco de um fiasco internacional com este projeto da Marina e a Baía de Guanabara ainda muito poluída para competições de vela.”

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GRÃ-BRETANHA: ENTRE 2003 E 2012, HOMICÍDIOS CAEM À METADE!        

(BBC, 24) 1. Segurança aumentou, apesar da queda no número de policiais por 100 mil habitantes.  Uma pesquisa feita pela ONG internacional Institute for Economics and Peace (IEP) indica que, mesmo com a crise econômica dos últimos anos na Grã-Bretanha – que fez aumentar o índice de desemprego e gerou cortes nos benefícios sociais -, os índices de criminalidade caíram no país de forma significativa, especialmente os de homicídios, que caíram praticamente pela metade desde 2003.

2. A pesquisa sugere que, em meio à crise econômica, alguns fatores podem compensar a deterioração das condições de vida da população, contribuindo para uma inesperada melhoria na área de segurança. Nos últimos dez anos, segundo o IEP, o número de homicídios no Reino Unido caiu de 1,99 por 100 mil habitantes (em 2003) para um por 100 mil em 2012. O índice de homicídios atual seria o mais baixo já registrado no pais desde 1978.

3. Em relação à taxa geral de crimes violentos na Grã-Bretanha, o estudo revelou uma queda de 1.255 por 100 mil habitantes (em 2003) para 933 por 100 mil (em 2012). E o que é mais curioso: tais quedas foram registradas em meio a uma redução de 6% no número de policiais por 100 mil habitantes – que ocorreu em parte em função dos cortes orçamentários motivados pela crise.

4. Segundo o presidente do IEP, Steve Killelea, haveria várias razões para a queda nos índices de violência britânicos em meio à crise. Uma delas seria a incorporação de técnicas mais avançadas de investigação e prevenção de crimes pela polícia. Outros fatores importantes seriam o envelhecimento da população, a diminuição do consumo de álcool e, finalmente, um aumento dos salários reais. Para Ian Blair, ex-chefe da polícia de Londres, a queda também teria sido influenciada pela “mudança na forma como a sociedade vê e abomina a violência” em países desenvolvidos.

5. De um modo geral, em Londres os índices de criminalidade caíram de forma acentuada nos últimos dez anos – e são menores que os de cidades como Nova York, Amsterdam, Bruxelas e Praga.